Fazendo as pazes
Capítulo 5 – Fazendo as pazes
“Te amo mais do que a minha FIREBOLT!”, , “Aquele beijo sabe....não fui eu que dei....” “Nós nos amamos, seremos felizes!” “IDIOTA!!!!IDIOTA!IDIOTA!IDIOTA! E EU ACHEI QUE VOCE ESTAVA MUDANDO, MAS NÃO!”, “- Pode usar aquela sacada se quiser.”, “Eu te amo!”, “Que bonitinho, Pottinho e Weasley fedorenta” “depois de tantos anos achei que tivesse me esquecido.” “Como Harry?”, “Você jamais conseguirá me esquecer Gina.....eu sou o seu único e verdadeiro amor”, “Nunca?Nunca mesmo?”, “Não, você está presa a mim para o resto de sua vida”
Gina acordou. Olhou no relógio ao lado da cama. Três da manhã. O sonho fora estranho. Montes de frases desconexas. Mas uma parecia ser verdadeira. Ela estaria presa ao Harry para sempre.Não conseguia parar nem um segundo de pensar nele. Virou-se na cama. Não conseguia mais dormir. Estava com medo do silêncio. Mas bem, bem ao longe ela ouviu duas vozes, Rony e Mione...estavam acordados até agora? Desceu em silêncio, de modo que não a ouvissem.
- Termina esse negócio amanhã Mione....vamos dormir...
- Eu já disse! Vá você. Faltam apenas 50 páginas.
- Não, eu vou te esperar.
- Pode deixar Rony, ou você acha que quando você for dormir vou mandar cartas para Victor?
- É claro que não é isso. Só que já está muito tarde. Temos que ir dormir mesmo.
- Durma no sofá se quiser me esperar. Mas Rony....Sabe uma coisa que eu nunca entendi em você? Por que implica tanto com Victor?
- Não gosto dele.
- Mas você idolatrava ele antes do torneio Tribruxo. O que houve?
- Nada que você precise saber.
- Mas eu quero saber, pode contar pra mim, sou sua amiga, você sabe....
- Hum....então você acha que a nós jamais iremos ultrapassar a nossa amizade...?
- O que? – Hermione estava tão paralisada quanto Gina. Tanto que deixou o livro em suas mãos cair com um baque no chão. Ambos se abaixaram para pegá-lo. Foi então que suas mãos se tocaram, os olhos se encontraram, os rostos se aproximaram. – eu não entendi Rony....o que você quis dizer?...- ainda o olhava. Seus rostos estavam a apenas 10 centímetros de se tocarem. Gina prendeu a respiração para não ser ouvida, pois o silêncio voltava a reinar.
- Achei que estivesse bem óbvio...- mas Hermione parecia não ouvir nada. Estava lá, de olhos fechados, esperando os lábios se tocarem. Rony, meio desajeitado (Gina sabia que ele nunca tinha feito isso) encostou a mão de leve em seu rosto e acariciou, aproximando-se cada vez mais e fechando os olhos. Os lábios se encontraram. Foi bem demorado. Gina não ficou para ver o resto, mas a curiosidade de saber o que houve depois ficou tentando-a de se levantar da cama novamente e invadir a privacidade dos outros. Depois daquela cena, Gina não conseguiu dormir pelo resto da noite.
*********
Malfoy percebeu, ao entrar na torre da Sonserina, que as pessoas ao seu redor cochichavam a suas costas e não lhe desejavam boa noite quando iam se deitar. Nem as garotas que tanto o idolatravam, que babavam por cada palavra que ele dizia, pareciam querer a sua presença naquela sala. Ele se perguntava o que havia acontecido. Será que tinham o visto com roupas da grifinória? Será que tinham o visto em companhia da sujeitinha Weasley?
Havia andado muito naquele dia, mais do que costumava andar. O labirinto o deixara sem forças então comeu uns biscoitos e dirigiu-se para o dormitório. Ouviu as vozes de Crabbe e Goyle e quando entrou para dar um oi aos seus amigos, estes fingiram dormir. Até o mané do garoto que falava rápido, que Draco nunca se importou em decorar o nome, estava fingindo adormecer.
- Eu sei que estão acordados – ele declarou aos amigos enquanto pegava o pijama e vestia-o – só não sei porque estão fazendo isso. Só não sei porque todos estão fazendo isso.
