Capítulo 5
Quando acordou, estava enrolada num cobertor e deitada sobre alguns travesseiros em sua cama. O pai e a mãe a olhavam ansiosos, a seu lado.
__Harry... Harry. – Sentou-se bruscamente.
__ Acalme-se, Hermione, está tudo bem. Seu pai vai levá-la até Ampthull – disse a mãe.
__ Vou? – perguntou o pai, surpreso.
__ Vai, sim. Lá ela poderá ter notícias do Harry, no hospital, e ficará mais calma.
__ Ah! Está bem.
Hermione procurou se levantar, ainda um pouco tonta. Então Harry estava ferido. E ela não sabia se era grave. Meu Deus, podia até estar morto! Precisava chegar o mais depressa possível ao hospital. Ficou parada ali, pálida e vacilante, sem conseguir tomar uma decisão. Vendo-a assim, a mãe chegou mais perto e falou:
__Antes de ir, precisa se recuperar. Espere que eu lhe trago um chá quente.
__ Não, mãe. Vou embora já.
__ Filhinha, você ainda está muito chocada e, assim, vai ser pior. Tome algo quente, enquanto seu pai telefona para o hospital. Já devem ter notícias dele.
Quando o pai voltou da sala, Hermione olhou-o com expressão ansiosa, à espera de notícias.
__ Estão tirando algumas chapas... Raios X... Ainda não sabem a extensão dos ferimentos.
__ Graças a Deus! Pelo menos está vivo – ela suspirou, aliviada.
__ Claro que está. Eu já sabia disso. – Billy falava pela primeira vez, depois daquela confusão.
__ E por que não disse antes?
__ Ué, ninguém perguntou... Ele se levantou, antes de a ambulância chegar. Estava tonto, mas conseguiu ficar de pé.
__ Muito bem, mocinho. Você foi um herói, hoje. Agora vá tomar um banho. – falou a mãe. ___ Você está todo molhado.
__ Banho? De novo? Ah... Mãe, já tomei banho ontem...
__ Pois agora vá tomar outro, seu preguiçoso!
__ Droga. – E o menino dirigiu-se, relutante, ao banheiro.
A chuva continuava a cair copiosa, enquanto a velha caminhonete seguia pela estrada, em direção a Ampthull. Seu pai era um motorista muito cuidadoso, mas era forçado a redobrar a atenção, devido às más condições do tempo. Ele quase não falava e Hermione também permanecia quieta. Estava impaciente e tensa. Não conseguia pensar em outra coisa, a não ser em Harrye no fato de ele estar ferido. Finalmente a caminhonete parou em frente ao pronto-socorro do hospital.
__ Quer que eu entre com você, filha?
__ Não. Acho melhor ir sozinha. Desculpe meu jeito, papai. Preciso conversar com você, depois.
Ela imaginou que ele devia estar estranhando seu jeito de reagir com o acidente. Ele segurou sua mão de forma carinhosa.
__ Tudo bem, querida. Não há nada a explicar. Só lembre uma coisa: se gosta mesmo desse rapaz, não force muito a situação. Há homens que não aceitam ser pressionados.
__ Pensei que o senhor não conhecesse Harry direito...
___ E não conheço mesmo. Mas conheço o tipo de pessoa que ele parece ser. Agora entre, eu espero aqui.
A sala de recepção estava muito iluminada e, para surpresa de Hermione, praticamente vazia. Ela imaginava que lugares como aquele estivessem em permanente atividade com gente entrando e saindo dia e noite sem parar. Estava tão absorta que nem percebeu quando a enfermeira se aproximou. Era uma mulher de meia-idade, jeito de pessoa muito ocupada e pouco disposta a dar atenção a uma adolescente confusa. De qualquer forma procurou cumprir sua obrigação.
__ O que deseja, senhorita?
__ Vim ver o Harry.
__ Ah sim! Vai levá-lo para casa?
__ Como? Então já pode ir para casa?
__ Bom, poder não pode, mas ele quer ir de qualquer jeito. A senhorita é parente?
__ Não. Sou sua amiga.
__ Então sente-se e aguarde. Ele vai sair assim que o médico terminar de enfaixá-lo. Quebrou algumas costelas e...
__ Meu Deus! Se quebrou algumas costelas, não devia ficar internado?
__ Claro que deveria! Já explicamos isso a ele, mas não há quem o convença a ficar. Não podemos amarrá-lo à cama...
__ Hermione! –Harry estava saindo de uma das portas brancas, no fim do corredor que dava na sala de espera.
Hermione correu até ele, contendo-se para não se atirar em seus braços. Olhou-o com cuidado, percebendo que ele estava pálido e com as feições contraídas, como quem sente muita dor. Contudo, o único ferimento aparente era um corte na sobrancelha e ele mantinha-se de pé, ereto e impassível. Depois das coisas horríveis que ela havia imaginado, até que algumas costelas partidas não eram nada de tão grave. Claro que Harry não devia pensar o mesmo, pois sua expressão de dor era cada vez mais evidente.
