Sonhos e mais sonhos



Harry finalmente contou o seu plano para Hermione em um canto afastado da sala comunal da Grifinória. O plano seria o seguinte: O plano era basicamente estragar o aniversário de Cho. Harry descobriu um quartanista da casa chamado David Wallis. David tinha amigos fora da Grifinória como James Phillips que era da Corvinal. David não tinha muita amizade com Rony , então James contaria para David sobre alguma coisa que Cho não gostasse para Harry criar algum problema no casal. Era difícil de Rony desconfiar de David, e muito menos de Harry porque o tudo foi combinado com David discretamente.

-Amei a sua idéia! Mas o que será que Cho não gosta?
-Não sei...
-Mas Harry você não pensa que esse plano é meio arriscado porque naturalmente vai ser Rony que vai dar os presentes para Cho certo?
-Eu arrumo uma solução.

Hermione estava mostrando um sorriso no rosto de felicidade, mas sabia que o plano era arriscado e tinha grandes chances de dar errado e por isso tinha que ser bem planejado. Só que ela havia esquecido um detalhe muito importante.

-Harry, eu tenho a solução!!!

Hermione ficou tão animada que tinha falado alto demais e Harry sinalizou para ela falar mais baixo.

-Eu acho que tem um feitiço que é a solução para os nossos problemas. Eu li um livro da biblioteca que falava sobre vários feitiços...
-Vamos agora para a biblioteca!

Os dois saíram apressadamente para a biblioteca e Hermione quase que esquece de levar a sua mochila. Harry pediu o relógio de Hermione emprestado para consultar as horas.

-Já é tarde?
-Não, são 7 horas.
-Bom esse horário pode ser tarde para a biblioteca.

Finalmente chegaram no local e perceberam que chegaram um pouco tarde. Tudo estava quase apagado e nos únicos lugares que havia luz eram algumas prateleiras de livros à direita e a luminária da mesa da Madame Pince.Parecia muito carrancuda e usava óculos. Escrevia rapidamente num pedaço de pergaminho bem amarelado.

-Vão demorar?
-Não muito.
-Onde estão os livros de feitiços?
-Na terceira prateleira a sua direita.

Madame Pince respondeu tão secamente e carrancuda que Hermione acrescentou num tom de voz raivoso:

- Obrigada

Ela foi junto com Harry na prateleira e ambos começaram procurar um livro interessante. Não encontraram nada e Hermione disse desapontada:

-O livro que eu li não está aqui Harry.
-Você não se lembra do título?
-Eu acho que era feitiços para qualquer pessoa...
-Tente procurar naquele lado.

Na verdade a prateleira que eles estavam procurando livros não era a único com conteúdo de feitiços. Havia uma outra prateleira atrás de Harry e Hermione, a 4ª prateleira que com certeza deveria ter algum livro bom de feitiços.

-Achou alguma coisa?
-Ainda não.

Harry e Hermione estavam procurando na parte mais alta da prateleira com livros intitulados de feitiços. Harry viu um livro que já conhecia: poções muy potentes

-Melhor mudarmos de nível, já vi até o poções muy potentes

Hermione procurou rapidamente e ficou de joelhos no chão para procurar mais livros. Finalmente achou o que queria. Pegou um livro de couro preto com letras vermelhas vivo intitulado de Feitiços para qualquer situação e para qualquer pessoa. Hermione e Harry caminharam até uma mesa próxima e sentaram-se.

-Esse livro é bom?
-É ele tem praticamente todos os feitiços que existem no mundo.
-Posso dar uma olhada?

Hermione entregou o livro para Harry que começou a observa-lo. Era muito pesado e quando Harry foi até o sumário pode dizer que o nome faz jus o conteúdo do livro. Tinha muitos feitiços e eles eram organizados por classificação.

-Feitiços de utilidades domésticas? O que é isso?
-Você está indo no ponto certo Harry. Por favor deixa eu ver o livro.

Hermione pegou o livro e começou a virar as páginas. Chegou na página 70 e começou a ler:


Nome do feitiço

Contrarius Incantatem


Função

Reverter uma característica de um objeto comum provocando um efeito contrário positivo ou negativo. No caso de uma mudança positiva o feitiço transforma-se para Contrarius Incantatem Yesé. Já para uma mudança negativa o feitiço transforma-se para Contrarius Incantatem Noè.


Curiosidades e Observações

Esse feitiço foi descoberto por uma bruxa francesa...

