O time



Mais um jantar em hogwarts, o diretor Carlo Randon discursava aos alunos:

- Bom meus caros alunos, como todos sabem teremos o torneio entre escolas e hoje conheceremos nossos jogadores que levaram a honra da nossa escola aos céus. - Carlo era um homem jovem tinha seus 40 anos, cabelos e olhos negros, alto e com um belo sorriso na face.-quando eu anunciar os nomes por favor os escolhidos se dirijam a porta que a atrás da mesa dos professores, siga o corredor ate o final e entre na sala e me espere lá. O nosso primeiro escolhido é... – Disse olhando pra um papel que tinha nas mãos. - Na verdade e uma escolhida, Almeida, Mariana, batedora da grifinoria.-uma menina morena de olhos claros 16 anos levantou-se da mesa da grifinoria e seguiu ate a porta indicada, ao passar pelo diretor o mesmo deu-lhe uma piscadela e um sorriso, a menina entrou na porta e sumiu da vista dos demais.

- Continuemos Rocha Fernanda, apanhadora da Grifinoria. - Uma menina morena, de óculos, 16 anos levantou-se da mesa e seguiu o mesmo caminho da amiga. - Muitos ali protestaram, afinal Jimmy Smith da corvinal e sem duvida o melhor apanhador da Escola.

- Silencio que eu pretendo terminar isso hoje, Bacci, Liz Goleira da corvinal. – Uma menina loira e de estatura mediana levantou-se da mesa da corvinal e seguiu o caminha das outras meninas. - Médici Tina, artilheira da Lufa-Lufa. –Uma ruiva, pequena de ar divertido, levantou-se da mesa e seguiu o caminho sugerido.
- Primavera, Lua, Artilheira da Corvinal. -uma garota morena de olhos muito azuis levantou-se da mesa da corvinal e seguiu Tina.

- Jones, Lianne, Batedora da Grifinoria. -uma menina de cabelos morenos e olhos cor de mel levantou-se da mesa da grifinoria com um sorriso estampado na face. Nesse momento toda a escola já protestava afinal “Os melhores” ficaram de fora, Carlo já estava cansado de tudo aquilo, mas já estava escolhido e nada podia fazer.-Calados ou eu dou detenção coletiva.-todos ficaram em silencio.-Por ultimo, mas não menos importante. Britto, Kir, Artilheira reserva da Sonserina. -Pronto tinha se formado a algazarra, uma menina de cabelos pretos e olhos muito verdes, vestes de segunda mão e um olhar perdido levantou-se da mesa da sonserina e seguiu o mesmo caminho das outras seis meninas, entrou pela porta indicada e seguiu o corredor ate uma porta marrom entreaberta, entrou e viu as outras meninas conversando animadamente.

- Uau, só meninas, isso e fantástico. -dizia Mariana visivelmente entusiasmada.
- E mesmo, mas acho que isso não agradou muito os meninos, afinal muito bons ficaram de fora.-ponderou Fernanda.
- Que isso, ta com medinho rocha?- Zombou tina.
- Pois não deveria, aprenda com uma Jones, medo só nos atrapalha!- Lianne estufou o peito e sorriu orgulhosa.
-Hahaha! Caramba você e bem humilde em Jones, mas você se esqueceu de mencionar que sua família tem uma sorte grande e que seu pai só e rico hoje por que se casou com Danielle Colins, a herdeira da fortuna Colins!- Lembrou Fernanda.
- Meros detalhes Feer, meros detalhes. -Nesse momento a porta se abriu e por ela entram o diretor da escola, Tonks a professora transfiguração, Jack Bank’s o monitor chefe.
- Bom minhas meninas, devo dizer que e surpresa que vocês tenham sido escolhidas, mas enfim quem sou eu pra questionar o chapéu não é.- Brincou Tonks.- Lianne, Feer, Mari’s, Lua, Tina, Liz e Kir, você a partir de hoje são a seleção de Quadribol de Hogwarts.- Comunicou Tonks.
- E o que isso quer dizer? – Perguntou Feer percebendo que a professora diria algo mais.
-Bom que terão que conviver no mesmo dormitório ate o fim do campeonato entre escolas. – Respondeu Tonks gentil. - Suas coisas já foram levadas pra o salão comunal de vocês sete, o senhor Bank’s levara vocês ate lá. Alguma pergunta?
Após ver que não havia nenhuma as garotas foram dispensadas.
Seguiram Jack pelos corredores sem emitir algum som, afinal Jack era capitão do time da Corvinal e goleiro e estava visivelmente nervoso.

