Oi Robbie




- Oi Robbie – ela disse baixo com as mãos sobre o peito do garoto.
- Repete que eu não ouvi – disse Liz estupefata, mas nem de perto próximo a expressão de Augusto mais atrás e do restante da população feminina de Hogwarts. Lianne sorriu sem graça.
- Ele é meu noivo gente – ela disse vermelha, o loiro que Lianne disse se chamar Robbie sorriu.
- Elas não sabiam amor? – ele perguntou rindo charmosamente, Lianne sorriu sem graça de novo.
- Achei que isso não era importante – ela disse evitando encara-lo.
- Como assim? Você acha que nosso noivado ano é importante – ele disse a apertando possessivamente.
- Aqui não Robbie – ela disse seus olhos brilhando ameaçadoramente – diretor, será que eu posso me retirar? Estou meio cansada.
- Claro Lianne – Carlo disse cordial.
- Obrigado – Lianne se desvencilhou de Robbie e subiu as escadas correndo, tropeçando nos próprios pés e sem olhar por onde ia por causa das lagrimas que tomavam os olhos dela.




Kir entrou no dormitório sem fazer barulho, todas as outras haviam ficado pro jantar, mas ela preferiu subir e falar com Lianne, por algum motivo sabia que a menina não estava bem, a confirmação disso foi os soluços que ela ouviu quando chegou na área dos quartos, Lianne estava jogada na sua cama chorando compulsivamente, o corpo tremendo a cada novo soluço.
- Li? – ela perguntou sentando-se na cama da garota, Lianne a olhou e se jogou em seus braços chorando como uma criança, Kir começou a fazer um leve carinho no topo da cabeça da menina. – que foi? Me diz
- Eu não gosto dele Kir – ela disse soluçando ocasionalmente – ele é metido, arrogante e prepotente, além disso ele não me respeita, faz o que quer conforme seus desejos e necessidades – ela disse molhando a camisa de Kir com suas lagrimas.
- Ele nunca te desrespeitou não é? – Kir perguntou assustada.
- Não, isso nunca – Lianne respondeu chorando – mas eu não gosto dele entendi? – ela limpou as lagrimas e se pôs ereta – eu sou compromissada a ela antes mesmo de nascer, papai tem essas ondas tradicionais, eu acho que a mamãe não queria isso e tenho a leve impressão de que ela não gosta dele também, mas sempre o trata bem e carinhosamente, mas ninguém se importa comigo e com o que eu penso – ela abaixou as vistas – papai o trata como um filho, mas eu tenho nojo dele, nojo – ela disse com certa repugnância na voz.
- E porque você o beijou naquela hora? – perguntou Kir confusa.
- Porque se não ele contava pros meus pais e eu me ferrava – ela respondeu.
- Ele não faria isso faria? – Kir perguntou assombrada.
- Faria sim, uma vez quando éramos menores ele falou pro papai que eu tava dando em cima de um menino, só porque eu sorri pra ele quando ele me cumprimentou e fez os pais dele fazerem o pai do menino perder o emprego pra deixar de morar naquela área – Lianne relatou angustiada.
- Meu Deus.
- Eu sei, ele é muito possessivo alem tudo.
- Eu vi, o jeito como ele te abraçou quando você falou que não tinha dito pra gente sobre o noivado – Kir falou se relembrando de tudo.
- Isso! Mas eu não me importo como ele Kir, eu sempre consigo fugir dele, eu temo pelo o Augusto, tenho medo de que ele fique magoado comigo – ela disse, seus olhos enchendo de lagrima novamente.
- Então era por isso que você tava chorando? – Kir perguntou entendendo tudo.
- É, eu gosto muito do Augusto, muito mais do que como um simples amigo, eu queria ele como noivo, não o idiota do Stuarts – ela disse zangada.
- Eu posso dar um jeito de vocês se encontrarem – Kir falou marota.
- Faria isso por mim?
- Claro, eu conheço uma sala perfeita pra isso – Kir sorriu.