Harry cortou a leitura de Hermione:

-Já ta ótimo, esse feitiço é perfeito!
-Mas tem um porém.
-Qual?
-Ele não pode ser realizado em objetos já encantados.
-Isso já elimina praticamente o seu efeito.
-Nossa Harry... Isso não é problema, esqueci completamente do Finite Incantatem.
-Ta tudo bem com você Mione?Nunca esquece um feitiço...
-Ta tudo bem.

Mentira. Ela pegou o livro mostrando a Madame Pince que o locaria. Colocou-o na sua mochila e Harry seguiu-a até a Grifinória. O caminho foi silencioso, Hermione estava pensando com tristeza em Gina. Estava muito quieta.Harry não falava nada apenas a acompanhava e até que decidiu falar:


-Mione, tem uma coisa no Contrarius Incatatem Yesè que não é estranho
-Eu acho que eu sei o que você está pensando. Está escrito no livro. Yesè é uma mistura de inglês com francês. Yes junto com è. É a mesma coisa com Noè.
-Quer ser candidatar a professora de feitiços?
-Estou aprendendo tanto coisa para chegar a ser professora?
-Humm... Talvez. Está disposta a madrugar?
-Já quer tentar fazer o feitiço?
-E porque não?Que tal meia-noite?
-Pode ser.

Depois da caminhada chgaram finalmente na sala comunal. O barulho ainda era intenso, muitos conversavam e alguns faziam tarefas.Hermione ajeitou-se numa confortável poltrana vermelha e começou a ler novamente a página 70. Não ter minara de ler longa descrição sobre as curiosidades do Contrarius Incantatem. Entretida em saber tantas oisas, continuou lendo até que...

-Oi Mione
-Gina! Tudo bem?
-Comigo eu sei que sim. Queria saber como você está.
-Estou bem melhor, mas tem algum motivo desconhecido para não estar bem?
-Bom eu posso descobrir isso futuramente. Deixa eu adivinhar: o Harry planeja fazer um plano louco para separar os dois?
-Gina...
-Não precisa mentir, eu si que é verdade.
-Oh... Gina, por favor.
-Não me peça. Eu conheço o Harry, sabia que iria fazer algo parecido. Não vou contar.

Embora Gina sabendo que o assunto é extremamente particular e um segredo e tivesse falando o mais baixo possível, o local estava muito cheio. Hermione percebeu isso e não quis arriscar.

-Eu acho que tem muita gente aqui, vamos subir assim dá para conversar melhor.
-Fico feliz em saber que quer falar comigo.

As duas subiram até o dormitório feminino que estava vazio. Hermione sentou-se em sua cama e Gina fez o mesmo. Uma estava de frente para a outra.

-Sabe eu quero que ele termine o namoro com a Cho e eu ficaria muito feliz em poder ajudar
-Hum... Talvez
-Hermione, o que você tem?
-Isso é meio estranho.
-Tudo está muito estranho. Quem sabe a gente supera essa parada?
-Por favor Gina, eu acho que eu sei o que você está querendo. Assim como voce conhece Harry eu também te conheço. Ainda gosta dele e quer voltar para ele, não é mesmo?
-Mione eu to sofrendo pelo Rony. Ele mudou depois que começou a namorar e eu não agüento vê-l assim.
-Esse é o seu motivo por não querer ter Cho como cunhada. Mas não respondeu a minha pergunta.
-Pare com isso.

Hermione começou a chorar.

-Desculpa se estou sendo assim com você, meio que descontrolada. Estou muito nervosa.
-Não, foi culpa minha. Não vou insistir mais nesse assunto. Só não se esqueça que sempre vou estar do seu lado para tudo.
-Não sei se vai ajudar muito, mas se quiser... Pode falar com Harry.
-Mione será que ele...

Não terminara de falar, porém Hermione já sabia o que Gina estava tentando dizer.

-Não se preocupe. Assim como eu, ele também confia em você. Não tem necessidade mas você sabe que pode.
-Vou descer. Vem comigo?
-Não. Vou ficar descansando.
-Bom descanso.
-Obrigada.

Não era uma desculpa, Hermione estava cansada e e alguns minutos de sono não faz mal a ninguém. Também tinha a intuição que Gina falaria com Harry e decidiu não atrapalhar. Gina estava descendo as escadas e não conseguiu conter as lágrimas que estavam rolando pelo seu rosto. Já na sala e sem a aparência de choro no rosto, viu Harry sentando com Simas conversando. Chegou perto de Harry e disse:

-Acho que Hermione quer o livro.