- Chegamos, a senha e Balaço, a dama negra muda a senha a cada três dias, mas hoje em especial assim que vocês entrarem ela ira mudar a senha, a um único quarto grande com sete camas, entre ou o Senhor Filch vai nos dar problemas. - As meninas entraram em uma porta atrás de uma tapeçaria com uma dama toda de preto, ao verem a salão comunal todo decorado de cores claro e sofás pretos as meninas ficaram encantadas.
- Uau, e muito legal tudo isso. - Disse Tina com um brilho nos olhos.
- Ótimo, mas se vocês não reparam a um só quarto e eu não ouvi o Bank’s citar dois Banheiros. -disse Kir sobriamente.

- Ahhh! Nem havia notado que a Britto tinha entrado no time, afinal achei que só as melhores mereciam essa vaga. -Alfinetou Lianne, afinal não gostava nem um pouco de Kir.
-Jones você esta aqui, sinal de que nem todas são as melhores. - Rebateu a menina de forma tranqüila.
- Ora sua. - Lianne foi segurada por Fernanda e Liz, era isso ou Lianne acabaria batendo na menina.
- Lianne não vale a pena afinal e só a Britto esquisitona, você a conhece muito bem pra dar ouvidos ao que ela diz. – Pediu Mari.

Kir nem prestava mais atenção no que as outras diziam, apenas olhava pela janela e via que a Lua estava cheia e muito brilhante, imediatamente subiu para o quarto.

- Ótimo, agora ela ira pegar a melhor cama. - Bufou Lianne.
As meninas permaneceram um pouco no salão. Pouco tempo depois Kir desceu as escadas correndo feito maluca, estava com um moletom preto, uma calça jeans um pouco suja e surrada e um tênis visivelmente rasgado, saiu pela porta da sala e sumiu das vistas das meninas.
- Legal quem sabe o Filch a pega ela fica o ano inteiro de detenção. - Disse Lianne com os olhos brilhando.
- Afinal Jones o que você tem contra ela?- Perguntou Tina interessada.
- Simples, no primeiro ano ela fez essa mesma coisa que fez hoje, eu a segui e vi que ela entrou na floresta, ai eu a dedurei pra Tonks, mas só que a Tonks disse que eu tava querendo ferrar ela e que a Kir Britto nunca entraria na floresta justo numa noite de lua cheia e ai ela mandou uma carta para os meus pais e eu alem de tomar bronca fiquei de detenção por seis meses.
- Mas ela realmente entrou na floresta?- Perguntou Tina novamente.
- Sim, eu a segui ate certo caminho depois eu fui embora afinal eu só tinha 11 anos. – Explicava Lianne.




As meninas ficaram jogando conversa fora ate altas horas da noite, depois foram pro quarto e lá ficaram encantadas com o tamanho do quarto, mas logo a euforia deu lugar ao cansaço e assim foi todas dormir.
05h30min quando o dia amanhecia Kir chegou suja e com alguns machucados feios ao longo do corpo, mas tinha um pequeno sorriso na face. Tentou não fazer barulho, mas infelizmente não viu um gato ao pé da cama de Tina e pisou no Bichano que fez um barulho enorme.
- Ahã, o que?-Tina tentava ver o que a acordou. Viu a figura de Kir suja e machucada a sua frente e ficou com medo.
As outras meninas também haviam acordado com o barulho que o gato fez.
- Mas o que...- Liz parou ao ver Kir no meio do quarto com cara de “Fui pega”.- Meu Merlin menina um hipogrifo drogado de atacou?
-Er... e que eu encontrei obstáculos durante meu trajeto, mas foram rapidamente superados e creio que tão cedo voltaram a me importunar.- Disse a garota um pouco mais calma, mas mesmo assim ainda nervosa.
- Ata para de me enrolar menina, o que você foi fazer na floresta? – Rebateu Liz
- Isso e um assunto que só diz respeito a mim Bacci e se me dão licença princesinhas eu não tenho um pai rico pra comprar roupas novas pra mim, preciso ver se consigo arrumar essas. - Disse batendo a porta do banheiro.
- Uau! Essa sim não e nada legal!- Desabafou Mariana
- Não, ela e só na defensiva. - Comentou Tina calmamente.
- A qual é Tina, ate parece que ela e tão sofrida assim. – Debochou Lianne.
- Jones o que você sabe sobre a Kir?- Perguntou Tina sabiamente.
- Só que ela e louca e que é sonserina. –Disse Lianne como se aquilo fosse verdade absoluta.
- Viu, você a rotulou, você ta fazendo o mesmo que os próprios sonserinos fazem com ela, sabe Jones hipocrisia e algo horrível.- E dizendo isso Tina deitou-se e dormiu, assim as meninas a seguiram.




