O plano descoberto e...



Capítulo 4 – O plano descoberto e a Passagem secreta





Gina percebeu que Malfoy terminou com a Parkinson. A cara dela dava medo. Todos os olhavam. Malfoy sentou-se, comeu uma torrada, levantou-se e partiu, Pansy fez o mesmo. Ela estava medonha, parecia ser um parasita que sobrevivia do namoro entre ela e Malfoy. Com o namoro acabado, a menina murchou como uma flor, só que as flores eram bem mais bonitas. Logo que a porta se fechou pelas costas dela, o silencio que se seguiu pôde mostrar que as corujas estavam chegando. Gina nunca recebia nada, mas naquela manhã recebeu da Pitch e da Errol um embrulho e uma carta. Seus amigos também receberam vários embrulhos. A carta dizia assim:


Querida Gina
.


Não é que Sirius preveu sua morte? Escreveu um testamento, mas escondeu-o tão bem que só o encontramos agora.Agora não. Mas só agora tivemos tempo de analisá-lo. E ele lembrou-se de você. Escreveu que uma vez você disse que o objeto era muito bonito quando ele estava usando-o. Ele prometeu que quando não precisasse mais, daria a você. Eu achei lindo, faça bom proveito!



De sua mamãe.



Gina desembrulhou o pacote e dentro dele havia um belo espelho, com a moldura dourada e bem desenhada. Gina lembrara muito bem da cena citada na carta. Sirius....como ele fazia falta. Muitas noites ela lembrava das canções de natal que ele cantava durante a época natalina. Abraçou o espelho, lembrando-se do amigo. Não tinha tanta intimidade com ele quanto Harry, Rony e Hermione, mas ele era muito boa gente. Olhou os amigos. Também ganharam lembranças e cartas. Harry olhou o presente de Gina.

- Eu também tenho um desse. – disse, apontando o objeto.

- Tem?

- É um espelho de comunicação. Você fala o nome de quem você quer ver. Mas a pessoa tem que ter o espelho também. Vamos poder nos comunicar! – disse, fingindo empolgação.

Logo após o café da manhã, Gina foi para as aulas, que foram muito cansativas. No horário de almoço, comeu pouco, pois estava tão cansada que não tinha forças nem pra mastigar. Passava pelo corredor do terceiro andar quando avistou aquela sacada iluminada pelo sol. Tão convidativa. Foi até lá e encontrou Malfoy com a cara emburrada.

- Olá Malfoy.

- O que quer aqui Weasley?

- Sol. Mas já estou indo, só quero ver como está o dia.

- Já viu, agora vá embora.

- Mal-educado. Eu fico aqui o tempo que eu quiser. – Gina pegou um pouco de simpatia por Malfoy, depois deste ajudá-la com aquela história da Harry. Até ele parecia um pouco mais educado com ela. Não eram encontros tão amigáveis, mas já existiram muitos piores. Gina olhou a paisagem. Estava bela e não havia ninguém nos jardins, estavam todos almoçando. – e ai? Como foi com a Pansy Parkinson?

- Não te devo satisfações.

- Chato. Tchau então. – ela se virou para voltar ao castelo frio, mas antes...

- Ela ficou muito brava, não entendo os sentimentos das mulheres. Achei que ela também não me suportasse por eu estar sempre fugindo dela.

- As mulheres são muito frágeis. Se você gosta mesmo dela, dá uma segunda chance para a garota. Já ouvi ela falando para uma amiga que te amava muito. Mas, não se obrigue a fazer isso se não quiser, não pode sofrer para ela ser feliz.

- É – ele pensou bem – acho que eu não gosto dela não Weasley, só como amiga ou menos. Agora vá embora.

- Eu vou porque tenho que ir pra aula, tá? Você também devia fazer isso...e...de nada pelo conselho. A dívida está paga, certo? – ela não esperou resposta, seria outra ofensa, com certeza.

********



Após as aulas Malfoy levou as tarefas para a sacada novamente. Não que ainda precisasse, Pansy não ia persegui-lo mais. Mas lá tinha a vista para o parque. Dava para espionar a vida dos outros, ainda que era mais quente do que qualquer cômodo do castelo. “eu não acho que é por causa disso, é porque você tem esperança de encontrá-la aqui, não é?” disse a vozinha. “ Dá pra parar de invadir minha mente e ficar inventando coisas?” respondeu Draco. “ Não estou inventando nada, ta? Só estou trazendo para a margem o que estava no fundo”, “ sai daí que eu preciso estudar!!!” Enquanto discutia viu a Weasley entrar na sacada, dar uma olhada e depois reparar que ele estava ali.

