Curtindo os feriados
Hermione e a sra. Weasley chegaram a uma rua vazia e escura, parando diante de um conjunto de casas, enquanto a mulher procurava algo dentro da bolsa.
- Aqui, minha querida, leia isto. - disse a mulher.
Em um pedaço de pergaminho, escrito em uma letra rebuscada, Hermione leu a seguinte frase:
“A sede da Ordem da Fênix pode ser encontrada em Grimmauld Place, nº 12.”
- Mas não... - a garota começou a falar, mas interrompeu-se quando entre os números onze e treze, uma outra casa começou a surgir.
- Eu tenho que ir, querida, e você deve entrar. Os garotos explicarão tudo a você, está bem?
- Está bem.
- Agora entre. - disse a mulher, que em seguida aparatou.
Hermione entrou na casa que estava silenciosa e parecia vazia.
- Olá?! - perguntou ela.
- Mione! - Harry surgiu de um dos corredores e veio em sua direção.
- Pôxa! Pensei que não fosse vir, Mione. - disse Rony, aparecendo logo em seguida.
- Que raio de lugar é esse? - perguntou a garota, olhando ao redor.
- Vem, vamos pra cozinha. Lá te explicamos tudo.
Após deixar Hermione em Grimmauld Place, a sra. Weasley voltou ao St. Mungus. Segundo ela, o marido estava agora melhorando rapidamente, e receberia alta logo; seria o grande presente de Natal daquele ano. Na cozinha da Mansão Black, os garotos, junto com Sirius, explicaram para a garota sobre o lugar.
- Quer dizer, então, que a Ordem realmente voltou à ativa? - perguntou ela.
- Sim.
- E esta aqui é a casa de Sirius...
- Não, essa é a antiga casa da minha família.- disse Sirius - Há muito tempo ela já não é mais o meu lar.
- E quando saiu daqui, foi pra onde, Sirius? - perguntou Harry.
- Pra casa do seu pai. Eu sempre fui bem-vindo na casa dos Potter.
O dia seguinte foi, decididamente, muito agradável, pois agora eles sabiam que o sr. Weasley não corria mais perigo. Jogaram várias partidas de Snap Explosivo e, com a ajuda de Sirius, treinaram duelos, o que seria útil para as aulas da “ED”.
Na mansão D'Argento, Sophie era só expectativa: Laura e Joanna deviam chegar a qualquer momento. Mas tudo já estava pronto, os quartos das meninas estavam arrumados, os pratos do jantar decididos. Quando as duas garotas chegaram, foi uma enorme festa.
- Black! Você tá linda! - disse Joanna.
- Meninas! Que saudade eu tava de vocês!
- Soph, temos tanto pra conversar... - falou Laura.
- Você nem faz idéia, Lau. - disse Sophie, sorrindo.
As três se abraçavam, matando a saudade acumulada por meses de distância.
- Nossa! Mas vocês cresceram um bocado desde a última vez em que as vi! - disse a avó de Sophie, dando um abraço em cada uma das meninas.
Sophie e as amigas subiram para os quartos, pois havia muito a conversar. Sophie ajudou as meninas a desfazerem as malas, e elas logo começaram a contar as novidades da A.M.B.A.. Ficaram horas conversando, e naquele espaço de tempo, Sophie ficou sabendo de tudo o que estava acontecendo em sua outra escola, quem estava namorando, quem havia brigado, quem continuava na escola e quem, como ela, havia saído de lá. Sophie, por sua vez, também tinha muitas coisas a contar para as amigas; contou tudo o que aconteceu desde que chegara a Londres e a Hogwarts, sobre Jael, os novos amigos e, principalmente, sobre Fred. Mostrou a aliança em seu dedo, e contou, em parte, o que havia acontecido na noite em que a recebera.
Elas mal viram a tarde passar; a empregada da casa trouxe-lhes um lanche, que elas comeram no quarto mesmo. Estavam tão contentes por estarem juntas, que só notaram quanto tempo havia passado quando a empregada voltou para chamá-las para o jantar. Naquela noite, dormiram todas em um mesmo quarto; ouviram música, conversaram e riram até muito tarde.
