Finalmente executando o plano



Sirius estava na sala limpando a sujeira na sala provocada pelas suas patas quando ainda estava na sua forma canina e tinha acabado de chegar. Aproximadamente meia hora após a sua volta, todos estavam reunidos na sala agora já limpa e sem marcas de pata de cachorro suja de lama. Sem rodeios a Sra. Weasley pediu gentilmente que Sirius contasse tudo o que estivesse acontecendo ou escondendo.

-Só quero saber o que você esconde sobre Nike Otenn.

Sirius olhou desconfiado para a Sra. Weasley como se ela estivesse mentindo e não houvesse nada a ser dito.

-Eu não escondo nada em relação a Nike Otenn
-Mentiria tem perna curta, Sirius.

O Sr. Weasley também tinha a mesma expressão que a sua mulher. Carlinhos e Gui estavam quietos e ainda não tinham se pronunciado.

-Vocês acham que eu estou mentindo?
-O seu afilhado parece estar comprovando isso.
-Como o Harry está relacionado com Nike Otenn?
-Ele desenvolveu um dom muito curioso que ele tem ou – fez uma pausa e disse sua frase seguinte com uma entonação maior – que ele já tinha e não sabia.
-O que exatamente?

Nessa hora Carlinhos foi o primeiro a pronunciar e certamente roubou a pergunta que Sirius tanto queria saber a resposta.

-Harry sonha com coisas que acontecerão futuramente.
-Premonições?

Agora que tinha falado era Gui. Ele e Carlinhos que pareciam não estar muito interessados no assunto mudaram totalmente de opinião.

-Não sei filho. Harry parece que também sonha com coisas que acontecem em tempo real.
-Então isso não são premonições exatamente. Quem tem o dom da premonição consegue enxergar qualquer situação em qualquer momento.
-Nossa Carlinhos, não sabia que você entendia tanto de premonições.
-Bom , eu acho que não faz muito sentido um bruxo como o Harry ter premonições.
-Ok, ok. Meninos, vocês estão deixando Sirius fugir do assunto.Mesmo sem querer.
-Bom Harry ficou sabendo sobre Nike através de um sonho?
-Isso mesmo.

A Sra. e o Sr. Weasley contaram à Sirius sobre Nike Otenn. Sirius ouvia tudo atentamente e no meio do narração dos amigos ficou impressionado com os mínimos detalhes da discrição de Harry que estavam mais que corretos. Sirius não sabia direito o que falar, estava realmente impressionado. Só restava contar a verdade que nunca acharia que alguém descobria.

-Eu estou fazendo isso mais pela Tonks do que por mim mesmo.
-O que a Tonks tem a var com essa história?
-A Tonks tem algo que Nike Otenn quer.
-O que é Sirius?
-Faz cerca de 1 ano que Nike Otenn tem problemas com seu mestre. Ele era até naquele momento um dos comensais preferidos de Voldemort. Acontece que decepcionou Voldemort por sua incompetência. Fazia planos para Voldemort tentar matar Harry na finalidade de que vencesse a profecia. Só que não foi cauteloso e um auror descobriu tal plano. Ele só tinha a missão derrotar bruxos poderosos e sem querer acabou descobrindo o plano.
-E a Tonks?
-Depois de tal episódio Nike tem tentando fazer qualquer coisa para voltar ter confiança de Voldemort, principalmente assuntos relacionados a profecia. A parte que a Tonks entra é que ela descobriu que tem na casa dela um livro com inscrições que Nike Otenn quer.
-Que tipo de inscrições são?
-Esse que é o problema.Não sei que linguagem está sendo usada no livro, mas o que está escrito realmente é importante. Ele literalmente está correndo atrás da Tonks.
-Então você está correndo risco pela Tonks?
-É basicamente isso.
-Sirius, tome cuidado.
-Isso me lembra uma coisa.

