Cartas.
Após o aniversário de Harry, a Sra. Weasley já estava se preparando para a chegada de Gui e Fleur, dali a uma semana. Embora eles não fossem mais morar na Toca, Molly fez questão de que eles quando chegassem da lua-de-mel fossem diretamente para lá, para uma “pequena” reunião de família.
No sábado da chegada do casal, todos estavam muito ansiosos, principalmente Molly. Como no aniversário de Harry, a mesa fora montada nos jardins da Toca e aumentada pelo Sr. Weasley para que coubessem dez pessoas.
Na hora marcada eles aparataram nos jardins. A Sra. Weasley que já havia visto pelo seu magnífico relógio de parede que seu filho estava a caminho, já o estava esperando. Mal o rapaz apareceu, ela correu para seus braços e lhe deu um forte abraço, e depois fez o mesmo com Fleur.
Seguiram-se várias boas vindas e muitos abraços de todos. No almoço todos queriam saber como tinha sido a viagem.
- Gui querido, você está mais magro. Não tinha comida decente na Itália? – Perguntou uma preocupada Molly, que como sempre achava que seus filhos não se alimentavam direito quando não comiam sua maravilhosa comida.
- Claro que tinha mamãe! – Respondeu Gui. – Fui muito bem alimentado pela minha querida esposa. – Completou beijando a mão de Fleur.
- Não se prrreocupe Sra. Weasley. Eu cuidei muito bem de deu filho. – Disse Fleur. Ela agora já havia se acostumado com o idioma, embora ainda carregasse muito nos erres.
- Já disse para me chamar eu e Arthur pelo nome, querida. Agora você é da família. – Falou Molly.
-Me desculpe Molly. Ainda não me acostumei. – Respondeu Fleur com o rosto um pouco rosado.
- Como é a Itália? – Agora era Gina quem perguntava.
- É muito bonita. Muitas paisagens encantadorrras, uma arquiteturrra incrrrível. – Disse Fleur.
- Quais foram às cidades que vocês visitaram? – Perguntou Hermione.
- Bem, nós ficamos hospedados em Veneza, mas fizemos um tour por Roma, Milão, Nápoles, Turim, Palermo, Gênova, Verona, Florença e a Toscana. Particularmente gostei mais de Veneza, que é um lugar extremamente mágico. Roma também é incrível. – Respondeu Gui.
- Eu gostei mais de Milão, Veneza, Verrrona e Toscana. São realmente lugarrres fabulosos. – Falou Fleur.
- E não trouxeram nenhuma lembrança pra gente? – perguntou Rony que foi seguido por Fred e Jorge que balançavam as cabeças concordando com a pergunta.
- Por favor, garotos, não sejam inconvenientes. Eles foram para passar a lua-de-mel e não fazer compras. – Ralhou o Sr. Weasley.
- Não tem prrroblema Sr. Weas... querr dizerr ..Arthurrr. – Respondeu Fleur. – Nós trrrouxemos prrresentes para cada um de vocês.
- Para nós também? – perguntaram Harry e Mione surpresos.
- Claro que sim. – Respondeu Gui. – Afinal vocês fazem parte dessa família.
Após o almoço todos foram para a sala. Molly com a ajuda de Hermione serviu chá para todos enquanto Gui e Fleur distribuíam os presentes.
O Sr. Weasley ganhou um kit de ferramentas trouxas e uma caneta esferográfica que tinha o nome dele gravado, nem precisa dizer que ele adorou. A Sra. Weasley ganhou um belo xale verde com bordados nas laterais, ela ficou encantada. Fred e Jorge ganharam cada um, um taco novo de quadribol. Rony ganhou vestes a rigor novas, azul-escuro aveludada. Harry ganhou um kit novo para manutenção de sua vassoura. Gina e Hermione foram as últimas. Hermione ganhou um kit de maquiagem e gina uma agenda.
- Ué, vocês não trocaram os presentes? – Perguntou Gina.
- Não. Gui me disse que você a agenda serrria um bom prrresente parrra você, serrria muito útil na escola. E parrra Herrmione eu mesma escolhi esse kit de maquiagem, afinal que mulherrr não gosta de serrr um pouco vaidosa. – Respondeu Fleur.
Apesar do sorriso que retribuíram a Fleur, as duas garotas não pareciam muito contentes com os presentes.
Quando todos estavam comentando sobre seus presentes, Fleur chamou discretamente Mione e Gina.
- Serrrá que vocês poderriam virr comigo um minutinho? – Perguntou Fleur indicando as escadas.
- Claro. – Responderam as duas amigas.
As três subiram as escadas e foram até o quarto de Gina. Elas estavam curiosas para saber o que exatamente Fleur queria com elas. Quando entraram no quarto havia dois pacotes, um em cada cama.
- O que é isso? – Perguntou Gina.
- São os prrresentes de vocês. – Disse Fleur.
- Pensei que nossos presentes fossem esses aqui. – Falou Mione mostrando a agenda e o kit de maquiagem em cima da mesinha de cabeceira.
- Bom, eu perrrcebi que Gui ainda vê vocês, e prrrincipalmente você Gina, como crianças. Então eu resolvi comprrra eu mesma um prrresente parrra vocês. Clarrro que o Gui não viu. É algo mais feminino e útil, já que vocês agorrra já são duas mulherres lindas. Esperrro que gostem. – Disse Fleur indicando os pacotes.
Gina abriu primeiro. Seus olhos estavam vidrados, ela parecia não acreditar. Hermione soltara um “OH!” quando vira o próprio presente e estava tão abobada quanto à amiga.
- E então, gostarrram? – Perguntou Fleur.
- É linda. Obrigada. – Disse Gina dando um abraço apertado na cunhada. E sendo seguida depois por Hermione.
- Não prrrecisa agradecerrr. – Disse Fleur - Porrrque não experrrimentam? – Completou.
Hermione foi até a porta e puxando a varinha trancou a porta com um feitiço. Gina conjurou na mesma hora uma espécie de biombo. Um para ela e outro para Mione. Então as duas começaram a se trocar.
Gina vestiu-se primeiro, saiu detrás do biombo e foi direto para frente do espelho ver como tinha ficado.
Ela estava vestida com uma camisola longa de seda preta muito delicada, possuía uma fenda no lado esquerdo, que deixava a coxa de Gina à mostra. Era de alça, com um bordado no busto. Havia ficado perfeita no corpo da garota. Colada até a cintura e depois mais solta até o final. Era um contraste perfeito com a pele clara de Gina.
- Você está incrível Gina! – Admirou-se Fleur. – Hermione, você não vai deixarrr a gente verrr você? – Perguntou vendo que a garota estava muito quieta e ainda atrás do biombo.
- E..e..eu estou com vergonha. – Falou Mione.
- Deixa de besteira, e sai daí que a gente quer te ver. – Disse Gina.
- Está bem. – Falou Mione enquanto se encaminhava para as garotas.
Gina e Fleur estavam com uma cara que mesclava espanto e admiração. Boca e olhos arregalados.
- O quê? O que foi? Estou horrível não é? – perguntou Mione preocupada com a maneira que as duas garotas a olhavam.
- Hermione, VOCÊ..ESTÁ..MA-RA-VI-LHO-SA! – Falou Gina.
Mione vestia uma camisola também longa de seda branca levemente transparente, No busto também havia alguns bordados, que deixava os seios muito bem delineados. As alças cruzavam nas costas da garota.
Fleur foi até Hermione e a conduziu até em frente do espelho. Mione parecia petrificada com a própria imagem refletida no espelho.
- Hermione você está divina! – Exclamou a veela.
- Obrigada. – Mione agradeceu timidamente, ficando com o rosto muito vermelho.
Depois de se admirarem por mais alguns minutos, as duas garotas trocaram de roupa e guardaram seus presentes de volta nos pacotes e deram outro abraço em Fleur.
- Mais Fleur, porque você escolheu uma camisola de presente pra gente? – Perguntou Gina com uma sobrancelha levantada.
- Bom, já que vocês não são mais crianças e sim belas mulherrres, eu resolvi darrr um presente útil. – Falou Fleur.
- Útil? – Perguntou Gina mais uma vez.
- sim, você e Harry estão namorando e com certeza vão casar logo. – Continuou enquanto ria com a cara de surpresa que a ruiva havia feito. – Então seria uma boa idéia você ter uma camisola dessas para sua noite de núpcias.
Quando Fleur terminou de falar, Gina caiu na gargalhada, porém Mione continuava com uma expressão interrogativa no rosto.
- Que foi Mi? – Perguntou a ruiva.
- Não entendi. Concordo com o que a Fleur disse em relação a você, já que está namorando o Harry e vai acabar casando com ele. Mais e porque a camisola pra mim? – Perguntou Mione.
- Bom quando você casarrr você poderá usá-la também na sua noite de núpcias... – Fleur foi interrompida por Gina.
- Tenho certeza de que o Rony vai gostar! – Disse a ruiva e logo em seguida desatou a rir.
- GINA! – Berrou Mione corando fortemente. – Você ficou maluca?
- Rony? Você está namorrrando com ele? – perguntou Fleur inocentemente.
-NÃO! Ele é apenas meu amigo. – Disse Mione. – Gina, será que você poderia parar com isso?
- Ta bom..eu paro, mas que o rony vai gostar isso ele vai! – Disse a ruiva recomeçando a rir.
- Vou gostar de quê? – Perguntou Rony, abrindo a porta do quarto.
As três olharam assustadas para Rony parado na porta olhando de forma curiosa para a irmã.
- Fala Gina, do quê eu vou gostar? – Rony tornou a perguntar.
- É..da.. – Gina gaguejava.
- Não é nada, Ronald. – Disse Mione bruscamente. – E o que você quer? Porque não bateu na porta?
- Eu bati, vocês é que não escutaram. – Falou Rony olhando com uma expressão incrédula para a morena.