- Ah! Oi Malfoy. Nem te vi...- disse distraída olhando para o jardins.

- O que está procurando?

- Não te devo satisfações...zuera. Procurando o Neville, prometemos de estudar no jardim todos juntos hoje. Ah! Está ali. – e saiu sem nem dar adeus.

Um sorriso se instalou no rosto de Draco. Hora de por o plano em ação. Guardou o material e voou para o dormitório. Colocou a poção em um frasco, jogou o cabelo de Neville e tapou. Colocou no bolso e subiu até o sétimo andar, onde escondeu-se em uma sala, tomou a poção e vestiu o uniforme pego na lavanderia da outra vez. Saiu da sala sendo Neville. Andou meio encurvado e fez cara de mongo. Avistou um grifinório.

- Com licença, com licença – palavra difícil de ser pronunciada por um Malfoy, ainda mais tendo que fingir uma voz nasal – eu não me lembro a senha..

- Venha comigo Neville – o grifinório pegou em seu braço e o trouxe bem próximo ao retrato de Uma mulher bem gorda.

- A senha, por favor – disse a mulher gorda.

- Musgo Escocês – disse o grifinório e o retrato girou-se e deu lugar a uma porta, onde havia uma sala decorada de vermelho e dourado. Entrou. Esqueceu o obrigado que Neville sempre usava. Não se prendeu muito aos detalhes, tinha pouco tempo. Usou como esquema a sala Comunal da Sonserina e logo percebeu onde era o dormitório masculino. Subiu as escadas de mármore e avistou varias portas. Abriu a segunda, não tinha a cama do Potter, Abriu a quarta porta, havia uns quartanistas jogando xadrez de bruxo, mas não era o quarto do Potter, Abriu a sexta porta, tinha um malão, em frente a uma cama bagunçada, onde se lia HP, Harry Potter, claro. Abriu o malão e procurou o maldito espelho desesperadamente, tinha mais meia hora. Olhou dentro de uma caixa e lá estava ele, o objeto descrito por seu pai, um belo espelho, se quer saber, belo demais para pertencer a Harry Potter. Colocou-o dentro do bolso e arrumou a mala de Harry, como se nunca tivesse sido tocada. Lá se foram mais 15 minutos. Encaminhou-se para a Sala Comunal, estava chegando próximo ao retrato, quando este se abriu. Uma ruiva entrou. Era Gina. Esbarrou no garoto. Quando levantou a cabeça para ver quem era, os livros que carregava caíram.

- Neville....c-como você f-fez isso?- disse ela assustada.

- Isso o que? – ele fingiu não entender.

- Você estava lá embaixo a poucos segundos atrás, descobriu alguma passagem?

- Não.....eu vim te buscar..vamos Weas...Gina!

Saíram da sala Comunal, seu tempo ia se esgotar. Gina parou em frente a uma parede.

- O que foi?- disse Draco como Neville.

- Essa parede...ela é tão....suspeita – ela tocou alguns tijolos com a ponta dos dedos. Bruscamente, um buraco se abriu no chão, bem onde eles estavam e caíram a uma câmara subterrânea. Ah não! Que azar! A Weasley ia saber que ele não era Neville, e sim Draco! Ia denunciá-lo e iam expulsá-lo da escola por usar uma poção ilegal! E agora?

- Ah Merlin....como vamos sair daqui? Estamos muito no fundo, tem alguma idéia Neville? – ela disse olhando em volta. A câmara era bem grande e não dava para subir escalando, era bem larga, parecia...um labirinto.

- Trouxe a varinha?- sugeriu vasculhando os bolsos e lembrando que deixara a varinha nas vestes da sonserina.

- Trouxe – Weasley mergulhou a mão no bolso – ai! Eu sou burra mesmo! Deixei-a no jardim, eu só ia pegar um livro mesmo, não achei que fosse precisar.