Mentira. Ela não queria o livro naquele momento. Apenas pensou na possibilidade do livro estar envolvido em alguma parte do plano.Harry olhou desconfiado para Gina mas acaou entregando-lhe o livro dizendo:

-Viu Mione?
-Vi sim. Conversei com ela agora a pouco.
-Ela deve estar qurendo saber sobre feitiços.
-Com certeza. Vou devolvr isso para ela.

Harry observou Gina subir novamente a escada para o seu dormitório. Atravessou o cômodo e sentou-se na sua cama ao lado de Hermione. Estava deitada de barriga para cima observando o teto. Não tinha sono, porém não tinha vontade de ficar com as amigas conversando porque o clime entre elas era de alegria. Estava mal. Não estava feliz. Pensava que talvez Hermione pudesse no final de tudo ficar com Harry. Isso a incomodava.No fundo ela podia dizer que estava tendo uma quedinha por Harry. Não queria sentir isso, porque sabia que poderia sofrer. E ela não queria sofrer.
Hermione estava em sua cama deitada do lado oposto de Gina e por isso não saberia dizer se ela estava dormindo ou não. Gina por sua vês mudou de posição e fez pequenos ruídos por mexer nos lençóis.Observou Hermione se mexer.

-Mione
-Oi.
-Acordei você?
-Não, eu acordei sozinha mesmo. Dormi pouco mas foi suficiente para descansar. Você chegou a falar com Harry?
-Cheguei.
-E o que aconteceu?
-Acho que ele não gostou muito, quando ele me entregou o livro lançou um olhar desconfiiado como se estivesse suspeitando do mim.
-Eu não duvido que ele não esteja desconfiado. Deve estar irritado em saber que outra pessoa ta participando do plano.
-Eu não sei o que ele está pensando mas eu só sei que não quero falar mais sobre isso.
-Se precisar de ajuda pode falar. Eu quero terminar ou pelo menos tentar parar de pesar nesse assunto
-Eu sei que está irritada.
-É, estou sim, e posso piorar. Pare com isso agora Mione
-Ok.

Talvez seria melhor se eu não participasse disso

-Falou alguma coisa?
-Não, pensei alto e demais.

Hermione virou para o lado esquerdo e pegou o livro. Estava irritada também e não sabia direito porque e com quem. Dormiu um pouco e acordou u pouco antes para ler o livro e parecer que tudo estava normal. A sala ficou vazia e Harry esperou cerca de 10 minutos para ninguém desconfiar, principalmente Rony que estava do seu lado. Desceu encontrou Hermione com sua varinha.

-Oi.
-Estou ansioso.
-Bom então vai você mesmo

Harry pensou em algum objeto comum na sala e se direcionou a poltrona vermelha confortável que Hermione tanto gostava.

-Contrarius Incantatem noè!

Um pequeno fio de luz prateada saiu da varinha de Harry e atingiu a poltrona e Hermione sentou-se nela. Estava dura como uma pedra e era impossível ficar um segundo nela. Satisfeito com o resultado, Harry terminou o encantamento e a poltrona ficou macia novamente.

-O efeito é bem radical
-Isso é ótimo.
-Você não queria tentar fazer o encantamento em objeto já encantado?
-Mas você não disse que isso é impossível?
-Quem sabe dá certo!
-O que poderia fazer?
-Espere um pouco.

Hermione foi até um lado da sala e pegou um pedaço de pergaminho velho e fez um encantamento para que ficasse maior. Depois fez o feitiço Contarius Incantatem Yesè na tentativa de deixa-lo novo. Não funcionou muito: O pergaminho ficou com vários tons. Algumas partes estavam velhas e outras novas. O pergaminho estava um explosão de cores, do branco até os vários tons de amarelo chegando naquele amarelo bem forte de papel bem envelhecido. Depois disso os dois foram dormir. Hermione estava foi para o seu dormitório e não tinha pensamentos e confusões sentimentais atrapalahndo o seu sono. Gina também parecia tranqüila dormindo ao lado direito de Hermione. Desejava para ela, Gina e Harry uma note tranqüila porque sabia que existiam motivos para não ser tranqüila. Queria que a noite fosse tranqüila e o começo do próximo dia também. Tudo tinha que ficar ok. E Harry? Harry estava no dormitório masculino dormindo tranqüilamente até que começou sonhar.
Era uma sala escura e minúscula, contendo 4 paredes de pedras grandes , pontudas e negras. Havia também uma porta no final da sala. Observou um homem no chão com cabelos desgrenhados e com vestes rasgadas e sujas. Depois descobriu que era Sirius, o seu padrinho.Sirius estando um ambiente escuro pegou a sua varinha e clareou o lugar. Harry podia ver claramente em seu sonho que mais parecia pesadelo porque viu o desespero de Sirius. Estava muito magro e parecia desidratado.Tinha em seu corpo vestes rasgadas e sujas, machucados bem profundos em carne viva. Era difícil de ver o padrinho naquela situação depois de ter visto ele tão saudável nas férias. Estava se arrastando pelo chão tentando abrir a porta. Estava trancada.
Depois de alguns torturosos minutos , um homem desconhecido aproximou-se de Siriu. Era alto e magro e tinha a aparência de ser um homem mal. Na verdade o seu rosto demonstrava que superioridade e de um bruxo poderoso de puro-sangue. As aparências enganam mas Harry podia estar com a razão. Esse homem começou andar em direção a Sirius e disse:

-Você não vai conseguir o que quer.

O homem estava provocando Sirius de um modo insuportável. Sirius explodiu:

-Você me dá nojo! Não pense que só porque consegue convencer todos um alguém que você certamente não é, vai conseguir me matar e o resto do mundo, você não passa de um trouxa imundo metido criado numa família de bruxos poderosos e ricos!

O homem porém não disse nada e apenas chutou o estomâgo de Sirius. Esse pr sua vez disse:

-Me chute o quanto quiser, porque você sabe que é a verdade. Você sabe que é filho de um caseiro que trabalha naquela casa desde que tinha 18 anos. Conheceu a sua amada esposa lá e teve o seu primeiro e único filho. Que pena que morreu tão cedo.

Harry de alguma forma dscobriu algo muito estranho. Sem saber porque tinha certeza que estava certo. Torcia para que Sirius parasse de provocar quele homem.

-Você não vale nada Sirius Black.
-Bom pelo menos eu não sou assassino.

Sirius agora levara um soco e o seu nariz estava sangrando.O homem saiu e trancou a porta.Harry acordou assustado e juntos, Simas e Neville foram até a cama de Harry.

-O que você tem cara?
-Tive um pesadelo.
-E o foi muito ruim?
-Foi. Preciso dormir, to com sono.
-Vai ficar bem?
-Eu vou.

Harry voltou dormir e surpreendeu-se por acordar sem nenhum sinal de cansaço. Encontrou Hermione e contou o pesadelo que teve com Sirius.

-Harry o que você acha que ta acontecendo?
-Eu não sei porque, mas eu acho que aquilo realmente vai acontecer ou que...

Harry não consegui falar.

-O que?
-Aconteceu naquele momento.
-Isso faz sentido?
-Não sei, talvez eu possa estar errado. Mas é que parecia ser tão real, como se eu estivesse junto com Sirius na sala.
-Harry, temos que ir para o salão principal se não vamos nos atrasar.
-Tudo bem.

Harry e Hermione saíram da sala comunal e no meio do caminho encontraram Gina e Parvati. Os quatro foram em grupo na seguinte ordem: Parvati, Gina,Hermione e Harry. Acabaram sentando desse mesmo jeito na mesa. Harry tinha em seu prato torradas com geléia de morango. Nm tocou nas torradas, estavam intactas. Os outros estavam comendo menos ele. Hermione sabia o que o preocupava, mas Gina não. Ela o olhava com ansiosidade e preocupação. Queria saber o que estava acontecendo.

-Harry o que você tem?
-Eu sonhei com uma coisa muito ruim ontem e eu acho que vai acontecer se já não aconteceu.
-Fala Harry!

Gina estava muito aflita e olhava diretamente para Harry que até abriu a boca para falar alguma coisa mas foi cortado. Gina viu uma única coruja entrar pela sala e viu que era a coruja da sua família. Não era a coruja de Percy, pois estava muito velha e parecia que iria morrer a qualquer momento. Tão pouco era Pichitinho: estava no corujal. Na verdade era Evie, uma coruja parda que Fred comprou no último natal percebendo que Errol precisava aposentar-se.
Evie parou na frente de Gina que desamarrou o pedaço de pergaminho preso em sua perna. Logo de cara leu Mensagem Urgente reconhecendo que quem a escrevera fora a sua mãe. Abriu apreensiva a carta e leu em voz alta para Hermione e Harry:

Gina não posso falar muito porque realmente estou preocupada e não sei o que fazer direita. Estou quase entrando em colapso. Sirius desapareceu. Não faço idéia do que possa ter acontcido, mas agora é hora de nos unirmos. Esqueça os seus problemas com Rony e isso vale também para Harry e Hermione. Qualquer notícia envio uma carta pela Evie
Mamãe.


Gina estava quieta. Depois que leu ninguém falou alguma coisa, apenas observaram Evie voar. Gina tinha uma expressão muita assustada e finalmente tentou dizer alguma coisa.