- Engano seu...nós estamos dormindo – disse a voz de Crabbe por debaixo das cobertas.
- Vou fingir que acredito...- disse Draco entediado.
Como podia viver no meio de mentes tão imbecis e sair ileso, perfeito do jeito que era? Era o milagre da humanidade. Todos aqueles sonserinos eram uns idiotas. E todos os grifinórios, corvinais, e lufa-lufos. Principalmente os grifinórios. E mais especificamente os Weasleys. Que familiazinha insuportável, ainda que a chata da Weasley filha não compreendia nada do que ele dizia. E ainda estava sendo muito insensível com ele. Estava lá falando do que lhe incomodava e ela não levava nada a sério. Mas.....pensando bem....não era isso mesmo que ele tinha feito com ela? Não levado a sério seus sentimentos, não ligando para todo o seu sofrimento? Mas ela tinha que agüentar, ele agüentava. Mas era uma mulher, e mulheres são fracas...todas fracas. Em meio a seus pensamentos Draco adormeceu.
Na manhã seguinte, quando abriu os olhos, todos os seus companheiros já haviam saído das camas. Vestiu-se e dirigiu-se a sala Comunal, onde avistou um grupo de sonserinos rodeando o moleque que fala rápido e Pansy. Ouviu o papo por detrás de um pilar, porque, com certeza, a conversa morreria quando ele chegasse.
- E então Pansy foi perguntar para o Malfoy onde ele estava a tarde inteira, porque estava preocupada, não é Pansy? – dizia o garoto Rápido.
- Snif, snif, isso mesmo Idílio, isso mesmo...- dizia Pansy encenando muita tristeza.
- E quando ela chegou bem em frente da porta do dormitório para alcançá-lo, ele fechou bem na cara dela, bem no nariz dela que começou a sangrar.
- Mas ele não estava nem aí pra mim....só quer saber da outra que ninguém sabe quem é....
- O Malfoy é um cara maldoso. Depois ele abriu a porta e começou a bater em Pansy, com chicote e tudo, xingando-a de um monte de coisas.
- Foi horrível. As marcas das batidas estão até agora nas minhas costas. – choramingava Pansy.
- Aí ele lançou um feitiço nela e a lançou na parede da lareira.
- Vocês não ouviram porque era de madrugada e eu não gritei para não acordar ninguém.
- Que lindo Pansy! Obrigada por se importar tanto com as nossas noites de sono!- disse uma das que idolatravam Malfoy.
- Eu,. Crabbe e Goyle pedimos para ele parar, e se eu não tivesse lançado um feitiço nele, aposto que ele também nos bateria. Não é, Crabbe? Não é Goyle? – ambos confirmaram bobamente com a cabeça.
- Mas que mentira feia, senhor Idílio....- disse Malfoy assustadoramente por trás da poltrona que Idílio se encontrava. Este tremeu e se escondeu debaixo da mesa. Pansy correu assustada se fazendo de vítima e se jogou nos braços do primeiro sonserino descente que ela viu. O resto da platéia entrou em pânico e se esconderam onde conseguiram. – é por isso que estão todos agindo dessa forma comigo não é? Pois saibam que esses dois estão inventando tudo isso! Eu não fiz nada disso aí! Nem encostei na Parkinson!
- Não acreditem nele! Ele está louco! – gritou Pansy por detrás de uma cortina com mais dez pessoas a suas costas. Ninguém se aproximou de Draco. Ele olhou em volta, procurando apoio. Seus olhos fixaram Crabbe e Goyle.
- Vocês dois! Estavam lá! Viram tudo! Confirmem a minha versão!
- Eu não me lembro Draco.....- respondeu Goyle babando de medo.
- Nem eu.....- respondeu Crabbe.
- Já chega! Vou sair daqui! Não mereço compartilhar minha manhã com gente inútil como vocês! – e bateu o retrato bem forte quando saiu para o corredor.
Nem um bom dia recebeu. Foi só punhaladas pelas costas. Até seus grandes amigos, o traíram. Até Pansy, que o amava tanto. Mas dela, já era de se esperar. Desceu para o café. As mesas de todas as casas conversavam alegremente. Mas quando Draco entrou, toda Sonserina se calou e o fixaram. Este apenas sentou-se o mais afastado possível dos sonserinos e comeu apenas três torradas, pois ficar entre aquela gente era difícil. Quando saía do refeitório deu uma olhada rápida pelo salão. Não havia nenhuma cabeça flamejante na mesa da grifinória. Nem Weasley fêmea, nem Weasley macho estavam presentes.
