No compartimento.
Capítulo 1 – No Compartimento
“... e mais quatro sapos de chocolate”, disse Ted, depois lançou mais um olhar para dentro do bolso, tirou dois sicles extras e entregou a Tiago, “Não, compre seis sapos, eu adoro eles”
Tiago observou o montinho de sicles que Ted tinha entregado para ele, a testa franzida, como se estivesse tentando processar a informação.
“E onde eu acho a moça dos doces, mesmo?”, perguntou, finalmente, erguendo os olhos castanhos do monte prateado em sua mão.
“Ela está sempre por aí”, Ted disse, dando de ombros, “Pelos corredores. Vai ser fácil encontrá-la. Agora, vai. Não demora”, acrescentou, escoltando o garoto para fora do compartimento.
“OK”, concordou o outro, relutante, e lançou um olhar para Justin, “Você quer alguma coisa?”
“Nah”, o negro fez um movimento com a mão, descartando, e recostou-se contra o assento, “Até porque o Ted provavelmente vai limpar a velha”
Tiago assentiu.
“Certo”, engoliu em seco e olhou em volta, seus olhos castanhos esverdeados rapidamente encontraram a mulher rechonchuda, ele apertou os sicles em sua mão e começou a caminhar pelo corredor.
Ted acompanhou-o com o olhar por alguns segundos antes de fechar a porta do compartimento.
“O que aconteceu?”, perguntou Justin, sentando-se direito agora, e encarando o amigo.
Ted abriu a boca, e depois fechou-a. Abriu de novo, mas fechou outra vez. Juntou as mãos, como se tentando unir toda a concentração e paciência possível, e respirou fundo.
“Eu acho que me meti em uma encrenca”, disse, finalmente, ocupando o assento de frente para o amigo, inquieto, “Bem grande”
Justin pareceu repentinamente mais interessado e inclinou-se, as sobrancelhas erguidas, aguardando pelos detalhes.
“Adoro encrencas”, comentou, incentivando o amigo a fornecer mais detalhes, mas logo arregalou os olhos com um segundo pensamento que lhe ocorreu, “Calma. Depende. Essa encrenca envolve você e... outro cara?”, ele perguntou, enojado, “Porque se envolve, de verdade, guarda para você. Quero dizer, eu apoio totalmente, e nossa amizade vai ser a mesma... a não ser pelo fato de que não vou querer você mais encostando em mim... e talvez seja bom você não falar mais comigo, também. Você sabe, só em caso. Não quero que você se apaixone, porque, você sabe, eu gosto de mulheres. E você é meu amigo, e eu não quero partir seu coração”
Ted ficou alguns segundos após o discurso encarando-o, incrédulo.
“É isso”, soltou, num suspiro pesaroso, “Meu segredo foi revelado. O que é que eu faço agora? Quero dizer, com todo esse desejo incontrolável que eu sinto por você...”, e fez uma cara enojada, “O que faremos, Justin? O que faremos com meu coração partido?”, perguntou, fingindo alguns soluços.
“Tá bom. Entendi. Você não é gay”, o negro revirou os olhos, entrelaçando os dedos atrás da cabeça, “Então não pode ser tão ruim assim”
“Ah, é. É bem ruim, sim”, lançou um olhar receoso para a porta do compartimento para certificar-se de que Tiago ainda estava longe, “Envolve a... Victoire”, soltou, num sussurro.
“Por favor, me diga que isso inclui uma cama e chantily”, pediu o negro, “E me forneça todos os detalhes”
Ted piscou, perplexo, por alguns segundos, enquanto sua mente construía a imagem sugerida pelo outro.
“Não”, grunhiu, enojado, “Nós não fizemos sexo”
“Então...?”, o tom de voz pedia por explicações.
“Eu vou ter que manter um olho nela”, disse, dando de ombros, “Gui resolveu me pagar cinco galeões por mês... tudo o que eu tenho que fazer é cuidar para que nenhum garoto chegue perto dela”
Foi a vez de Justin permanecer em silêncio alguns breves segundos, encarando-o com uma expressão desprovida de qualquer emoção aparente. Até que ele, finalmente, começou a gargalhar.