-OH..Eu não acredito que Sirius...

Gina realmente achou que iria conseguir pronunciar uma frase completa mas não conseguiu. Não completou a sua frase e começou a chorar. Parvati E Hermione deram-lhe um abraço coletivo e Harry também entrou no meio. Gina parou de chorar e agora estava mais controlada.Até tinha esquecido que Harry queria lhe falar algo.

-O que você queria me falar?
-É...

Não conseguiu falar direito. A sorte é que Gina o cortou:

-Você falou que sonhou com alguma coisa que vai acontecer.
-Já aconteceu Sonhei com Sirius.

Gina estava branca como uma olha de papel. Para surpresa de todos e até dela própria, não fez o papel de menina que mesmo nas piores situações desiste fácil. Estava determinada em descobrir o que estava acontecendo.

-Sonhou que Sirius tinha desaparecido?
-Mais que isso Gina. Eu sei que ele está preso numa sala pequena e escura. Também sei que ele está em apuros tem um cara atrás dele.

Gina estava quieta e muito abalada porém era melhor saber a verdade de uma vez do que sofrer no futuro.

-Continue

Harry contou sobre o seu pesadelo. Gina assustou-se ao ouvir o relato dele sobre Sirius. Todos concordaram que Harry deveria escrever a Sra Weasley. Na primeira oportunidade que Harry teve escreveu:

Sra. Weasley

Fiquei muito triste quando hoje de manhã recebi a noticia que Sirius desapareceu. Mas o que me deixou perturbado foi que ontem eu sonhei com Sirius. Estava magro e desgrenhado numa sala escura e pequena. Vi um homem desconhecido que disse ao Sirius que ele não conseguiria o que queria. Eu só sei que esse homem com aparência de um poderoso bruxo puro-sangue na verdade é um trouxa que foi criado em uma família rica de puro-sangue. Sirius disse que o seu pai trabalhou desde dos 18 anos de idade como caseiro e conheceu sua mulher que acabou tendo o único filho na casa. Também disse que morreu muito cedo. Sirius está em apuros. Me ajude por favor.

Harry


Harry pegou o pergaminho e foi direto ao corujal. Viu Edwiges num canto da sala. Conhecendo sua coruja ele sabia que estava tão infeliz quanto ele. Deu uma bicada carinhosamente no seu dedo indicador. Harry observou a sua coruja desaparecer com a carta amarrada na perna no meio do céu azul. Foi embora e encontrou curiosamente perto do corujal Gina discutindo com Rony. Na verdade os dois não sabiam isso, porque Harry decidiu ecsutar a conversa dos dois:

-Rony, você está sendo um monstro com Harry. Você já imaginou o que seria de nós se a mãe não tivesse avisado que Sirius desapareceu?

Rony estava mudo e Gina continuou:

-Se você não, e é calro que não porque você não se importa com Harry, mas ele sabe muito mais como Sirius está do que os nossos próprios pais. Você devia dar mais valor a ele.

Harry resolveu sair da sala e finalmente encontrou os dois. Rony foi embora , não fez nada e tão pouco falou. Harry estava sozinho com Gina.

-Eu tenho certeza que sua mãe sabe de alguma coisa. Na verdade queria falar pessoalmente com ela para saber tudo.
-Quem sabe. Sexta-feira é o dia das bruxas, eu pensei que como vai ser na sexta poderia dar certo de você ir para casa. É uma idéia.
-Seria ótimo. Só que vai ficar apertado, são só dois dias.
-Faz o que você quiser Harry. Já vou indo.
-Posso ir com você?
-Claro.

O coração de Gina bateu fortemente. Sua quedinha por Harry estava novamente virando um sentimento sério e não conseguia esconder a saudade da época em que namoravam. Queria sentir o gosto de seu beijo outra vez.

-Será que agora você poderá sonhar sempre com algo que vai acontecer?
-Não sei, mas parecia muito real. E esse pesadelo é totalmente diferente daquele que tive no 5º ano.

Gina estremeceu um pouco e continuou a falar com Harry.

-Isso foi que horas?
-Acho que uma hora da manhã.
-Ótimo, assim podemos saber se realmente foi em tempo real.

