Ele não tem jeito...
No dia seguinte, Voldemort acordou com um estrondo. Provavelmente metade da casa fora destruída. Saiu correndo de pijamas e pantufas de tigrinho, segurando seu ursinho de pelúcia (presente do filho) em direção ao barulho. Chegando no quarto dele, quase desmaiou. O filho tentara mudar a cor do poodle, de branco para rosa, mas, ao invés de mudar a cor, acabou transformando o cachorro num dragão.
Um dragão fêmea. Era vermelha e usava um batom rosa e rímel. Piscava de um jeito sedutor para Voldemort.
Com um aceno de varinha, Voldemort fez o dragão desaparecer. O filho estava prestes a chorar, então Voldemort disse:
- Esqueça o poodle, te darei um duende! – Voldy olhou para o pai e sorriu.
- Papai, quero sete duendes! – disse Voldy feliz. – eles entregarão nossos presentes no natal!
Voldemort não ousava discutir, então, no dia seguinte, os sete duendes já estavam na casa. Voldy vestiu todos de Mamãe Noel e mandou-os decorarem a casa para o Natal. Os duendes estavam com uma blusinha e uma mini saia vermelha, com perucas loiras e gorros de Papai Noel por cima, além da bota preta de salto e maquiagem.
Na manhã de Natal, Voldy mandou o pai se vestir de Rena, para que Voldy pudesse montar nele e brincar de cavalinho. Voldemort estava lindo: com um cobertor de pelo marrom pequeno, dois chifres, cascos e um nariz vermelho que acendia, carregando o filho nas costas pela casa.
Pelo que se já podia imaginar, a manchete do Profeta Diário, no dia seguinte, era Voldemort vestido de Rena, carregando o filho nas costas e sete duendes vestidos de Mamãe Noel.
Na noite do dia trinta e um de dezembro para o dia primeiro de janeiro, Voldy resolveu fazer uma festa do pijama em sua casa. Na hora combinada, a campainha tocou e Voldemort foi atender. Abriu a porta e se deparou com um grupinho de garotas vestindo camisolas rosa, pantufas e ursinhos de pelúcia.
Antes de ir se deitar, resolveu avisar Voldy para não dormirem muito tarde. Entrou no quarto e viu Voldy vestido igual às meninas, todas se maquiando e as Demembabás (nunca nenhuma babá tinha durado tanto quanto aquelas) estavam ajudando.
Os duendes já tinham se enchido de Voldy e foram embora. Voldemort, então, trocou-os por elfos domésticos, que, em poucos dias fugiram, mas não antes de dar um castigo a Voldy: amarraram ele, pintaram todo seu corpo com tintas coloridas e o deixaram dentro do guarda-roupa. Após isso foi que os elfos foram embora.
Voldy queria uma festa a fantasia de qualquer jeito, mas não tinha gente suficiente para participar, só os dois e as Demembabás. Voldemort, então, recrutou os Comensais da Morte.
- Terão que obedecer meu filho – disse ele, ameaçador. – Senão, acabo com todos, entenderam?
- Sim, senhor – disseram Belatriz Lestrange, Lúcio e Narcisa Malfoy, Augusto Rokwood, Macnair, Severo Snape, Bartô Crouch Júnior, Pedro Pettigrew, Rabastan e Rodolfo Lestrange, Antônio Dolohov, Avery, Nott, Fenrir Greyback, Aleto e Amico Carrow, Crabbe, Goyle, Mulciber e Yaxley. Mesmo que com Voldemort naquela situação, não ousavam descumprir uma ordem.
Voldy vestiu todos. Os mais engraçados eram Belatriz, Lúcio, Narcisa, Snape e Voldemort. Em Belatriz, Voldy fez uma perfeita chapinha e vestiu-a de borboleta. Lúcio estava de maria-chiquinha, vestido Cinderela, Snape estava de príncipe encantado, um príncipe desencantado falando a verdade, Narcisa de Rapunzel e Voldemort de canário pois, como sabia voar, ficaria “batendo as asas” por cima de todos. Voldy estava vestido de Chapeuzinho Vermelho e Fenrir Greyback, de lobo mau.
