Reconhecendo a família



- Harry, o que você quer com esses trouxas – perguntou Hagrid antes de bater a porta dos Dursley

- Resolver assuntos pendentes Hagrid, conversei hoje com o diretor e ele me contou algumas coisas, tenho que fazer isso – disse Harry, vendo a cara do amigo completou – Não é nada de mal não, não vou brigar não

- Quer que eu fique Harry, caso haja alguma coisa – disse Hagrid, batendo pela segunda vez na porta, foi quando a abriram.

- Não Hagrid, pode ficar aí andando, obrigado – disse Harry entrando

- O que você quer, moleque – disse o tio

- Não é nada com o senhor, quero ver a tia Petúnia e Duda – disse Harry se segurando

- Eles saíram, e vão demorar a voltar – disse o tio

- Certo, vou para o meu quarto esperar então – disse Harry subindo as escadas as costas do tio, rindo da cara que tomava a cada segundo um tom mais púrpura do tio

- SEU MOLEQUE, O QUE QUER AQUI EM CASA, POR QUE NÃO FICOU POR ONDE ESTAVA COM AQUELE VELHO – disse o tio

- Olha que o Hagrid está aí fora, é só fazer um chamado que ele aparece aqui em um minuto – disse Harry, tentando conter o riso

- O que, aquele gigante ta aí fora, tudo bem pode subir – disse o tio amarrando a cara, e Harry subiu entre risos.

Harry, se jogou na cama ao entrar, nunca havia se sentido feliz ali, mas desde que conversou com Dumbledore de manhã e ao lembrar da reação da tia e do primo no início da manhã, sentiu-se feliz pela primeira vez na rua dos Alfeneiros. Não tinha passado nem 5 minutos que estava ali, quando ouviu a voz da tia no andar de baixo, discutindo com o tio.

- PETÚNIA, AQUELA ABERRAÇÃO ESTÁ AQUI DE NOVO, O QUE AQUELA CARTA TE FEZ NO VERÃO PASSADO, JÁ NÃO HAVIA TE DITO QUANDO CASAMOS QUE VOCÊ IRIA BANIR TUDO DA SUA IRMÃ DA NOSSA VIDA – rugiu o tio

- CHEGA VÁLTER, JÁ TIVE QUE PASSAR 18 ANOS SEM TER A LEMBRANÇA DA MINHA IRMÃ, CHEGA, EU E DUDA TEMOS QUE ATURAR A GUIDA O TEMPO TODO E VOCÊ NÃO PODÍA ATURAR LILY – disse a tia, e baixando a voz quase a um sussurro completou – só porque ela é, não, era uma bruxa – completou a tia com a voz embargada

- AH PETÚNIA – começou o tio, mas foi interrompido por Harry

- Desculpe tia por todos esses anos que te odiei, desculpe Duda, por todos esses anos que nos odiamos, podemos recomeçar tudo do zero, por favor, nunca tive uma família, e tio não me tire isso, por favor – disse Harry com lágrimas escorrendo pela face, a tia correu a lhe abraçar

- Ah, Harry querido, quem tem que pedir desculpas aqui somos nós, mas eu nunca conseguirei por uma pedra em cima do seu passado aqui nessa casa – disse tia não conseguindo conter as lágrimas – eu nunca irei me perdoar por ter te tratado daquele jeito. Desculpe-me, por favor.

O tio olhava para aquela cena perplexo, não querendo acreditar naquilo, então ele disse:

- Ah Petúnia o que aquele velho te disse – mas foi interrompido agora, mas nem por Harry, nem por Petúnia e sim por Duda, que tinha permanecido calado até ali.

- Pai, aquele velho a quem você está se referindo, é quem está mantendo cada um de nós vivos até este momento, se não fosse por ele, esses tais comensais já teriam invadido a casa – disse Duda, assustado – Eu vi eles dizendo que poderiam até achar a casa de Harry, mas nunca entrar aqui, porque aqui era um local protegido por Dumbledore. – continuou – Hoje pela manhã quando desci aqui, vi que aquele senhor emanava um poder jamais visto por essas bandas.

- Duda cale a boca – disse o tio

- Não, não calo, você e mamãe suspeitaram o verão inteiro que eu estava metido com uma turma da pesada, mas mamãe já sabe, aqueles são meus amigos e eles não são da pesada, eu saio o dia todo, porque não agüento ficar em casa ouvindo os seus mimos e os da mamãe, por favor pare eu já não mais o Dudinha – completou – E ah Harry, desculpa todos esses anos, eu queria que fosse como sua mãe, minha tia – disse Duda com brilho nos olhos – queria que todos fossem amigos.

Harry atravessou a sala e abraçou Duda murmurando “podemos recomeçar”. E logo já estava tudo resolvido ali, o tio perplexo com tudo aquilo, mas a tia e Duda e Harry felizes.

No fim da tarde, Harry disse que precisava ir, se despediram e prometeram se corresponder durante o ano, Harry abraçou e beijou a tia, abraçou Duda e quando chegou ao tio disse:

- Tio eu queria apenas que o senhor me aceitasse, não precisa nem gostar de mim – disse Harry, para em seguida sair.

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