- Sim, e o quê você veio fazer aqui? – Agora era Gina quem perguntava.
Rony se virou para Fleur e disse:
- É que o Gui me pediu para chamar você. Ele disse que já está ficando tarde e que vocês ainda têm que arrumar algumas coisas na casa nova.
Fleur levantou-se de um pulo, então todos desceram.
Chegando lá embaixo a Sra. Weasley estava mais uma vez abraçada ao filho chorando copiosamente.
- Mamãe, não fique assim. Eu não estou indo para a guerra. – Falou Gui sorrindo e dando um beijo na bochecha da mãe. – Estou indo para minha casa.
Ela recomeçou a chorar, e quando viu Fleur se aproximando a mulher largou o filho e se enroscou no pescoço da nora dizendo:
- Prometa que vai tratar meu filho muito bem.
- Eu vou tratar seu filho marrravilhosamente bem, Molly. – Respondeu Fleur.
Com muito custo Molly desgrudou da veela. O casal havia resolvido ir para a casa nova pela rede de flú. Um após o outro entraram e desapareceram no instante em que eram engolidos pelas chamas verdes.
Faltava agora uma semana para o começo das aulas em Hogwarts. A Sra. Weasley resolvera deixar que os garotos fossem sozinhos para o Beco Diagonal comprar os materiais que precisariam durante o ano, porque havia decidido fazer uma faxina na casa e seria bom aproveitar a ausência deles para fazer isso.
Hermione resolvera ficar para ajudar Molly, pois havia encomendado seus materiais no começo do mês e já havia recebido tudo.
Todos acordaram muito cedo e foram para o Beco Diagonal. Hermione ficou na cama mais uma meia hora antes de levantar-se. Às sete horas ela desceu, tomou seu café e após isso foi limpar os jardins enquanto Molly arrumava a cozinha.
Mais ou menos uma hora depois, Mione entrou na cozinha. Quando viu a garota Molly perguntou:
- Já acabou querida?
- Já Sra. Weasley. – Respondeu Mione tomando um copo d’água. – Agora vou subir e começar a arrumar os quartos.
- Você não quer descansar um pouco? – Perguntou Molly.
- Não estou cansada. Já são oito horas e quero terminar pelo menos uma parte dos quartos antes que todos estejam de volta. – Respondeu a garota já se dirigindo a sala.
- Está bem. – Falou molly.
Mione subiu as escadas, resolveu que iria começar do sótão, que era o quarto de Rony e do Harry.
Como só estava ela e Molly na casa, a garota não bateu na porta e entrou no quarto. Quando a porta fechou-se atrás dela Mione se assustou. Para sua surpresa Rony estava no quarto encarando-a em pé ao lado da janela e sem camisa.
Como não estava com muita vontade de sair de casa pediu a Harry que comprasse seu material. Rony havia acordado a mais ou menos meia hora, e só se levantou porque ouviu um barulho vindo dos jardins. Foi até a janela verificar o que era e se deparou com Hermione limpando o jardim. Ficou lá parado, admirando a garota como se estivesse em transe, e só percebeu que ela não estava mais lá quando a porta do seu quarto se escancarou e ele a viu parada olhando pra ele.
“ Mas porque diabos ela está me olhando com essa cara assustada?”, ele se perguntou vendo a expressão de Mione.
- Mi? – Chamou Rony.
Hermione estava parada na porta olhando o ruivo. ”Nossa! Quando foi que Rony ficou tão gost... Francamente Hermione Granger, desde quando VOCÊ ficou tão pervertida?”.
- Mi? – Rony a chamou mais uma vez.
- Hã?! Quê?! – Disse a garota.
- O que você está olhando? – Perguntou o ruivo desconfiado.
- E..eu não estou olhando nada. – Respondeu a garota desviando os olhos do tórax de Rony e encarando os próprios pés. – O que você está fazendo aqui.
- Bom caso não se lembre esse ainda é o meu quarto. – Falou brincando. – E o que você está fazendo aqui? – Perguntou lançando um sorriso maroto para ela.
- Como o que eu estou fazendo aqui! Vim arrumar o quarto, oras! – Respondeu como se fosse o óbvio.
- E porque você não bateu na porta? – Perguntou cruzando os braços e levantando uma sobrancelha.
- Eu não sabia que você estava aqui. Pensei que tivesse ido ao Beco Diagonal com os outros. – Respondeu Mione. – E será que você poderia fazer o favor de colocar uma camisa?
Rony olhou para o próprio corpo e só aí se deu conta de que estava apenas com a parte de cima do pijama. No primeiro momento ele pensou em vestir rapidamente a camisa, mas só então se deu conta de que era para o peito nu dele que Hermione estava olhando.
Enquanto Rony pensava Mione estava dobrando umas blusas que estavam jogadas no chão e colocando-as dentro do armário.
- Por quê? Você não deveria ficar envergonhada, afinal já me viu até tomando banho! – Respondeu Rony, tentando conter o riso.
Quando Hermione ouviu o que o ruivo dissera, girou nos calcanhares para encará-lo e para sua surpresa ele estava muito preto dela. “Perto demais!”, pensou a garota.
Rony tinha andado até que pudesse ficar bem perto dela. Quando ela virou ele encarou aqueles olhos achocolatados.
- F-francamente Ronald, eu só acho que você não deveria nadar assim. E por favor, não me lembre mais daquele incidente no banheiro, eu já falei que foi sem querer. – Respondeu a garota um pouco ofegante com a proximidade do rapaz.
Ele agora estava muito, mais muito perto dela, e tinha um sorriso maroto no rosto. Ela olhava fixamente para os olhos azuis do ruivo com medo de que se olhasse um pouco mais para baixo não resistisse a ficar admirando aquele tórax forte. Ela agora estava encostada na porta do guarda-roupa. Rony se aproximou mais e colocou uma das mãos na porta do guarda-roupa, como se quisesse prender a garota ali. A outra mão estava indo em direção do rosto de Hermione que agora estava imprensada no móvel. Ele sorriu para ela.
- O-o q-que foi? – Ela perguntou num sussurro.
- Tem uma folha no seu cabelo. – Disse o ruivo se adiantando e tirando a folha do cabelo dela. – Pronto, tirei.
Ele agora limpava uma sujeirinha no rosto da garota com as costas da mão. Os dois estavam ofegantes, o corpo de Hermione tremia a cada toque do ruivo em sua pele, e Rony sentiu seu corpo muito quente sentindo aquela pele macia e o cheiro que Hermione emanava.
Seus rostos estavam agora a poucos centímetros. Hermione não se conteve e colocou uma das mãos sobre o peito do garoto. Eles estavam quase se beijando...
TOC..TOC..TOC...
- Rony querido, está acórdão? – Molly disse. – Posso entrar?
Eles se assustaram, Hermione aproveitou que ele havia tirado a mão da porta e saiu rapidamente de perto do garoto, este imediatamente vestiu a primeira camisa que encontrou.
- Claro mamãe. – Respondeu o garoto.
Molly abriu a porta, e entrou, demorou um pouco para notar que Hermione estava ali. A garota fingia estar arrumando a cama de Harry.
- Ah! Me desculpe, que chegou uma carta pra você querido. – Disse Molly olhando o filho.
Rony estendeu a mão para receber a carta, mas Molly o olhava com uma cara intrigada.
- Porque está com a camisa vestida pelo avesso, Ronald? – perguntou Molly lançando um olhar furtivo para Rony.
- É..q-que ..eu nem notei. Acho que já a vesti assim ontem quando fui dormir. – Respondeu o ruivo esticando novamente a mão para pegar a carta.
A Sra. Weasley não pareceu engolir a resposta, mas mesmo assim entregou a carta pro filho, e se retirou, mas antes de fechar a porta ela se virou e disse:
- Rony, eu pensei que você tivesse terminado o namoro com Lilá Brown.
- Terminei! – Rony se apressou logo em dizer. – Por quê?
- A Carta é dela. – Disse Molly fechando a porta.
Hermione que estivera limpando as migalhas de comida da gaiola de Edwiges, levantou os olhos para Rony quando ouviu o nome de Lilá.
Rony ficou pálido quando ouviu a mãe falando que a carta era de Lilá. “Mas o que será que ela quer?”, ele se perguntou.
Já Hermione estava púrpura. Ela caminhou apressada para sair do quarto, quando passou pelo garoto sentiu seu braço sendo puxado e ouviu a voz do garoto:
- Espera Mi.
- Eu não quero atrapalhar. Pode ler a carta da Brown em paz, eu vou arrumar os outros quartos. – Disse a garota soltando-se das mãos de Rony.
Ela saiu e bateu a porta atrás de si. Correu em direção do quarto que dividia com Gina e entrou. “Desde quando ele recebe cartas da Brown?”, perguntava-se Mione.
Rony ficara parado no mesmo lugar durante alguns minutos encarando a porta. Então quando sentiu os pés formigando ele sentou na cama e jogou a carta na mesinha de cabeceira.
“A mamãe tinha que ter dito que a carta era da Lilá?”, Rony perguntava a si mesmo.
Ele esticou o braço e pegou a carta. Rasgou o envelope e começou a ler a carta em voz alta:
Querido Ronald,
Como as aulas em Hogwarts vão começar semana que vem eu gostaria de saber se nós poderíamos ir juntos ao Beco diagonal sábado que vem compra os nossos materiais. Estou com saudades de você. Já que essa guerra idiota acabou, quem sabe você tenha pensado melhor e visto que a vida é muito curta para podermos desperdiça-la assim. Me manda uma resposta antes de sábado. Não aceito um não como resposta. Um beijo nessa sua boca gostosa, Uon-Uon!
Da Sua Lilazinha!!!
Ps: Preciso conversar com você.
Rony jogou a carta longe. “Hora não podemos desperdiçar a vida! Com certeza não vou desperdiçar a minha vida com você Lilá!”, pensou enquanto pegava a carta e colocava dentro da gaveta. Depois que guardou a carta ele saiu do quarto batendo a porta.