__ O que está fazendo aqui? Quem a avisou?
Não se podia dizer que a recepção fosse calorosa. Mas Hermione não ia se deixar intimidar, ainda mais com aquela enfermeira antipática ali do lado. Aproximou-se mais de Harry e, ficando na ponta dos pés, beijou-lhe suavemente os lábios. Percebeu o olhar de reprovação dele diante da intimidade que procurava demonstrar, mas, mesmo assim, resolveu não se retirar. Passou seu braço pelo de Harry e, levantando a cabeça disse:
__ Vim levá-lo para casa.
__ Obrigado. – Virando-se para a enfermeira e para o médico, Harry continuou: __ Obrigado a vocês também. Seu atendimento foi ótimo.
__ Se pensa assim, por que não deixa que o internemos por alguns dias, para ter certeza de que não haverá complicações? _ perguntou o médico.
__ Já expliquei que não há necessidade. Além do mais, não poderia deixar uma moça assim tão bonita por muito tempo. Acabaria por perdê-la para alguém mais jovem que eu...
Hermione percebeu seu jogo e procurou se afastar dele. Mas Harry segurou sua mão com força para que ele não retirasse o braço.
__ Vamos então, querida?
__ Claro, meu bem. – Se se tratava de uma farsa, ela também ia entrar em cena. __ Mas, meu amor, não seria melhor você ficar aqui no hospital por mais alguns dias? Acho loucura sair deste jeito.
__ Não se preocupe, eu estou bem. Até logo, doutor!
Assim que saíram da sala de recepção e da proximidade do médico e da enfermeira, Harry soltou sua mão e afastou o braço.
__ Agora quer fazer o favor de explicar por que está aqui?
__ Já disse, vim levá-lo para casa. Ou melhor, papai vai levá-lo. Veja, ali está ele, no carro.
__ Espere um pouco. Não me diga que arrastou seu pai até aqui, no meio da noite, para acudir um estranho.
__ Você não é um estranho, Harry.
__ Mas seu pai não me conhece.
__ Provavelmente não se lembra, mas foi Billy quem o socorreu. Por isso, nada mais natural que papai quisesse saber sobre seu estado de saúde.
__ Ah! Então foi só por isso que você veio...
__ Não seja convencido. Que outro motivo podia me trazer aqui?
Se fosse por mim, você podia morrer ali, no meio da estrada, que eu nem ia...
Harry gemeu baixinho...
__ Que foi? Está sentindo alguma coisa? – Hermione perguntou ansiosa, esquecendo imediatamente a raiva. ___ Venha, vamos para o carro.
O pai, que havia visto a cena, vinha na direção deles para ajudar a levá-lo até o carro.
__ Hermione, sente-se no banco de trás. Assim poderemos ajeitá-lo melhor no banco da frente.
Entrou rapidamente na velha caminhonete, acomodando-se de qualquer jeito no banco traseiro, para que Harry pudesse ser colocado na frente com maior conforto. Seu pai o segurava com cuidado, mas firmemente, até que ele conseguiu sentar-se. Ficou ereto e sem se mexer.
__ Vamos levá-lo para casa e pô-lo na cama. O médico disse que ele precisa de muito repouso. – disse Hermione.
__ Segure-se bem, Harry, a estrada tem muitos buracos.
Cada solavanco do carro deixava Hermione apreensiva, pois Harry se encolhia de dor, apresar de não se queixar. Estava tão calado que Hermione temeu que tivesse desmaiado. Mas não, ele gemeu quando o pai teve que desviar-se bruscamente de um buraco maior.
__ Desculpe, meu filho, não havia outro jeito.
__ Ora, Sr. Granger, não se preocupe.
Hermione achou estranho seu pai chamar Harry de meu filho, quando, na verdade, havia pouca diferença de idade entre eles. Seu pai estava no meio dos quarenta e Harry tinha trinta e seis.
A viagem de volta pareceu interminável, até que finalmente chegaram à Casa do Pomar. Com muito esforço, Harry conseguiu descer do carro e o pai de Hermione ajudou-o a entrar em casa.
__ Agora podem deixar que eu me ajeito. Obrigado, Sr. Granger.
Hermione não acreditava que ele fosse capaz de se virar sozinho. Estava branco como um papel e respirava com muita dificuldade.