Gina e Harry foram até o lago e acabaram encontrando Hermione. Por infelicidade, também encontraram Rony se agarrando com Cho atrás de uma árvore com um grosso tronco. Apesar de ver a cena, o que não era muito legal pra quem estivesse assistindo, eles ficaram mais um pouco. Aquilo não iria estragar o momento.
Apesar do verão já ter acabado, ainda não fazia o frio típico do outono. O céu todos os dias estava azul, e não havia nenhuma evidencia de mal tempo. O lago estava diferente e como sempre fora no verão: mudava de cor por causa do reflexo do sol brilhante naquela época. Era muito bom ficar lá no verão ( na verdade nem era verão, mas como se fosse), era uma bela paisagem para se ver e por isso Harry até falava que a paisagem dava coragem para fazer os deveres, e por isso era comum ver Harry, Hermione e Gina fazendo os deveres perto do lago. Harry, Hermione e Gina agora estavam cada vez mais juntos e era comum ver o trio andando pela a escola. Claro que Harry não deixava de ficar Simas, Dino e Neville. Assim como Hermione e Gina também ficam perto de Parvati,Lilá e algumas quintanistas que fizeram amizade esse ano. Mas sempre que dava eles tentavam içar juntos. Até sexta-feira tufo ocorreu normalmente: deveres, aulas e etc. A idéia de ir para A Toca era meio estranha. Primeiro que ele não saberia como seria estar lá, lembrando em Rony. Também era difícil imaginar como sairia de Hogwarts em pouco espaço de tempo. Ele estava certo. Realmente não foi para A Toca e começou sentir-se aliviado de não ter ido para lá.
Recebeu uma carta da Sra. Weasley que dizia que entendia como ele se sentia. Também disse que contar mais um pouco sobre o homem misterioso não adiantaria nada já que não tinha noção do que significava o sonho com Sirius. Harry já pensava totalmente ao contrário. Não que a Sra. Weasley tivesse mentindo, mas talvez unir o passado com o sonho de Harry poderia fazer algum efeito. Harry também estava inseguro com uma coisa que nem percebeu: quando poderia voltar a sonhar com Sirius? Ficou imaginando o que poderia acontecer enquanto não sonhasse com Sirius. E o que dá mais medo é saber que não compreende nada sobre aquele homem e que seu padrinho pode morrer a qualquer hora. Era difícil aceitar que seu padrinho estava por um fio novamente. E pensar que ele quase morreu no 5º ano.
Nos próximos dias que se passaram nada aconteceu. Harry, Hermione e Gina continuaram a freqüentar as aulas sem muitas surpresas. A escola parecia estar entediante. Harry nunca achou que um dia poderia achar Hogwarts entediante um dia, mas apesar de ignorar todo aquele clima pesado do ambiente tudo parecia ficar chato. Preferia mil vezes que as férias se prolongassem e o último ano letivo não tivesse chego. Pelo menos estaria feliz junto com Sirius em sua casa ou com Hermione e com os outros Weasley na Toca. Só de pensar em tudo isso já sentia um vazio que ninguém poderia tapar. Pior que pensar em Rony era não saber e não sonhar mais com o seu padrinho. Hermione e Gina contaminavam-se pela tristeza de Harry e durante vários momentos ficavam quietas, sem dar nenhum sinal que quer falar. Para quebrar esse clima entre todos, finalmente um notícia boa chegou. David depois de algum tempo sem falar direito com Harry, deu a notícia que ele esperava. O presente de Cho vai ser basicamente flores e chocolates. Seria ótimo se Harry pudesse realizar nesse momento os feitiços nos presentes de Cho, mas ainda faltava 1 semana. Uma longa semana.
Depois de quatro dias rotineiros, Harry recebeu novamente uma carta da Sra Weasley. Com certeza ela iria contar algo importante. Com muito ansiedade Harry se desesperou ao ler a carta:

Querido Harry

Estou agoniada e não sei nada sobre Sirius.Desculpa pela demora em responder, mas foi apenas ontem que consegui ligar os fatos. Vou contar o que pode estar acontecendo com Sirius. Esse homem que você viu no seu sonho e que é descrito por Sirius como trouxa nojento chama-se Nike Otenn. Realmente o que Sirius disse sobre a história dele é verdade. É um trouxa comum que foi criado por uma família de bruxos muito rica e de tradição e que são descendentes de Slytherin. Nem preciso dizer o que aconteceu com esse garoto. Seguiu os passos de Você-sabe-quem e conseqüentemente virou um comensal da morte. Tenho fortes suspeitas que ele está ajudando você-sabe-quem de alguma maneira a ganhar a profecia. Só me preocupa uma coisa: eu não sei o que Sirius quer, e acho que está escondendo algo.