Hermione estava deitada na cama pensando no que podia estar escrito na carta. Então ouviu alguém batendo na porta, e em seguida a voz da Sra. Weasley:
- Hermione querida, desça para tomar um suco de abóbora e comer alguma coisa. Depois você volta a arrumar seu quarto.
- Estou indo, Sra. Weasley. – Respondeu a garota levantando-se da cama.
Só então Mione percebeu que não havia nem começado a arrumar o quarto.
Rony tinha terminado de tomar banho e estava chegando à cozinha para tomar o café da manhã. Sentou-se com uma cara amarrada e começou a comer o que tinha na mesa. Alguns minutos depois ele ouviu passos vindos da sala. Quando ergueu a cabeça viu Hermione entrando na cozinha. Ela passou direto pelo garoto. Molly quando a viu foi logo servindo um copo cheio de suco de abóbora. Ela pegou o suco e saiu da cozinha sem olhar para o ruivo.
Harry e Gina chegaram por voltas das dez e meia na Toca carregados de sacolas. Rony ajudou o amigo a levar as coisas para o quarto enquanto Gina seguiu para a cozinha procurando Mione. Chegando à cozinha a ruiva só encontrou a mãe preparando o almoço. A Sra. Weasley olhou para a filha e perguntou:
- E então, compraram tudo?
- Compramos sim mamãe. – Respondeu a ruiva e perguntando logo em seguida. - Onde está Hermione?
- Deve estar lá descansando no quarto. – Respondeu Molly. – Vocês merendaram por lá?
- Tomamos um sorvete. Mas estou começando a ficar com fome. – Falou Gina.
- Pois então tome um copo de suco de abóbora com um pedaço de bolo, porque ainda está longe da hora do almoço. – Disse a Sra. Weasley enquanto apontava a varinha para uma faca que cortava o bolo e um copo que vinha flutuando cheio de suco abóbora.
Gina deu um beijinho estalado como agradecimento na mãe e rumou para o quarto. Quando chegou no cômodo encontrou Mione deitada na cama lendo o novo livro: Runas Antigas Avançado – Volume 2.
- Oi! – Gina cumprimentou a amiga.
- Oi! – Respondeu Mione sem desviar os olhos do livro.
- E aí, tudo bem? – Perguntou Gina.
- Ahan! – a morena respondeu.
- Nós encontramos Hagrid no Beco Diagonal. Ele disse que não vê a hora de começarem as aulas. – A ruiva comentou animada.
- Legal. – Falou Mione distraída.
- Também vimos o Neville e a Luna. Acho que está rolando algo entre os dois. – Falou com um sorriso maroto.
- Ahan. – Hermione falou.
Gina olhou para Hermione com um semblante intrigado. Então disse:
- O que tem de tão interessante nesse livro para você nem prestar atenção no que estou falando?
- O quê? – Respondeu Hermione finalmente olhando a ruiva. – Desculpe Gi, eu estava distraída.
- Pensei que estivesse lendo! – Gina franziu ligeiramente a testa.
- Na verdade estava pensando. – Disse Hermione mais para si mesma do que para a amiga.
- O que foi que aconteceu Mi? Você está esquisita. – Perguntou Gina levantando uma sobrancelha. – Você teve aquele sonho idiota outra vez?
- Não! – Disse Mione. – Gi, me responde uma coisa. – Falou fechando o livro e sentando-se na cama de frente para a amiga.
- Pode perguntar. – Falou a ruiva com ar curioso.
- Seu irmão tem se correspondido com Lilá Brown? – Perguntou corando levemente.
- Hã? Com a Lilá? – Gina ficara surpresa. – não que eu saiba.
- Você tem certeza? – Insistiu a morena.
- Tenho, mesmo se eu não tivesse visto ele receber uma carta dela o Harry teria me contado. – Falou gina.
- Tem certeza que ele te falaria? Mesmo sabendo que você iria me contar? – Completou a ruiva. - Acho que não.
- É pode ser...mas porque você está tão interessada? – Perguntou Gina segurando um sorriso.
- Ele recebeu uma carta dela hoje. – Falou levantando-se bruscamente.
- Como assim? Como você sabe? Conta isso direito. – Disse gina muito curiosa.
Hermione contou tudo o que havia acontecido para a amiga, e desejou não ter contado pelo menos do segundo “quase beijo”, porque ela notou um sorriso de satisfação perpassar pelo rosto da amiga. Gina nem piscava e quando Hermione terminou ela perguntou:
- Então quer dizer que quando vocês estavam quase se beijando a mamãe atrapalhou de novo? Realmente preciso ter uma conversa séria com ela. Ela tem que parar de atrapalhar vocês. – Falou Gina num tom sério.
- Bom, mas não é isso que interessa e sim porque Rony recebeu uma carta da Brown. – Disse a morena em tom conclusivo.
- Se você quiser, eu posso tentar descobrir, Falou a ruiva. – Falou a ruiva. – Sei exatamente como conseguir arrancar isso do Harry.
- Tudo bem. Mas não quero que diga que fui eu quem perguntou. – Falou a morena.
- Está bem. – Respondeu a ruiva. – Mais me diz uma coisa, qual o problema do Rony está ou não se correspondendo com a Lilá? Por acaso Hermione Granger está com ciúmes do Ron?! – Disse lançando um olhar inquisidor e ao mesmo tempo zombeteiro para Mione.
- Ciúmes? Francamente Gina, o Ronald é só meu amigo. Eu só estou preocupada. – A morena disse em um tom nada convincente.
- Ta bom. Vou fingir que acredito. – Falou gina piscando para Mione e em seguida saindo do quarto.
Mal Harry chegou em casa, Rony foi logo o ajudando a levar as sacolas. Ao entrarem no quarto Harry começou a falar:
- Você vai querer separar nossos livros agora?
Mas Rony não respondeu. Parecia estar procurando algo dentro do malão. Harry não notou nada estranho nisso até pensou que o ruivo estava procurando espaço no malão para seus novos materiais, então continuou a falar:
- Nós encontramos o Neville e a Luna na Floreios e... – Harry parou de falar vendo que Rony não lhe dava atenção. – O que você... – O moreno se calou de novo no instante em que Rony se virava pra ele com um pacote numa mão e um pergaminho dobrado na outra.
- Recebi outra carta da Lilá. – Disse o ruivo entregando o pergaminho ao amigo enquanto sentava-se na cama.
- O quê? – Perguntou Harry.
O moreno pegou a carta e leu. Após alguns segundos olhou para o ruivo e disse:
- Você vai responder? Vai se encontrar com ela?
- Claro que não. Você ficou maluco? – Respondeu o ruivo exasperado.
- Eu disse pra você não ficar respondendo as cartas dela. Ela ainda gosta de você e você iria acabar iludindo ela. – Harry falou taxativo.
- Mas eu deixei bem claro pra ela que não teríamos mais nada porque eu amo a Mione, sem falar que foi ela quem terminou comigo. – Falou o ruivo emburrado.
- Quantas cartas são com essa aqui? – Perguntou Harry apontando a carta que havia acabado de ler.
- São sete. – Respondeu o ruivo. – Mas isso não é o pior. – Completou.
- Tem mais?? – Assustou-se Harry.
Ron colocou as duas mãos sobre os olhos e baixou a cabeça.
- Não vai me dizer que a.. – Ia falando o moreno.
- A Mione viu me viu recebendo a carta. – Completou o ruivo.
- Mas como você deixou ela ver? – Perguntou Harry.
- Eu não tive escolha. Mamãe entrou no quarto e disse que a carta era dela. – Falou Ron.
- E a Mione estava no seu quarto? – Perguntou Harry lançando um olhar malicioso para o amigo. – Fazendo o quê?
Rony então contou o que tinha acontecido e em seguida disse:
- Pois é. Desde essa hora ela nem fala comigo.
- Acho que você deveria contar tudo pra ela. – Disse o moreno.
- Não sei Harry. Ela anda tão esquisita, nem toca no assunto sobre a gente. Às vezes eu penso que ela se arrependeu do que aconteceu entre a gente. – Falou Rony cabisbaixo. – E eu não quero perder a amizade dela, entende?
- Eu sei, mas Ron eu acho que você devia sim falar com ela. Por que não fala com ela depois do almoço. Explica tudo pra ela e aí quem sabe ela toca no assunto de vocês. – Disse Harry dando tapinhas nas costas de Ron enquanto levantava-se da cama.
- Acho que você tem razão. – Disse o ruivo colocando a carta junto das outras e levantando-se para guardá-las no malão.
Quando Harry saiu do quarto encontrou Gina subindo as escadas. Ele abraçou a garota assustando-a. E quando ia beijá-la ela o afastou e disse:
- Quero falar com você agora. Vem comigo.
- Ei.. – Harry tentou protestar, mas Gina o puxou para dentro do quarto dos gêmeos.
Quando entraram no quarto, harry sentou-se na cama e a ruiva continuou em pé de frente para o namorado. Estava com as duas mãos na cintura e com um olhar inquisidor.
- Ei, o que foi que eu fiz? – perguntou o moreno.
- Harry, você sabia que meu irmão recebeu uma carta da Lilá Brown hoje? – Perguntou a garota.
- Ele me mostrou, mas porque... – Ia dizendo o garoto.
- Essa é a primeira carta que ele recebe dela? – Perguntou de novo nem dando tempo do garoto respirar.
- N-não. – Respondeu o moreno receoso. – Sete na verdade.
- O QUÊ??? – Gritou Gina. – Harry Potter você sabia disso e não me contou?
- Olha Gina, o Rony é meu amigo e me pediu para não contar nada a ninguém. – Falou o moreno.
Gina o encarou por alguns momentos e disse:
- E o que aquela loira aguada quer com ele?
