One





Fallen angel –- Because this place seems like home


Draco corria o mais rápido que conseguia. Ouvia os passos apressados atrás de si, o barulho de uma capa farfalhando violentamente no chão sem que seu dono se importasse. O foco agora era ele .

Correu mais rápido ainda e deparou-se com um morro. E escuridão encobria tudo á sua volta, mas alguns tímidos raios de sol despontavam por trás da pequena montanha de terra, iluminando sua imponente silhueta. Draco pôs se a correr o mais rápido que suas pernas cansadas agüentavam, mas logo parou, ofegando.

Seu “acompanhante” parara de persegui-lo. Draco sentira que passara por uma barreira ao subir o morro, devia ser isso.

Draco ajoelhou-se no chão de cansaso, ofegando muito. Logo sua visão foi ficando embaçada, mas ainda teve tempo de ver uma casa de material bege. E então desmaiou, ouvindo uma voz doce ao seu redor chamando alguém...

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-Gina, ponha esse pano em cima da cabeça dele – Molly Weasley comandava enquanto a filha atendia não tão prontamente quanto a matriarca gostaria. A garota colocou o pano úmido sobre a testa ardente do loiro deitado em sua cama.

Não era mais uma garotinha de 11 anos. Agora tinha bem seus 20 anos, e o rapaz devia ter seus 21. Morava sozinha, sim, mas a família toda estava ali perto, já que o Lorde das Trevas recomeçara sua ascenção de poder, e os feitiço postos no raio d’A Toca eram os mais poderosos que conhecia além de Hogwarts e o Largo Grimmauld número doze. Então a senhora ruiva praticamente “obrigou” todos os filhos á voltarem para “casa”.

“Ou para baixo das asas dela” Gina pensou sentada na borda de sua cama próxima ao corpo inerte de Draco Malfoy, umedecendo mais uma vez o pano e voltando a colocá-lo na testa do garoto.

Mas então acontecera esse imprevisto naquela mesma manhã. Gina acordara suada de um pesadelo, estava fugindo de alguém, estava na porta de casa e desmaiara, acordando. Então levantara-se e saíra de casa, vendoo corpo inerte do Malfoy no gramado de casa. Chamou a mãe para ajudá-la, já que a senhora ruiva tinha mais experiência que ela em curativos e remédios.

Era óbvio que vira tudo pela visão dele, naquele sonho. Ele tinha marcas de confronto e estava bastante cansado, provavelmente estivera fugindo de algum comensal, já que conseguira entrar ali e seu perseguidor não, sendo que a casa era protegida contra inimigos, ou seja, Voldemort e seus seguidores. Mas o por que de ela ter visto tudo aquilo em sonho ainda era um mistério para ela.

“Provavelmente estava desesperado o suficiente para mandar alguma mensagem para alguém próximo” Ela pensou vendo-o murmurar algo inteligivel e ficar quieto novamente. “E como eu sou a pessoa mais sensível á esse tipo de acesso por causa de Tom, a mensagem chegou á mim” É, essa explicação era bem cabível. Mas não entendia por que a mãe tinha que mandá-la cuidar do garoto.

Tudo bem que fora completamente apaixonada por ele no quarto e quinto ano, mas ficar com Harry a fizera esquecer-se da antiga paixão.

Ou quase .

-Você é a “heroína” dele, agora cuide do que conquistou – Molly disse e Gina se lembrou que a mulher a forçara a ler “Pequeno Príncipe” quando criança, mas realmente não se lembrava onde esse trecho se encaixava na situação.

Suspirou e colocou novamente a mão na testa dele, tendo um sobressalto quando ele segurou-a com uma mão.

-Quem é você? Onde eu estou? - Ele abriu os olhos vagarosamente – Weasley... AH! – Ele gritou de dor e pegou a mão de Gina, num impulso, apertando-a levemente para espantar a sensação. Gina prendeu a respiração e observou o rapaz se contorcer um pouco, relaxando logo que a dor cessou.

-Malfoy, você não está bem. Desmaiou no gramado aqui de casa, está com uma tremenda febre e com machucados pelo corpo todo. Pelo amor de Merlim, garoto, o que andou fazendo? – Gina ralhou, e pensou ter visto um sorriso no canto dos lábios dele.

-Preocupada? Justo com um Malfoy? – Sim, definitivamente aquele loiro sorria. Mas era um sorriso um tanto malicioso, sarcástico, mas ainda assim deixava Gina mais aliviada.

-Sabe, você parece muito bem para alguém que desmaiou agora a pouco. Faça-me o favor, Malfoy, e fique quieto pra que eu cuide de você e possamos enfim nos livrar da desagradável compania um do outro – Ela sentenciou levantando-se da cama.

-Não posso sair daqui – Ele disse e ela se virou, aturdida, para ele.

-Como assim não pode? Malfoy, não brinque comigo, vou te mandar para o Saint Mungus ou mesmo para sua casa, você não vai ficar aqui - Gina disse meio desesperada, tentando convencer á ele que não podia ficar e a si mesma que aquilo era um pesadelo.

-Não, Weasley, você não entende. Se me mandar pro Saint Mungus vão me achar e me matar, assim como se me mandar pra casa. Eu tenho que ficar aqui, além disso, tenho uma dívida bruxa com você e pretendo pagá-la logo antes que resolva pedir minha casa ou algo assim – Gina nem pestanejou para a provocação dele, de tão atordoada que estava.

-Mas Malfoy, nós simplesmente não podemos ficar juntos na minha casa! – Ela sacudiu os braços frenéticamente, como se acenasse para um louco.

-Vai me expulsar? – Ele perguntou cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha cínicamente.

Gina mordeu o lábio inferior e sentou-se na borda da cama, sabendo que seria incapaz disso. E, além de tudo, sua mãe não deixaria ele ficar lá pois a casa estava lotada.

Ele sorriu.

-Então está certo. Não se preocupe, Weasley, eu tentarei não destruir isso que você chama de casa - Ele disse enquanto Gina colocava o sobretudo para ir trabalhar logo, sem nem ao menos dar tchau para ele.

Fuzilou-o com o olhar e saiu, trancando a porta e dando um pulinho por cima do tapete de “Boas-Vindas!” e saindo do raio de feitiços postos sobre sua casa e A Toca, aparatando no ministério para mais um dia cansativo de trabalho.

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