Lianne andava distraída ao lado de Mari e Feer indo para a aula de Feitiços, quando de repente sentiu alguém a puxar pra um corredor escuro e não muito usado por alunos, empurra-la na parede e beija-la com sofreguidão.
- Augusto! – ela disse espantada depois que viu quem a beijava.
- Porque fez isso comigo? – ele perguntou abatido, estava pálido e as olheiras debaixo dos olhos mostrava que tinha dormido – você é uma traidora – ele disse exaltado.
- Não, eu não te enganei, não fiquei com você – ela disse magoada, parecia que Kir ainda não tinha conseguido falar com Augusto pelo modo como ele tava agindo com ela.
- Você me fez acreditar que gostava de mim – ele disse magoado – me fez acreditar nisso.
- E eu gosto de você – ela disse suspendendo delicadamente seu queixo fazendo-o olhar. – Gosto muito de você.
- Eu acho que não, eu vi o jeito que você beijou ele ontem.
- Ele é meu noivo – ela disse cansada.
- Eu vi, eu ouvi você é uma traidora suja – ele silibou na direção dela.
- Augusto! Não! – mas ele já tinha ido.




Incrível como tudo estava indo terrivelmente péssimo na vida de Lianne, foi repreendida na aula de feitiços por não estar prestando atenção e assim que seguiu pro salão principal sentiu alguém a abraçando por trás, virou-se alegre pensando que era Augusto mas encontrara o rosto de Robbie que a beijara daquele jeito que somente ele conseguia, daquela jeito repugnante e o pior de tudo foi que Augusto como metade da população do castelo viu o beijo, horas depois falou com Kir sobre os tais encontros, mas a menina disse que o garoto estava determinado de sua decisão, não iria encontrar Lianne.
Duas semanas já haviam se passado desde a chegada das outras seleções a Hogwarts e Robbie era visto sempre colado a menina quando não estava nos treinos, falando em treinos, eles estavam bem reduzidos, agora com mais sete seleções para treinar o campo de quadribol estava bastante dividido, os Hood e os Callan foram precavidos e trouxeram um campo de quadribol portátil onde treinavam suas seleções, mas as outras escolas que não fizeram isso tiveram que usar o campo de Hogwarts dificultando a vida das meninas.
O primeiro jogo já estava definido e seria Hogwarts X Wizards e aconteceria na semana seguinte por isso a competitividade entre as duas escolas era quase palpável, mas quando a véspera do jogo chegou a tensão de instalou por completo em Hogwarts.
- Eu vou dormir, não agüento mais isso – Liz reclamou quando o time dos Wizards lançou a elas um olhar nada amigável.
- Eu também vou – Lianne disse se levantando, não estava com sono e aquela tensão não a incomodava , o que queria realmente era fugir de Robbie.
- Não vai me dar nem um beijo de boa noite? – Robbie disse manhoso, as meninas da mesa da grifinória suspiraram e Lianne fez uma careta dando um rápido beijo em Robbie em seguida, mas o menino foi mais rápido e a puxou pela cintura fazendo-a sentar em seu colo aprofundando o beijo. Lianne o empurrou depois de um tempo.
- Eu já vou Robbie, amanha eu vou jogar e quero descansar – ela disse rápido quando percebeu o olhar de Augusto sobre si.
- Tudo bem – ele roçou seus lábios no de Lianne que saiu dali rápido.
- Idiota – ela resmungou em frente ao quarto na Dama Negra.
- Senha errada – ela disse com sua voz rouca. Lianne revirou os olhos.
- Cabo de vassoura – ele disse e o quadro girou permitindo a passagem dela, assim como Liz ela deitou-se na mesa, mas não conseguiu dormir pensando no jogo do dia seguinte.