- Gi, não é nada demais. Depois que a guerra acabou ela mandou uma carta pra ele pra saber como ele estava. Ele respondeu a primeira carta, daí ela ficou escrevendo e escrevendo. Mas ele deixou bem claro pra ela que não ria rolar nada porque ele ama a Mione. – Confessou Harry.
- Mais eu tenho certeza de que ela não vai querer só a amizade dele quando recomeçarem as aulas. – Disse a ruiva.
- Eu falei isso pra ele. Mas ele disse que se ela gostasse mesmo dele não teria terminado o namoro. – Comentou Harry.
- E o que ela quer agora, nessa carta nova? – Gina perguntou sentando-se na cama e cruzando os braços.
- Ela queria se encontrar com ele no sábado para comprarem juntos os novos materiais. – Falou o moreno e completou rapidamente vendo o olhar assassino que a namorada o olhava. – Mas como ele já comprou, ele não vai é claro.
- Nem se ele não tivesse comprado. A Mione não gostou nada. – Falou a ruiva agora mais calma.
- Eu imaginei mesmo que ela não iria gostar. Mas não conta nada pra ela porque eu convenci o seu irmão de contar tudo pra ela. – Falou Harry.
- Sério? É bom mesmo que ele faça isso. – Disse a ruiva abraçando Harry.
Harry retribuiu o abraço enquanto dava beijinhos no pescoço de Gina. Ela afastou lentamente seu rosto de modo que seu nariz ficou colado no nariz de Harry. Ele deu um sorriso maroto pra ela e a beijou apaixonadamente.
Gina agora estava com uma das mãos nos cabelos do namorado e a outra encostada no peito dele. Ele por sua vez estava com uma mão na cintura dela e a outra passeava pela nuca da garota.
Assustaram-se e se separaram com o grito que ouviram vindo dos pés da escada:
- Meninos o almoço está pronto. – Era Sra. Weasley.
- Aff, mamãe já está ficando expert nisso. – Disse Gina levantando-se da cama e abrindo a porta deixando um Harry confuso vir atrás dela.
Hermione que havia tentado ler o seu livro após a saída de Gina, levantou-se e quando estava saindo do quarto deu um encontrão em alguém. Ela desequilibrou-se um pouco e já ia caindo quando sentiu duas mãos a segurarem com firmeza pela cintura. Quando ergueu a cabeça ela se deparou com o par de olhos azuis que conhecia bem. Ele a olhava com um misto de preocupação e divertimento.
- Desculpe. Você está bem? – Perguntou o ruivo.
- Sim. E você? – Disse a garota não conseguindo desgrudar seus olhos dos do ruivo.
- Tudo bem, eu vou sobreviver. – Falou divertido e abrindo um largo sorriso continuou. – Acho que vou pedir pro papai conseguir um daqueles semágrofos que vocês usam no mundo trouxa para evitar esse tipo de colisão.
- É Semáforo, Rony. – Riu-se Hermione. – Mais acho que você não precisa pedir isso a ele. A culpa foi minha de não ter prestado atenção.
Só agora Hermione se deu conta de como eles estavam. Rony ainda tinha as duas mãos coladas na cintura da garota. Ela sentiu seu corpo estremecer e um formigamento debaixo de onde Rony a tocava. Ele pareceu perceber e ficou imediatamente vermelho e envergonhado. Ele se afastou delicadamente e encarou o chão.
Então eles pareceram acordar do transe em que estavam quando ouviram mais um berro da Sra. Weasley:
- Ronald e Hermione o almoço está pronto, desçam logo.
Eles se olharam rapidamente e desceram as escadas calados. Chegando à cozinha encontraram Gina e Harry já sentados.
Sentaram-se de frente um para o outro mais não se olharam. Todos almoçaram muito calados com exceção de Molly que ficava insistindo para Hermione comer um pouco mais de purê.
Após o almoço Hermione ficou ajudando a Sra. Weasley na cozinha, para desespero de Ron que queria falar com ela.
Como o dia estava muito quente os dois garotos resolveram sentar perto do lago. Quando Hermione terminou de ajudar Molly, ela se dirigiu a sala na intenção de subir para ler um pouco. Gina que estava na sala esperando a amiga falou rapidamente:
- Mione, está muito quente hoje, vamos sentar lá fora com os garotos.
- Na verdade Gina eu estava pensando em ler um pouco. – Respondeu a morena percebendo qual era a intenção da ruiva.
Quando Hermione entrou no quarto encontrou uma coruja negra pousada em cima da cômoda. Tinha um pergaminho preso a perna.
Hermione foi até ela e desprendeu o pergaminho da perna da coruja e logo que tirou a carta a coruja se foi. Ela sabia exatamente de quem era aquela carta: Vítor Krum.
Ela sentou-se na cadeira e começou a ler:
Olá Hermioni-ni.
Como focê está? Esperro que bem.
Focê já deve estarr na casa do Weasley, non é?
Deve estarr mais feliz agorra que estarr com seus amigos. Afinal nada melhorr que terr os amigos porr perto nessas horras.
Esperro que aquele ruivo ciumento esteja tratando focê bem. Se non focê me avisa que eu tenho uma conversinha com ele. Ele é muito sorrtudo de terr uma garrota assim como focê apaixonada porr ele.
Estou com saudades de focê, mande notícias porque se non ficarrei preocupado.
Sabe que pode contarr comigo como um amigo.
Beijos.
Vítor Krum.
Quando terminou de ler a carta ela foi até o seu malão tirou um pergaminho e começou a fazer uma carta para ele.
Quando viu a amiga subindo as escadas Gina foi até onde os meninos estavam. Sentou-se ao lado de Harry.
- A Mione já terminou de ajudar a mamãe? – Perguntou Rony um pouco aflito.
- Já. Mas quando eu a chamei pra vir pra cá ela disse que ia subir pra ler um pouco. – Disse a ruiva. – Mas eu acho que ela sabia qual era a verdadeira intenção.
Gina deitou a cabeça no colo de Harry e este começou a fazer cafuné na namorada.
- Cara eu acho que você deveria ir até o quarto pra conversar com ela. – Falou Harry.
- Acho que você tem razão. – Disse o ruivo já se levantando e indo em direção da Toca.
Rony subiu as escadas lentamente e quando chegou em frente a porta do quarto respirou fundo e bateu.
Ouviu a voz da garota soar abafada pela porta dizendo “Entre”.
Ele abriu a porta devagar. E encontrou a garota dobrando delicadamente um pergaminho.
Ela viu o olhar intrigado que ele lançava ao pergaminho nas mãos dela.
- Ron, Hedwiges está no quarto de vocês? – Perguntou a garota.
- Acho que sim, por quê? – Perguntou ele olhando curioso para uma outra carta que estava sobre a cama da garota.
- Quero pegar emprestada para mandar uma carta. – Respondeu a morena ainda sem dar atenção para o ruivo.
- Para seus tios? – Perguntou curioso. Mas algo dizia que não era para os tios aquela carta.
- Não. É pro Vítor. – Disse Mione agora encarando friamente os olhos azuis de Rony.
- O q-quê?? O Krum?? – Falou Rony já começando a ficar vermelho de raiva.
- É. – Disse a garota dando de ombros.
- Você ainda escreve pra ELE? – Falou Rony.
- Claro, ele é meu amigo. – Respondeu Mione.
- Amigo...Ha Ha Ha.. sei. – Debochou o ruivo.
- Escute aqui Ronald não é da sua conta se eu escrevo nas minhas férias para o meu AMIGO. – Falou hermione frizando a ultima palavra.
- O QUÊ?? Você escreveu pra ele enquanto estava na casa dos seus tios? – Perguntou o ruivo agora aos berros.
- Claro que..- Ela foi cortada pelo ruivo que continuava ao berros.
- ENTÃO QUER DIZER QUE ENQUANTO EU, O HARRY E AGINA ESTÁVAMOS PREOCUPADOS PORQUE VOCÊ NÃO RESPONDIA NOSSAS CARTAS, VOCÊ ESTAVA ESCREVENDO PRA ESSE BABACA???
Hermione parecia chocada e não conseguia emitir som algum.
- Pensei que nós também fossemos seus amigos? – Disse o ruivo agora um pouco mais baixo.
- É claro que são. Mas eu tive meus motivos para não escrever para vocês. – Começou a morena mais foi interrompida pelo rapaz mais uma vez.
- É claro que tinha. Você não poderia deixar o SEU QUERIDO VITINHO sem notícias suas. Mas nós poderíamos esperar, não é? – Falou o ruivo fuzilando a garota.
Hermione se levantara e agora encarava o ruivo com a mesma fúria no olhar.
- Francamente Ronald Weasley, quem você pensa que é para me cobrar alguma coisa. O senhor não fica atrás. E as cartas da Brown? – Disse Hermione.
- Q-que c-cartas?? – Rony falou agora com uma cara de espanto. “Como ela sabe que foram mais de uma?”, se perguntava o ruivo.
- Não se faça de burro Ronald. É claro que eu deduzi que aquela carta não havia sido a primeira que ela tinha te mandado. – Falou a garota.
- Mas é diferente. – Respondeu o ruivo.
- Diferente?? – Falou Mione com o rosto começando a ficar muito vermelho. – É verdade, é bem diferente mesmo. Porque a Brown é sua ex-namorada e o Vítor é apenas MEU AMIGO!
- Exatamente a Lilá é minha ex-namorada. E eu não vejo nenhum problema em receber e escrever cartas pra ela. – Falou o ruivo.
- Ótimo, então porque você não sai daqui e vai responder a carta da LILÁ! – Disse Hermione dando as costas para o ruivo.
- Pois é isso mesmo o que eu vou fazer. Afinal ela é minha amiga ao contrário de umas e outras. – Falou o ruivo.
- O que você quer dizer com isso? – Perguntou Hermione virando-se para encará-lo. – Você não me considera sua amiga?