Jorge assim que falou olhou para Fred e ambos deram risadas juntos. Sirius ainda estava sério e tanto quanto o Arthur e Molly Weasley queriam dar risadas, porém estavam controlando-se. Fred novamente estavam rondando Sirius. No bom ou na mal sentido o questionário começou:

-Já vi que foi um esforço enorme para falar tudo isso.
-Foi um pouco. Só quero saber qual a graça.
-Nada invisível Sirius.
-Pode ser mais claro por favor?
-Quem sabe algo que pode ser comparado com a Tonks?
-O que?
-Nada, deixa pra lá.
-Sirius pode me dar uma ajudinha com o almoço?
-Claro.


Sirius caminhou até a cozinha e começou a ajudar a Sra.Weasley picar as cenouras que estavam na pia.

-Você tem sorte de eu não ter batido em seus filhos.
-Eles merecem?
-Sim.

No meio do silêncio, a voz de Carlinhos surgiu do fundo da cozinha onde ele bebia uma garrafa de cerveja amanteigada. Ele fez claramente um sinal para conversarem em particular.

-Eu vou falar o que está acontecendo.
-To esperando.
-Olha Sirius, o Lupin já está casado com a Tonks faz alguns meses. Você tem que arranjar uma mulher. O tempo passa rápido.
-Eu sei. Vou ter que sair mundo a fora pra arranjar uma ou...
-Ou o que Sirius?
-Reencontrar uma.
-Como assim, você tem um amor perdido no mundo?
-Tenho. Mas já faz muito tempo.
-Conta!
-Era uma sextanista que entrou em Hogwarts na mesma época que eu. Por incrível que pareça eu só conheci ela de verdade na Páscoa do quinto ano dela. Eu tentei passar o máximo possível de tempo perto dela .O problema era que como ela é um ano mais nova, num tive mais contato com ela. Eu fui e a Amy ficou.
-Esse era o nome dela?
-É. Amy Sunders. Uma bruxa inglesa mestiça muito linda, loira de olhos azuis.Delicada, inteligente, sincera, bonita e corajosa. Nunca na minha vida conheci mulher tão bondosa e amiga. Só era um pouco tímida com os meninos
-Tipo com você?
-É, tipo comigo.
-Qual era a casa?
-Lufa- Lufa.
-Ela mora em Londres?
-Sempre morou aqui ao não ser que se mudou.Também eu já não sei isso.
-Como vocês nunca se encontraram morando no mesmo lugar?
-Vou ficar lhe devendo essa resposta, Carlinhos.

Sirius não conseguiu dizer mas nenhuma palavra. Só de dizer o que definiria basicamente Amy já fez sentir-se muito mal. Começou lembrar do seu perfume, do seu jeito lindo de falar e da sua maravilhosa personalidade. Imaginou revê-la em algum lugar do mundo quando a viu pela primeira vez sem as tradicionais vestes de Hogwarts. Queria revê-la com vestido longo branco de aparência leve, dando mais suavidade a Amy. Isso fez Sirius pensar seriamente numa coisa. Eu preciso e quero reencontrar Amy.

-Sirius?

Jorge que durante um tempo estava longe voltou no local em que Sirius conversava com Carlinhos.

-Está tudo bem?
-Só fiquei lembrando dos meus tempos de Hogwarts.
-Mas precisamente de Amy Sunders.
-Quem é Amy Sunders?
-É o amor de escola de Sirius que está em algum lugar do mundo.
-Sirius, venha já pra cá se não o almoço vai se transformar em jantar! – Bradou a Sra. Weasley.
-Vai lá Sirius, falar do passado e da vida amorosa parece ser um pecado nessa casa.
-Jorge!
-Olha que nós já ouvimos muita coisa...
-Vou fingir que não estou ouvindo,Fred e Jorge Weasley!