Formigas, formigas por toda parte, era um invasão das formigas, era isso que Kir chegou a pensar ao ver tanta gente no estádio de quadribol de Hogwarts, era tanta gente que as arquibancadas precisaram ser ampliadas magicamente, repórteres, pessoas que possuíam cargos importantes nos ministérios dos dois paises que iriam competir aquele dia, alem dos próprios alunos das escolas – os alunos da Wizard foram trazidos no dia anterior e permaneceram no noitibus que dessa vez era azul ofuscante.
- Meu Deus é muita gente – Tina exclamou quando olhou pela a janela do vestiário.
- Calma nega, você é a capitã, tem que se manter calma – Feer disse, mas a sua face pálida e transtornada não ajudou muito.
- Tudo bem meu povo, se vocês continuarem assim é melhor nem entrar naquela merda de campo – Lianne disse irritada, as meninas olharam pra ela e engoliram em seco quando viram o modo que a garota segurava o bastão – nos treinamos muito pra isso, somos as melhores de Hogwarts e vocês deviam saber disso, se não confiam nas suas habilidades eu pelo menos confio na minha – ela levantou determinada – se vocês quiserem eu derrubo todos os jogadores do time adversário e aí vocês podem jogar em paz – ela disse sorrindo desdenhosa.
- Tudo bem Lianne, a gente entendeu – Tina falou irritada – ouviram o que ela disse, se a gente foi escolhida é porque a gente merece, agora vamos entrar naquele campo e mostrar quem é que manda.
- É ISSO AÍ – as meninas gritaram entusiasmadas.
- Um, dois, três e... – Kir começou uma contagem.
- SWEET QUADRIBOL – elas jogaram as mãos pra cima rindo e entraram no campo.
- E entra a seleção de Hogwarts – Lino Jordan disse entusiasmado, ele havia sido chamado ali apenas pra narrar o jogo – as gatinhas do quadribol, Liz, Fernanda, Mariana, Lua, Kir, Lianne e Tina, eu quero essa ruiva pra mim gente.
Tina sorriu divertida com esse ultimo comentário e foi pra frente pra ficar de frente ao capitão dos Wizard que a olhava com mal humor.
- Apertem as mãos, eu quero um jogo limpo – o juiz falou autoritário, os capitães apertaram as mãos – o do Wizard dando a impressão de que queria quebrar a mão de Tina – e lá da arquibancada principal o diretor dos Hood pulou excitado ao lado de Matheus, o diretor dos Magos que elas haviam descoberto ser o irmão mais velho de Adrian.. O juiz apitou e elas deram impulso tomando suas posições no ar.
Assim que a goles foi lançada Kir pegou –a no ar rapidamente e foi com tudo em direção a goles adversária, fez uma tabela com Tina que marcou fazendo a arquibancada tremer com a comemoração.
Feer lá em cima procurava o pomo arduamente e Lianne e Mari rodavam o campo rebatendo balaços ora ou outra , um artilheiro da Wizards tomou a goles de Lua e foi até os aros, arremessou e não marcou, Liz tinha defendido bravamente, infelizmente ela não conseguiu fazer a mesma coisa quando os Wizards lançaram novamente.
- E o jogo empata. – Lino narrava animadamente. – Meu Merlin o que e aquilo? Britto conseguiu rouba a gole chutando? Criativa essa menina. – Kir mandou a gole para Tina que fez tabelinha com a Lua e marcaram. O jogo seguiu equilibrado, Wizards tinha um alto nível, mas ainda não era páreo pra genialidade das jogadas das meninas, Feer viu o pomo umas duas vezes, mas não conseguiu captura-lo, Lianne e Mari eram impiedosas com o bastão. O jogo já marcava 100X90 pra Hogwarts quando Erick Vasquez o batedor da Wizards lançou um balaço que atingiu Lianne na cabeça que não conseguiu desviar ou rebater, ela estava a muitos metros de distancia do chão, o impacto seria mortal, Kir estava distraída com prestando atenção em Lua com a Gole, mas sentiu um aperto no coração e viu Lianne cair, não pensou duas vezes e acelerou a vassoura ate a menina.
- O que ela ta fazendo? – perguntou Mari desesperada, ela estava um pouco longe de Lianne e ao ver a queda da garota quase entrou em choque.
- Ela ta indo salvar a Lianne – gritou Feer quando passou por ali, Tina havia se ocupado em marcar um gol enquanto isso, mas quando virou e deu de queda com a queda de Lianne estacou.
- Achei que as duas se odiavam – gritou Mari de volta.
- Não é o que ta parecendo - ela disse olhando ansiosamente Kir que se aproximava cada vez mais de Lianne.
- Quase lá, quase lá – Kir não parava de sussurrar, soltou uma das mãos na vassoura e estendeu em direção ao ar, agarrou Lianne com força quando passou sobre ela e a carregou para a sua vassoura, a arquibancada toda que olhava a cena estática soltou um único suspiro de alivio.
- Vamos lá, reage, fala alguma besteira. – Kir estava visivelmente preocupada, ela examinava a menina atentamente, o lugar acertado pelo balaço tinha um galo e sangrava de um corte que estava perto do galo, antes de Kir pousar Feer pegou o pomo e terminou com o jogo, mas Kir estava alheia a tudo isso, ver Lianne ali indefesa em seus braços a desarmou. – Poxa vida Lianne fala alguma coisa, nem que seja pra zombar de mim. – Assim que a menina pousou Adrian e Madame Pomfrey foi ate elas, Kir a colocou cuidadosamente no chão e a Enfermeira começou a examina-la depois de limpar o sangue e fechar o corte , ao ver a preocupação da menina Adrian abraçou Kir forte, ela aceitou o gesto muito bem e afundou a cabeça no peito do treinador, o resto das meninas chegaram rápido assim como Robbie e os pais de Lianne.