- Pelo contrário, é a única coisa que eu posso considerar: que você é apenas minha Amiga. – Disse o ruivo dando as costas para a garota.
Hermione parecia ter ficado petrificada ao ouvir as palavras do ruivo. Sentiu uma imensa vontade de chorar. Deu as costas ao ruivo para esconder as lágrimas que já rolavam pelo rosto. Suspirou e disse:
- Exatamente. Você também apenas meu amigo. – Falou friamente.
Rony virou-se para a garota que estava de costas para ele. Seus olhos estavam brilhando pelas lágrimas contidas.
- Foi um erro... – Disse o garoto. – Aquilo que aconteceu no Largo Grimmauld.
Hermione não acreditava no que estava ouvindo. Virou-se lentamente para o garoto. Ele estava com uma expressão dura e fria no rosto.
- SAIA DAQUI! – Foi a única coisa que ela conseguiu dizer.
Ele se virou, abriu a porta e saiu.
Hermione sentou-se na cama, com as mãos sobre o rosto chorando copiosamente. “Como ele pode dizer aquilo, depois de tudo o que havia acontecido? Depois de termos declarado o nosso amor?”, pensava a garota. Ela deitou-se lentamente na cama e adormeceu chorando.
Harry e Gina ficaram vendo o ruivo se afastar indo em direção da Toca. Gina levantou a cabeça e sentou-se olhando para Harry.
- Espero que eles se entendam. – Disse a ruiva.
- Eu também. – Falou Harry dando um selinho na namorada.
- Harry, sua cicatriz ainda dói? – Perguntou Gina.
- Não mais. – Respondeu o rapaz.
- Nem teve mais aqueles sonhos estranhos? –Insistiu Gina.
- Não. Você sabe que isso só ocorria quando Voldemort estava vivo. – Disse o garoto enrugando a testa. – Mais porque essa pergunta agora Gi?
- Nada, não. – Falou a ruiva deitando-se na grama.
- Tem certeza? – Perguntou Harry deitando-se também.
- Tenho. – Disse a ruiva sorrindo.
Rony saiu do quarto desolado. Só se deu conta de que entrara no antigo quarto dos gêmeos depois que fechou a porta e esbarrou em algumas caixas. Sentou-se em uma das camas e olhava fixamente para a janela. As palavras de Hermione martelavam em sua cabeça. “Eu não acredito que esse tempo todo ela mandou notícias para aquele maldito do Krum, enquanto eu quase morro de preocupação”, pensava o ruivo. ”Então quer dizer que eu sou apenas um amigo pra ela, depois de tudo o que aconteceu entre a gente.”
Após alguns minutos Gina ouviu uns gritos vindos da Toca e imaginou logo o que seria. Olhou para Harry, este pareceu entender perfeitamente o que havia acontecido. Eles levantaram e foram ver o que havia acontecido. Entraram correndo e subiram as escadas, Harry passou direto para o quarto de Rony deixando Gina parada em frente à porta de seu quarto.
Gina bateu na porta, mas como ninguém respondeu, ela entrou assim mesmo. Viu a amiga deitada de bruços na cama, parecia estar dormindo. Sentou-se na beirada da cama e só então notou manchas de lágrimas no rosto de Mione. Ela deixou à amiga dormindo e saiu do quarto.
Harry entrou no quarto e não encontrando o amigo por lá desceu atrás de Gina.
Quando fechou a porta ela viu Harry vindo do quarto.
- E então, a Mione está no quarto? – Perguntou Harry.
- Está dormindo. Mas eu vi manchas de lágrimas no rosto dela. – Falou a ruiva. – Mas porque, o Rony não está no quarto?
- Não o encontrei lá. – Disse Harry. – Vou dar uma olhada no quarto dos gêmeos.
- Eu vou procurar ele na cozinha. – Falou a ruiva dando um beijinho no rosto de Harry e em seguida descendo as escadas.
Quando chegou em frente a porta do quarto dos gêmeos Harry bateu. Ele ouviu um pode entrar abafado, mesmo assim reconheceu a voz do amigo.
Rony se encontrava sentado numa cadeira ao lado da janela olhando para o jardim, parecia meio perdido.
Harry se encaminhou até o amigo, tirou uma caixa que estava em cima de um banco e sentou-se de frente para o ruivo.
- E então, conversou com a Mione?? – Perguntou Harry.
- Nós brigamos de novo. – Falou o ruivo.
- E qual o motivo da briga? – Insistiu Harry – A Lilá?
- Não, o Krum. – Falou Rony com a cara emburrada.
- O Krum? – Harry não estava entendendo mais nada. - Mas você foi lá pra falar das cartas da Lilá.
- Quando eu entrei no quarto ela estava enviando uma carta pro Krum. – Falou o ruivo.
Rony então contou toda a discussão que teve com a morena.
- Mas Ron, você sabe muito bem que a Hermione não gosta do Krum. – Falou Harry.
- Harry, não é o fato de ela estar escrevendo pra ele hoje. E sim que ela escreveu pra ele durante esses três meses que ela esteve na casa dos tios. Enquanto nós não tínhamos notícias dela ela escrevia pra ele. – Falou o ruivo exasperado.
- Bom isso é verdade. Afinal também somos amigos dela. – Disse o moreno. – Mas se ela falou que tinha motivos... – Harry foi cortado por Rony.
- Que raios de motivo é esse que impedia ela de mandar uma mísera carta dizendo se estava bem ou não? – Disse Ron se levantando da cadeira bruscamente. – Que escrevesse pelo menos para a Gina, já que são tão amigas.
- É, mais se ela escrevesse apenas para a Gina, você também ficaria chateado. –Disse Harry olhando pro amigo.
- Eu sei, mas pelo menos eu teria notícias dela. – Disse o ruivo amuado voltando a sentar-se na cadeira.
Quando Gina entrou na cozinha viu apenas a mãe preparando um bolo.
- Mamãe o Rony passou por aqui? – Perguntou a ruiva.
- Não querida, por quê? – Perguntou Molly. – Eu ouvi alguns gritos vindos lá de cima. Eles brigaram de novo?
- Parece que sim. – Falou a ruiva. – A Mione está lá em cima dormindo.
- Leve uma xícara de chá pra ela. – Disse Molly apontando um bule de chá fumegante em cima do fogão.
A garota pegou um pouco e subiu. Quando entrou no quarto Mione ainda estava deitada, mas já havia acordado.
- Oi, mamãe me mandou trazer uma xícara de chá pra você. – Disse a ruiva entregando a xícara para Hermione. – Quer conversar?
- Ah, Gina. Seu irmão é um imbecil. – Desabafou Hermione.
- Isso eu já sabia. – Brincou a ruiva. – O que ele fez dessa vez?
- Eu recebi uma carta do Vítor hoje, e seu irmão como sempre fez um escândalo. Então eu disse que ele não tinha o direito de me recriminar porque ele também havia recebido cartas da Brown. – Falou Hermione de uma só vez.
- E o que mais? – Perguntou a ruiva vendo que a amiga não tinha contado tudo.
- Mas acho que ele não ficou assim exatamente por isso. – Disse a morena baixando a cabeça.
- E por que foi então? – Insistiu a ruiva.
- Gi, eu ainda não te falei isso mas... – A morena tomou mais um gole do chá. – Durante esse tempo que eu fiquei na casa dos meus tios eu me correspondi com o Vítor.
- O quê? Você não escreveu pra gente, mas sim para o Vítor? – Gina não estava acreditando. – Então é por isso que vocês brigaram. Mas também pudera né Mione. Pôxa fique sabendo que eu também não estou nada contente com isso.
- Gina, você tem que entender que eu tive meus motivos. – Falou a ruiva com os olhos começando a brilhar.
- Então me fala qual é esse bendito motivo. – Sentenciou a ruiva.
- Você sabe muito bem que eu não posso mais ficar com o Ron. – Disse a morena.
- Ah, não vem com essa história de pesadelo de novo. – Falou a ruiva cruzando os braços.
- Mais é isso sim. Eu não quero discutir isso. Eu já tomei minha decisão. – Falou Hermione.
- Ta bom. Mas você falou isso pra ele? – Perguntou a ruiva.
- Claro que não. Mas também depois do que ele me disse acho que não tem mais jeito. – Completou a morena.
- O que foi que ele te disse? – Perguntou Gina muito curiosa.
- Ele disse que tinha sido um erro o que aconteceu com a gente no Largo Grimmauld. – Hermione falou e uma teimosa lágrima enfim escorreu pelo rosto da garota.
- O q-quê? Ele disse isso? – Perguntou uma Gina incrédula.
- Disse. Por um lado é até bom porque assim eu não preciso afastá-lo. Mas só em saber que aquele beijo não significou nada pra ele. – Falou a morena agora em prantos.
- Mas Mi, eu tenho certeza que ele só falou isso porque estava nervoso. – Disse a ruiva.
- Acho que não. Ele disse que apenas me considerava amiga dele. –Falou a morena soluçando.
- Bom você é quem sabe. Mas se for mudar de idéia não demora muito não. Porque você sabe como meu irmão é. Quer dizer vocês dois são dois cabeça-dura. – Disse a ruiva dando um abraço na amiga.
Após alguns minutos Gina e Hermione saíram do quarto. Gina disse que ia tomar banho e Hermione foi para a cozinha deixar a xícara.
Quando Mione passou pelo quarto dos gêmeos ouviu vozes, que ela reconheceu ser de Ron e Harry. Mas não ficou para saber sobre o que eles conversavam afinal ela já sabia do que se tratava.
Harry e Rony ficaram um bom tempo calados. Harry sabia que o amigo estava errado, mas como não adiantava dizer pela milionésima vez ele resolvera não falar nada enquanto o ruivo resmungava palavras soltas e sem nexo como “Idiota”, “Estúpido”, “Krum” e “Mione”.
