O reencontro
Capítulo 18 - Reencontro
Antes de tudo, Draco certificou-se se seus pais estavam realmente dormindo. E estavam.
O primeiro lugar que procurou foi nos jardins, nas passagens secretas que havia por lá e nos alçapões cobertos pela grama. Nada. Entrou na mansão e procurou dentro de todas as passagens do primeiro andar, em vão. Ela tambem não estava lá. E assim foi....segundo andar....terceiro...quarto...Draco já estava bem cansado....beeeem cansado, a mansão Malfoy era extremamente grande. Até que Draco teve uma idéia. E quis se socar por não ter pensado nela antes. E seria o último lugar que procuraria aquela noite, que já era quase manhã. Gastara horas procurando nos outros andares. Mas não havia pensado no subsolo, que tinha uma sala perfeita para esconder reféns. Na verdade, tinha várias salas para esconder reféns, então provavelmente ela estaria ali.
Desceu as escadas correndo e chegou ao subsolo. Estava parado em frente a um corredor com dezenas de portas de cada lado. Uma por uma, rapidamente, Draco olhou cada uma. Na verdade, cada uma até chegar na décima terceira. Era aquela. Ele a viu. Com os braços presos em algemas nas paredes, desmaiada. Seus cabelos fortemente vermelhos e bagunçados lhe cobriam o rosto. Havia pão e água deixados no chão.
Ele correu até ela. O eco de seus passos fez ela acordar.
Levantou a cabeça, desesperada, achando que fosse algo perigoso e quando viu Draco, não há como explicar a expressão de felicidade que se instalou em seu rosto e de seus olhos brotaram lágrimas no mesmo instantes.
- Malfoy! - ela sussurrou ao vê-lo, pois não tinha forças para gritar.
Ele, ao contrário, não disse nada. Abraçou-a pela cintura, esquecendo de tudo que estava a sua volta. Apenas pensava nela. Pensava que ainda estava viva, ainda estava inteira, ainda podia sorrir...Ela retribuiria o abraço se seus braços não estivessem presos.
- Meu Deus, Draco! O que está acontecendo? Como você apareceu? E onde eu estou? - ela perguntava desesperada, sem saber qual resposta queria primeiro. E ele apenas ignorou e continuou a abraçá-la, ainda mais forte, querendo protegê-la.
Draco estava totalmente sem palavras. Queria, queria muito dizer o quanto o mundo sem ela era vazio, o quanto se preocupara e o quanto estava feliz a vê-la saudável. Mas não conseguia. As palavras não vinham.
Ouviu passos e uma voz. Olhou para a Weasley, finalmente. Pânico em seu olhar agora.
- É ele, Draco! Você-sabe-quem! - ela sussurrou para ele.
Draco não queria deixá-la agora que a reencontrara, mas era preciso. Por enquanto. Só desta vez, era preciso.
- Weasley...- ele disse baixinho já se soltando dela. - Por favor...faça o máximo para continuar viva, tá? Eu virei amanhã, não se preocupe. Amanhã eu vou te tirar daqui. É uma promessa. - e ele foi se afastando devagar, não querendo, mas tendo e se escondeu embaixo da escada. Foi quando Você-sabe-quem entrou.
- Gina? Quanto barulho, o que está acontecendo? - ele perguntou, descendo as escadas. Sua voz era tão fria e..sem sentimento que doía ouví-la. A menina ficou quieta, cabeça baixa, gemendo baixinho. Ele andou até ela e levantou seu rosto. Ela estava vermelha de tanto chorar, era uma cena um tanto horrível de se ver.
- Eu...- ela falou, entre gemidos. - ...estou com fome...estou fraca....- na verdade aquelas lágrimas eram de felicidade por ver Draco e ela as usara para demostrar tristeza. Muito inteligente.