“Cara”, ofegou o negro, a voz ainda trêmula, “Se você quer manter os caras longe da Victoire tinha que ter começado sua missão há... não sei... dois anos atrás. Aliás, se você quer ganhar esse dinheiro, é bom grudar nela nesse momento, porque já deve ter uns cinco ou seis disputando para ver quem vai sentar do lado dela, no compartimento”
Ted ficou em silêncio por alguns segundos, depois um sorriso maldoso se espalhou pelo rosto dele, e Justin sorriu de volta – eram amigos a tempo o suficiente para que Justin entendesse que o que quer que Ted estivesse pensando em fazer, seria, ao mínimo, divertido.
“Vamos procurar pelo Tiago”, disse o moreno, levantando-se, enquanto seus olhos se tornavam de um castanho profundo e maquiavélico – o mesmo tom que Justin notara ter os olhos de Jorge Weasley, e, de vez em quando, habitavam os olhos de Gina Weasley -, “Vamos mudar de compartimento; esse está... muito vazio”
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“Você só pode estar brincando.”-as meninas exclamaram.
“Mamãe disse para ter paciência.”-bufou Victoire.-“Mas eu simplesmente não o agüento mais!”
“O seu pai só quer te proteger.”-opinou Verônica.
Isso só fez com que a garota balançasse a cabeça e dissesse, cada vez mais furiosa:
“Você chama de proteção o que ele está fazendo? Nenhuma pessoa entra em um quarto às duas e meia da manhã para perguntar se a filhinha do papai está pensando em garotos!”
As garotas só rolaram os olhos.
“Nenhum pai implica com o fato da filha escovar os cabelos.”-e ao ver que as garotas não acharam isso tão estranho, ela continuou.-“Nenhum pai fica andando três passos atrás da filha e ameaçando estuporar todo o garoto que assobia na rua"
“Eu acho que ele está com medo que você se envolva com garotos.”-disse Margo, com um sorriso irônico.
“Mas ele chegou ao extremo nessas férias.”-choramingou a garota.-“Eu não podia olhar para o lado que ele já pegava a varinha e tentava matar alguém! Quase que o Sparks morreu por causa disso.”
“Sem chance!”-berrou Verônica.-“Você não está dizendo que o seu pai quase matou o gato da família porque você olhou para o lado!”
“Mamãe ficou uma fera.”-comentou Victoire.-“Mas no final, ela disse que o papai está só um pouco protetor demais.”
“É, todos os pais são assassinos em potencial.”-comentou Verônica, com sarcasmo.-“Mas pense positivo: o seu pai não poderá fazer nada enquanto você estiver em Hogwarts.”
Victoire apenas sorriu, maliciosamente, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Ted Lupin abriu a porta da cabine e entrou:
“Estou interrompendo as garotas?”
“Está.”-disse Victoire.-“Se manda, esquisito.”
“Hum, eu acho que eu prefiro ficar aqui.”-e se sentou ao lado de Margo.
“Margo, você não PODE deixar que ele sente do seu lado.”
“Relaxa, Weasley.”-falou Ted.-“Você acha que eu estou aqui por sua causa?”
“Ah, não?”-perguntou Victoire, levantando uma sobrancelha.-“Então, o que você está fazendo aqui?”
“Tiago.”-disse o garoto.-“Ele está se sentindo tão solitário, sabe? E você como a única prima em Hogwarts, poderia acolhê-lo no seu vagão.”
“Por que ele não fica no seu vagão?”-perguntou a garota.-“Vocês sempre se deram tão bem.”
“Porque você sabe como o Justin é.”-explicou o garoto.-“A sua tia não quer que o Tiago seja influenciado.”
“Então, ele não deveria ficar perto de você.”
“Por isso, você tem o dever de deixar o seu primo ficar na sua cabine.”
“Ótimo.”-disse Victoire, enquanto as meninas a olhavam contrariadas.-“Onde está o Tiago?”
“Justin foi procurá-lo.”-explicou Ted.-“Ele vai trazer alguns sapos de chocolate para as garotas.”