__ Vá para casa, papai. Mamãe já deve estar preocupada. Deixe que eu cuido mais um pouco de Harry. Vou preparar alguma coisa para ele tomar.
__ Prefiro ficar só, desculpem – disse Harry, virando-se com esforço para tentar andar até seu quarto. Era evidente que não que não conseguiria.
__ Está bem, minha filha. Fique. Nós esperamos você em casa – disse seu pai, apertando a mão dela com compreensão.
Quando finalmente alcanço Harry, ele já estava no quarto e tentava tirar o casaco. Suas feições demonstravam que cada movimento lhe causava muita dor. Estava com uma expressão de cansaço e fraqueza e seus olhos inchados dirigiram-lhe um olhar de estranheza.
__ Pensei que tivesse ido embora.
__ Ainda não levo a sério suas ordens. – Hermione conseguiu tirar-lhe o casaco, desabotoar a camisa e ajudá-lo a deitar-se. Esperava que ele não percebesse como suas mãos tremiam ao ajudá-lo par que não sentisse dor nas costelas fraturadas.
__ Desta vez, confesso, foi bom você não obedecer. – Seus olhos estavam fechados de cansaço. __ Por favor, tire o resto da roupa. Gosto de dormir sem nada.
Os instantes que se seguiram foram muito embaraçosos para Rose. Ela nunca havia visto um homem nu, muito menos havia tirado a roupa de nenhum. Mas o fato de Harry estar com os olhos fechados facilitava as coisas e ela logo percebeu que ele dormia.
Puxou as cobertas para cobri-lo, contente pelo fato de ele ter conseguido dormir. Parecia mais jovem quando dormia, com as feições relaxadas e menos agressivas. Sentiu um nó na garganta ao pensar que, apesar de seu desejo, não tinha o direito de se deitar a seu lado e de dividir o calor daquele corpo musculoso e atraente. Era lindo de se olhar. As formas perfeitas do corpo forte transmitiam muita sensualidade, apesar de ele estar dormindo. Como ele mesmo avisara, era perigoso.
Mas o que precisava resolver agora era o que fazer pelo resto da noite. “Esperamos você em casa”, havia dito o pai. Isso, evidentemente, não queria dizer no dia seguinte. Mas não podia deixar Harry sozinho naquele estado. Ele não conseguiria nem sair da cama, caso precisasse de auxílio.
Ligou para sua casa e ficou aliviada, quando percebeu que foi a mãe que atendeu. Duvidava que o pai visse com bons olhos a decisão de passar a noite ali. E tinha razão. Podia ouvi-lo reclamar com a mãe quando ela disse que estava bem, que Rose não devia mesmo deixar Harry sozinho naquelas circunstâncias e que esperava por ela no dia seguinte. Prudentemente, desligou antes que o pai pudesse interferir.
Não tinha outra escolha a não ser passar a noite no quarto de Harry, já que os demais cômodos não tinham mobília. Ali, pelo menos, havia uma cadeira e ela poderia se acomodar, sem nenhum conforto, é verdade, mas talvez conseguisse dormir um pouco.
Harry continuava a dormir profundamente, talvez sob efeito dos calmantes ministrados no hospital. Que bom se ela pudesse passar a noite com a mesma calma que ele aparentava! Mas seria difícil.
A cadeira era dura e estreita demais, não tinha onde apoiar a cabeça e cada vez que começava a cochilar, ela caía para o lado, fazendo seu pescoço doer. Estava tão cansada que pensou em deitar-se no chão, ou mesmo acomodar-se na cama, ao lado de Harry. Afinal de contas, suas costelas fraturadas asseguravam-lhe que não teria nenhuma chance de tentar qualquer coisa com ela. Mas seria difícil suportar sua reprovação, no dia seguinte, quando acordasse e visse que Hermione havia passado a noite na mesma cama.
Por isso, continuou ali sentada, e sem conseguir dormir. Cada segundo parecia uma hora. Harry continuava dormindo e ela pensou que sua presença ali estava sendo mesmo desnecessária.
A certa hora da madrugada, Harry se mexeu e soltou um gemido. Hermione se aproximou par ver o que era. Ele abriu os olhos e perguntou:
__Que horas são?
__ Mais ou menos quatro da manhã.
__ Da manhã?
Ela confirmou com a cabeça.
__ Como está se sentindo?
__ Péssimo... Muito mal. E não me venha dizer de novo que eu deveria ter ficado no hospital. Vamos, ajude-me a levantar.
Hermione engoliu em seco. Ele estava nu e seu corpo podia ser vislumbrado na penumbra do quarto. Ela sentiu o sangue subir às suas faces.
