Dúvidas e surpresas

Dúvidas e surpresas



Mais tarde, na torre de Grifinória, Rony entregou a Sophie um bilhete de Fred.
“Me encontra perto do Salgueiro Lutador, às 9. Fred”
- Nem me pergunta. - disse Rony – Ele só me pediu pra entregar.
Sophie pegou emprestada a capa de invisibilidade de Harry, e, com a ajuda de Hermione, deixou a torre, e em seguida a escola. Fred a esperava no local combinado; sem dizer palavra, ele apertou um nó no tronco da velha árvore, que ficou imóvel, permitindo que eles pudessem entrar em um buraco entre as enormes raízes. Fred conduzia Sophie por um longo túnel de teto baixo; por mais que a garota perguntasse, ele não disse a ela aonde estavam indo. Ao fim do túnel, ele lhe pediu que fechasse os olhos, e, segurando a mão da garota, conduziu-a para cima, depois, a fez subir uma escada.
- Pode abrir os olhos, agora.
Sophie abriu os olhos, completamente surpresa com o que via: sabia que estavam na Casa dos Gritos, mas era quase impossível acreditar que era o mesmo lugar que ela havia visitado antes. O cômodo estava muito limpo, e nele havia uma mesa de jantar, posta para dois.
- Fred...
Sobre um dos pratos, um lírio branco, a flor favorita de Sophie, e ao fundo, uma música romântica parecia vir de lugar nenhum. A única iluminação vinha das muitas velas, espalhadas por todo o lugar.
- Dança comigo? – ele perguntou, sorrindo.
- Claro! – respondeu ela, ainda impressionada.
Dançaram juntos, e Sophie sentia arrepios, onde a mão do garoto a tocava. Depois jantaram; a comida estava deliciosa, e eles se divertiram trocando colheradas de sobremesa. Depois ficaram juntos, como costumavam fazer no salão comunal da Grifinória, em um sofá muito confortável. Ele contou como conseguira fazer aquilo tudo, com a ajuda dos amigos, e eles ficaram namorando durante um certo tempo. Em dado momento, Sophie sentiu a mão de Fred “escorregar” um pouco sobre seu corpo, e se afastou um pouco.
- Fred, por favor... não.
- Desculpe. Rápido demais, não é?
Ela assentiu.
- Tudo bem, não vou tentar mais nada. Eu posso esperar. – disse ele, puxando-a de volta para perto.
- Obrigada.
Ele realmente se comportou, e os dois tiveram um fim de noite muito agradável. Depois, com a ajuda da capa, e do Mapa do Maroto, emprestado a Fred por Harry, voltaram para a escola, e foram dormir, ambos com sorrisos nos rostos.
Enquanto os garotos tinham essa noite mágica juntos, em Grimmauld Place, Sirius pensava em Sophie.
“A minha menina, minha Zoe... já é uma moça. E como é linda! É linda como a mãe, tem o sorriso dela. Mas os olhos, os olhos são definitivamente os meus. Não acredito que ela está aqui, tão perto...”
- Que cara é essa, Almofadinhas? - perguntou Lupin ao chegar à casa e encontrar o amigo, perdido em pensamentos.
- Eu fui a Hogsmeade, hoje. Ver Harry e os outros.
- Você está ficando maluco, Sirius? - perguntou o lobisomem - Sabe que Fudge quer a sua cabeça, e se arrisca desse jeito?!
- Eu estou aqui, não estou? - perguntou Sirius, um pouco irritado - Além disso, não aguento ficar tanto tempo trancafiado nessa casa, Remo.
- Bem, - disse Lupin, percebendo a agitação do amigo - mas tenho certeza de que não foi o fato de ter visto Harry que o deixou assim, pensativo.
- Não, não foi isso.
- E então? - perguntou Remo, já ficando impaciente com a reticência de Sirius.
- Aluado... eu... encontrei a Zoe.
- Você o quê???
- A Zoe está em Hogwarts, estudando com Harry.
- Mas como...? Explica essa história direito, Sirius.
- Eu não sei bem, só sei que ela estava morando no Brasil, com o... o... pai, mas decidiu vir pra Inglaterra, e está fazendo um intercâmbio em Hogwarts.
- Merlin!
- Ela é linda, Aluado, linda! Tem o sorriso da Isa, e os meus olhos. E é alta, quase da altura do Harry, e é inteligente e imagina, já está até namorando! E... ah, você tem que vê-la.
- Mas, e agora, Sirius? O que vai fazer?
- O que vou fazer? Eu não sei ainda. Primeiro, preciso falar com Dumbledore, mas quero me aproximar dela, Aluado, conhecê-la melhor.
- Eu... nem sei o que te dizer...
- Me dá os parabéns, ora! Eu encontrei a minha filha, Remo, a minha menininha!
- Ela já não é uma menininha, Sirius, tem quinze anos, é uma moça. E não será tão simples se aproximar dela, sobretudo quando souber da verdade.
- Eu sei, mas... mesmo assim, Aluado. A minha Zoe... a minha menina...

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