Indo para casa
Os dias que se seguiram foram, para Sophie, um longo martírio. Ela quase não conseguia concentrar-se nas aulas e, por sorte, tinha Hermione por perto para ajudá-la. As duas quase não tinham notícias dos Weasley, e Sophie ansiava por saber sobre Fred. Elas sabiam apenas que o pai dos garotos ainda não deixara o St. Mungus, mas que aos poucos ia se recuperando.
Sophie ficou ainda mais desanimada, enquanto, junto com Hermione, arrumava seu malão, pois a amiga iria ao encontro de Harry e dos outros, e Sophie ainda não sabia bem o que fazer. Ainda hesitava em voltar à mansão D'Argento depois dos últimos acontecimentos no bosque.
Elas conversavam sobre isso, enquanto andavam pelo corredor, em direção ao Salão Principal, porém foram interrompidas ao esbarrarem em Draco Malfoy e seu séquito de puxa-sacos.
- É vergonhoso! Um dos últimos membros de uma importante família de sangue-puro, andando com esse tipo de gente. - disse ele, apontando Hermione.
- Cala a boca, Malfoy! - disse Sophie, entredentes.
- Você podia arranjar amigos muito melhores do que a sangue-ruim da Granger, D'Argento.
Sophie puxou a varinha, apontando-a para o peito do garoto, que empalideceu.
- Sophie, não precisa... - começou Hermione.
- Escuta bem, sua fuinha insuportável, é melhor você calar essa sua boca imunda agora mesmo. Se eu ouvir você chamá-la assim de novo, juro que te mando pra uma longa temporada numa cama do St. Mungus!
E dizendo isto, pegou Hermione pelo braço e desviou de um Malfoy completamente estupefato.
- Não acredito que você fez aquilo! - disse Hermione, ainda espantada, olhando a amiga.
- Ele ofendeu minha amiga. Além disso, eu também não tenho sangue puro, lembra?
E rindo, as duas se dirigiram ao Grande Salão, para o último almoço antes de partirem para os feriados de Natal. Apesar da satisfação pelo que havia dito a Malfoy, Sophie continuava chateada e indecisa, mas ao chegar à mesa da Grifinória, teve uma agradável surpresa. Uma coruja, meio fora de hora, pousou à sua frente, com um pequeno envelope preso à pata. Era uma carta de Laura.
“Black!
Adivinha só?! Nós (eu e a Jô) vamos aí te ver!!! Você se queixou taaaaanto que ia ficar sozinha nos feriados, que decidimos ir até a Inglaterra ficar com você. Assim você pode ir pra mansão sem medo; nós não te deixamos nem chegar perto do bosque, se precisar, a gente te amarra na cama.
Além disso, vamos passear tanto, que você nem vai ter tempo de pensar nisso. E a gente também pode marcar de sair um dia, junto com as suas amigas de Hogwarts, que tal?
A gente se vê no sábado, beijos (meus e da Jô)!
Lau”
Sophie mostrou a carta a Hermione, que adorou a idéia, e ficou de falar com Gina. Elas manteriam contato, e, antes do retorno das Diamantes ao Brasil, marcariam um encontro.
Foi com tristeza que as duas meninas se despediram na estação de King's Cross. A Sra. Weasley já esperava Hermione na plataforma, e levou a garota em uma aparatação acompanhada. John esperava do lado trouxa da barreira, para levar Sophie à mansão.
Chegando à casa da avó, Sophie olhou com tristeza na direção do bosque, mas logo afastou de sua cabeça estes pensamentos. Ela não iria até lá, e sobretudo, não veria Jael.
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