Victoire apenas bufou de irritação.
“Eu adoro sapos de chocolate.”-falou Margo, dando um sorriso para Ted.
“Margo!”-berrou Victoire.-“Você está confraternizando com o inimigo.”
“Eu sou seu inimigo?”-perguntou Lupin, parecendo ofendido.-“Eu sou da mesma casa que você, sou afilhado do seu tio. Acho que inimigos normalmente não tem essas características.”
A garota apenas revirou os olhos.
“Ted não é nosso inimigo, Vic.”-amenizou Margo.-“Ele é o capitão do nosso time de quadribol!”
“É isso aí.”-disse o garoto, sorrindo de volta.-“Eu não sou tão ruim assim.”
Assim que Ted disse isso, a porta do compartimento abriu novamente e um garoto de cabelos castanhos claros e olhos azuis fez-se perceber, acompanhado por um segundo, de cabelos escuros e olhos negros, os dois se recostaram contra a batente da porta.
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“Olá, garotas, os compartimentos estão todos cheios e nós estávamos nos perguntando se poderíamos ficar aqui com vocês”, e sorriram.
Ted observou com o canto dos olhos quando Victoire começou a passar a mãos pelos cabelos e alisar a blusa, revirou os olhos. Margo deu um leve grunhido, enquanto Verônica deu um sorriso amigável para os garotos.
“Oi, Brandon”, disse Victoire, num tom de voz manhoso, “Como foi de férias?”
“Ah, foi legal”, o garoto entrou no compartimento e jogou o malão embaixo dos acentos, ocupando o lugar ao lado de Victoire, e dando-lhe um sorriso galanteador, “E você, como foi?”
“Foi... muito... legal”, ela estava levemente corada, com um sorriso exultante.
Ted pigarreou e colocou-se de pé, chamando a atenção dos dois, depois, deixou-se cair entre os dois, movendo-se até conseguir uma brecha entre eles, com um sorriso satisfeito.
“Minhas férias foram ótimas, vocês sabem”, disse, lançando olhares animados para os dois, “Eu sou o capitão do time da Grifinória agora, sabia?”, perguntou para ninguém em particular, “E nós vamos vencer a Corvinal esse ano, Sheffield”, declarou, sério.
Victoire encarava-o, incrédula. Seus olhos castanhos iam de Brandon para Ted, os lábios entreabertos, numa expressão de incredulidade.
“Esquisito?”, ela chamou, a voz trêmula de ira, enquanto cutucava o antebraço do garoto com a ponta das unhas, como se o contato com ele fosse tóxico, “O que você está fazendo?”
“Conversando com você, Vicky”, ele sorriu e apertou a bochecha dela, depois voltou-se para Brandon, “Você sabia que a Vicky foi a última dos Weasleys a parar de dormir com os pais? Ela dormiu com eles até os oito anos de idade!”, os olhos castanhos de Victoire se arregalaram ainda mais, enquanto ela dava um tapa na mão do garoto para que ele parasse de torturar sua bochecha, “Não é uma gracinha?”
Brandon ergueu as sobrancelhas.
“Ahn... ado... ravel?”, comentou, relutante.
Ted ficou satisfeito ao ver que Tiago estava com as duas mãos sobre a boca, tentando abafar uma risada.
“Ah, eu sei muitas outras histórias”, disse, sorridente, ignorando o beliscão que Victoire lhe dava, “Teve uma vez que ela ficou muito brava com o pai dela, porque ele não quis dar aquela boneca que cantava e dançava, sabe? Aí ela tirou toda a roupa...”
Brandon e Adam trocaram olhares, desconfortáveis.
“Ahn, sabe o que é?”, disse o garoto de olhos claros, pondo-se de pé, repentinamente, “Acabei de lembrar que eu tenho... ahn... que fazer umas... umas outras coisas... eu... eu vejo vocês... por aí”, e saiu da cabine lançando um olhar estranho na direção de Victoire, depois balançando a cabeça, horrorizado.
Ted fez sua melhor cara de desapontado, e voltou a atenção para Tiago, Verônica e Margo, que o encaravam incrédulos – apesar de Tiago estar com um brilho divertido no olhar.