Depois do almoço pronto Sirius foi o primeiro a comer. Não tinha feita uma refeição decente até essa última semana. Não sabia direito o que era almoçar, e por isso tão bem que até se assustou. Para encerrar o banquete, bebeu uma garrafa inteira de cerveja amanteigada e sentiu-se satisfeito. Não queria pensar em dormir, tinha que fazer outras coisas. Só que quando alguém fica uma semana num quarto escuro, sendo maltratado por um ser desprezível, realmente queremos apenas dormir.
Molly estava na cozinha arrumando a pequena bagunça ocorrida após o almoço. Arthur que deu uma pequena saída do Ministério para ficar com a mulher e com os filhos, agora não estava mais em casa. Carlinhos, Gui e os gêmeos Weasley estavam fazendo um torneio de xadrez de bruxo. Molly porém ainda cuidava da casa e também procurava algo para fazer pois estava entediada. Sirius estava dormindo de bruços na sofá mais perto dos meninos, e parecia que estava dormindo como se estivesse de ressaca depois de ter bebido muito. A Sra. Weasley ficou perto dos filhos e eles conversaram animadamente só que em outro cômodo para não atrapalhar o sono profundo de Sirius. A conversa estava boa, mas Gui e Carlinhos lembraram que estavam trabalhando também e que só puderam ficar longe de casa por motivos especiais. Fred e Jorge também tinham que voltar trabalhar na loja que eles já tinham há dois anos, graças à ajuda de Harry doando os 1000 galeões do prêmio do Torneio Tribruxo. As coisas realmente não estavm muito fáceis para ninguém.
3 horas mais tarde, Sirius acordou e encontrou a Sra. Weasley do seu lado. Ela, por acaso adivinhou o que Sirius queria fazer. Conversar.

-Eu preciso encontrar a Tonks.
-Precisa, mas você não vai fazer isso sozinho. A Ordem vai participar.
-Isso não é o meu assunto pessoal?
-A partir do momento que se trata de você-sabe-quem não.
-E Nike Otenn?
-Isso eu considero problema seu. Qualquer discussão entre vocês dois é problema dos dois. Mas eu estou te avisando, se você encontrar qualquer coisa que possa ajudar a Ordem, não esconda ou vai ser pior para você.
-Ai ai ta me dando medo – Sirius escondia um sarcasmo por trás de sua voz, mas que na verdade não era tão secreto tal que a Sra. Weasley.
-Não seja irônico, eu falo sério.
-Ok, vou ser obediente.
-Ótimo. Não esqueça-se de falar com Lupin, ele merece saber de tudo.



***

Harry que estava com Hermione fazendo a grande quantidade de deveres que os professores haviam mandado fazer. No meio de seu livro de Poções ele achou algo que realmente lhe deixava feliz. Um calendário com vários dias riscados. Já na metade de novembro, faltavam apenas alguns dias para o aniversário de Cho e outros poucos para o Natal. A idéia de ver Sirius novamente é tão reanimadora que poderia mudar ao extremo caso estivesse mal.

-Sabe Mione, não vejo a hora de ver Sirius.
-Dezembro está chegando, vocês vão se ver em breve.
-Dezembro vai ser magnífico. – É claro que estava falando do aniversário de Cho, no terceiro dia de dezembro.
-Depois de ver Sirius acabar com o aniversário de Cho vai ser magnífico para você.
-Claro.
-Parece que o casal não anda muito bem.

Harry parecia não acreditar o que ouviu, mas é a verdade.

-O que?
-Parece que Cho e Rony andam brigando
-Isso vai nos ajudar. Desde de quando você sabe disso?
-Desde hoje de manhã. Só não contei porque esqueci e também porque era arriscado. Eu tenho que ser discreta.
-Eu acho você discreta. E o nosso correspondente também. Por favor Mione, vamos acabar logo essa tarefa.

Alguns minutos depois eles já tinham acabada de fazer toda a lição, até adiantaram os deveres mais compridos para as próximas semanas. Harry e Hermione juntaram-se ao grupo de amigos que estavam conversando porque já haviam terminado o dever. Gina, que ultimamente não estava tão perto deles, aproveitou para conversar.