As Demembabás ajudaram a maquiar todos. A festa foi até tarde depois, foi uma tarefa quase impossível fugir dos fotógrafos e tirar a maquiagem. No Profeta Diário do dia seguinte, veio a manchete:
Comensais da Morte participam de uma festa à fantasia
Ontem à noite, nossa jornalista Lara Lora flagrou os Comensais da Morte saindo da casa de Voldemort, com fantasias extravagantes, como borboleta (Belatriz Lestrange), Príncipe encantado (Severo Snape), Cinderela (Lúcio Malfoy), Rapunzel (Narcisa Malfoy), Chapeuzinho Vermelho (Voldy), Lobo Mau (Fenrir Greyback) e Canário (Voldemort).
Isso mesmo, caros leitores, Voldemort estava vestido de canário. Há algumas semanas atrás, foi noticiado que Voldy, ao tentar mudar a cor do seu poodle de branco para rosa, transformou-o num dragão.
Voldemort não sabe mais o que fazer com o filho, tentou até arrancar os cabelos, bem, antes de se lembrar que era desprovido de cabelo.
Seguido de uma enorme foto com todos os comensais vestidos e maquiados.
A ambição de Voldy, agora, era participar de um desfile de moda. Seu pai disse que era muito difícil, mas Voldy não desistiria tão fácil. Foi em todas as agências de moda. Nenhuma delas quis empregar Voldy. Então, foi à que ele mais tinha gostado e tentou confundir os donos para conseguir participar. Nem precisa falar o que aconteceu. O feitiço, em vez de confundir, fez o homem começar a vomitar lesmas.
Voldy não sabia o que fazer. Mas não desistiria do desfile.Foi à próxima agência e utilizou o feitiço para vomitar lesmas, confundindo o homem, que deu logo a ordem para que Voldy participasse do desfile daquela noite.
Na hora em que Voldy entrou na passarela, todos levaram um susto. Adivinha só qual foi a notícia do Profeta Diário?
- Voldy, você não sai mais de casa, me ouviu? – disse Voldemort furioso por aparecer na manchete do Profeta pela décima quinta vez, devido às maluquices do filho.
- Mas pai... – começou Voldy, à beira das lágrimas.
- Nada de mas, é isso e pronto – disse o pai, apontando o detergente no nariz do filho, pois estava lavando a louça, de luvas de borracha e avental de ursinho. – Já vai chorar de novo?
- Não! – disse o menino e saiu correndo.
Voldemort foi atrás, sabendo que o menino tentaria destruir tudo. Deixou o detergente na pia, com a torneira aberta e saiu correndo pela casa para pegar o filho. A pia transbordou e começou a molhar o chão da cozinha, com detergente misturado à água. Voldy entrou correndo pela cozinha sem perceber o que estava ocorrendo lá. Escorregou, caiu de bunda no chão e foi deslizando até uma porta aberta que tinha, ao fundo da cozinha, que levava ao porão. Rolou escada abaixo.
Voldemort, também não vendo o chão encharcado, levou um tombo espetacular. Pisou no detergente, subiu quase um metro e caiu estatelado no chão.
Se levantou todo dolorido e foi pegar o filho no porão.
- Pai, eu quero sua cobra!- exclamou ele, sorrindo. – Me empresta ela?
- Arre... – reclamou Voldemort. – Está bem – concluiu ao ver a cara do filho.
- Ebaaaa!!!
- Mas, só se você for dormir agora.
Voldy fechou a cara mas concordou. Foi para seu quarto, mas não foi dormir, ficou brincando de boneca e casinha com seus Demembabás. No dia seguinte, acordou com seu pai entrando no quarto com uma cobra gigantesca enrolada no corpo. Voldy se desenrolou de seu Edredom da Minnie e foi correndo até a porta pegar a cobra e começou a falar a língua delas, já que herdou a ofidioglossia do pai.