“Puxa, e eu estava só começando”, entrelaçou os dedos atrás da nuca, recostou-se no assento e voltou a atenção para a garota, que ainda estava em choque, os olhos esbugalhados, a boca entreaberta como se fosse falar algo, “Ah, desculpa. Eu atrapalhei alguma coisa?”
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Ela ainda não acreditava.
“Você está perguntando...”-começou Victoire, bem lentamente.-“Se você atrapalhou alguma coisa?”
“É.”-disse Ted, calmamente.-“Você sabe que os relacionamentos não podem ser baseados em segredos. E não contar para o seu futuro namorado que você já teve um chilique e por isso ficou pelada... mostra que o relacionamento não iria para frente.”
“Ou seja, você quis me ajudar.”
“Lógico que sim.”-mentiu Ted, fazendo a maior cara de inocente.
“Eu vou matar você!!!”-berrou a garota, correndo na direção de Ted.
O garoto se esquivou e disse, sem conseguir esconder o quanto estava se divertindo:
“O menino! Não traumatize o Tiago. Ele vai achar que todas as meninas de Hogwarts são loucas e ingratas!”
“Tiago, feche os olhos!”-mandou Victoire, irritadíssima.-“Eu não sou ingrata! Você que apareceu na minha cabine e começou a despejar os meus segredos!”
“Você não pode guardar secretos, Vicky.”-disse Ted, como se falasse com uma garota de cinco anos.-“A verdade sempre vai aparecer.”
“Mas não é você...”-esperneou a garota, que tinha os dois braços segurados por Lupin.-“Que vai contar!”
“Ah, eu vou sim.”-afirmou o garoto, mordendo a língua para não começar a rir da cara de enfezada da garota.-“Afinal, eu sou o dissipador dos SEUS segredos.”
“Você não vai contar mais nada!”-ameaçou a garota.-“Eu vou impedir você, seu esquisito.”
“Você vai me impedir?”-perguntou o garoto, levantando a sobrancelha como se não acreditasse.-“E como você vai fazer isso? Não sei se você percebeu, mas eu estou te segurando. Sem nenhuma força.”
Ted começou a bocejar enquanto Victoire esperneava mais um pouquinho. Ao ver que não conseguiria se soltar, a garota disse:
“OK. Eu perdi.”-e olhando para a mão do garoto, ela continuou.-“Agora você pode me soltar?”
O garoto a observou por dois longos segundos, então, disse:
“Está bem.”-e a soltou.
Porém, Victoire já sacara a varinha e apontava para o rosto do garoto.
“Que coisa feia, Vicky.”-exclamou Ted.-“Eu te solto e você tira a sua varinha? Uma menina educada diria ‘obrigada’.”
“Eu não sou esse tipo de menina, Lupin.”-argumentou a garota, a varinha ainda em punho.
“Ah, sim. Vicky, você me espanta, às vezes.”-falou o garoto.-“Porém, eu sou muito melhor que você, sabia?”
“Você não está com a sua varinha.”-desdenhou Victoire.
“Pois você está muito enganada.”-retrucou Ted, puxando a própria varinha e apontando para o peito da garota.-“Você errou em muitas coisas, pequena.”
Ela apenas bufou, irritada.
“Em primeiro lugar, você deveria ter dito apenas um ‘obrigada por ter me soltado’. Em segundo, se você puxou a varinha, faça logo o feitiço. Ficar conversando com o inimigo não ajuda em muita coisa, não acha?”
Victoire não respondeu, apenas segurou a varinha com mais força.
“Solte a varinha, Barbie.”-disse o garoto, a voz inflexível.-“Você não quer quebrar a unha.”
“Não me chame de Barbie!”-ela berrou, lívida.-“Nem de Vicky.”
Victoire não sabia o quanto que ele se divertia ao vê-la irritada.
“Ok, Monstrenga. Apenas solte a varinha.”
“Não vou fazer isso!”-berrou a garota.-“Enfia esse monstrenga no seu...”