- Harry, acho que eu peguei pesado com a Mione. – Rony interrompeu o silêncio.
- Que bom que você reconhece afinal você sabe muito bem que não existe nada entre ela e o Vítor Krum. – Falou Harry. – Então porque não vai pedir desculpas?
- Eu não estou falando do Krum, e mesmo que estivesse acho que ela não me perdoaria. – Disse o ruivo. – Eu disse pra ela que tudo o que aconteceu entre a gente foi o erro.
- Você ficou maluco?? Como você tem a coragem de dizer isso pra Mione cara? – Harry estava espantado.
- Ela disse que nós éramos apenas amigos. – Disse o ruivo.
- Ela disse isso? – Perguntou o moreno cada vez mais incrédulo.
- Bem , eu disse primeiro.. mas ela confirmou. – Confessou Rony.
- Sinceramente eu não sei qual de vocês dois é mais cabeça-dura. – Sentenciou Harry.
- Quer saber Harry. A Mione merece coisa melhor. Só eu mesmo pra achar que a gente ia namorar. - Disse o ruivo levantando-se da cadeira.
- Para de falar besteira Ron. A Mione te ama. – Disse Harry levantando-se também. – Você é que tem essa mania de se achar inferior. A Mione não liga pra isso.
- Olha Harry, eu não quero mais tocar nesse assunto, ok. – Disse Rony abrindo a porta do quarto.
- Ótimo, então. Você é quem sabe. – Falou Harry saindo do quarto.
Harry desceu as escadas e Rony subiu para seu quarto.
Quando Harry chegou à sala encontrou Hermione sentada no sofá com um livro no colo.
Ele foi até ela e quando se sentou ao lado da amiga percebeu que não era um livro que ela tinha no colo e sim um álbum de fotografias.
- Oi. – Disse a garota dando um meio sorriso para o amigo.
- Oi, como você está? – Perguntou Harry.
- Estou bem. – Mentiu Mione.
- Tem certeza? Se quiser conversar eu estou aqui. – Disse Harry.
- Obrigada Harry, mas eu não quero mais falar sobre isso. – Sentenciou Mione.
- Ta ok. Então o que você está vendo aí? – Falou o garoto indicando o álbum no colo da amiga.
- Algumas fotos nossas tiradas em Hogwarts. – Disse a garota sorrindo. – Olha só essa, foi no nosso primeiro ano.
Harry olhou para a foto onde pode reconhecer Ron, Mione e ele próprio sentados em um banco sorrindo e acenando freneticamente para ele.
Hermione passou a página. Na foto seguinte estava o trio com Gina. E Harry pode perceber o quanto Gina estava sem graça abraçada a ele. O garoto riu a ver a foto. Hermione parecia ter notado, pois também estava rindo.
Os dois amigos ficaram olhando e relembrando os momentos em que haviam tirado as fotos quando ouviram passos vindos da escada.
Eles se viraram para olhar que estava descendo. Viram Gina ao pé da escada e um desconfiado Rony logo atrás.
Quando o ruivo entrou no quarto se jogou na cama emburrado. Agora além de pensar na briga que teve com Mione pensava na conversa que tivera com Harry.
“Eu sei que sou um cabeça-dura, mas a Mione também não fica atrás”, pensava o ruivo. Levantou-se da cama de um salto e começou a andar de um lado para o outro. Não estava mais agüentando ficar ali, tinha que ocupar a mente com alguma coisa senão sua cabeça iria explodir.
Saiu do quarto e encontrou Gina saindo do banheiro. Ela o olhou com uma cara de poucos amigos.
- Você viu o Harry? – Perguntou o ruivo.
- No meu bolso é que ele não está. – Disse a ruiva dando as costas para Rony e indo para o quarto.
- Hei que bicho te mordeu? – Falou Rony entrando no quarto.
- Pensei que vocês estivessem conversando. – Falou a ruiva.
- A gente tava... – Completou Rony quando viu que a morena não estava no quarto. – Pensei que a Mione estivesse aqui.
- Ela desceu. – Falou a garota.
- Como ela está? – Perguntou meio receoso.
- Como você acha que ela estaria depois de ouvir todas as besteiras que você disse?? – Falou a ruiva com um olhar ameaçador.
- Olha aqui Gina, fique sabendo que ela também não fica atrás. – Retorquiu o ruivo.
- Rony você é realmente um tremendo idiota. – Falou Gina se retirando do quarto indo em direção das escadas.
Rony abriu e fechou a boca algumas vezes, mas como não lembrou de mais nada que pudesse defendê-lo apenas seguiu sua irmã caçula.
Quando eles chegaram na sala viram Harry e Hermione sentados no sofá olhando o álbum.
Gina que estava mais a frente sorriu para os dois enquanto se encaminhava até o sofá. A ruiva sentou-se no braço do sofá ao lado de Harry, este logo que a namorada sentou-se colocou seu braço em volta da cintura da garota e ela por sua vez colocou seu braço em volta do pescoço do moreno.
- Vendo fotos antigas? – Gina quebrou o silêncio.
- Isso mesmo. – Respondeu Harry sorrindo para a namorada.
- Gi, tem uma foto muito engraçada aqui, olha só. – Falou Hermione entregando o álbum para a amiga.
A ruiva sorriu ao ver a foto em que minutos atrás Harry e Mione também haviam achado muito engraçada.
- Bem...eu não estava nada a vontade aqui...- Disse a ruiva corando um pouco. – Afinal, como não conseguia encarar o Harry nem por alguns segundos, vocês devem entender o sacrifício que foi ficar abraçada a ele pra tirar essa foto.
- Deve ter sido realmente um grande sacrifício. – Zombou Mione.
Todos caíram na gargalhada, até Rony que continuava parado ao pé da escada.
Quando ouviu as gargalhadas a Sra. Weasley apareceu na sala. Chamou todos para comerem um lanchinho que ela havia preparado.
Após estarem devidamente alimentados todos foram para a sala. Hermione Gina continuaram vendo as fotos juntamente com Molly que ficava extremamente emocionada a cada foto que via. Enquanto Harry e Rony jogavam uma partida de xadrez bruxo.
Logo a noite chegou. Arthur havia chegado em casa com uma cara não muito contente. Mas havia dito pra Molly que só estava um pouco cansado. Fred e Jorge resolveram dar as caras, pois Molly havia dito que se não aparecessem para jantar naquela noite ela mesma iria buscá-los pelas orelhas. Após tomar um banho Hermione desceu para jantar com todos, mas não se demorou muito alegando estar com dor de cabeça. Foi para o quarto não antes da Sra. Weasley lhe servir uma boa xícara de chá fumegante que Hermione resolvera levar para o quarto.
Rony olhou para a garota muito preocupado. Quando ela desapareceu do seu campo de visão ele se sentiu extremamente mal que até parou de comer. “Será que essa dor de cabeça é por minha causa?”, o ruivo se perguntava.
Molly havia feito os gêmeos prometerem que passariam a noite ali, já que no dia seguinte a loja não funcionaria. Arthur e Molly logo se retiraram, deixando os filhos e Harry na sala. Os três ficaram na sala conversando com os gêmeos. Fred contava sobre as novas invenções que Jorge estava preparando.
Logo o sono bateu nos gêmeos e eles se recolheram.
Rony resolvera que era melhor subir para o quarto, pois não queria ficar segurando vela. Despediu-se do casal e rumou para o quarto.
Quando estava chegando perto do quarto de Gina ele ouviu alguém chorando. Bateu na porta do quarto, mas como não ouviu resposta entrou. O quarto estava apenas iluminado pela luz de uma linda lua cheia.
Ele olhou diretamente para a cama onde Hermione dormia, ela parecia estar dormindo calmamente. “Mas então quem estava chorando?”, se perguntava o garoto.
Ele se aproximou lentamente da cama da morena e só então percebeu que ela estava gemendo baixo, muito suada e que escorriam lágrimas de seus olhos ainda fechados. Ele sentou-se ao lado da garota. Ela perecia estar sonhando. Ele a mão no ombro dela para ver se ela acordava, mas nada aconteceu.
Ela estava começando a ficar mais agitada. Rony estava visivelmente assustado e preocupado. Sacudiu um pouco mais forte o ombro da garota e a chamou. Mas ela continuava sem acordar. O desespero estava tomando conta de Rony.
Hermione agora começava a balbuciar algumas palavras que Rony ainda não conseguia entender. Baixou sua cabeça o mais perto que pode da boca da garota para tentar ouvir o que ela resmungava. Ele só conseguiu entender um “não” que saía arrastado da boca da garota. A chamou de novo agora mais desesperadamente. Quando pensou em descer e chamar Harry e Gina ele assustou-se com o Grito que ouviu.
Quando Mione entrou no quarto foi logo a xícara de chá fumegante que Molly havia lhe dado em cima da mesinha de cabeceira. Colocou seu pijama, sentou-se na cama e tomou em alguns goles todo o conteúdo da xícara. Deitou-se na cama e ajeitou o travesseiro o mais confortavelmente que pode, sua cabeça doía muito. Apesar da dor intensa que sentia logo adormeceu. E logo estava sonhando:
“Hermione estava em Hogsmeade no meio da guerra que estourara há dois dias. Ela lutava com dois comensais da morte. Mais a frente ela pode distinguir Rony e Harry que também lutavam cada um com dois. Hermione vira corpos estendidos por todos os lados alguns conhecidos outros ela apenas imaginava serem de moradores locais.
Ela ouviu um grito mais a frente e um corpo caindo com um baque pesado, Hermione correu ao ver que era Cho Chang, a garota só estava desacordada.
O Comensal que atacara Cho agora vinha em direção das duas. Hermione via raios de todas as coras passarem raspando pos sua cabeça. Foi atingida por um estupefaça Ela sentiu ser levantada do chão, mas a dor que sentia na cabeça quando a batera no chão era tão grande que ela não agüentou e desmaiou.