__ Você não devia se levantar, nesse estado.
__ Só que agora é absolutamente indispensável que eu me levante. Entendeu?
Hermione passou de corada a absolutamente vermelha, compreendendo a ironia. Harry riu gostosamente com sua atitude.
__ Ai... Ai, não me faça rir, dói tudo. Agora entendo aquela expressão da piada: só dói quando eu rio. Ajude-me a levantar, venha.
__ Claro. –Hermione segurou a mão que ele lhe estendia. Contendo seu acanhamento, passou o braço por sua cintura, tremendo ao tocar a pele quente e vibrante de Harry. Estava transtornada e seu olhar demonstrava isso.
__ Não se preocupe. Não estou em condições de agarrar você.
Harry sorria, mas Hermione respondeu séria.
__ Eu não me importaria se o fizesse se quer saber a verdade.
__Hermione!
__ O que foi? Eu só estou dizendo o que sinto.
__ Pior do que isso. Está se aproveitando de um homem inválido. Fala assim por saber que não posso reagir.
__ Está bem. Vou guardar meus sentimentos para quando você estiver curado.
__ Preferia que esquecesse esse assunto para sempre.
__ Pois saiba que não vou conseguir esquecer.
__ Hermione, vai ser pior para você. Acabará saindo magoada dessa história toda.
__ O problema é meu. Se me magoar, azar. Estou sabendo do risco.
__ Depois não diga que não a avisei. Bom, acho que daqui já consigo chegar até o banheiro.
Hermione voltou para o quarto, sentando-se na cadeira e deixando-se envolver pelos pensamentos. Amava Harry e achava que agora ele acreditava em seus sentimentos. Se ele não a amava, não havia nada que ela pudesse fazer a não ser sofrer por isso e tentar se recompor cada vez que ele a rejeitasse com um gesto, uma palavra ou simplesmente a evitasse. Seus olhos se encheram de lágrimas. Se ele soubesse o quanto seu coração pulsava por ele...
__Hermione?
__ Sim? – Ela enxugou rapidamente as lágrimas com a palma da mão.
__ Por favor, ajude-me a voltar para a cama. – Estava apoiado no batente da porta do banheiro, segurando-se com esforço.
__ Claro! - Sua nudez não a deixava mais encabulada. Ele agia com muita naturalidade, sem se envergonhar dela.
__ Obrigado – disse baixinho, ao conseguir finalmente deitar-se.
__ Você é uma garota adulta.
__ Isso e o que você não entende. Sou uma mulher, com sentimentos de mulher e... E amo você.
__Hermione, minha bobinha...
__ Não preciso de sua piedade, Harry. Bom, acho que vou embora. Já é quase de manhã e preciso dormir um pouco. Será que você ainda precisa de mim?
__ Não, já estou melhor, mas...
__ Então eu vou. Alguém lá de casa virá, mais tarde, para ver se precisa de alguma coisa.
Harry percebeu, enquanto ela dizia isso, que havia sinais de choro em seu rosto.
__Hermione, pelo amor de Deus, não vá embora assim.
__ Preciso ir. – As lágrimas agora corriam soltas. ___ Amo você e não me envergonho disso. Mas precisa compreender que não posso mais ficar aqui.
__ Ora... Não faça isso, venha cá. – Falava suavemente e seus olhos verdes contemplavam com carinho o rosto de Hermione, enquanto a puxava pela mão.
__ Não Harry. Não quero sua piedade.
__ Venha, quero tocá-la.
Hermione não resistiu mais. Encostou-se nele, abraçando-o com suavidade para não machucá-lo. Harry retribuía o abraço, beijando seus pulsos.
__ Oh, Harry! – ela disse, entre soluços.
__ Tenho conseguido resistir todo esse tempo, querida. Mas agora não consigo... Não consigo...
Hermione não tinha mais receio ou reserva em se entregar totalmente a esse homem. Era o que mais queria no mundo. No entanto, preocupava-se com sua condição física. Afinal, fazia apenas algumas horas que ele tinha sofrido um acidente.
__ Nós podemos esperar até que você fique bom, meu amor.
__ Talvez você possa, mas eu não posso mais adiar. Tentei me enganar por muito tempo. Agora não. Quero você. – Sua mão febril percorria os cabelos castanhos da moça, afagando-os. Puxava-a para si, beijando seus lábios ardentemente.
Hermione retribuía os beijos, ansiosa, sem conter mais seu amor. Suspirava de prazer, enquanto ele desabotoava sua blusa com dedos ágeis, até que as formas arredondadas dos seios dela foram envolvidas totalmente pelas mãos experientes de Harry.