- LIANNE – gritou Danielle Jones desesperada – acorda meu amor – ela chamava abraçada ao corpo da filha – acorda Lianne, eu não quero perder você também – ela chorava abraçada a Lianne atrapalhando o trabalho da enfermeira, Richard andava de um lado a outro da cabana passando a mão no cabelo a cada segundo e suando frio, extremamente preocupado, Robbie não fazia nada, já que ele estava em choque, parado na porta da cabana olhando Lianne, embora não parecesse ve-la de verdade. Mas de todos ali, certamente Kir estava mais perdida, não soltou Adrian um minuto sequer e ele a abraçava tentando passar confiança.
- Não se preocupa Senhora Jones, ela ta bem, Lianne e forte vai ficar bem. – A voz de Kir saiu falha, mas passou um pouco de confiança a mulher. – Alem do mais ela ficou me devendo uma caixa de sapos de chocolate, não vou deixar ela ir embora sem me pagar. – Kir se permitiu um sorriso.
- E isso que me intriga Kir, desde quando vocês são amigas? – Tina estava curiosa, afinal elas sempre tratavam-se de maneira hostil quando se viam.
- Desde sempre – uma voz masculina fez se ouvir, Augusto chegou na cabana, mas não demonstrava nenhuma emoção e nem virou-se para olhar Lianne – tudo bem como você Kir? – ele perguntou mostrando preocupação.
- Comigo? Comigo? – a primeira pergunta saiu baixo, mas quando ela perguntou pela segunda vez o que saiu foi quase um grito – a Lianne toma um balaço na cabeça e você se preocupa comigo? – ela estava possessa e seu rosto vermelho confirmava aquilo.
- Eu não tenho nada a ver com a Jones – ele falou frio – ela que se exploda.
PLAF
Kir tinha virado a porrada na cara de Augusto no momento seguinte.
- Nunca mais fale isso na minha frente pastel – ela disse com raiva, Augusto a olhou com os olhos brilhando e alguns chegaram a pensar que ele ia avançar sobre a garota.
- Tudo bem Goiaba – ele suspirou - mas entenda que eu não vou ser bonzinho com a Jones, não vou chorar por ela e ficar preocupado também, não posso fazer nada se ela tomou um balaço na cabeça, porque comparado ao que ela fez comigo um balaço não é nada – e saiu bufando.
- Tudo bem, ele vai acabar aceitando. – Tentou Adrian.
- Eu sei, mas e péssimo ver ele falar assim. – Kir estava seria.
- Alguém poderia me explicar o que foi isso? – Richard Jones tentou.
- Uma pessoa com sérios problemas. – Kir respondeu meramente.
- Ah! Isso eu já tinha percebido Britto. – Zombou Richard.
- Se sabia por que perguntou? – Kir girou os olhos, Adrian deu um sorriso. – E Adrian, eu aceito. – Ela deu um tímido sorriso, mas o suficiente pro rapaz sorrir alegremente.
- Aceita o que? – perguntou Danielle olhando Kir, algo ali a havia enciumado.
- Segredo
- Segredos – Lua bufou – to farta deles, e outra, o que a Lianne fez ao Augusto pra ele ficar daquele jeito.
- Uma coisa que não te interessa – Kir falou seria, Robbie olhou pra ela curioso, o jeito que ela tinha falado não o havia agradado, era como se ela escondesse algo dele ou parecido, algo que havia deixado ele com raiva e ciúme.
- Mas e da minha filha que estamos falando Britto. – Richard definitivamente estava irritado com a garota.
- Claro que e da sua filha que falando Senhor Jones, mas também estamos falando da minha amiga, e que eu lhe garanto que esse assunto não diz respeito a ninguém so a ela. – Kir encarava os olhos do homem.
- Você e bem insolente mocinha, se fosse em outras épocas você acabaria mal. – Richard estreitou os olhos.
- Eu não tenho medo de ameaças Senhor, as recebo seis vezes ao dia de onde eu venho e na minha casa de origem. – Kir bateu de frente com o homem, Danielle prendeu a respiração, ninguém nunca desafiou seu marido, ele era um homem que intimidava.
- Britto você esta brincando com fogo. – Avisou o homem, para surpresa dele e de muitos ali, Kir sorriu com desdém e retrucou.
- Eu gosto de brincar com o perigo, principalmente quando eu estou nesse perigo pra defender uma das únicas três pessoas que se importam comigo, e eu aviso Senhor Jones, eu não tenho medo do Senhor e nem do que pode me fazer, mas se eu descobri que tentou descobri algo da Lianne a base de grosserias o senhor ira me pagar. – Kir não estava disposta a perder, pelo menos não pra Richard Jones.
- Lealdade na maiorias das vezes e passaporte para confusão Britto. – Danielle jurou ver um brilho de orgulho nos olhos do marido, coisa que ela não via desde que as filhas deles nasceram.
- Se for pra defender o que eu acho certo eu pago o preço necessário. – Kir ainda o encarava, olhar fundo naqueles olhos fez bem a ela de certa forma, eles não sabiam ainda, mas ali nasceu uma forte ligação.