-Oi Harry.
-Oi. Como você está?
-Bem. Você não vê a hora de ver Sirius não é mesmo?
-É... Mas o Natal está chegando, logo eu irei encontra-lo novamente.
-Ah, Harry, esqueci de contar uma coisa pra você.
-O que?
-O Carlinhos me enviou uma carta e disse que tudo está bem, só que ninguém decobriu nada e a Tonks nem está na cidade. Resumindo, tudo igual a antes.
-A sua mãe ainda ta irritada com o Sirius?
-Não muito. Mas,apesar de não gostar quando a mamãe fica brava, sabe que é para o bem dele.
-Eu tinha a impressão de que algo estava acontecendo sem o me consentimento.
-Até poderia ser, mas eu estranharia a falta de informação.
-Nossa Gina, apesar do que o Rony fez comigo, eu sinto falta daquela época em que ficávamos discutindo Quadribol e comendo os doces da Dedosdemel. Ta faltando algo em mim, é como se estivesse um grande buraco.
-Não é nenhuma surpresa, vocês se conhecem há muito tempo. Mesmo que vocês brigam, um precisa do outro. É amizade verdadeira daquelas que são difíceis de encontrar.
-Só que o seu irmão não vai me impedir de ir na sua casa nas férias, ok?
-Com certeza. Pena que o Fred, Jorge, o Gui e o Carlinhos não ficam muito tempo lá.
-Eu gostaria de reencontrar eles também.
-O Gui e o Carlinhos já saíram de casa, tão trabalhando novamente. Fred e Jorge também tão trabalhando muito, a loja está rendendo bons frutos.
-Eu fiquei lembrando do Torneio Tribruxo.
-Você foi de grande ajuda Harry. Muito obrigada do fundo do meu coração.

Gina sentia-se feliz mas logo teve uma sensação estranha. Sentia o seu corpo quente e começou a ruborizar levemente. Suas mãos, embora não demonstrassem nervosismo através de gestos incontroláveis, escondiam um segredo. Simplismente estavam frias, muito mais do que o normal. Suava frio. Sentiu também um solavanco no estomago como na primeira vez que viu Harry.
Repentinamente mudou o curso do seu pensamento. A idéia de voltar a gostar dele já tinha soado como sinal vermelho. Demonstrava que, apesar de Gina sentir-se bem ao seu lado, isso significa conviver com problemas do passado causando confusões sentimentais. Isso a afetaria e a outras pessoas como Rony e Hermione. Pensar no que poderia acontecer no futuro gostando de Harry começava a atormentar sua cabeça.

-Gina, você está bem?
-Claro – mentiu.
-Não está me convencendo - disse Harry, cético
-O que aconteceu com você para ficar desse jeito?
-Estou escondendo alguma coisa?
-Por favor, não faça isso comigo. Você não é assim, e com certeza algo está errado.Eu não quero discutir com você e muito menos vou te pressionar para falar algo. Só não machuque as pessoas que estão à sua volta. Elas não merecem e sofrem mais do que você imagina.

Gina abriu a boca para protestar mas nem chegou ser ouvida. Um som estranho e abafado na tentativa de falar algo foi pronunciado por ela. Seria uma justificativa coerente em sua opinião se Harry não tivesse ido embora. Totalmente desanimada se afastou de todos e ficou quieta num canto do ambiente. Precisava ficar sozinha e refletir sobre os últimos acontecimentos. Hermione que de longe viu Gina já sabia o que acontecia. Harry novamente aproximou-se dela. Não havia segredos entre eles, Hermione só de olhar os trejeitos de Harry sabia como ele estava. Para cada reação tinha que fazer algo diferente

-O que aconteceu? Você está muito chateado. E a Gina também.
-Eu nem conidero uma discussão. Fui sincero, e pelo jeito ouvir a verdade macuca ela.
-Mas o que você disse?

Harry relatou sua conversa com Gina para Hermione. Ficou envergonhado porque esqueceu que ele próprio citou a amiga no meio de sua fala. Não queria que ela ficasse triste por sua causa.