No dia seguinte depois das aulas as meninas seguiram para o campo de quadribol para o primeiro treinamento.
- Que bom que chegaram na hora, bom quase todas. – Disse Adrian Baker o treinador chamado por Carlo para treinar as meninas, Adrian era alto, morenos olhos castanhos esverdeados, forte, ex-aluno de Hogwarts. – Alguém sabe da Senhorita Britto? – Estranhou o rapaz.
- Deve estar perdida por ai. – Disse Lianne cheia de esperanças.
- Sinto estragar sua alegria Jones, eu so me desviei um pouco do caminho. – Kir estava parada atrás da menina. – Ahh eu não acredito! Você? Justo você Baker? – Kir parecia chateada.
- E Britto justo eu. – O rapaz olhava pra ela desafiante. Para surpresa das meninas Kir correu ate ele e o abraçou.
- Da próxima vez mande cartas avisando que você ta bem sua coisa. – Kir deu um tapa no braço do rapaz.
- Kir você sabe o quanto esse tapa dói? – Disse o rapaz massageando o local do tapa.
- E quem disse que era pra fazer cócegas? – Ironizou a menina.
- Sem querer interromper os velhos amigos, será que dava pra começar o treino? – Sugeriu Feer.
- E a Senhorita Rocha tem razão, bom antes de mais nada vamos as regras, eu sou o treinador, por tanto autoridade máxima nesse campo, não admito brigas, falta de respeito e azarações desconhecidas ok Senhorita Britto. – Adrian olhou sugestivo pra garota.
- Não sei do que você esta falando Treinador Baker. – Sorriu Kir inocente.
- Vitor Hunter do meu dormitório nunca mais foi o mesmo depois que você o azarou Kir, e eu não quero o meu time desfalcado. – Adrian acusou.
- Hunter mereceu, alem do mais quem mandou se meter comigo? – Kir ria abertamente. As meninas olharam surpresas para Kir.
- Aham! Voltando, a escola vai oferecer vassouras e uniformes novos, a vassoura que vocês usaram será a nova Firebolt Storm, creio que vocês conheçam ela não e mesmo? – Ao ouvir o nome da vassoura os olhos das meninas brilharam, Firebolt Storm era a mais nova linha se vassouras super velozes, sonho de qualquer pessoa que joga quadribol. Lianne fingiu um desmaio ao ouvir o nome da vassoura fazendo as outras rirem, até mesmo Kir.
- Ei tio – Lianne falou depois de sua “recuperação” milagrosa – não é por nada não mas uma batedora não é nada sem seu bastão, eu gostaria de dizer que fiquei muito emocionada com a menção da vassoura, mas não é ela que faz um jogador, aqueles que realmente que sabem jogar jogam bem mesmo em cima de um pedaço de graveto encantado – ela falou quase sabiamente, as pessoas olharam pra ela assustada, era meio difícil acreditar que aquela menina que só se mostrava ser briguenta e hipócrita desde que haviam começado a conviver pudesse falar algo daquele tipo – mas mesmo em cima de um graveto encantado o batedor está totalmente desarmado sem seu bastão e se há uma coisa que eu prezo nesse mundo é um bom bastão – ela disse com os olhos meio esbugalhados, o técnico riu.
- Eles estão ali – ele apontou uma caixa onde alem de todas as caixas totalmente presas havia os dois bastões feitos de carvalho, Lianne sorriu e foi pulando até lá, olhou atentamente os dois e optou pelo da direita, voltou sorridente pra lá e deu o dá esquerda pra Mari que aceitou sorridente.
- Onde estávamos mesmo? – ela perguntou olhando o bastão de uma maneira tão intensa que parecia ver o que havia dentro dele, com um movimento das mãos ela sacou a varinha escondida ninguém sabe onde e fez um bela pintura surgir no bastão, uma grande dragão em vermelho sangue e preto circulou o bastão e parou com a boca aberta no topo do mesmo, os olhos eram amarelos intensos, ela sorriu. – minha marca – ela disse baixinho acariciando a cabeça do dragão como se ele pudesse senti-lo, as meninas a olhavam meio surpresas, mas voltaram a olhar pro técnico que parecia meio atordoado, mas que sorriu pronto para o resto da explicação, somente Kir continuava a olhar o dragão no bastão de Lianne.
- Ahh me lembrei, Baker você sabe que eu odeio toda aquela roupa pesada do quadribol lembra? – Avisou Kir.
- Eu me lembro criatura e eu já falei com a responsável pelos uniformes, o seu vai ser diferente, mais leve. – Sorriu Adrian. – Hoje faremos um treino leve ok, vocês vão começar correndo em volta só campo, pelos próximo trinta minutos. – Ele sorriu meio maldoso. As meninas começaram a correr, Kir corria mais afastada na frente, trinta minutos depois as meninas caíram cansadas no meio do campo. – Vocês estão fora de forma, mal conseguem correr trinta minutos, a Kir por Zeus vai buscar água pras meninas, afinal você e a única que esta mais inteira. – A menina foi em direção ao vestiário, de ma vontade.
- Sinceramente, porque precisamos correr se podemos voar? – resmungou Feer irritada.
- Concordo plenamente – Lua falou no mesmo tom que a outra.
- Huuuum.... –isso foi a única coisa que Liz conseguiu fazer sair.