A garota abriu os olhos lentamente, sua cabeça ainda doía muito e sentia-se tonta. Firmou suas mãos no chão tentando controlar a tontura que sentia. Ergueu o rosto e olhou ao redor. Com a mente ainda girando em confusão e ainda sem encontrar energia o suficiente para ficar de pé, a menina constatou que estava num quarto escuro.
À medida que seus olhos foram se acostumando com a escuridão, Hermione identificou que estava em seu próprio quarto. Assim, com o coração falhando uma batida, ela soube imediatamente que deveria estar a quilômetros de Hogsmeade.
- Mas o que estou fazendo aqui? – Ela murmurou para si mesma. Encontrando forças em algum lugar dentro de si, Hermione se ergueu num salto. Um barulho amortecido de passos ecoou pelo ar e com um sentimento de alerta, Hermione ergueu a mão para pegar sua varinha no bolso interno de suas vestes. Mas notou que ela não estava em seu bolso. Ela sentiu uma vertigem particularmente aterradora lhe atingiu e ela fechou os olhos, apenas em tempo de ouvir uma voz masculina vagamente familiar pronunciar atrás de si um feitiço e grossas cordas envolveram todo seu corpo, a imobilizando. Um arrepio avassalador correu sua espinha e naquele segundo ela soube que algo terrível estava por vir.
Aterrorizada, imobilizada pelas cordas e deitada de costas contra o chão, só então a morena lembrou-se de seus pais. Seu coração batia forte. “Por Merlim , onde estão meus pais?”, pensava a garota, enquanto ouvia som dos passos outra vez vindo em sua direção.
Uma pequena sombra escureceu sua visão segundos antes de uma figura pequena e encapuzada entrar em foco, estendendo uma mão escandalosamente reluzente para ela e a erguendo estupidamente pelos ombros. Era Rabicho.
Ele agarrou Mione pela cintura e a levava aparentemente para baixo mais exatamente para a sala de estar.
Quando estavam saindo do quarto ouviram um grito de dor. Uma mulher havia gritado e se calado quase instantaneamente.
Poucos instantes depois quando finalmente chegara na sala a garota foi jogada no sofá. Ela não se conteve e começou a chorar, e foi por entre lágrimas, com uma visão ligeiramente turva, que a menina viu duas pessoas encapuzadas logo à frente. Eram dois comensais da morte. Não dava ainda para reconhece-los pois estavam de máscaras e vestes negras.
Foi então para maior desespero da garota que ela viu um corpo de mulher estirado na porta da cozinha. Ela logo identificou a mulher como sendo sua mãe. Tentava em vão se soltar das cordas para ajudar a mãe, foi quando viu por trás dos comensais um homem também amarrado e muito ferido. Era seu pai. Hermione se debatia tentando se livrar das cordas. Aquilo era um pesadelo.
- Muito bem, agora a festa está completa. – Falou um dos comensais olhando ao redor.
Hermione ouviu aquela voz arrastada e soube exatamente de quem se tratava.
Lúcio Malfoy caminhou alguns passos até que pode ficar bem em frente ao sofá em que Mione agora estava sentada. Ele retirou sua máscara e a capa negra que lhe cobria o rosto e o corpo deixando vir à tona seus cabelos loiro-brancos e um olhar de nojo que recaía sobre a morena.
Mione baixou os olhos para olhar para o corpo inerte da mãe, mas foi impedida por Lúcio que estendia o braço com a varinha erguendo assim o rosto da garota em sua direção.
- Confesso que fiquei eufórico com a possibilidade de matar esses trouxas, mas quando o Lorde disse que eu teria também o prazer de matar Hermione Granger, a Sangue-Ruim amiguinha de Potter, eu realmente me senti extremamente satisfeito. – Disse Lúcio.
- SEU MALDITO, DESGRAÇADO. – Gritava Hermione. – Me solte.
- Cale-se. – Esbravejou o outro comensal apontando a varinha para a garota. – Vamos acabar logo com isso Lúcio, estamos perdendo muito tempo e o Lorde precisará de nós.
- Acalme-se Nott. Nós ainda temos tempo. – Disse Lúcio enquanto abaixava a mão do outro comensal.
- Todos sabem que nunca me agradou a convivência de sangues-puros com gente de sangue-ruim, mas você é a pior que eu já tive o desprazer de conhecer Granger. Sempre com esse ar de sabe-tudo. Você não merece conviver conosco. – Falava Lúcio enquanto caminhava pela sala.
Hermione olhava aflita da mãe estendida no chão para o pai sentado e amarrado na cadeira. Ao seu lado estava Rabicho que não parava quieto. Parecia nervoso. Ele tocou em uma mecha de cabelo da garota que a fez esbravejar:
- SE AFASTE DE MIM SEU RATO IMUNDO E ASQUEROZO.
Lúcio olhou para a garota e rapidamente apontou sua varinha e disse:
- CRUCIO!
Hermione imediatamente cedeu à vontade de seu corpo e desabou no chão da sala, embolada em si própria como uma disforme massa trêmula. Uma dor penetrante maior e mais cruel do que ela sequer cogitava existir começou a tomar conta de cada milímetro de sua carne, rasgando sua pele, queimando até o interior de seus ossos. Ela gritou mais alto do que se julgava capaz, berrou em agonia plena e desespero crescente, assistindo estrelas estourarem frente a seus olhos embaçados de choro e se contorcendo como uma serpente faria se estivesse em chamas.
- AAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!! – A garota gritava desesperadamente.
Então se ouviu um sussurro. O Sr. Granger parecia ter acordado com o grito da filha. Ele estava muito machucado. De sua boca e do supercílio esquerdo saía um filete de sangue. Suas roupas estavam amassadas e sujas.
- F-f-filha! – Disse o homem.
Imediatamente Lúcio parou de torturar Hermione e olhou surpreso para o pai da garota.
- Ora, ora, ora. Não é que esse sangue-ruim é bem resistente. – Desdenhou Nott.
Hermione ainda no chão olhou para o pai e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
Lúcio se pôs ao lado do Sr. Granger e disse:
- Coloque-a de pé Rabicho. Eu não quero fazer isso pessoalmente e sujar minhas mãos com uma carne tão sem descendência quanto a dessa bruxinha nauseante de sangue imundo!
Rabicho então foi até Hermione e a colocou de pé. Ela ainda estava muito fraca, pois ainda sentia muitas dores.
- Agora a desamarre. – Ordenou Lúcio.
- Desamarrá-la?? Mas Lúcio ela.. – Rabicho foi interrompido por Lúcio.
- Já disse para desamarrá-la. Vou deixar que se despeça desse trouxa imundo antes de matá-los.
Hermione arregalou os olhos ao ouvir as palavras do Loiro. Rabicho a desamarrou. Hermione imediatamente correu até onde a mãe estava caída.
A morena abraçou a mãe tentando desesperadamente acorda-la. Ela então olhou para os olhos vidrados da mulher e com uma dor imensa percebeu que sua mãe estava morta.
- NÃÃÃÃOOOO. MAMÃE ACORDA.. – Gritava a garota. E então se virando para encarar Lúcio continuou. – VOCÊ É UM MONSTRO! EU VOU ACABAR COM VOCÊ MALFOY.
Hermione então arrancou a varinha das mãos de Rabicho, mas antes que pudesse fazer algum feitiço a varinha voou de sua mãos.
- Expeliarmus – Gritou Nott desarmando Hermione.
- Ora sua insolente de sangue-ruim. Agora você terá o que merece. – Disse Lúcio apontando a varinha para a morena. – Crucio.
Hermione caíra outra vez n chão se contorcendo de dor. Após alguns instantes de agonia Lúcio desfez a azaração e a garota parou de se debater.
O Sr. Granger que presenciara toda a cena chorava muito.
Lúcio foi até Hermione e ordenou que ela levantasse. A garota levantou-se com muito custo. Rabicho prendeu os braços da garota para trás.
- Fui eu sim que a matei. Mas não se preocupe sua mãe não sofreu muito Granger. Afinal guardei o melhor e mais doloroso para você. – Disse Lúcio.
- Seu m-maldito f-faça logo o que tem que fazer. – Disse Mione num sussurro rouco.
- Não sou eu que vou fazer nada, Granger é você que vai. – Disse Lúcio apontando a varinha para a garota. – Você é que vai matar seu querido papai de sangue-ruim. IMPERIUS!
Hermione sentiu que não tinha mais poder nenhum sobre seu corpo. Sentiu-se desesperada. Ela sabia exatamente o que Lúcio queria com aquilo, mas não conseguia acreditar. Ela então pegou a varinha de Rabicho que ainda estava caída no chão. Levantou-se e andou parando em frente à cadeira onde seu pai estava. O homem a olhava assustada. Hermione sentia que lágrimas não paravam de cair de seus olhos. Tentava se afastar de seu pai com todas as forças. Levantou o braço que segurava a varinha e apontou diretamente para o peito de seu pai. Ela não podia fazer aquilo. Ela não queria fazer aquilo.
Sua boca começou a mover-se contra a sua vontade.
- Vamos, quero ouvir você falar em voz alta. – Disse Lúcio. – Claro que pensei fazer você executar o feitiço sem precisar pronunciá-lo, mas para mim não teria o mesmo efeito.
Mione continuava tentando abaixar a mão que segurava a varinha mais era em vão. Não agüentando mais caiu no choro. Então mais uma vez sentiu sua boca mexendo-se.
- A- a-ava-avada... – Dizia a garota.
- Isso mesmo, fale de uma vez Granger. – Ordenou Malfoy.
- E-eu n-não p.. A-a-avad- avada ... NÃO..... – Gritou a garota.
- Mais que diabos. – Falou Nott impressionado. – Como ela pode resistir à maldição imperius dessa maneira?