- Então o jeito é seguir por esse corredor.- sugeriu Draco como Neville.Seu tempo estava acabando, ia correr na frente da menina, ia sair antes dela, ela não desconfiaria, mas nem deu tempo de terminar de pensar. Sentiu a transformação começar. Saiu correndo disparado.

- ESPERE! – ouviu Gina gritar ao longe – não me deixe sozinha! – e ele ouviu ela correndo como louca atrás dele. – PARE NEVILLE! Estou com medo! – mas ele continuou correndo. Sentiu alguém pegar na manga do uniforme. Weasley o alcançara, mesmo com toda a sua velocidade. – chato, me deixou sozinha e....- ela olhou pra cara que agora era a de Draco – Malfoy? – houve um instante de silencio enquanto Gina pensava – O que está fazendo aqui? Cadê o Neville?

- Eu sou Neville.....- foi difícil dizer aquilo tão claramente.

- O que? – ela pareceu não compreender de imediato, mas poucos segundos depois perguntou – p-poção polissuco?

- É...

- M-mas é ilegal! Não é?

- Não é porque é ilegal que as pessoas não fazem...

- P-or que....? – ela parecia chocada.

- Meu pai pediu...

- Algo com Você-Sabe-Quem?

- Sim, mas não sei o que é....

- Para prejudicar o Harry?

- Já disse que não sei. – ao lembrar de Harry, Gina pareceu mais chocada que antes e até ajoelhou-se para não cair. Perguntou:

- Me diga Malfoy.....me diga que...que não era você que...que era o Harry.

- Talvez – aquilo era um “sim”. Começou a ficar com pena da garota – mas Weasley, agora já foi, não é? – ela parecia ter compreendido tudo.

- O pente....foi pra poder se transformar, por isso estava com ele...foi essa a confusão que você me meteu....por isso me ajudou.....e depois, veio me consolar por causa do Harry, mas você só estava pagando a dívida bruxa que tinha comigo, pois foi você....você que me fez sofrer.....- ela estava pronta pra chorar, a raiva tomava conta dela.- IDIOTA!!!!IDIOTA!IDIOTA!IDIOTA! E EU ACHEI QUE VOCE ESTAVA MUDANDO, MAS NÃO! SAIA DO MEU CAMINHO! NÃO FICO NEM MAIS UM MINUTO NESTE LUGAR COM VOCÊ, OXIGENADO! – levantou-se e aprofundou na passagem que ficava cada vez mais escura.

- Pronto, agora estou expulso da escola! – Lamentou Malfoy. Ouviu passos indo em direção a ele.

- Não vou te dedurar! Não sou chata como você!

- Está com medo de seguir em frente sem mim? Com medo do escuro, com medo do que, hein?- Malfoy provocou mesmo. E a garota estava sendo bondosa com ele mesmo depois de tudo que ele fez. Ela parecia brava e não queria guardar a raiva pra ela. Jogou tudo em cima do Draco.

- E se eu tiver medo? E daí? Estou tremendo, porque morro de medo de encontrar Você- Sabe- Quem e de ele me possuir como fez no primeiro ano. Mas você não está nem aí, né? Tenho medo sim! Agora pode espalhar pra escola inteira, seu desgraçado!

- Nossa! Quanto ódio! – Draco, acho melhor você parar, olha o estado da garota, dá pra ser descente pelo menos agora? – Tudo bem Weasley, chega....vou parar de te irritar. Eu apenas obedeço as ordens de meu pai, eles são superiores, você tem que entender...

- Não, eu não entendo. Você tem seus próprios pés, faça o que quiser, você já deve ter descoberto isso. Faz esse tipo de coisa porque gosta. Mas é disperdício de tempo ficar aqui só no papo – ela pegou a manga da blusa dele e foi puxando para dentro da passagem – não adianta conversarmos Malfoy, nunca vamos nos entender.

- Certo, mas....tem uma coisa que quero esclarecer...

- Diga agora então, porque depois que sairmos daqui não vou nem mais olhar na sua cara.

- Aquele beijo sabe....não fui eu que dei....

- Claro que não foi, foi o Harry. Ah, Malfoy, não me obrigue a lembrar que foi você quem eu beijei.

- Mas é sério! Não fui eu. Tem alguém dentro de mim que de vez em quando faz coisas por mim. Alguém está me controlando.

- Isso eu já sei. Seu pai te controla por completo, você faz tudo que ele manda.