-Desculpa, Mione. Foi sem querer – falou Harry sem jeito.
-Não, tudo bem. Eu tenho e reconheço os meus defeitos. Eles fazes vocês sofrerem.

Houve um silêncio. A palavra “vocês” fez de alguma forma lembrar dolorosamente Rony. Mudaram rapidamente de assunto e eles pareciam estar bem naquele momento. Não seria uma alegria prolongada, porque é difícil não pensar numa situação complicada que ocorreu em tal dia. Pelo menos ele desejava não pensar sobre isso.
Os dias passaram e novembro se aproximava. Nada diferente acontecia. Tudo ocorria conforme a rotina de Harry. Pode parecer estranho, mas ele adorava viver na rotina. Rodeado de amigos, apesar da fase complicada que vivia, não tinha motivo para reclamar.
É uma ironia, viver feliz no meio de tantos problemas? Talvez. Se isso fosse considerado uma ironia, Harry em nenhum momento discordaria. Aprendeu que é na dificuldade que encontra-se a solução, que depois do tombo nos levantamos. Por mais que a tempestade seja forte e demore para cessar, o sol sempre brilha no final. Quem sabe o meu vai começar brilhar, pensou Harry.
Finalmente chegou novembro. Harry assustou-se em ver um encomenda urgente chegando pelo correio. A curiosidade em saber o conteúdo era grande, mas o aviso “ Não abra isso perto de muita gente. Confidencial” nas letras de Sirius fez com que ele parasse. Passou ao embrulho pra Hermione que analisava algo que Harry não podia compreender. Como era muito cedo, resolveram subir rapidamente para a sala comunal da Grifinória e abrir o pacote.
Chegando lá, Harry, eles ajeitaram-se num canto mais próximo e foi Hermione que abriu o pacote. Encontrou um livro de capa lisa. Abriu-o e logo na primeira folha amareladaviu um pedaço de pergaminho. Harry sabia de que poderia ser outro aviso de Sirius. Tinha uma expressão preocupada e, por isso nem deu tempo para que conseguisse ler a carta em voz alta. Hermione parecia muito aflita.

-O que foi Harry?
-Esse livro estava na casa de Tonks, e é isso que Nike Otenn quer.
-É o que tem nesse livro?
-Várias inscrições... Lupin acha que é a língua das cobras.

Hermione estava perdida. Sentia uma mistura de emoções. Enquanto mostrava-se curiosa também estava agoniada e apreensiva. Era fácil de reconhecer esses sentimentos pelo seus olhos, que fitavam ao mesmo tempo, o livro e Harry. Esse não demonstrava apreensão. Tinha toda a calma rondando o seu espírito. Era a constatação de muitas hipóteses. Lentamente, virou as folhas amareladas vazia, até chegar numa com poucas palavras escritas. Não tinha dúvida. Realmente é a língua das cobras.

-Harry por favor...
-“ Amizade, poder e fidelidade a cima de tudo”
-Esse é o titulo do livro?
-Não exatamente. Parece ser um tipo de conselho ou aviso.
-Então é um livro pessoal?
-Com certeza. A letra mal feita sugere isso.
-Harry eu vi alguma coisa no final da página.
-O que?
-Parece ser um símbolo
-Mas só é um rabisco – disse Harry afastando o dedo que estava na ponta da página.
-Deve ter magia protegendo-º
-Pode reverter?
-Dá muito trabalho, e não é simples.
-Tudo bem, não podemos fazer mais nada com esse livro, temos que descer.

Harry abriu sua mochila, colocou o livro e saiu da sala em direção as masmorras para ter outra aula tediante. Hermione seguiu o garoto, pensando no símbolo misterioso que o livro continha. Ela realmente queria saber o que aquilo significava.