“Bom, eu vejo que vou ter que mandar uma coruja para tia Gina. Acho que ela não vai gostar de saber que você é uma má influência para o Tiago.”-interrompeu o garoto, cínico.-“Ela não vai gostar nenhum pouco ao saber que você quase falou aquela palavra em frente ao filhinho dela.”
“Vicky, sério, largue a varinha.”-disse Margo, um tanto lentamente.-“Não vamos começar um ano letivo com brigas, certo?”
“Eu só vou fazer isso, Lupin, para você ver que eu sou superior a você.”
“Ah, lógico.”-disse o garoto.-“Você é superior porque desiste primeiro?”
“Ted, chega, está bem?”-disse Verônica, revirando os olhos.-“Por Merlim, vocês não cansam nunca?”
“Ele que começou.”-disse Victoire, abaixando a varinha.
O garoto só revirou os olhos e disse:
“Lógico, Vicky.”
“Eu já disse para não me chamar assim!”.
“Está bem, está bem.”-falou o garoto, indiferente.-“Eu acho que as senhoritas vão querer se trocar, não? Então, Tiago, vamos?”
O garoto que assistira uma boa parte da discussão, perguntou:
“Mas eu não deveria ficar aqui?”-e deu um sorriso um tanto malicioso para Ted, porém, o sorriso não passou despercebido pela prima que exclamou:
“Você que influencia o menino!”
“Ele que falou isso!”-respondeu Ted, mas dando um sorriso de aprovação para o garoto.-“Tio Harry vai adorar, Tiago!”
“Ele não vai ficar!”-disse Victoire, batendo o pé.
“Ah, meu Deus.”-falou Verônica, rolando os olhos.-“Dêem o fora. Nós temos que nos trocar!”
“Mas nós não podemos ficar aqui?”-insistiu Ted.-“Nós prometemos ficar com os olhos bem fechados.”
Margo e Verônica suspiraram, mas antes que elas pudessem falar alguma coisa, Victoire respondeu:
“Eu não quero que você fique me olhando!”
“Me desculpe, mas olhar para você?”-desdenhou o garoto.-“Eu não quero ver as suas costas peludas, Monstrenga.”
Tiago reprimiu uma risadinha.
“Você disse a ele que eu tenho as costas peludas?”
“Mas que coisa feia, Victoire.”-disse Ted, cruzando os braços.-“Acusar uma criança inocente? Eu não esperava isso de você!”
“Tiago não é nem um pouco inocente!”
“Ele tem onze anos!”-retrucou o garoto.
“Ele disse que eu tenho as costas peludas!”
“Mas você não tem?”-perguntou Ted, inocente.-“Bom, você sabe que Tia Fleur acabou comentando com a Tia Gina enquanto eu estava por perto e...”
“Minha mãe não falou isso!”-disse a garota, irritada.-“Você está falando isso apenas para me irritar!”
“Eu estou dizendo que não foi o Tiago que me falou.”-explicou o garoto.-“Mas se você diz que não tem... bom, você poderia me provar, não acha?”
Victoire ameaçou pegar a varinha, porém, Margo se adiantou e disse:
“Chega!!!”-e colocando-se entre Victoire e Ted, a garota continuou.-“Ted, saia da cabine. Nós temos que nos trocar. Victoire, se acalme. Você sabe que você não tem as costas peludas.”
"OK, Tiago, vamos sair”-ele falou, fazendo um sinal para o garoto que se adiantou e abriu a porta da cabine.
Antes que Ted também saísse, ele voltou-se para Victoire e disse:
“Quer que eu pergunte pra tia dos doces se ela vende clareador também, Monstrenga?”
Ela não agüentou.
E no momento seguinte, Ted Lupin viu um malão batendo com toda a força na parede da cabine.
“Isso não foi nem um pouco gentil da sua parte, Monstrenga.”-falou o garoto.-“Além do mais, quando for acertar alguém, mire na cabeça da pessoa. Não na parede ao lado.”
Victoire bufou em resposta.
“O meu malão!!!”-berrou Verônica.-“Você jogou o meu malão!”
Ted, com um sorriso no rosto, apenas fechou a porta da cabine.
Continua...
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