Foi para o costumeiro lugar ao sol na sacada, no terceiro andar. Alguém já estava lá. Weasley dormia quando Malfoy entrou. Ajoelhou-se e se pos a pensar nos malditos amigos da onça que tinha, enquanto comia duas torradas que colocara no bolso durante o café. Alguns minutos depois, a garota abriu os olhos. Quando focou Draco, sua expressão mudou de calma para raiva.
- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?
-A sacada não é sua sabia?- defendeu-se o garoto.
- Mas eu estou usando no momento. Saia daqui!
- Eu não vou a lugar nenhum. Os incomodados que se retirem.
- Pois vou mesmo! Pois qualquer lugar é melhor do que ao seu lado! – e saiu batendo o pé. Draco continuou lá até avistar ao longe centenas de corujas que vieram entregar cartas. Ele lembrou que deveria enviar o espelho ao seu pai, para que este largasse do seu pé. Saiu andando calmamente para o corujal. Estava uma linda manhã e os casais de Hogwarts não perdiam tempo de namorar. E escolhiam justo a área próxima ao corujal. Draco viu ao longe Harry conversando com uma garota de cachecol azul e prata, provavelmente uma corvinal, mas não deu muita bola. Entrou no corujal e logo avistou a sua coruja. Era branca, com uma “crista” aloirada e tinha os olhos cinzentos como os de Draco. Estava ao lado de uma coruja tão pequena que parecia mais um rato, e que pulava sem parar. Chamou sua coruja para perto dele e amarrou o espelho a sua perna. Indicou a coruja o remetente e esta voou para longe, até sumir de vista.
- E você...- disse Draco para a pequena coruja que queria partir junto com a dele – controle-se – e deu-lhe um tapinha carinhoso na cabeça.
Avistou mais uma vez a Weasley, andando pelo jardim, mas esta, quando o viu, saiu em direção oposta, batendo o pé, demonstrando sua raiva.
Os dias seguintes passaram muito devagar e solitários. Draco não tinha mais a confiança de ninguém, ninguém mesmo da sonserina, a Weasley também não falava com ele. O único que ainda lhe idolatrava era Snape, que dava “A” em todas as suas poções.
Como não tinha ninguém com quem conversar, e não suportava o clima frio da sala comunal da sonserina nem o silêncio irritante da biblioteca, Draco ia estudar na sacada do terceiro andar, a qual não viu mais Gina passar, mas de lá, dava para vê-la estudar lá embaixo, no jardim.Ou ela fingia não vê-lo ou estava muito concentrada no Potter para notar sua presença. Passaram-se quatro semanas nesse clima.
********
Estava conseguindo evitar Malfoy ao máximo, mas estava começando a ficar com pena dele, pois percebeu que ninguém da sonserina lhe dirigia a palavra e que estava sempre sozinho, jogado a um canto. Pensou até em falar com ele, mas seria quebrar uma promessa com si mesma, além do mais, ele merecia....ou não? Já tinha pagado suas maldades? Ela sabia que não era bom ficar sozinho em Hogwarts, mas ele já pagou seus preços? Achou melhor deixar quieto e se concentrar nos seus estudos. Rony e Hermione, depois daquele acontecimento quase não se falavam e quando seus olhos se encontravam ficavam mais vermelhos que um tomate. O que teria acontecido depois daquela madrugada? Voltou ao planeta quando Luna pediu o livro de Poções.
- Esqueci no dormitório, Luna, calmaí que eu já volto. – e Gina saiu correndo para o castelo, em direção a torre da Grifinória. Ao entrar no quarto, procurou nas gavetas de sua cômoda e dentro de uma delas viu o espelho que Sirius lhe dera. Observou-o com carinho por alguns minutos. Pronunciou “Harry”, mas o garoto não apareceu. “ Claro, ele não está com o espelho”, observou por mais alguns segundos. Estava se formando algo na superfície do espelho. Uma imagem.Gina examinou-a. Era assustadora. Gina soltou o espelho que caiu sobre sua cama. Era uma imagem de um rosto esquelético com dois olhos brilhantes vermelhos e um sobretudo negro.