***

Nike Otenn nesses últimos dias andava desleixado. Ainda não podia acreditar no que fez. Culpava-se toda hora e tinha razão. Deixou Sirius Black escapar por nada. Estava tão furioso, que foi cpaz de tomar uma garrafa inteira de cerveja amanteigada nas primeiras horas da manhã. Essa é a sua bebida favorita depois do uísque de fogo. Beber, para ele, ajuda esquecer os problemas, e nesse momento beber uísque de fogo seria ótimo. Como a sua única garrafa desta bebida cara tinha acabado, apelou pela cerveja. Olhou para o relógio e viu que já deveria ter saído de casa. Não queria se atrasar muito.
Saiu de casa e logo chegou no lugar combinado. Não era agradável ficar ali, ainda mais sozinho como Nike estava. A casa era todo construída de grotescas pedras sujas e escuras. Esse tipo de material dava a sensação de estar numa fortaleza onde não poderia mais sair. O imóvel parecia ser também inabitável. Nike sem muita paciência, continuava bater na porta para obter resposta. Mas não conseguiu. Observou um homem aproximar-se de onde ele estava. Finalmente.

-Demorou um pouco, mais do que eu imaginava.
-Que isso Nike, há quanto tempo eu não te vejo?
-Há muito tempo, mas eu só estou brincando.

O homem calvo de olhos azuis abraçou Nike. Os dois entram na casa e sentaram-se num móvel estranho que parecia um sofá coberto por poeira e teias de aranhas.

-Nike, eu sinto muito pelo o que aconteceu.
-Quer dizer que não me culpa?
-Eu não te culpo, e nem você deveria se culpar. Eu também cometi erros.
-Kirkle?

O homem denominado Kirkle baixou a cabeça demonstrando frustração. Depois de alguns segundos, refletindo, levantou a cabeça e disse:

-Eu também não posso me culpar. É pior para mim. Mas tenho que admitir que se o nosso livro está nas mãos da mulher do lobisomem, foi minha culpa.
-Como assim? – perguntou Nike, demonstrando confusão
-Endereço errado
-Isso não importa mais. O erro já foi cometido, Kirkle.
-Não fique preocupado, eu vou refazer os nossos planos. Não haverá mais falhas.

Nike e Kirkle conversaram um pouco e depois tomara chá. Agora falavam dos problemas que estavam envolvidos no plano. Tudo vai ficar bem.

***

Harry recebera boas notícias. Hoje é o aniversário de Cho e tudo estava pronto. David foi fiel no papel que foi designado, descobrindo as informações necessárias e evitando que alguém descobrisse o esquema. Muitas vezes perguntou para si o que estava fazendo era certo, como roubar a senha de uma outra casa para ajudar um amigo. Agora não é o momento para se arrepender. Se tudo realmente for um erro, esse já foi cmetido. Por outro lado, esse mesmo erro é um pingo da felicidade de Harry, e ele mais que ninguém merece ser feliz.
David sabia que o plano era arriscado, mas ele esforçou-se para que nada desse errado. Encontrou-se com Harry depois do fim das aulas do dia, perto do encontro de Rony e Cho.

-Olha eu nem sei como o James ficou sabendo disso, mas eles vão ficar juntos lá pra 7 horas da noite...Então você ainda tem 4 horas. – disse David consultando um relógio de prata muito brilhante.
-Ah, ok. E os presentes?
-Estão aqui. Guarde-os muito bem – David entregou pra Harry um saco feito de um tecido grosso de cor azul marinho.
-Vou ter que conjurar os feitiços ainda... – Harry pareceu por um momento ficar totalmente inseguro em relação ao plano em que trabalhara a dias.
-Isso é muito fácil pra Harry. Só tem uma parte complicada.
-Qual? – Harry agora sim chegou ficar com medo do que planejou. Para ele tudo estava perfeito. Só de pensar o que aconteceria depois se alguém falhasse provocava náuseas.
-Fazer tudo sem dar problema na Grifinória e na Corvinal ao mesmo tempo. Aconselho executar o plano agora, porque o James sabe exatamente o que Cho iria fazer no dia do seu aniversário. E agora tudo está tranqüilo pela Corvinal.
-Eu poderia usar minha capa de invisibilidade e o Mapa do Maroto.
-VOCÊ TEM UMA CAPA DE INVISIBILIDADE? - David falava aos berros, a sorte de Harry é que eles estavam num local sem a presença de outra pessoa.
-Tenho, é uma longa história. Por favor fique que eu vou correndo na Grifinória. – disse Harry jogando o saco do seu lado no chão.
-Harry, o que você vai fazer?
-Pegar umas coisas importantes. Se puder esconda esse saco. Já volto!