Seu pai saiu do quarto, mas, quando estava chegando ao banheiro, deu meia volta ao ouvir vários “craques” seguidos. Fechou os olhos, não querendo ver o destino que sua preciosa cobra tinha levado, e começou a voltar para o quarto de Voldy. Mas, como estava de olhos fechados, enfiou a cara na parede. Massageando a testa, entrou no quarto e suas pernas fraquejaram. Foi encostar-se à parede, mas a porta estava aberta e ele passou direto, caindo no chão e dando mais um galo para sua cabeça.
Sua cobra sumira e, no lugar dela, havia um pônei cor-de-rosa, com a crina e a cauda lilás.
- Eu queria transformar as manchas dela em rosa e lilás, mas aí... – começou Voldy.
- De novo, nããããooo!!! – exclamou Voldemort, se jogando na cama do filho, começando a socar o colchão, como uma criança e chorando.
- Ah, pai, veja pelo lado bom...
- E tem lado bom?
- Tem, vou aprender a montar!
Voldemort saiu de cabeça baixa do quarto, sem saber o que fazer com o filho. Mas então veio uma idéia e voltou para o quarto. Voldy estava montado no pônei, fazendo-o andar.
- Filho, se me der esse pônei agora, deixo você fazer um baile de aqui em casa – na hora apareceu um sorriso na cara do filho, mas logo se desfez.
- Mas eu vou ficar sem o pônei... não posso ficar com ele só até amanhã, aí dou ele e faço o baile.
Voldemort teve que concordar, senão...
- Está bem, mas amanhã de manhã pego o pônei.
- Tudo bem!
Voldemort foi dormir tranqüilo àquela noite, mas, às três da madrugada acordou assustado. O filho gritava. Voldemort tentou se desenrolar dos lençóis, mas não conseguiu, fazendo com que caísse de cabeça no chão. Conseguiu sair e chegou ao quarto do filho com seu pijama e gorro de dormir.
- Ah, não... – disse ele, desanimado ao ver a cena. Voldy gritava pois havia um explosivim adulto no quarto. O pônei sumira. Voldemort fez o bicho parar e o filho começou a falar.
- Eu não queria que o pônei fosse embora... tentei transformá-lo num bichinho pequeno... não deu certo... e... – mas quando olhou para seu pai viu que ele estava sentado à poltrona, com o cabeça para trás e a boca aberta, roncando e babando.
Após algum tempo, o efeito do feitiço paralisante passou, e o bicho acordou. Sua cauda explodiu, destruindo metade do quarto e ele foi lançado alguns metros para a frente,destruindo a parede do quarto totalmente.
Voldemort acordou com o estrondo e seguiu o explosivim, antes que ele destruísse a casa toda. Com um aceno da varinha, fez o bicho voltar a ser sua querida cobra. Tinha certeza que esse episódio daria mais uma manchete do Profeta Diário. Não se enganou. Lá estava o explosivim, destruindo a casa, numa foto do jornal.
Voldy queria a cobra de qualquer jeito, então acenou a varinha, transformando-a num basilisco. Isso já era demais. A única opção de Voldemort era destruir a cobra. E foi o que fez.
Mas Voldy queria seu baile na próxima noite. Voldemort convocou os Comensais mais uma vez. Iria ser uma baile às avessas. Homens vestidos de mulher e vice-versa. Voldy vestiria todos, mais uma vez, com a ajuda dos Demembabás.
Narcisa e Belatriz estavam com ternos e gravatas e o cabelo preso. Lúcio estava com um vestido de debutante rosa Pink e luvinhas até acima dos cotovelos. Os cabelos foram cacheados e estava com sombra e batom rosa e sandália de salto alto. Snape estava com um tubinho vermelho, batom vermelho e sombra prata com uma sandália também prata e os cabelos presos num minúsculo rabo de cavalo.
A festa tinha até um globo de espelhos pendurado no teto, que, como havia sido concertado há pouco tempo, não suportou o peso, caindo na cabeça de Belatriz.
No próximo dia, já haviam virado manchete outra vez. Voldemort já tinha perdido as contas de quantas vezes virara manchete por conta do filho.
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N/A: Se estiver ruim ou não, por favor avisem... preciso saber a opinião de vocês, é muito importante para mim! Como o próximo já é o último capítulo, queria saber se tem alguém gostando...
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