- Olá Gina...a quanto tempo...- disse uma voz horrível. Seu jeito de falar parecia familiar.
- Que-m é? – Gina procurou coragem para dizer. – c-como sabe meu nome?
- Ora, ora...não se lembra de mim, garotinha apaixonada? Seu melhor amigo, a quem você contava todos os seus segredos. – Disse a voz. Gina entendeu quem era e seus olhos se encheram de lágrimas – o que? Não ficou feliz em me ver? – disse a voz rindo.
- To- Tom? – disse ela com a voz trêmula.
- Não, não. Por favor, não me chame de Tom...odeio o nome de meu pai. Me chame de Voldemort.
Ao ouvir esse nome pronunciado pela boca do próprio, Gina saiu correndo escondendo as lágrimas com as mãos. Não queria que ninguém a visse. Precisava contar a alguém de confiança. Rony? Não...não queria preocupar o irmão, nem Hermione, principalmente agora que estavam se entendendo. Harry? Não...não poderia demonstrar sua fraqueza a Harry, mostrar que estava morrendo de medo. Luna não era exatamente a pessoa que Gina queria e Neville morreria do coração com tal história diabólica. O jeito era se esconder pelos cantos do castelo até o susto passar. O jeito era pensar, sozinha. Chorava muito. Gina corria rápido. Os corredores estavam vazios, e quando Gina foi virar uma esquina bateu no corpo forte de alguém. Quem mais? Quem sempre aparece quando ela menos precisa? Draco Malfoy. Ela o olhou e depois saiu correndo novamente. Ele a seguiu. Gina não conseguiu fugir por muito tempo. Ele segurou em seu braço e os dois foram ao chão.
- Weasley? Weasley?Que que houve? – ele parecia preocupado e estava pouco se lixando se estava sendo gentil ou não.
- Me deixe, me deixe, me deixe Malfoy! Eu só quero ficar sozinha, ta?- disse Gina entre lágrimas.
- Já chega Weasley! Já chega de sofrer sozinha. Você não cansa? Toda semana você está em um canto se exilando de todos, chorando, acha que não vejo? O que o Potter fez dessa vez Weasley?
- Não lhe devo satisfação nenhuma Malfoy.
- Não me deve, mas vai me dar. Diga o que ele fez?
- Se fosse ele ainda estava tudo bem...- Gina tentava soltar seus braços, mas Malfoy não deixava.- por favor Malfoy...me deixe....
- Um favor? Em outras ocasiões até eu faria mas agora não. Quero que você pare de chorar de uma vez por todas.
- Quero que você me solte....- ela olhava para os próprios pés. Malfoy parecia frustrado.
- Não. Entenda isso. Não seja teimosa. Venha. – ele a puxou até a sacada de sempre.
- Aí não...- questionou ela. – Eles podem me ver – e apontou para o jardim, onde podia se avistar Harry, Mione, Rony, Neville e Luna.
- Tudo bem..- e ele arrastou-a para outra sacada em um lugar bem mais isolado do castelo. – pode chorar o quanto quiser, mas me conte pra eu poder ajudar, está bem? – ele demonstrou muita pena.
- Malfoys não ajudam....-dizia ela enquanto chorava.
- Poxa vida...estou me sentindo culpado...eu piorei sua relação com o Potter. Deixa eu acabar com essa culpa.- Seus olhos imploravam. Não tinha como dizer não. – o que o Potter fez dessa vez?
- Já disse, não foi o Harry...foi...Tom..
- Thomas? Dino Thomas? Outro?
- Não seu idiota....T-Tom Marvolo Ridlle...- disse ela em um sussurro molhado de lágrimas. Malfoy se espantou.
- Aquele-que-não-deve-ser-nomeado?
- Ele mesmo.
- Mas o que ele fez?
- Um espelho...ele apareceu no espelho...que o Sirius deu pra mim...
- Espelho?
- É um espelho de comunicação. Harry tem um também. Você fala o nome da pessoa e ela aparece. – Malfoy fazia cara de quem estava entendendo algo que Gina não estava falando – o que foi? Sabe de algo?
- Unh? Não...não...- mentiu Malfoy (nós sabemos, ela não) – nada...Na verdade, estava sim. Porque será que o Lorde das Trevas foi falar logo com você.