David que todo esse tempo estava conversando com Harry numa área perto do lago, ficou feliz em descobrir uma pedra que serviria como um esconderijo perfeito para o saco. Ficou observando Harry correr e diminuir o passo conforme ia afastando-se do local.Depois de não poder mais ver o amigo, começou a tacar algumas pedrinhas no lago. A distância não era favorável, mas ele não tinha outra diversão naquele momento.
Já Harry atravessava as áreas verdes até se aproximar do castelo. No meio do seu caminho passou pelo campo de quadribol e observou um grande número de pessoas vestidas de azul na arquibancada. Treino da Corvinal. Rony não iria perder a oportunidade de apreciar a namorada possivelmente segurando um pomo de ouro na mão.
Quando chegou na sala comunal da Grifinória que estava cheia de alunos, sentiu-se desconfortável em ver que seus amigos queriam sua companhia. Dino convidou para entrar na roda em que estava e conversar um pouco. Harry deu uma bela de uma desculpa esfarrapada e subiu no dormitório masculino. Pegou sua mochila e colocou nela a capa, o mapa do marota , sua varinha e outro objeto pra disfarçar a aparente falta de volume na bolsa. Sentia-se aliviado por não haver companhia no dormitório. Consultou o relógio e viu que ainda tinha tempo, os treinos de quadribol são demorados e os amigos podem acompanha-los até o final.
Tudo dava certo, mas Harry, preferiu não arriscar. Usou a capa de invisibilidade no momento em que viu como a castelo estava deserto. Atreveu-se até de usar o mapa, pois ele era extremamente útil naquela situação. Embaixo da capa e sabendo que ela não abafa sons pronunciou bem baixo:

-Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom

O toque suave de sua varinha fez o mapa mostrar as passagens, todos os lugares e pessoas que estavam em Hogwarts. Só era possível ver na região onde Harry estava um pontinho preto com o seu próprio nome. Estremeceu de ver no mapa aparecer repentinamente outro ponto preto com o nome do professor que ele menos gostava: Snape. Ele simplesmente passou perto de Harry, mas mudou de caminho.
O resto do trajeto foi tranqüilo e novamente já estava com David que parecia estar preocupado com a demora do amigo. Harry explicou para ele que não haveria perigo, já que os treinos de quadribol são demorados e que o pontinho preto de Ronald Weasley estava muito longe da torre da Grifinória no mapa. Harry começou enfeitiçar os presentes e David ajudou-o também, achava tudo uma brincadeira de criança divertida e fácil de ser feita.
É era quase isso, os dois pareciam duas crianças dando risadas só em enfeitiçar os objetos.Harry não escapou da pergunta sobre o mapa, e prometeu responder se David não ficasse falando para os seus amigos sobre o objeto. Explicou brevemente a sua função, e só respondeu à ele como conseguiu obtém-lo porque David insistiu na pergunta.
Depois que David ajudou Harry arrumar sua mochila, eles andaram até em outro ponto deserto da escola à espera de James. Ficaram ali cerca de 5 minutos. Harry despediu-se de James e David agradecendo a ajuda que lês proporcionaram para que o plano desse certo. Saiu acenando para os dois garotos, e sumiu do campo de visão deles, porque não iria abandonar o uso da capa que seu pai tinha lhe deixado. Passados alguns minutos, tudo estava . no lugar. As coisas de Harry e os futuros presentes de Cho guardados no armário de Rony. Não haveriam suspeitas.
Cho estava ansiosa por saber o que iria acontecer depois do seu treino de quadribol. O ruim é que iria ser corrido, pois o encontro era às 19:00 num lugar secreto. Saiu do campo e esperou o seu namorado que logo disse várias vezes que a amava. Também desejou muitas vezes que vida dela fosse espetacular e que tivesse um lindo aniversário. Andando abraçados entraram no castelo até cada um desviar o seu caminho e ir para sua respectiva casa.
Chegada a hora de encontrar a namorada e levar seus presentes, Rony foi rápido. Harry ficou longe de Rony, não queria arrumar confusão. Andou muito apressado até poder ver realmente Cho. Escolheram uma sala vazia do 3º andar e conversaram um pouco. Rony entregou para ela o presente. Na verdade era mais um “kit”. Tinha flores, um livro com fotos do casal e várias frases animadas e uma caixa de bombons em forma de corações.