Harry terminou de ler e ficou pasmo. Não sabia o que dizer. O pior era que seu padrinho estava em apuros e ele não tinha a menor idéia de como ajudar. Hermione e Gina tiveram a mesma reação e Gina pareceu sentir-se pior por não saber de nada. Talvez estariam tratando ela como uma criança, mas ela já tem 16 anos. Dessa vez não ficaria sobrando.

***

A Sra. Weasley estava na sala da sua casa sentando numa confortável poltrona. Tinha olhos vermelhos de tanto chorar. Arthur Weasley estava junto com a mulher porém sentado numa cadeira ao seu lado. Os gêmeos Fred e Jorge estavam na varanda observando as estrelas no céu junto com o outro irmão, Carlinhos. Gui que antes estava na sala com os pais resolveu juntar-se com os dois irmãos. A família estava quase inteira. Gina e Rony não estavam lá por motivos óbvios. Percy era o único que podia estar lá e não estava. Em vez de ficar com a sua família estava trabalhando no Ministério de Magia, fazendo hora extra sendo que nem precisa. Logo a grande parte da família Weasley reuniu-se na varanda.

-Eu sinto uma saudade enorme do Percy – disse a Sra. Weasley com tristeza.
-Molly, você já deveria ter se acostumado. Sabe muito bem que ele trabalha mutio. –Arthur queria dar um sermão, mas aqueles que são necssários, como se fosse um recado importante para alertar alguém. Mas ele também não conseguia disfarçar a sua trsiteza.
-O P... quero dizer, aquela pessoa não merece nem um pouco da sua saudade mãe. – Fred falou desse jeito, tratando mal o irmão como ele merecia. Jorge fazia o mesmo.
-FRED!!!!
-Eu não estou brincando, é sério! Ele é muito idiota!

Fred parecia muito irritado e Jorge mais ainda:

-Ele ficou um idiota desde que começou a trabalhar no Ministério. Era metido só porque trabalhava com Fudge. Depois veio a “ Era Umbridge” e ficou mais idiota ainda. Acreditaav em tudo. É um pau mandado!!! Tenho certeza que se o Ministério tivesse convencido ele beijar Snape na boca ele beijaria.

A Sra. Weasley não disse nada, apenas lançou um olhar furtivo para Fred. Depois observou que todos estavam quietos mas mesmo assim olhou para o seu marido na esperança que falasse alguma coisa.

-Molly você sabe muito bem que FRED E Jorge estão certos embora tenham que aprender serem pessoas que saibam usar os seus argumentos em palavras corretas. Eles falam grosseiramente o que eu digo que acontece no Ministério.

A Sra. Weasley estava muda e Arthur prosseguiu:

-Não podmos mais confiar no Ministério já faz 2 anos. Na verdade desde de que aconteceram tais episódios no 4º ano dos meninos que não podemos confiar no Ministério. Se a verdade prejudicar algum ser importante ela nunca será revelada. E eles sempre insistem em estampar no Profeta que tudo está bem. Sabe Molly...

Pela primeira vez a Sra. Weasley falou e cortou o marido:

-Quer se demitir?

O Sr. Weasley ficou branco como uma folha de papel ao perceber o que ouviu. Era verdade, queria se demitir. Só não achava que a mulher descobriria. Nunca reclamava muito do trabalho para ela e quando fazia, era importante.

-Você sabe eu quero – disse o Sr. Weasley mais controlado e recuperando a cor do rosto.
-Nossa Arthur, eu só qria falar sobre Percy. Mas o trabalho é seu e a decisão é sua. Vou para o quarto.

Saiu e fechou a porta com violência.

-Como eu queria estar com Harry – Jorge disse tristemente e olhou para o seu irmão que logo olhou para os outros dois.Estava sentindo muitas saudades de Harry. Eles mal se encontraram nesses dois anos pós- Hogwarts.

Ninguém tinha mais vontade de observar as estrelas. O clima estava ruim e já era tarde de uma noite fria. Todos entraram e cada um foi para o seu quarto. O Sr. Weasley encontrou a sua mulher de pijama enrolada nos cobertores de sua cama. Deitou-se e começou a conversar:

-Eu sei que você quer que eu diga.
-Não precisa dizer, não vou falar sobre isso.
-O que é então?
-Já leu a carta de Harry?
-Só o começo.Qual é o problema?
-Sabe o homem que Harry chama de desconhecido?
-Sei. O que tem ele?
-Nike Otenn.
-Que?!
-É aquele que foi criado numa família de ascendência à Slytherin, não é?
-Ele mesmo. Mas como ele achou o Sirius?
-Não sei. Isso é péssimo.
-Não tem coisa pior que isso.
-Ah, tem. Nike diz para Sirius no sonho de Harry que ele não conseguirá o que quer.
-E o que ele quer.
-Isso que eu quero saber. Ele esconde algum segredo.