- Simples, você precisa ter preparo físico pra agüentar as horas de jogo, dependendo do apanhador pode-se passar dias encima de uma vassoura. – Explicou Adrian. – Você precisam de resistência.
- Que tal começarmos aos poucos? – Sugeriu Mari. – Trinta minutos acabou com a gente. – Mari estava de olhos fechados e suada.
- Nossa eu achei que elas resistiriam mais, mas isso e patético. – Zombou Kir.
- Ninguém pediu sua opinião Britto. – Ralhou Lianne.
- Mas ela tem razão Jones, achei que vocês agüentariam mais, mas como agora vocês estão cansadas demais pra eu dar mais algum exercício nos chão, vocês vão pegas as vassouras e dar a volta no campo voando. – Liberou Adrian. – Mas sem muita gracinha ok. – O rapaz sentou-se no gramado e ficou observando as meninas pegaram alegremente as vassouras e começarem a voar.
Feer jogava seu relógio pro ar e quando ele caiu ia a todo velocidade pega-lo antes que se estraçalhasse no chão, Kir, Lua e Tina ficavam brincando de “tiro ao gol” onde jogavam a goles em direção a Liz com tudo que mesmo assim quase não deixava passar alguma, Mari e Lianne por outro lado ficaram se divertindo no outro lado do campo com um balaço que ficavam arremessando com força total entre si, era difícil acreditar que as meninas tivessem essa força, uma vez Mari deixou passar o balaço ao seu lado que entrou direto no aro fazendo Lianne gritar um sonoro ‘GOL”, as meninas gargalharam, mas o balaço estava a solta, e saiu perseguindo Tina, a menina fugia como dava, mas o treco estava atrás dela, Kir em um ato de puro suicídio foi ate Lianne lhe tomou o bastão e ficou atrás de Tina, o balaço mudou seu alvo e começou a perseguir a menina, ela o rebateu com toda a força que tinha.
- Brigada Kir, se não fosse você hoje eu provavelmente iria passar a noite na enfermaria. – Agradeceu Tina.
- Que isso, eu não sei como essas duas garotas que chamam de batedoras não fizeram nada. – A menina disse indiferente, e emburrando o bastão para Lianne. A menina segurou e para espanto de todas o dragão que ali tinha mexeu, Lianne arregalou os olhos e olhou Kir assustada, a palidez da menina era incrível.
- Nunca.Mais.Toque.Nesse.Bastão – ele disse fria, os olhos brilhando perigosamente, jogou o bastão pra Mari e disparou em direção aos vestiários, pulando da vassoura antes mesmo de alcançar o chão, largou a vassoura de qualquer jeito no chão e a cada passo que dava em direção aos vestiários ficava cada vez mais pálida. Kir olhou seria e seguiu a menina. Entrou no vestiário e viu Lianne sentada em um dos bancos olhando pro armário.
- O que você tem? – ela perguntou sentando-se ao seu lado, Lianne a olhou espantada, mas logo depois assumiu sua postura fria e arrogante de sempre.
- Não é da sua conta – ela disse quase seria tentando dispensa-la, quando Kir ia responder as outras cinco meninas irromperam no vestirario.
- O Adrian nos dispensou – Feer explicou tirando a blusa assim como as outras, Lianne levantou-se e também se despiu entrando no chuveiro logo depois, Kir suspirou e foi tomar banho também, somente quando todas já estavam banhadas e vestidas Lianne reapareceu, ela vinha com uma calça jeans com um rasgo no bolso, uma blusa branca simples e um casaco verde com capuz que ela usava escondendo o rosto.
- Nossa, olha só, não é que ela tem roupas normais – implicou Mari’s enquanto junto com as outras saiam do vestiário.
- O que foi Jones? – continuou Lua – tentando impressionar? Não é porque você deixou de lado sua pose de patricinha fútil e vestiu roupa de gente que a gente vai te aceitar não ta?
- Pensei que vocês implicassem comigo – Kir disse assombrada.
- Implicávamos – disse Liz – talvez continuemos implicando, mas se há uma coisa que a gente não suporta é pessoa arrogante – ela disse mexendo a cabeça. Tina concordou e todas olharam pra Lianne que vinha com a cabeça baixa, ela levantou a cabeça por um momento e todas puderam ver seus olhos chio de lagrimas.
- Vocês têm razão – ela disse com a voz embargada e correu em direção ao castelo deixando as outras petrificadas.
- Gente não e por mal não, eu sei que ela me odeia e tals, mas peguem leve com ela ta, Jones só tem pose. – Pediu Kir. – Alem do mais vamos ter que conviver pelo resto do ano no mesmo dormitório então já sabem. – Kir dizia calma, nada comum isso, mas ela tinha razão, pegar pesado com Lianne agora era idiotice.
- Esse mundo ta de cabeça pra baixo, Lianne perdeu aquela aparencia de patricinha, Kir defendendo ela, será que eu virei uma estrela errada na terra dos sonhos? – Implicou Tina.
- Acho que sim ruiva. – Os olhos de Kir brilharam intensamente. – Agora se me dão licença eu vou implicar com Adrian faz tempo que eu não o faço! – Disse Kir saindo com suas roupas surradas, mas que davam a garota um ar rebelde.