Dois dias, dois longos dias e nada de Lianne acordar, ela não parecia ter se machucado muito para uma pessoa que leva um balaço na cabeça, mas ainda se mantinha desacordada e pálida como a morte, Kir, Adrian, Robbie e o senhor e a sra. Jones eram os que mais de viam naquela redondeza, Robbie parecia estranhamente abatido, até mesmo seus cabelos não pareciam ser os mesmos e Kir já começava a se perguntar se tudo o que Lianne lhe disse sobre o menino era verdade, Adrian estava sempre a consolando quando ela pensava que pensava o pior e até mesmo o menino loiro chegava a esquecer suas próprias dores e ia tentar ajudar Kir quando ela se mostrava triste a angustiada. Era estranho ver aqueles dois ali se consolando, uma amizade incomum, Danielle dava breves sorrisos ao ver os dois tão unidos, ela gostava muito de Kir, quando na hora do almoço Kir ainda permanecia ali ela se preocupava com a alimentação da menina.
- Kir vá almoçar, desde do acidente que eu não te vejo comer. – Danielle disse isso e sentou-se ao lado da menina.
- Não estou com fome Sra. Jones. – Disse Kir olhando o nada.
- Passar fome não vai fazer a Li acordar mais rápido. – Tentava a mulher.
- Eu sei que não, mas eu não consigo comer, só de pensar nela assim meu coração para, não vou conseguir comer nada, não se preocupe eu to acostumada. – Kir e sua irritante mania de sinceridade desconcertante.
- Mesmo assim, pelo menos beba algo, um suco, vitamina talvez. – Danielle não estava gostando da recusa da menina, seu coração estava apertado.
- Serio senhora não precisa, eu não vou conseguir. – Kir olhou nos olhos da mulher. Danielle podia jurar que aquele olhar era familiar, o brilho, a forma tão infantil de olhar.
- Você gosta muito da minha filha não é? – Danielle sorriu.
- De inicio ela só me irritava, nunca cheguei a odia-la de fato eu não conseguir, mas com esse negocio de time de quadribol, conviver no mesmo quarto nos aproximou. hoje me arrisco a dizer que conheço a Li como ninguém. – Kir sorria docemente ao falar da menina.
- Fico feliz que Lianne tenha encontrado alguém assim, Lianne nunca confiou em ninguém, acho que a morte da irmã gêmea deixou uma ferida profunda no coração dela, ela nunca realmente teve amigos como você, acho que ela pensa que pode perdê-los. – Era dolorido para Danielle falar sobre a filha morta, aquilo ainda lhe machucava.
- Ela me disse, sinto muito por isso, não sei como vocês se sentem, nunca conheci a minha família pra sentir a dor de perdê-los, arrisco-me a dizer que foi um alivio pra minha mãe ter me abandonado. – Kir olhou para o vazio, nunca admitira, mas doía saber que sua mãe lhe deixara, fazia com que ela se sentisse um lixo.
- Acho que ela saiu perdendo nessa historia, uma menina tão linda, determinada e engraçada, qualquer mãe gostaria de ter uma filha como você. – Danielle sorriu gentil.
- Não gostaria não, eu sou encrenqueira, barraqueira, falo alto e tenho a péssima mania de às vezes ser desdenhosa. – Kir se mostrava bem frágil.
- Ninguém e perfeito querida. – Danielle passou o braço envolta do ombro da menina e a puxou pra um abraço. – Mas a aquelas pessoas que aos nossos olhos chegam perto disso, você não e assim, graças à merlin, os perfeitos são tão chatos. – Kir riu, aquele abraço era reconfortante.
- Assim eu fico com ciúmes – uma voz arrastada de tão fraca falou sarcasticamente.
- LIANNE. – Kir e Danielle exclamaram surpresas.
- Você esta bem minha filha? – Danielle analisava cada pedacinho do corpo da filha.
- To ótima mãe, só com um pouco de dor de cabeça. – Disse Lianne fazendo manha.
- Eu me assustaria se não doesse. – Zombou Kir.
- Kir você e tão espirituosa. – Lianne girou os olhos. – E ai ganhamos?