- Poi então coma. Comida não falta. - e ele apontou com aquela mão esquelética para o pedaço de pão no chão. - ah, entendo....você não alcança...Pois então, tome. - ele pegou o pão e esticou-o até a boca dela e ela, depois de pensar um pouco, comeu-o. Era extremamente horrível ter que deixá-la nas mãos daquele ser...que Draco nunca vira tão frio e tão horrendo. Mas só aquela noite. Somente. Viria buscá-la. Era uma promessa para ele mesmo. E para ela. Prometeu. E desta vez não faltaria com a palavra nem que lhe custasse a vida.
Enquanto você-sabe-quem estava ocupado dando o pão na boca da Weasley, Draco subiu as escadas em silencio e conseguiu chegar em segurança a "superfície". Um grande peso por tê-la deixado lá não parara de atazaná-lo, mas não se podia enfrentar Lorde das Trevas sem um plano. Era idiotice.
Subiu para seu quarto em silêncio total e deitou na cama. Só deitou mesmo, porque não conseguiu dormir, só pensava na Weasley. Agora ainda mais do que pensava antes de reencontrá-la, se é que era possível. E ele estava começando a achar que talvez não fosse só um peso na conciência e que, talvez, Lovegood estivesse certa.
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Era horrível quando aquelas mãos frias do Lorde das Trevas lhe tocavam o rosto. E comer a comida que ele tocara era realmente horrível. E o rosto dele estava tão próximo que era possível sentir a sua respiração, mas não era quentinha como a das outras pessoas, muito pelo contrário, de tão fria chegava a ser congelante. Era como se Você-Sabe-Quem não fosse mais humano. Era como se não batesse mais um coração dentro daquele corpo esquelético. A sua frieza era tanta que provavelmente seu coração não aguentara e congelara. A prova de sua frieza era a expressão em seu rosto. Estava feliz. Estava sorrindo. Adorava torturar as pessoas. Adorava que a garota que controlara a alguns anos estivesse de volta ainda comendo na sua mão ( literalmente...).
Depois de muito tempo, o que pareceu uma eternidade para Gina, a criatura deixou a sala. E finalmente estava sozinha. Como quando chegara ali.
Mas havia uma diferença agora: Ela estava sorrindo. Ao ver Malfoy aquela hora, a chama de esperança que antes estava apagada se acendera com um brilho muito mais cegante do que jamais ninguém presenciara. E o perfume dele ficara na roupa dela. Por isso não se sentia mais sozinha. Era como se ele estivesse lá. E ela sabia que mais cedo ou mais tarde, ele estaria lá de novo, e de verdade, para levá-la, e salvá-la, como ele fizera incontáveis vezes...(tá bom, não foram incontáveis também. Umas duas três.....quatro cinco....seis sete.....mas mesmo assim ainda dá até pra contar nos dedos. --> piada sem graça da autora)
Por isso sorria. Um sorriso tão belo que era capaz de aquecer todo aquele ambiente e até de trazer mais luz para o local.
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Draco conseguiu dormir uma hora inteira, pois a caminhada da noite anterior pela mansão Malfoy não fora fácil e até ele não aguentara (como se ele fosse o super másculo boazudo...¬ ¬). Mas depois disso não pregou o olho. Foi quando viu que a manhã chegara e que trazeria Lovegood e uma Patrulha de Resgate.
Tomou um banho e se vestiu e ficou esperando, apreencivo, a chegada de Lovegood. Mas já que Draco a conhecia bem, sabia que ela chegaria muito atrasada então colocou-se a pensar em um plano para o resgate realmente dar certo. Poucos minutos depois um dos empregados bateu a porta o chamando para o café da manhã. Desceu as escadas e encontrou seus pais já sentados a mesa.
- Atrasado Draco. - completou seu pai, nem olhando na sua cara.
- Desculpe-me. - ele pediu tentando ser educado, mas com um tom nervoso incontrolável na voz. Seu pai o olhou com mais desdém do que Draco jamais vira, mas o garoto ignorou-o e sentou-se na mesa, já sendo servido pelos criados. Depois de uns dez minutos ele terminou o café, saiu da mesa sem dar satisfação a ninguém e trancou-se em seu quarto, para pensar no plano, mas nada lhe parecia bom o suficiente para sair perfeito na batalha contra Lorde das Trevas.