Ela estava no jardim de Hogwarts, o sol brilhava forte lá em cima e as flores soltava um gostoso aroma, ela foi andando lentamente até o lago e sentou-se a sua beira observando-o, a leve brisa fazia seus cabelos se agitarem gostosamente e os pés em contado com a água fria lhe trazia uma tranqüilidade que lhe reconfortava a alma, sem nem mesmo perceber o tempo foi passando e lentamente o sol foi sendo refletido nas águas claras do lago enquanto lentamente ele se deitava no horizonte, não evitou o sorriso surgir na bela face, aquele era o sinal, ela estava vindo.
Como que por mágica emergindo do lago surgiu um imponente dragão preto e vermelho com penetrantes olhos amarelos felinos, ela abriu as imponentes asas liberando água para todo lado, Lianne sorriu ao ver e se levantou da margem do lago onde descansara desde que chegara ali, olhou o dorso do dragão e a viu, sua irmã...sabia que era ela...tinha que ser ela...era ela.
A mulher no dorso do dragão era bela, vinha com um belo vestido muito parecido com os kimonos japoneses, os cabelos negros desciam as costas presos numa firme trança, uma de suas mãos segurava as rédeas que permitiam que guiasse o dragão e a outra fazia um belo carinho no mesmo, seu rosto estava escondido pelas sombras, mas Lianne sabia que era ela, nunca conseguira ver seu rosto mas reconheceria a garota sentada no enorme dragão mesmo que seus olhos não pudessem ver, o dragão parou em frente a ela num vôo rasante e a menina que nele estava sentada ofereceu-lhe uma mão, ela sorriu e aceitou, imediatamente o dragão levantou vôo, voar aquela altura apenas segura por uma mão era maravilhoso e ao mesmo tempo amedrontador, mas ela sabia que sua irmã não a soltaria.
Olhou para o alto, para ela e sorriu e embora não pudesse ver seu rosto sabia que ela também sorria, deixou o vento morno entrar em suas narinas e bagunçar seus sedosos cabelos enquanto podia sentir a macia textura da pele da garota do dragão, sua irmã. Olhou para cima sorrindo novamente, mas o que fez seu sorriso morrer em sua face, os fracos raios de sol iluminaram o rosto de sua irmã e mostrou seu rosto, mas diferente do que ela imaginava não era um rosto tranqüilo e muito parecido com o seu, das sombras surgiu o rosto de sua mãe sorrindo malignamente para ela, seus olhos brilhando vermelhos.
- Ela morreu Lianne – sua mãe falou e soltou sua mão, ela gritou e tentou se agarrar ao dragão, mas não foi rápida o suficiente e antes mesmo que pudesse receber o impacto da queda ela perdeu a consciência.