- Dá pra levar a sério? Foi esse alguém também que terminou com a Pansy e ele vive me falando que eu odeio ela.

- Talvez seja a sua consciência. – ela tentou ser mais séria, mas estava brava demais.

- E por que a minha consciência te beijou?

- Porque ela me ama.

- Não dá pra ter uma conversa civilizada com você.

- Então Cala a Boca.

- Estou tentando ser educado.

- Mas você não é. Ponha isso na sua cabeça e..., ah não....- Weasley olhou em frente. Uma bifurcação – pra onde agora?

- Esquerda.

- Certo, direita. – e ela seguiu ao lado contrário ao que o garoto sugeriu.

- Eu disse Esquerda.- e se puxou para a direção contrária a da menina – se não quer ficar sozinha, venha para a esquerda.

- Ai! Que saco!- disse Weasley contrariada e seguiu Draco e novamente pegou na manga de sua blusa.

- Eu controlo aqui! – gabou-se o garoto. Andaram mais algum tempo até chegar em uma nova bifurcação, desta vez, de três passagens – como eu sou bonzinho vou deixar você escolher.

- Bonzinho uma ova! Vá na última.

- Mas é a mais estreita.

- Acho que é esta a intenção. – seguiram pela passagem estreita e repararam que ela descia, e descia e descia. Até que chegou em um túnel muito escuro. Entraram. Já muito adentro, Gina disse. – Malfoy....estou com medo. – e largou a manga do garoto e segurou sua mão e apertou tão forte que ele parou de senti-la.

- Eu sei que está, Weasley. Você sempre tem medo. Mas já deve estar acabando.

Chegaram à claridade. Por mais incrível que pareça, eles haviam subido. Mas para o mundo da magia isso é muito comum. Os dois puderam ver o labirinto inteiro de cima. Encostado numa parede, a uns dois metros abaixo deles, encontravam-se duas vassouras bem velhas.

- Podemos voar naquilo! – disse Gina esperançosa apontando para as vassouras.

- Está certo, então vamos descer.

- Como? Pulando?

- Se apoiando – e ele desceu a parede como se descesse de um beliche. Encostou os pés no chão. Virou-se para olhar Weasley. Ela continuava imóvel – Você não vem?

- Não tenho tanta força no braço como você. – ela questionou.

- Mulheres fracotes...

- Então eu vou pular, se eu quebrar alguma coisa a responsabilidade é sua! – disse ela estressada pondo as mãos na cintura.

- Tudo bem....eu te ajudo...venha, desça as pernas primeiro. Isso, agora pode se soltar que eu estou segurando.

- Se você não me segurar eu te mato!

- Pode deixar, vai logo! – Ela soltou o corpo e ele a segurou como disse que faria. Ela agradeceu e ele apenas ignorou. Subiram nas vassouras. Ambos eram bons no vôo. Logo após flutuarem, sentiram o chão tremer. Depois olhavam para as paredes imensas que contornavam o labirinto. Elas estavam se fechando. Esmagando todas as pequenas paredes do labirinto.

- E agora Malfoy? – gritou Weasley um tanto desesperada voando na direção de Draco.

- “E agora Malfoy?” Eu que tenho que pensar em tudo? Sei lá! Vê se acha uma saída por cima – Eles se separaram para procurar. Tinham pouco tempo. Draco olhou para cima. Uma pequena porta no teto estava a dois minutos de ser esmagada. Podia sair sem chamar a Weasley, mas não queria. Seria muita falta de consideração. “ Bom garoto!” ouviu a vozinha dizer. Desta vez não a mandou se calar – Venha Weasley! Há uma porta aqui! – ela veio o mais velozmente que pôde.


Ambos passaram para dentro da porta num segundo.



Estavam livres das paredes. Os dois suavam. Foram parar em um tipo de sótão. Haviam várias caixas de madeira no chão e só havia uma vela iluminando a sala. Draco fechou a porta ferozmente. Estavam os dois jogados no chão empoeirado, sem ar e suando litros.

- Isso não é uma passagem secreta....é um campo de concentração....- disse a Weasley ainda arfando.

- Mas escapamos, não é?