__ Deus, como você é linda! – ele murmurava, enquanto seus lábios ávidos percorriam o corpo de Hermione até deter-se na auréola rosada de seus seios.
Hermione estremecia de prazer. Um frêmito atravessava seu corpo inteiro, como se o êxtase fosse fazê-la desmaiar. Harry parecia conhecer todas as formas de trazer à tona esse desejo.
__ Adorável, você é adorável... –Harry continuava murmurando, até que sua língua ardente e desejosa passou a acariciar os lábios de Hermione e a todo o resto de seu corpo. Sua mão ainda segurava possessivamente o seio. Voltou a beijá-la até sentir que seu corpo se entregava inteiro ao abandono sensual. Hermione não esboçou nenhum gesto quando Harry começou a tirar sua saia e o resto das roupas. Olhou-o com timidez quando ele, afastando-se um pouco, observou deleitado todo o esplendor de sua nudez. Seus olhos escureceram de paixão e ele perguntou baixinho:
__ Querida... Tem certeza que quer chegar até o fim?
__ E você,Harry? Não quer?
__ Meu Deus, claro que quero. Só não quero que você se arrependa depois.
__ Nunca me arrependerei de algum momento que tenha passado com você.
As carícias que se seguiram iam se transformando num prazer enlouquecedor. Hermione agarrava-se a Harry, cravando as unhas nas costas dele, com gemidos de prazer; e sentindo seu peito forte contra a suavidade de seus seios. Os dois corpos se fundiam num único frêmito arrebatador.
__ Oh, céus... – gemeu Harry, afastando-se dela com o corpo contorcido e o rosto branco e suado.
Hermione levantou-se surpresa, e esquecendo-se do desejo diante da atitude dele.
__ O que aconteceu?
__ Minhas costelas... Acho que vamos ter que adiar isso... Ai!
__ Como sou idiota! Deite-se Harry, por favor. Eu devia saber meu amor. Vamos esquecer tudo por enquanto. Descanse.
__ É isso que dar tentar seduzir menores.
Hermione se vestiu rapidamente. Harry continuava a falar:
__ Está vendo? Sua sorte foi eu ter sentido dor antes de conseguir seduzi-la.
__ Não acho que foi sorte nenhuma. Pelo menos para mim.
__Acho melhor você ir agora. Volte para me ver quando tiver descansado, está bem?
__ Mas Harry, eu queria passar o dia com você...
__ Não. Preciso dormir... Descansar um pouco.
__ Não quer que eu fique por perto, não é?
__ Acertou, agora vá. Sinto muito por você.
__ Ora, não seja tolo querido. Até logo, volto à noite.
Beijou carinhosamente o rosto de Harry, enquanto ele acariciava seus cabelos.
__ Minha criança – falou Harry, baixinho ___ Nunca conheci ninguém igual a você. Sua sinceridade e falta de malícia me emocionam, me desarmam.
Hermione foi para casa andando nas nuvens. Tudo parecia um sonho. Entrou na cozinha e preparou um café, que estava tomando quando a mãe entrou.
__ Ah! É você? A que horas chegou?
__ Faz mais ou menos duas horas, mãe – mentiu.
__ Como está o Harry? Conseguiu descansar um pouco?
__ Está melhor. Deixei-o dormindo. –Hermione corou e dirigiu-se à porta para que a mãe não percebesse o quanto estava sem graça com a conversa.
Dormiu até o meio da tarde e, quando acordou, tomou um banho rápido, arrumou-se e saiu correndo. Os pais tinham ido visitar um casal amigo e Billy tinha se juntado à turma de garotos da vizinhança para jogar bola. Deixou um bilhete, avisando que ia visitar Harry e levar-lhe algo de comer. Assim sensibilizaria sua mãe e conseguiria seu apoio quando voltasse e tivesse que ouvir as reclamações do pai.
Ao chegar, foi entrando direto.
__ Harry! Já cheguei. – Seu silêncio indicava que devia estar dormindo, por isso entrou devagar no quarto. O que viu, ao abrir a porta completamente, deixou-a perplexa. A cama, a cadeira e a mesinha estavam lá, mas todos os demais pertences de Harry haviam desaparecido. Harry se fora, sem avisar, tão misteriosamente como havia chegado.
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N/A: Como prometido, tah ai o cap! Tenho uma boa notícia: Minha escola deu mais uma semana de férias! Então a próxima a tualização será no final de semana q vem, dependendo dos comentários!
N/A²: Obrigada a todos q comentaram! e não obrigada a aqueles q não comentaram... Sabe, comentar faz bem pra alma ( se não faz pra sua, faz pra minha xD)!
BjO!
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