Lianne gritou ao acordar e levantou rapidamente abraçando os próprios joelhos num gesto impulsivo, chorava compulsivamente com o rosto escondido do mundo, estava tão fora de si que nem notou que estava na sua cama no quarto que agora dividia com as garotas e nem mesmo lembrava como havia chegado ali, como num filme as imagens veio a sua mente e lembrou-se da briga que tivera com o time, como veio correndo até ali e como ao dizer a senha se sentira estranhamente tonta e que só teve tempo de chegar a cama antes de desmaiar.
- Droga, por que em, por que você tinha que morrer? – Lianne falava ao vento.
- Por que era a hora uai. – Kir saiu do banheiro com um curativo no rosto.
- Por que me persegue em? Onde eu vou você esta atrás. – Reclamou Lianne.
- Eu não tenho culpa de gostarmos dos mesmos lugares, coincidências acontecem. – Kir deu um sorriso. – Mas me diga, porque chorava?
- Não é da sua conta – ela falou desviando o olhar.
- Quem morreu? – ela perguntou de novo.
- Ninguém.
- Você tinha uma irmã? – ela voltou a perguntar, Lianne olhou pra ela assustada.
- Como você...?
- Eu te ouvi, você ficou falando enquanto dormia – ela respondeu dando de ombros – “você veio” ou “minha irmã”, foi ela que morreu?
- Sim, mas isso não lhe diz respeito. – Disse Lianne carrancuda.
- Já sei por que você e desse jeito. – Kir dizia isso enquanto procurava algo no malão. – Não se preocupa não contarei a ninguém sobre isso. – Kir virou-se pra Lianne, a menina tinha uma correntinha de prata nas mãos, o pingente era em forma de uma delicada lua cheia.
- Bonito colar – Lianne se permitiu dizer.
- É a única coisa que eu tenho dos meus pais, tava comigo quando me deixaram no orfanato – ela sorriu e Lianne não ousou não corresponder, Kir sorriu ainda mais e Lianne tivera a impressão de que conhecia aquele sorriso em algum lugar – você não é tão ruim quando eu imaginava Britto.
- É o que dizem – ela sorriu colocando o colar no pescoço. Kir teve dificuldade para por o colar.
- Quer ajuda? – Lianne se ofereceu timidamente.
- Eu agradeceria muito. – Kir sorriu, Lianne levantou-se e foi ate a menina, Kir lhe deu o colar e ela colocou. – Brigado Jones, você não e tão chata quanto eu imaginava.
- Se você diz. – Lianne sorriu, o sorriso de Kir intrigava a menina, ela tinha certeza que o sorriso lhe era conhecido. – Então? Vamos descer? Eu to com fome e já é hora do jantar.
- Sei não, acho que você não gostaria de ser vista comigo – Kir olhou pra baixo corando.
- Que isso – Lianne sorriu – to pouco me lixando pro que os outros dizem – ela sorriu e saiu do quarto, Kir balançou a cabeça negativamente e seguiu a menina, saíram pelo quadro e seguiram por Hogwarts em direção ao salão principal conversando quase civilizadamente.
- Britto que bom que te achei. – Um rapaz de cabelos negros, olhos azuis, alto e forte chamava Kir, Lianne assim que o viu se perdeu em seus olhos.
- Fala pastel. – Riu Kir.
- Goiaba será que você poderia me ajudar? Eu sinceramente to precisando de ajuda em feitiços, se eu me der mal meu pai me mata. – Ele pedia serio.
- Sempre feitiços, quando eu disse não a você pastel? Só pra uma ou duas coisinhas, mas olha só Guto vai ter que acordar cedo, eu tenho treino depois das aulas, combinado? – Ela gesticulava e Lianne nem piscava olhando para o rapaz.
- Pra passar eu sou capaz de quase tudo, valeu goiaba, agora me deixe ir, tenho pesquisa de runas pra fazer. – Ele se despediu com um aceno.
- Lianne? LIANNE! – Chamou Kir.
- Ahã? O que? – Lianne estava perdida observando Guto.
- Eu não acredito, você estava babando pelo pastel! – Kir deu uma risada.
- EU? Claro que não, nada a ver. – Lianne tentava.
- Aham, claro! Convença a si mesma com essa cara de perdida que você estava fazendo. – Kir sorria.
- Eu não tava babando por ele, serio – ela tentou convencer – talvez olhando ele com uma cara meio boba, mas babando? Nuncaaa, Lianne Jones não baba por garotos, os garotos babam por Lianne Jones – ela disse fazendo pose, Kir riu.
- Eu realmente acho que você ta afim do pastel – Kir disse abanando as mãos.
- Do que adianta? Eu não posso mesmo – ela abaixou os olhos que estavam molhados de lagrimas.
- Por quê? – Kir ficou seria olhando para Lianne.
- Não quero falar sobre isso. – Lianne finalizou, Kir continuou olhando para ela.
- Se você não quer falar, não vamos tocar nesse assunto. – Kir sorriu. Elas continuaram a caminhar ate o salão principal para jantar. Quando entraram juntas imediatamente todos olharam pra elas, aquelas duas se odiavam e entravam assim como se nada estivesse acontecendo? Suspeito, muito suspeito.