-Rony que lindo! – exclamou Cho sem jeito, enquanto olhava todos os presentes e chorava de felicidade ao mesmo tempo.
-Que bom que você gostou eu fiz com muito carinho .
-Eu sei disso – Cho limpou suas lágrimas e logo abriu a tampa da embalagem do chocolate.
-Não vai comer?

Rony nessa hora pode até parecer insensível, mas Cho ficou admirando os presentes como se fossem algo de outro planeta. Era para se irritar. Quando ela finalmente pegou um bombom, Rony nunca mais vai esquecer o que aconteceu nos próximos minutos. Cho mostrava feliz ao mastigar o bombom, até que...

-TO VENDO MESMO O CARINHO QUE VOCÊ PREPAROU TUDO ISSO PARA MIM!!!! NÃO TEM SENSO, HEIN RONALD WEASLEY?
-O que aconteceu?
-E AINDA PERGUNTA??? ESSES BOMBONS ESTÃO HORRÍVEIS, NEM SEI DE QUE SABOR SÃO
-Eu não sei o que aconteceu...
-Mas eu sei!

Cho que antes gritava com Rony demonstrando raiva, mudou o seu tom. Começou a falar chorando desesperadamente.

-Aconteceu que eu confiei demais em você e nunca deveria ter feito. Todos falavam que esse namoro não iria durar porque você é louco pela Hermione. Então, Ronald Weasley gritou pra todos que pudessem ouvir que realmente gostava de mim. Quem dera se fosse verdade. Agora que fique bem claro que eu não tenho mais nada com você. Vai correndo para a Grifinória abraçar a Granger. O que eu lamento foi a minha falsa idéia de você,Rony. Sempre achei que era honesto. Me enganei
-Você não sabe nada de mim, eu nunca pisei em cima dos outros para ter o que eu desejo. Eu sempre fui sincero, e se você não acredita em mim, o problema é seu!
-Foi sincero a vida inteira como diz, até que com 17 anos não consegue saber as respostas sobre si próprio? Foi sincero suficientemente para entender que namorou uma garota amando-a, sendo que na verdade ainda não tinha esquecida a outra, aquela que você ama desde os 11 anos de idade? Isso não é sinceridade para mim. E eu pergunto: o que é para você?
-Eu não vou responder essa pergunta porque você não merece ouvir essa resposta. Não acredita que quando eu comprei esses bombons perfeitos do nada ficaram horríveis. Foi isso o que aconteceu. Mas parando de falar dos bombons, você está tão convicta de algo que não tem certeza. Não me julgue mais a partir de agora por que você não tem esse direito. Só queria dizer que foi bom enquanto durou.
-Isso é verdade. Mas por favor não fale mais comigo. Essa vai ser a última vez que vou chamá-lo de Rony. Não me atormente mais. Seja feliz onde quiser e com quem quiser.
-Idem.

Ela saiu da sala carregando somente o livro de recordações para a surpresa Rony. Depois que ficou sozinho na sala, recolheu todos os presentes e conjurou um feitiço fazendo com que os objetos pegassem fogo. Novamente com auxílio da magia limpou tudo e saiu de cabeça baixa para a Grifinória
































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