Em meio a seus pensamentos, Draco nem percebeu que uma corujinha amarelada batia o bico fortemente no vidro de sua janela e só voltou ao mundo quando a coruja deu um pio agudo. Olhou-a. Podem não acreditar, mas ela lembrava muito a Lovegood, até tinha os olhos azuis meio saltados, como o da loira.
Abriu a janela e ela lhe entregou um bilhetinho. Acertara: a coruja era de Lovegood, assim como o bilhete.
Estou no telhado da sua casa. Como eu faço pra entrar?
Luna
Era só isso que vinha escrito. Draco teve um troço quando leu. Como assim no telhado? E o que exatamente ele poderia fazer para ela entrar? Pensou no mais óbvio. Rabiscou um outro bilhete e entregou a corujinha.
Espere um pouco que eu já estou indo aí.
Malfoy
Quando esta saiu voando, Malfoy abriu o seu armário e pegou a sua vassoura, Kirara. Saiu pela janela de seu quarto e, sem fazer barulho subiu até o telhado de sua casa, que, Draco nunca tinha reparado, era imenso! Ele pousou sobre ele e logo ouviu passos em sua direção.
- Draco! - veio Lovegood correndo e gritando. - Você não sabe como foi difícil chegar aqui, você não sabe, eu tive que seguir minha coru....- mas nesse momento Draco tapou-lhe a boca com a mão, para ela fazer silencio e indicou a sua vassoura, na qual eles montaram e voltaram em silencio parar o quarto de Draco. Lovegood olhou maravilhada as paredes do quarto do garoto.
- Uau! Seu quarto é lindo Malfoy! - ela disse em sussurros.
- Não é hora pra isso Lovegood! E cade o resto do pessoal? - ele gritou sussurrando.
- Que resto? - ela perguntou sem entender. Ele a olhou bravo e pegou o bilhete que ela havia lhe mandado no dia anterior. - ah! Esse pessoal....eles vem depois. - disse tranqüila.
- Como assim depois? Achei que o resgate fosse agora! Não podemos esperar! - ele reclamou. - você é muito imcompetente Lovegood.
- Ah, coitadinho de você, Draco. Tinha me esquecido de como é difícil esperar para as pessoas apaixonadas...- e ela bateu de levinho em cima da cabeça dele.
- Pare de dizer isso! Não é hora para sentimentos! - ele disse.
- Bom, pelo menos ele não discordou....- ela disse baixinho, para ele não ouvir.
Depois disso os dois se calaram. Draco sentou na cama, olhando emburrado para Lovegood que olhava maravilhada para as coisas no quarto de Draco.
- Nem parece que se preocupa....- ele observou.
- O que? - ela perguntou, agora desviando a atenção do mini-campo de Quadribol que Draco deixava infeitando sua escrivaninha.
- Você não parece estar preocupada com a Weasley. Está tão calma e normal....
- Ah, então é isso...- e ela voltou a olhar sorridente para um dos jogadores que levara um balaço na cabeça. Depois de um tempo, completou. - Gina é uma garota muito forte, Draco. Muito diferente de qualquer pessoa que já conheci. Ela guarda os seus sentimentos pra ela. Todos esses anos, sofreu sozinha....não contava a ninguém sobre o que se passava com ela. Nem eu e muito menos você sabemos o quanto ela sofreu por Harry. E sabe por que não sabemos? Porque ela guarda tudo para si. Segura muito as emoções...esse ano ela se descontrolou um pouquinho, mas não perdeu esse cargo de pessoa mais forte que conheço.