- Somos os centro das atenções. – Sussurrou Kir para Lianne.
- Pra você pode ser a primeira vez, mas comigo isso sempre acontece. – Brincou Lianne.
- O Zeus tão humilde essa menina. – Kir sorriu.
- Uma das minhas melhores qualidades! – ela sorriu e foi pra mesa da grifinória, Kir iria pra Sonserina mas um grito de Lianne fez ela parar.
- TALVEZ – ela gritou pra ela e Kir começou a rir.
- EU SABIA – ela gritou de volta, Lianne pos a mão na boca pedindo segredo e Kir concordou sorrindo antes de sentar-se a mesa verde.
- E chegou a escoria. – David Dallas, cabelos castanhos claros, olhos azuis, da Sonserina disse isso assim que Kir sentou-se a mesa.
- E bom saber que eu te incomodo Dallas. – Kir riu. – Ainda mais se for ao ponto de você me cercar em um corredor e tentar me agarrar. – Kir o olhava de forma penetrante. O menino ficou vermelho e desviou o olhar, Kir riu e olhou pra mesa da grifinória onde agora pastel, ops, Guto sentava-se no lado de Lianne que ficou vermelha instantaneamente.
- Oi – ele cumprimentou a Jones que estava corada.
- Oi – ela respondeu baixo.
- Você me parece tímida – ele sorriu bondoso, mas não mais galanteador, aquilo so fez Lianne corar ainda mais.
- Não, imagina, mas não é sempre que um gatinho como você senta ao meu lado e não tenta me alisar – ela sorriu sincera o que fez Augusto estremecer por um instante.
- Humilde você não? – ele disse brincalhão.
- Aposto que alguém como você também não fica por menos – ela sorriu debochada, sorriso esse que foi retribuído.
- Talvez – ele disse dando um daqueles sorrisos “eu sou um menino mal”.
- Eu sabia. – Lianne parou de corar. – E ai de onde conhece a Kir? - Disse Lianne tentando manter uma conversa.
- Desde antes de Hogwarts, ela era a garotinha arisca que circulava pelo meu bairro, ela sempre ia la, para segundo ela “Clarear as ideias”, um dia ela acabou me ajudando com uns trombadinha e ai ficamos amigos, mas pra evitar confusões, afinal somos de casas diferentes evitamos nos falar em publico. – O rapaz explicava sorrindo.
- Entendi, e posso saber porque ela te chama de pastel? Isso pra mentes não muito inocentes pode soar mal sabia? – ela piscou pra ele. O garoto voltou a estremecer.
- Pois é, mas que tipo assim um dia quando eu era menor eu tive um acidente em uma pastelaria e daí veio o apelido, eu era uma criança meio desastrada – ele sorriu.
- Isso explica tudo – ela sorriu – mas você era né? Só era.
- Com certeza, se eu ainda fosse do jeito que era antes Hogwarts não estaria de pé hoje, eu era pior que o professor Longbotton quando criança. – Ele ria. Mas a conversa dos dois foi interrompida por um grito no meio do salão.
- O QUE VOCE FEZ? – David Dallas levantou-se, ele estava cheio de Verrugas pelo corpo, sua pele estava ranhosa, gosmenta e verde.
- Nada, só achei que essa aparencia fosse à perfeita para um ser asqueroso como você. – Kir ria debochada. Lianne começou a rir, rir muito, sempre tivera vontade de fazer isso com os sonserinos, era muito bom ver aquela cena, ela estava ficando vermelha e não dava sinal de que ia parar de rir, Augusto a olhou assustado, mas ria de qualquer jeito, como todos no salão, Lianne enfiou a cara do pescoço do menino rindo e aproveitou aquilo pra tocar e sentir o cheiro de Augusto mais de perto, e sorriu quando sentiu que o garoto se aproximou com a proximidade. Kir olhou para a mesa da Grifinoria e sorriu, o plano não era bem esse, mas de qualquer jeito saiu de forma satisfatória. – Agora se me dão licença eu perdi a fome. – Kir ia saindo de fininho, quando chegou a porta do salão disparou a corre, a brincadeira foi boa, mas a detenção não era algo que ela estava disposta a pegar. Lianne e Guto logo saíram também e foram dar uma voltinha pelo jardim na orla do lago.
- A Kir é louca – Lianne falou ao lado de Augusto.
- Isso eu já sabia – ele sorriu pra ele e voltou a observar o lago, Lianne olhou naquela direção e estremeceu ao se lembrar do sonho que tivera horas atrás. – Frio? – ele perguntou quando a viu estremecer.
- Um pouco – ela disse sorrindo, não era mentira, mas qual não foi a sua surpresa quando Augusto passou o braço sobre seu ombro e a puxou pra si a abraçando de lado.
- Calor humano, muito melhor que chocolate quente – ele sorriu pra ela e continuou a olhar as águas calmas do lago. Lianne aconchegou-se nos braços dos rapaz, nenhuma palavra a mais foi dita, não era necessário.




