A mais nova auror..!

“ Caro Remo John Lupin,

Tenho o dever de lhe informar que haverá uma reunião da Ordem da Fênix amanhã, às 10h da manhã na casa dos Weasley, conto com a sua presença.

Atenciosamente, Avo Dumbledore.”



Lupin estava exausto, acabara de se transformar na noite anterior e uma notícia de que deveria estar de pé (e com a aparência saudável) no dia seguinte não o agradou muito. Dumbledore havia convocado novamente a Ordem da Fênix já fazia algum tempo porque o jovem Potter disse que teria visto Voldemort. Muitos não acreditaram, mas os integrantes da Ordem ficaram bastante preocupados, pois sabiam o risco que todos estavam correndo. De qualquer forma, Lupin não poderia faltar a reunião, então foi tentar descansar.

*****

No dia seguinte ele acordou indisposto, mas mesmo assim levantou e tentou cuidar de seus ferimentos, porém não obteve muito sucesso. Tomou um rápido café da manhã e saiu em direção a casa dos Weasley. Ele tinha ido lá algumas vezes, então já sabia o caminho. Chegando lá, foi muito bem recebido pelo sr Weasley e se deparou com um novo “cabelo de fogo”.

- Esse é meu filho Carlinhos que estava na Romênia. – apresentou sr Weasley.

- Prazer, Remo Lupin.

- O prazer é todo meu. Soube que você é um dos mais corajosos membros da Ordem.

A reunião transcorreu normalmente, muitos pergaminhos e dúvidas foram expostas e foram quase três horas de formação de táticas dificílimas quando Dumbledore finalmente falou: “Bom, acho que é só isso por hoje” essa frase foi música para os ouvidos de Remo que por alguns segundos pensou que finalmente poderia ir para casa, mas quando estava saindo a srª Weasley o chamou.

- Remo, você gostaria de ficar para almoçar conosco?

- Não, muito obrigado Molly, mas eu preciso ir...

- Remo, fique, Alastor e Alvo vão ficar... – interveio o sr Weasley.

- Bem, já que vocês insistem... – Remo deu-se como vencido.

- Então venha Remo, sente-se aqui. – gritou Carlinhos da mesa magicamente estendida da cozinha.

- Nossa cara, como você está machucado, agora que reparei. O que foi isso? – comentou Carlinhos ingenuamente.

Lupin não sabia o que dizer, não gostava de falar que era um lobisomem, já bastava o fato de Moody, Dumbledore e o sr e srª Weasley soubessem.

- Carlinhos, mas que indiscrição meu filho... – repreendeu-o a srª Weasley.

- O sr Lupin teve alguns problemas nas noites passadas, mas nada muito grave. E como foi sua viagem? – perguntou Dumblendore.

- Ótima, diretor. – respondeu Carlinhos sem entender muito bem.

- Espero que vocês gostem. – falou a srª Weasley pondo a comida na mesa.

Durante o almoço todos comeram calados pensando na reunião que acontecera há poucos minutos. E quando acabaram, foi a srª Weasley quem quebrou o silêncio:

- Carlinhos, você já disse para a Tonks que está aqui?

Ao ouvir o nome “Tonks” Lupin tomou um grande susto, e ficou incrivelmente envergonhado, pois o diretor havia notado sua reação.

- Sim, agente se corresponde desde quando fui viajar.

- E como ela está? – perguntou Alvo. Remo poderia jurar que viu um sorrisinho no diretor, como se ele soubesse que era ele quem queria saber e teria perguntado só para poupá-lo de qualquer constrangimento.

- Está ótima, inclusive está se formando em auror hoje. Amanhã vou até a casa dela dar os parabéns.

- Que ótimo saber disso. – disse o diretor.

- Essa menina tem potencial. – comentou Alastor Moody.

- Você chegou a conhecê-la, Alastor? – perguntou o sr Weasley.

- Oh sim, sou conhecido dos pais dela, a conheço desde pequena.

- Não sabia disso... – comentou Carlinhos.

- Quem não a conhece é o Remo. – disse a srª Weasley tentando integrá-lo ao assunto.

Remo ficou um pouco encabulado, não sabia o que dizer e olhou para o diretor como se suplicasse por ajuda e essa veio quase instantaneamente.

- O sr Lupin chegou a conhecê-la sim, foi em Hogwarts quando Minerva fez uma festa para comemorar o fato dela ter passado para o treinamento de aurores.

- Como esse mundo é pequeno! Quer dizer que um dos mais bravos integrantes da Ordem da Fênix conhece Ninfadora Tonks! – comentou Carlinhos.

Lupin apenas deu um sorrisinho e acenou com a cabeça. A partir daí ele não prestou atenção mais na conversa, só conseguia pensar na menina que conhecera há alguns anos atrás e que ignorou sem ao menos dar uma explicação convincente. Ela havia se formado, ele sabia o quanto ela devia estar feliz.