Impaciente, virou de lado e dormiu. Arthur fez o mesmo.

***

Enquanto isso, Harry estava sonhando e tudo era real. Queria saber como estaria Sirius.Ficou surpreso ao ver Sirius usando um canivete. Não era um comum. Era uma cópia idêntica ao canivete mágico que Harry ganhou de presente do padrinho. Isso era ótimo, pois o canivete tem a capacidade de abrir qualquer porta, até as enfeitiçadas.
Em seu sonho, Sirius parecia querer fugir. Estava tentando abrir a porta com o canivete quando Nike Otenn entrou no local:

-Você vai muito bem para um seqüestrado, hein?!
-Sério?!
-Fique quieto seu pulguente! Voc~e é um ser desprezível!
-Pelo menos eu não matei o meu ...

Harry de repente não ouviu mais nada. Sabia que ouviria algo importante. Entendo melhor quem era Nike Otenn, sugeriu algumas hipóteses. Quem sabe o que Sirius quer não é algo que Nike deseja também? Apesar de Harry saber que a Sra. Weasley falou claramente que Nike queria ajudar Voldelmort a ganhar a profecia, ele poderia estar atrás de Sirius por dois motivos. O primeiro é sobre a profecia afim de realizar a vontade de seu mestre. E a segunda seria talvez por algum motivo pessoal. Mas qual?
Ficou feliz em saber qu o padrinho estava bem, e que podia estar planejando uma fuga em forma de cachorro talvez. Animara-se tanto que até esqueceu que era 1 hora da manhã e que tinha que acordar cedo. Dormiu por algum tempo sem saber exatamente. Acordou novamente feliz por ter sonhado com Sirius. Dessa vez o que Harry viu foi a comprovação que Sirius iria fugir.
Primeiro viu Sirius usar o canivete na fechadura da porta embora ele estivisse com dificuldades para abri-la. Depois de alguns minutos viu rapidamente um imenso cão negro fugindo de um portão enferrujado de uma casa muito grande e antiga. A última coisa que conseguiu ver foi o padrinho atravessando uma rua movimentada ainda na forma canina.
Acordou no outro dia ansioso. Queria saber se o seu sonho se confirmaria. Para ele é novidade sonhar com o que vai acontecer ou o que pode estar acontecendo. Nem sabia ao certo se tinha esse poder, mas com Sirius foi algo bem real. Logo desceu as escadas de seu dormitório encontrou Hermione e Gina à sua espera. Estava bem mais alegre e Gina logo percebeu:

-O que aconteceu Harry?
-Sonhei com Sirius e vi que ele fugiu!
-Mas esses sonhos mostram mesmo o que vai acontecer? – Perguntou Gina insegura.
-Deu certo uma vez, e acho que pode dar agora. Sei que o Sirius está bem.
-Harry você não acha estranho ter esses sonhos justamente quando o Sirius desaparece?
-Você pode ter razão Mione, mas se eu estiver errado eu não sei o que está acontecendo.

Eles andaram até o salão principal e sentaram-se na mesa da Grifinória. Tomaram o café normalmente e se dirigiram até a torre para a aula de astronomia. Estavam estudando a fundo todas as possíveis intervenções dos astros na vida de cada um.Astronomia além de ser muito chata e inútil na opinião de Harry era sobre tudo muito repetitiva. Ela nunca muda, é sempre tudo igual e o que diferencia é o grau do estudo. Quase não se aprende algo novo em astronomia, porque essa é apenas saber a influência dos astros na vida das pessoas. Terminada a tortura de agüentar tal aula, Harry começou sentir um pouco mais animado por saber que tudo parecia ir tão bem. Só não esperava encontrar Rony na sua frente querendo conversar.

-Eu preciso falar com você - disse Rony secamente correndo atrás de Harry e esforçando-se para não derrubar sua mochila no chão de tanta pressa.
-Mas eu não.

Harry estava falando tão secamente quanto Rony e até muito friamente. Evitava ao máximo um possível encontro com Rony e toda hora que o encontrava saia de perto porque conversar não seria a solução. Rony agora corria mais depressa ainda porque o que queria falar era importante.

-Faça como quiser, eu só achei que você ficaria feliz em saber que Sirius já voltou e está bem.

Harry virou-se rapidamente e encarou Rony. Nem ao menos disse algo, só o observou. Logo que encontrou Gina e Hermione contou a novidade e agora já estava mais confiante em relação ao seus sonhos. Só queria saber porque isso começou.

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