- Ahh! Depois desse jantar um tanto quanto surpreendente, nada melhor que uma boa noite de sono. – Disse Mari no dormitório, estavam ali, Feer, Lua, Tina, Liz e a própria Mari.
- Alguém aqui alem de mim já notou a semelhança da Kir e da Lianne? – Questionou Feer sabiamente.
- Eu já, mas deixei pra lá, afinal e impossível que as duas sejam irmãs. – Respondeu Tina seria.
- Tem muito mais coisa nessa historia, mas as duas são muito parecidas, ate em alguns cacoetes, eu reparei isso hoje no treino, Kir quando ta desinteressada enrola um mexa do cabelo no dedo, Lianne faz exatamente igual. – Comentou Lua.
- Aham, e também tem o jeito que elas seguram a vassoura quando param bruscamente, muito idêntico – Liz disse se lembrando do treino.
- De uma coisa eu tenho certeza, tem caroço nesse angu – Mari disse coçando a cabeça.
- Que angu minha gente? – Lianne disse chegando no dormitório pra lá de sorridente.
- No seu Lianne, você já reparou sua semelhança com a Kir? – Feer perguntou interessada.
- Deus me livre gente, eu parecida com aquilo? – ela perguntou girando os olhos.
- Nem vem, você são parecidas sim. – Insistiu Feer.
- Vocês estão doidas viu. – Disse Lianne passando a imagem de que achava aquilo o maior dos absurdos. As meninas rapidamente colocaram os pijamas e já iam se deitar quando Kir apareceu, ela estava com a mesma cara de desinteressada de sempre.
- Eu sinceramente acho que vamos ter que empregar horário de recolher, ta doido, se não vira um entra e sai a hora que quiser. – Reclamou Lua.
- Eu não me importo com horários, alguém ai já me viu chegar na hora em alguma aula? – Zombou Kir. – E não vai ser agora que eu irei respeitar. – Mas a menina logo perdeu o sorriso pra um espirro.
- É gripe? Toma Benegripe – Mari falou com um sorriso “eu tenho trinta e quatro dentes”.
- Ou uma porçãozinha da madame Pomfrey – Liz piscou e Kir sorriu.
- Tudo nem gente, foi só um espirro. – Ela tentou mais espirrou novamente. – E mais outro.
- Cê tem certeza que esta tudo bem? – Perguntou Tina preocupada.
- Em perfeito estado. – Tentava convencer Kir.
- Serio, toma uma porçãozinha vai – Disse Liz tirando uma porção das vestes, as meninas olharam pra ela assustadas – que? É sempre bom estar prevenida - ela disse dando de ombros, deu a porção a Kir que tomou de um gole só e sorriu.
- Oh coisa ruim – ela disse sorrindo.
- E você ri? – Perguntou Mari Surpresa.
- E melhor rir que chorar. – Kir continuava com o sorriso no rosto, ela foi ate o malão procurar o pijama, ela pegou uma calça cinza relativamente grande pro corpo na menina de moletom, uma Blusa branca larga e foi trocar de roupa no banheiro.
- Essa eu não entendi, tipo assim somos só meninas aqui sacas?! Por que ela tem que trocar de roupa no banheiro? – Isso não entrava na cabeça de Mari.
- Vai ver ela tem vergonha de trocar de roupa na nossa frente, isso e perfeitamente normal. – Sorriu Feer.
- Ou então ela não quer mostrar que não e perfeita como a gente. – Se gabou Liz.
- Arg, fala serio – Lianne reclamou sem tirar os olhos do livro de transfiguração que estava lendo.
- Ta defendendo ela Lianne? – perguntou Lua.
- Não, só acho que vocês são um bando de chatas que ficam pegando no pé de todo mundo – ela disse apontando a varinha pra uma almofada que virou uma mini quimera, que virou um mini urso, que virou um mini papagaio, que virou um mini Augusto e que virou hiper mega ultra rápido a almofada de novo antes que todos percebessem o que ela tinha feito.
- Vocês parecem papagaios, lá do banheiro eu escuto vocês falaram. – Kir saiu do banheiro já vestida e com cara de poucos amigos.
- Que foi se olhou no espelho e viu o quão estranha é? – Alfinetou Liz por causa da cara feia que Kir fazia.
- Não eu me olhei no espelho e lembrei que eu estou no mesmo quarto que as maiores patricinhas dessa escola e percebi que eu sou muito azarada. – Rebateu Kir.
- Como é? – perguntou Tina que ia avançar em Kir, Lianne se enfiou na frente.
- Olha aqui vocês todas – ela disse seria – vocês são SIM um bando de patricinha e ainda me acusaram disso, se vocês quiserem continuar brigando eu não vou poder fazer nada por vocês, mas se vocês quiserem vencer no campo vão ter que estar unida e isso vale pra mim e pra Kir também, agora será que da pra pararem de brigar e agir como um time? – ela perguntou severa, as meninas abaixaram as vistas envergonhadas.
- Todas juntas? – perguntou Kir colocando a mão direita a frente.
- Todas juntas – Feer sorriu e pôs sua mão sobre a de Kir, uma por uma as meninas foram repetindo o gesto e quando todas as mãos estavam unidas elas jogaram as mãos pra cima gritando em apenas uma voz:
- SWEET QUADRIBOL!


N/A: Repostada em outro cadastro, afinal teve ajuda da minha maninha amada Lianne!

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