- Preciso ir agora. – falou Remo se levantando abruptamente fazendo todos se assustarem.

- Mas já Remo? Não quer ficar nem para um chá?

- Não Molly, obrigada.

- Então eu o acompanho até a porta. – falou o sr Weasley.

- Não Artur, fique conversando com seu filho, afinal você não se vêem a tanto tempo, deixa que eu o acompanho até a porta, mesmo não sendo o anfitrião.

- Bom, se você faz questão... – falou um sr Weasley sem entender muita coisa.

Então Remo se despediu dos presentes e foi até a porta acompanhado de Dumbledore.

- Espero que você tenha pensado no que eu te disse há quase três anos atrás. – falou o diretor assim que eles chegaram.

Remo nada respondeu, não era preciso e ele tinha certeza que Dumbledore ainda não havia terminado de falar o que ele queria.

- Poucas são as vezes que o destino dá a nós uma segunda chance, Remo, aproveite.

Ele não podia ser cínico o suficiente para fingir que não sabia do que o diretor estava falando e não tinha coragem para pronunciar uma única palavra.

- Que tal uma coruja? – foi a última coisa que o diretor disse antes de entrar e deixar um Remo estupefato.

*****

- Andora, você nem imagina o quanto estou orgulhoso de você! – falou o sr Tonks abraçando a filha.

- Ninfadora, parabéns minha filha, Merlim sabe o quanto você queria isso... – essa foi a vez da srª Tonks.

- Pois é mãe... Eu estou tão feliz!

- Isso merece uma comemoração! Tonks, por que você não chama a Rosy e o Bill para comemorar com você? Molly me contou que Bill chegou da Romênia.

- É, ele chegou ontem... Quem não está aqui é a Rosy, no mês passado ela foi visitar os pais.

- Andora, eu não acho uma boa idéia chamar Bill, ele chegou de outro país faz pouco tempo, deve estar com saudade da família.

- Tem razão pai, mas nada me impede de ir lá dá um “oi” para ele amanhã. Hoje eu quero é comemorar... – falou Tonks pulando nos braços do pai.

- Então vamos a um restaurante?

- Adorei pai!

Como eles iriam a um restaurante trouxa em um lugar muito cheio não poderiam deixar qualquer vestígio de magia, então pegaram um táxi e jantaram de forma comum, sem beber ou comer comida bruxa.

Depois de três anos de treinamento, Tonks finalmente havia se formado auror. Durante todo esse tempo ela não soube de nada sobre Lupin. Ele não respondeu mais nenhuma de suas cartas e ela perdeu as contas de quantas tinha enviado, chegou até a perguntar para McGonagall se ele estava bem, como quem não quer nada, a professora informou que sim, pois a pouquíssimo tempo havia se correspondido com ele. Depois de saber disso Tonks ficou com raiva devido ao fato dele ter a ignorado e parou de enviar suas corujas. Mas durante todo esse tempo ainda tinha vagas lembranças daquele breve momento que teve com ele e tudo o que ela mais queria era que ele soubesse que ela estava se formando hoje.

- Ninfadora, esse foi um dos dias mais felizes da minha vida. – comentou a mãe abrindo a porta de casa.

- Da minha também mãe... – falou sem pensar, ela lá no fundo esperava que Remo aparecesse para dar os parabéns para ela.

- Filha, você está meio tristonha para hoje ser um dos dias mais felizes de sua vida. - disse o pai.

- Impressão sua pai. – falou forçando um sorriso e foi logo tomar seu banho.

Quando chegou em seu quarto, ainda com a toalha enrolada no cabelo ligou o rádio e começou a fazer penteados loucos e a bagunçar o cabelo conforme o ritmo da música. Só desligou o rádio sob os protestos dos pais devido ao horário.

Ela estava sem sono, ao contrário do que seus pais pensavam ainda era cedo, “são só 9 horas”, pensou. Não tinha muita coisa para fazer, então Tonks contrariada foi tentar dormir por falta de opção, mas logo se levantou sobressaltada, pois ouviu alguma coisa bater em sua janela, rapidamente abriu para ver o que era.

- Ah... Oi, quem é você, hein? – perguntou Tonks à coruja que acabara de entrar em seu quarto - Vem cá, pega esse biscoito, você deve estar com fome. Acho que te conheço de algum lugar... A CORUJA DO REMO! – A metamorfomaga gritou ao ver o remetente da carta.

Depois de liberar a coruja ela pegou a carta eufórica.


“ Cara Andora,

Parabéns por ter se formado hoje... Te desejo muito sucesso e felicidade.
Me desculpe por não responder mais suas corujas, eu juro que tenho um bom motivo, mas acho que ainda não posso revelá-lo.
Bom, mas de qualquer forma quer sair comigo? Acho que essa seria uma ótima maneira de me redimir.
Pode escolher o dia a hora e o lugar, me responda assim que puder.

Remo Lupin”


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