- Não é porque ela aguentou a vida inteira que ela tenha que sofrer agora. Neste mesmo momento ela está lá, presa com Voldemort, sofrendo...não tem ninguém do lado dela agora...ela está tendo, mais do que nunca, que segurar tudo dentro dela. E eu não quero que ela sofra. - nesse momento Lovegood fez a cara mais doce que Draco já viu ela fazendo.Sorriu belamente. Mas depois de alguns segundos ela voltou a cara de boba-alegre e olhou para o teto, como se estivesse pensando.
- Sabe Draco, do jeito que você fala, faz parecer que sabe exatamente onde Gina está.
- E eu sei! - ele berrou irritado.
- Ora, ora! - ela disse sorrindo bobamente. - e por que não me contou antes?
- Achei que já tivesse sacado!
- E então o que estamos esperando?
- O resto do pessoal!
- E vai deixar o Harry levar todo o crédito? Não mesmo! Vamos embora. Salvamos Gina e deixamos Você-sabe-quem para o Harry! - ela o pegou pelo pulso e o levantou da cama.
- Tá loka, Lovegood...é como pedir pra morrer!
- Ah, vamos! Não deve ser tão difícil....
- Não...ele só é o maior bruxo das trevas de todos os tempos...- ele disse irônico enquanto ela se dirigia a porta e a abria. Draco avançou e fechou-a bruscamente. - Pirou? Meus pais estão aí embaixo? Quer morrer tão rápido assim.?
Nesse momento a porta do quarto abriu e seu pai olhou para dentro do quarto, Luna se escondeu atrás da porta.
- Por que está fazendo tanto barulho Draco? - disse seu pai, naquele tom de sempre.
- É...que...eu bati o joelho na cama e estava xingando Deus e o Mundo! - ele inventou na hora, massagenando fingidamente o joelho. Seu pai não pareceu acreditar muito. Tanto que resolveu dar uma inspecionada silenciosa no quarto de Draco. Olhou dentro do armário, embaixo da cama e atrás da porta! Nessa hora Draco congelou. Mas não havia ninguém ali atrás, não havia nenhuma Lovegood. Seu pai, derrotado, enpinou o nariz e saiu do quarto dizendo:
- Draco, eu e sua mãe vamos até a Travessa do Tranco comprar....coisas. - e antes de bater a porta, completou. - E pare de falar sozinho. - e se foi.
Draco murchou de alívio. Mas o que tinha acontecido com a loira afinal?
- Lovegood? - ele perguntou para o nada.
- Aqui! - e ela apareceu novamente atrás da porta.
- O QUE? COMO? - ele perguntou abismado.
- Feitiço da camuflagem. O prof. Olho-Tonto Moody que ensinou. Não presta atenção nas aulas de Defesa Contra a Arte das Trevas não?
- Ele não nos ensinou isso! Mas agora não é hora disso! Se temos que resgatar a Weasley sozinhos, a hora é agora! - ele gritou como um líder e Lovegood criou um grito de guerra que Draco achou um tanto....estúpido...como tudo que aquela garota fazia.
N/A: Desculpem!!! Eu sei que demorei mais do que deveria dessa vez...e ainda postei esse capítulo pequenininho....é que o próximo assunto não tem nada a ver com reencontro, então tive que passar para outro.
Há um motivo para a minha demora, e há um motivo por trás do motivo, mas é tudo um grande segredo!!!HUAHAUHAUHAUHAU! Cra, eu sou mesmo bem estúpida....bom, quando chegar a hora eu conto!!! Beijo para todos e muitíssimo obrigada pelos comentários. Vcs podem discordar, mas eles fazem toda a diferença na vida de uma pessoa. Quer ver como? Escereva uma fic!!! A melhor parte são os comentários!!!
Só mais uma coisinha, entendam que eu sou uma relaxada...além de fazer um desenho podre, fiz de uma cena que não tem na fic XDDD!!! Olha: eu fiz ele no alto da escada e ela acordando. Na fic tá escrito que enquanto ele descia as escadas ela acordava....desculpem mesmo, erros técnicos, psicológicos e mentais de uma autora não muito inteligente...
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