No dia de Natal, o sr. Weasley voltou para casa, bem a tempo da entrega de presentes, que aumentaram em quantidade, com a chegada de corujas, com os presentes de Sophie para os amigos. Gina e Hermione também receberam uma carta, marcando um encontro só de meninas dali a dois dias, em Londres, para que elas e as Diamantes pudessem se conhecer. Elas pediram, pediram e pediram, até convencer a sra. Weasley a deixá-las ir.
- Por favor, mãe!? - pediu Gina, com a cara mais pidona que conseguiu fazer.
- Não sei, meninas... vocês andando sozinhas por aí...
- Seremos um grupo grande, sra. Weasley, e vamos passear pela Londres trouxa, que é sempre muito movimentada. - argumentou Hermione.
- Eu não sei, fico com medo de deixá-las ir... E se algo acontecer?
- Não vai acontecer nada, mãe! Por favor, por favor!?
- Está bem! - disse a sra. Weasley, resignada - Desde que não voltem muito tarde.
- Tá bom! Valeu, mãe!
- Obrigado, sra. Weasley.
Com a presença das amigas, Sophie resistia melhor à vontade de ir ao bosque D'Argento. Ela havia conversado, mentalmente, com Jaspe, explicando que não iria ao bosque e ficaria longe de Jael, para o bem de ambos. O centauro não concordou com a decisão de Sophie, mas atendeu aos insistentes pedidos da garota de que ele não a procurasse. Porém, mantinha contato constante com ela, através do elo mental que os unia.
Embora houvesse controlado Jael, Sophie recebeu uma visita inesperada, vinda do bosque. Foi avisada, certa manhã, enquanto Laura e Joanna ainda dormiam, de que Cristal a esperava no estábulo. Ela deixou o café pela metade, e foi ao encontro da jovem centaura.
- Cristal? O que faz aqui? - perguntou Sophie.
- Quero saber o que pretende. Há dias está aqui, mas ainda não foi ao bosque, ou se encontrou com Jael. Isto não é normal vindo de você.
- Não quero prejudicá-lo ainda mais. Soube o que aconteceu, Cristal, e quero que saiba que eu realmente lamento.
- Ha! - fez a centaura - Não acredito em você.
- Deveria. Desejo apenas a felicidade de Jael, Cristal, da maneira que for. Eu o amo tanto quanto você, mas de uma maneira diferente.
A centaura parecia considerar as palavras de Sophie.
- Por isso não foi ao bosque?
- Sim. Jael nasceu para ser o líder do bando, e minha presença, de alguma forma, o está impedindo de cumprir seu destino. Sei que o ama, Cristal, lute por ele! Mas não contra mim, eu não sou a ameaça.
- Nada que eu faça parece se comparar aos talentos da perfeita Sophie, amada por Jaspe, tanto quanto por Jael. - disse Cristal, baixando totalmente a guarda.
- Não vê que está atacando o alvo errado? Cada vez que me ataca, você se diminui perante Jael. Ao invés de expôr meus defeitos, mostre suas qualidades. Não bata de frente com ele, Cristal, sabe o quanto Jael é teimoso. Mostre o quanto seu amor é grande, prove a ele que pode ao menos tentar fazê-lo feliz.
- Por que está me dizendo tudo isto?
- Eu já disse, Cristal. Amo Jael, como amaria a um irmão, por isto nunca consegui afastar-me dele. Jurei cuidar dele e protegê-lo, com minha vida, se necessário. Apenas desejo que ele esteja bem, e creio realmente que possa fazê-lo feliz.
- Julguei-a mal, Sophie, eu estava errada. Não era você a inimiga, mas eu mesma. Agora a compreendo, e peço que não se afaste dele... de nós.
- É bom ouvi-la dizer meu nome, sem rancor. Dê tempo a Jael, é só o que ele precisa. Agora vá, não deve ficar tanto tempo fora do bosque.
E enquanto Cristal se afastava, em direção ao bosque, Sophie voltou para a mansão, sentindo-se aliviada, após a conversa com a jovem centaura.
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