- Ohh claro, Feer pegou o pomo enquanto eu descia com você na vassoura. – Kir sorriu.
- Quer dizer que foi você quem me pegou? – Lianne se surpreendeu.
- Certamente, agora todos sabem da nossa curiosa amizade. – Informou Kir.
- Ah quer saber, eu nem ligo, e bom assim eu não preciso ficar te olhando com desdém quando te vejo, odeio isso! – Lianne sentou-se na cama.
- Epa, epa, epa mocinha, pode voltar a deitar – Danielle falou mandona.
- Não mesmo mamãe, eu por acaso sou mulher de ficar de cama só por causa de um balaço?
- Ficou por dois dias – Kir disse sarcástica.
- Casos a parte, eu apenas tava tirando um cochilo, nada demais – ela disse brincalhona.
- AMOR você acordou. – Robbie foi correndo ate a cama de Lianne, ele estava aliviado de ver ela bem, quase a sufocou quando a abraçou.
- Assim você a mata garotão. – Zombou Kir.
- Perdão. – Ele a soltou visivelmente desconcertado.
- Você e muito engraçado Robbie. – Kir sorriu.
- Não mais que você Kir. – Robbie lhe devolveu o sorriso.
- Perdi alguma coisa? – Lianne estranhou aquela atitude.
- A claro, Robbie e eu ficamos amigos enquanto você cochilava. – Informou Kir.
- QUE? – ela soltou um berro que ecoou pelo enfermaria, como Kir tinha coragem de fazer isso com ela depois do que ela havia contado a ela?
- Amigos amor – Robbie disse acariciando o rosto da noiva e por um momento ela caiu na sensação e se deixou fechar os olhos – abre os olhos vai, você já manteve eles fechados tempo demais – ele falou carinhosamente, Lianne a olhou espantada.
- É você mesmo? - ela perguntou assustada.
- Claro que sou eu Li, quem mais seria? – ele sorriu bondosamente e depositou um breve beijo sobre os lábios de Lianne que estremeceu ficando assustada com a nova situação.
- Ah jovem paixão. – Kir fez uma voz nostálgica.
- Que lindo. – Danielle a acompanhou.
- Concordo plenamente. – Adrian apareceu Melin sabe da onde.
- Ai que susto Adrian, que mania você tem de aparecer sem avisar. – Ralhou Kir.
- Perdão, mas eu queria conversar com você, sobre aquele nosso assunto. – Ele olhou misterioso pra ela.
- Ah claro. – Ela concordou.
- Eu ainda descubro q assunto é esse – falou Lianne quando eles sairam.
- Deixa de ser curiosa Lianne – ralhou Danielle – vó sair, avisar á seu pai que você acordou, aproveitar e deixar vocês a sós – ela piscou cúmplice e também deixou a enfermaria.
- Finalmente sós – Robbie sorriu.
- É mesmo – Lianne disse avoada – que tal aproveitarmos pra tentar descobrir o que aqueles dois escondem? – ela sorriu marota.
- Tenho idéia melhor – Robbie sorriu e beijou-a, um beijo que pela primeira vez Lianne encontrou sentimento.




- Ta tudo pronto. – Danielle andava apressada pelo corredor quando ouviu a voz de Adrian dentro de uma sala de aula vazia, ela sabia que era certo, mas parou pra escutar.
- Tem certeza? – A voz de Kir soou incerta.
- Sim, depois do natal você estará livre daquele lugar. – A voz do rapaz parecia aliviada.
- Adrian você me fez tão feliz com essa noticia. – Pelo que Danielle percebeu ela percebeu, Kir pareceu aliviada.
- Faço tudo por você. – Disse Adrian calmamente. Kir sorriu e se aproximou de Adrian sorrindo ternamente, ele também se aproximou sem perder o sorriso, abraçou Kir pela cintura e a trouxe para perto sem perderem o contato visual, se aproximavam cada vez mais, os narizes roçavam num carinho gentil e as respirações já se confundiam quando finalmente os lábios se uniram num beijo terno.


N/K : Seguinte povo ta ai o cap, comentem nem que seja pra falar que a gente escreve mal sacou? mas tipo seja gentil por favor!

N/L: QUEIJOOOOOO

:*

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