- Ainda não...e como saímos daqui? Vamos ver atrás das caixas...mas estou muito cansada agora...me deixe respirar um pouco....- alguns minutos se passaram e os dois pareciam menos cansados. Empurraram as caixas para os lados e apenas o que encontraram foi um monte de fadinhas chatas, aquelas que ela havia ajudado a tirar lá na Sede da Ordem da Fênix. Mas elas não pareciam muito a fim de brigar, pois perceberam que eles não queriam tirá-los dali. – quer olhar dentro das caixas? – ele assentiu com a cabeça e vasculharam o conteúdo das caixas. As três primeiras estavam vazias. A quarta tinha um monte de musgo no fundo. Já a quinta, foi um sonho. No fundo da caixa havia um corredor de Hogwarts, aquele que eles estavam antes de irem parar no labirinto. Por ele, passavam de vez em quando um ou dois alunos, mas no geral estava calmo. Pularam para dentro da caixa e conseqüentemente, para o corredor. Doeu quando encontraram o chão. Malfoy pulou primeiro e se estatelou no chão. A Weasley caiu sobre ele e depois quicou para o lado. Ficaram um tempo lá, só se acalmando. A garota interrompeu o silêncio.

- Vá embora Malfoy....alguém pode te pegar com as vestes da Grifinória e daí você vai se ferrar....- disse ainda deitada no chão....

- Você não manda....mas vou seguir seu conselho agora, pois não quero ser expulso. – e levantou-se. Olhou a garota com pena e fingiu uma voz de nojo. – vamos, levante-se. Está parecendo uma morta.

- Ah não.....o chão tá gostoso...

- Preguiçosa...- disse ele puxando-a pelo braço para se levantar. – agora tchau antes que me vejam conversando com uma Weasley.

*******



- Adeus pra sempre. – e ele se afastou enquanto ela caminhava cansada e suja para um bom banho quente.

Ainda não estava acreditando que pôde pensar que Malfoy havia mudado. Era impossível, anos e anos e ele continuava com aquela atitude mesquinha e nojenta, não seria agora que ele melhoraria. Mas ela não podia dizer que estava totalmente igual aos outros anos. Mesmo não devendo nada mais a ela, ele a ajudou a sair daquele campo de concentração, coisa que ele não faria se fosse nos anos anteriores. Mas que ele não entendia de sentimentos femininos ele não entendia mesmo! Não devia ter alimentado esperanças nela que Harry a amava. No dia seguinte teve vontade de se matar porque ele não lembrara de nada. Quando Malfoy era Harry devia ter dito NÃO de cara, que seria menos doloroso.

Mas agora ia esquecer dessa semana com Malfoy pra sempre, tinha de parar de vê-lo, se divertir mais com sua turma. Era o melhor que tinha a fazer. E não gastar mais nenhum minuto ouvindo Malfoy.

Tomava seu banho relaxada. Olhou no relógio. Marcavam sete horas. Tinha ficado realmente muito tempo presa naquela maldita passagem. Seus companheiros já estavam na sala da Grifinória quando saiu do banheiro. A garota loira, de longos cabelos trançados, estava sentada a uma poltrona. O nome dela era Sai, mas passou a ser chamada de Sal, que é o diminutivo de “Salvadora da Grifinória”, pois havia feito o casalzinho acalmar de vez. Não parecia mais excluída como era antes da bronca. Até ela parecia mais disposta a fazer amigos. Conversando com ela, na poltrona ao lado, estava Dino Thomas. Mais adiante, no sofá, estavam sentados Mione e Rony. Hermione lia um livro intitulado “ervas mágicas e seus efeitos nos trouxas”, parecia bem chato. Rony estava apenas ouvindo a conversa da Sal com Dino, mas não parecia muito interessado. Neville não estava por perto. Harry também. Ele nunca estava na sala Comunal àquela hora. Será que eram aulas particulares de Oclumência? Mas não era toda noite, era? Gina esperou para ver Harry até mais ou menos umas dez horas, enquanto jogava xadrez de bruxo com seu irmão. Ela sempre perdia. Mas não tão feio quanto Harry. Harry. Harry de novo, não saía da cabeça de Gina. Qualquer coisa que pensava, fazia lembrar Harry. Gina resolveu dormir, veria Harry na manhã seguinte. Quando subiu as escadas só estavam Rony, Hermione e Neville (procurando trevo) na sala. Entrou no quarto. Sal dormia profundamente. Gina pos seu pijama e fechou a cortina em volta da cama, para dormir em paz.

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