- No meu primeiro ano, ele também me perseguiu. Com um diário que SEU pai colocou no meu material.....
- E o que foi que ele disse pelo espelho?
- Pouco, não fiquei para ouvir muito. Não sei se já viu....mas ele está horrível....Não disse nada muito significativo. Disse se eu lembrava dele, disse para eu não chamá-lo de Tom...
- Mas que coisa estranha...por que ele ia querer falar logo com você?
- Ou talvez ele quisesse falar com Harry através de mim....mas daí seria mas fácil ele usar o espelho de Harry, não o meu....
- Já pode parar de chorar Weasley....já passou.
- Não passou não...e se ele aparecer de novo?
- Quebre o espelho.
- Não posso. É o único presente que o Sirius me deu. É muito precioso pra mim.
- Eu quero te ajudar. Mas como? – Gina ainda chorava. Malfoy olhou para os lados, ver se tinha alguém vendo, e como não tinha, ele a abraçou. Ela sentiu-se corar. Ninguém a abraçava assim, tão fraternalmente. Se não estivesse precisando, teria afastado o moleque, mas estava realmente gostoso – pode chorar, ta legal? Não se obrigue a parar. Apesar de que eu acho que não vai levar a nada.
- Obrigada Malfoy...- a voz de Gina tremeu. Passou-se uns minutos assim. Quando ouviram passos por aquele corredor isolado, sacaram o que estavam fazendo e se soltaram, vermelhos.
- Gina! – era Rony.
- Gina! – gritava Mione ao lado do garoto.
Gina tentou limpar as lágrimas para se tornar apresentável, mas elas continuavam a escorrer.
- Onde será que ela se meteu? – perguntou Rony a Mione, não olhando diretamente em seu rosto.
- Rony, vamos aproveitar que estamos sozinhos para ter uma conversa séria. – Disse Hermione tentando olhar nos olhos de Rony, que desviava o rosto. Malfoy parecia louco para ouvir a conversa séria que eles teriam.“Curioso” cochichou Gina para ele, que deu de ombros e continuou a tentar ouvir a conversa.
- Sobre o que? Sobre o que aconteceu a um mês? Já não era para você ter esquecido? – disse Rony, evitando os olhares de se encontrarem.
- O problema é.....- Hermione fez uma longa pausa, parecia que não conseguia falar - ...eu não consigo.
- O que? – disse Rony, mas antes que pudesse continuar entrou uma coruja velozmente pela sacada onde Draco e Gina estavam e pousou no ombro de Hermione, esticando a perna para que a garota desamarrasse a carta com uma letra garranchosa. Hermione se espantou e pegou a carta. Gina reparou que a coruja era de Victor Krum, e Rony parecia ter reparado também, pois ficou com uma cara muito brava. – o que diz? – perguntou quando Hermione estava na metade.
- Espere. – seus olhos foram passando pelas linhas rapidamente, enquanto se enchiam de lágrimas a cada segundo que passava. – esquece Rony – disse ela ainda com a carta em frente ao rosto, para Rony não ver que as lagrimas estavam escapando de seus olhos – eu vou ao banheiro. Continue procurando Gina. - E ela saiu correndo colocando o braço em frente ao rosto. Deixou cair a carta. Rony abaixou-se para pegá-la ao mesmo tempo que Hermione. Ele viu seus olhos molhados. Quando ela o encarou, despencaram-se muitas lágrimas seguidas. Ela arrancou a carta da mão de Rony e saiu correndo o mais velozmente que pôde. Rony foi atrás dela, como um louco. Mas ela era muito rápida. Mesmo assim ele correu até desaparecer da vista de Gina.
- O que houve a um mês? – perguntou Malfoy a Gina.
- Não é da sua conta. – respondeu ela ainda com o rosto vermelho, mas já havia parado de chorar.
- Não quer deixar o espelho comigo? – Malfoy mudou de assunto.
- Não, obrigada. – agradeceu Gina. Quando estava se levantando, apareceu uma linda coruja branca voando e a derrubou. Ela trazia nas garras um embrulho no formato de vassoura.
N.A.: Bom pessoal Postei hoje os capítulos 4 e 5 e espero que gostem. Pela primeira vez aqui quem vos fala é a autora! Aleluia! Tadinha da tuti, é muito chato mesmo ficar colocando tags...
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