Ele a ergueu do chão. Lúcio também parecia impressionado. Chegou perto de Mione e disse com sua voz arrastada:
- Você é bem poderosa para uma trouxa sangue-ruim Granger. Mas não será por muito tempo. CRUCIO.
Lúcio apontou a varinha para o pai de Hermione. O homem começou a gritar de dor. Ele se contorcia todo.
- Pare com i-isso. Por Merlim! – Suplicou a morena.
- Você pode acabar com o sofrimento dele Granger. É só fazer o que eu mandar. – Disse Malfoy.
- Eu não vou matar meu pai, seu desgraçado. Para com isso. Deixe-o em paz. Mate-me de uma vez. – Falava a garota desesperada.
- Então você não me deixa outra escolha senão continuar torturando-o. – Disse Lúcio apontando novamente a varinha para o pai da garota. – CRUCIO!
O homem recomeçou a gritar e a se debater. Caiu no chão se contorcendo de dor.
Hermione não agüentava mais ver aquilo então gritou:
- ESTÁ BEM! Mas p-por favor pare c-com isso.
- Ótimo, então. – Disse Malfoy parando com a tortura. – Agora é a sua vez. Mas como sei que não conseguirá sozinha vou lhe dar uma ajuda. IMPERIUS!
Hermione sentiu-se novamente comandada pelo loiro. Ergueu mais uma vez a varinha para o pai que continuava caído no chão. Sua boca abriu e ela começou a balbuciar as palavras novamente:
- A-A-AVA-AVADA...A-AVA-AVADA KE...
- AVADA KEDAVRA. – Gritou Lúcio Malfoy.”
- NÃÃÃOOO!! PAPAI! – Gritou Hermione sentando-se bruscamente na cama e assustando o ruivo que estava ao seu lado. Ela estava muito suada e respirava muito rápido. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
- Calma, Mi. Está tudo bem, eu estou aqui. – Disse o ruivo depois de recuperado do susto, chegando mais perto da morena e a abraçando.
Hermione se deixou abraçar pelo rapaz. Era um abraço sincero e terno.
Ele sentia que a garota tremia em seus braços. Talvez ainda pelas lembranças que a fizeram acordar ou por estar abraçada a ele. Rony acariciava os cabelos da morena enquanto essa chorava baixinho.
Passado alguns minutos eles se afastaram e Rony encarou a garota cujos olhos estavam extremamente vermelhos.
- Quer conversar? – Perguntou o ruivo.
- E-eu t-tive um p-pesadelo. – Disse a garota ainda soluçando.
- Com seu...pai? – Insistiu Ron timidamente.
- Ahãn. Na v-verdade não foi b-bem um pesadelo. – Falou a garota enxugando os olhos com as costas das mãos. – Essas lembranças às vezes aparecem. E eu acabo vendo tudo àquilo de novo. E às vezes parece tão real que acabo ficando assim.
- Foi tudo muito horrível o que aconteceu. Mas acabou. Eles não iriam querer ver você assim, Mi. – Disse o ruivo segurando a mão da garota.
- Eu sei Ron, mas é tão difícil. Eu sinto tanto a falta deles, é como se tivessem tirado uma parte de mim. – Disse a garota recomeçando a chorar.
Ron não agüentando ver a morena daquele jeito voltou a abraçá-la. Entre as lágrimas Mione dizia:
- Por que Ron? C-como alguém p-pode ser tão c-cruel assim. E-eu não podia m-matar meu próprio p-pai.
- Claro que não Mione. – O Ruivo tentava tranqüiliza-la.
- Por que ele não me matou de uma vez. Eu morreria no lugar deles.. – A garota parou de falar quando Rony a afastou e encarou seus olhos.
- Não diga isso Hermione. Eu não agüentaria ficar sem você. – Disse Rony ficando muito vermelho. Então completou rapidamente. – S-seus p-pais não suportariam te perder, nem o Harry, nem a Gina, ou...e-eu... O que eu iria fazer sem minha melhor amiga que eu a-amo tanto?
- Ah, Rony! – Exclamou Hermione esboçando um sorriso e abraçando o ruivo. – Obrigada.
- Obrigada por que? – Perguntou o rapaz.
- Por estar aqui. E por ainda me considerar sua melhor amiga. – Respondeu Mione.
- Você nunca deixou de ser, Mi... Me desculpa pelas coisas horríveis que eu te disse? – Pediu Ron.
- Claro Ron. Me desculpe também, eu estava de cabeça quente... – Disse a morena.
Ele beijou a testa da garota fazendo com que esta entendesse como uma aceitação do pedido de desculpas dela. Então se abraçaram mais uma vez.
Após um longo momento abraçados, Rony disse:
- Acho melhor você descansar, agora.
- Tenho medo de dormir e sonhar com aquilo tudo de novo. – Respondeu Hermione deitando-se na cama outra vez.
- Não se preocupe, eu ficarei aqui até você dormir. – Falou Rony beijando de leve a mão da garota.
Ela fechou os olhos enquanto ele viajava o sono dela.
Gina que havia ficado na sala namorando um pouco com Harry, agora subia as escadas com cara de sono seguida por um Harry igualmente cansado. Eles tinham ouvido um grito logo que Rony subira, mas acharam que não era nada de mais. Agora a ruiva subia as escadas com cara de sono e Harry vinha logo atrás com uma cara bem cansada.
Despediram-se com um selinho diante da porta do quarto da ruiva. Harry saiu em direção do sótão onde ficava o quarto que dividia com Rony e Gina entrou em seu quarto.
Mesmo já passando das 23h o quarto estava iluminado pela luz de uma grande e majestosa lua cheia, e Gina não precisou ascender à luz do quarto para ver que mais alguém estava ali além de sua amiga.
Rony estava deitado um pouco torto e dormia ao lado de Mione e ainda segurando a mão da garota.
“Será que eles fizeram as pazes?”, perguntava-se Gina. “Bom, mas isso eu só vou descobrir amanhã de manhã, porque agora a única coisa que eu quero é dormir”, falou para si mesma enquanto deitava-se na cama. Logo a ruiva também pegou no sono.
Na manhã seguinte, quando Hermione acordou se deparou com certa pessoa de cabelos vermelhos a mirando com um olhar de extrema curiosidade. Era Gina.
- Bom dia Gi. – Disse a morena enquanto sentava-se na cama.
- Bom dia, dormiu bem? – Perguntou maliciosamente.
- Sim, por quê? – Respondeu Mione sem entender nada.
- Por que ontem à noite quando entrei no quarto pra dormir, vi uma cena que em surpreendeu. – Falou a ruiva em tom de suspense.
- O quê? Eu não sei onde você está querendo chegar. – Disse Mione.
- Não se faça de desentendida Hermione Granger. Você e meu irmão fizeram as pazes ontem não é mesmo? – Indagou Gina.
- Sim fizemos, mas o que isso tem a ver com... – A morena fora interrompida por Gina.
- Você sabe onde meu irmãozinho Ronald dormiu? – Não esperando a resposta a ruiva prosseguiu. – Aqui, mas precisamente na sua cama e ao seu lado!
Hermione arregalar os olhos para amiga num sinal de incredulidade. Ela se lembrava de tudo o que havia acontecido, menos da parte que Ronald Weasley havia dormido ali.
- E-ele dormiu aqui? – Perguntou ainda sem acreditar.
- Foi, mas quero saber exatamente o que aconteceu. Pode começar a me contar. – Ordenou a ruiva com um sorriso maroto nos lábios.
Hermione então contou tudo o que havia acontecido para a amiga na noite anterior. Após a narrativa Gina perguntou:
- Então não rolou nem um beijinho?
- Claro que não Gina, eu acho melhor deixar como está. – Disse a morena levantando-se e indo em direção da porta. – O que tiver de acontecer...
- Você que sabe. – Respondeu a ruiva também saindo do quarto.
Quando Gina entrou na cozinha Harry e Rony já estavam tomando café da manhã. A garota percebera logo que Rony deveria estar contando para Harry o que havia acontecido na noite passada, pois quando eles avistaram-na voltaram a comer suas torradas.
Gina sorriu para os garotos, e sentou-se ao lado de Harry enquanto lhe dava um beijinho estalado na bochecha.
- Bom dia querida. – Era Molly que dizia entrando na cozinha.
- Bom dia mamãe. – Respondeu a ruiva enquanto se servia de um pedaço generoso de bolo.
- Hermione já acordou? – Perguntou Molly.
- Já sim, ela foi tomar um banho, mas logo deve descer. – Respondeu Gina lançando um olhar de esguelha para o irmão.
Depois de um momento em silêncio, Gina virou-se para Harry e perguntou de modo que só os dois garotos pudessem ouvir:
- Harry, por acaso você não se sentiu sozinho ontem à noite?
- Sozinho?! – Harry se fez de desentendido enquanto Rony se engasgava com um pedaço de bacon.
- Ora meu amor, você quer me convencer de que não percebeu que meu irmão não estava no quarto? – Gina continuou zombeteira.
- Gina será que dá pra você parar com isso – Agora era Rony que falava muito corado. – Hermione teve um pesadelo ontem a noite e eu só estava...cuidando dela.
- Ah! Que lindo! Então quer dizer que precisava dormir ao lado dela na cama para cuidar dela?! – Disse a ruiva entre risinhos. – Harry, você precisa cuidar mais de mim dessa maneira.
- Não enche, ta? E eu não tenho culpa se eu peguei no sono. – Retorquiu Rony aborrecido.
- Bom dia. – Disse Hermione entrando na cozinha.
- Bom dia. – Responderam todos ao mesmo tempo.
- Dormiu bem querida? – Perguntou Molly indo em direção da garota, provavelmente para verificar se ela estava bem mesmo. – Melhorou da dor de cabeça?
- Dormi mais ou menos, mas a dor de cabeça passou. – Respondeu a morena e continuou ao ver a expressão de desentendimento no rosto de Molly. – Tive um pesadelo ontem, mas ta tudo bem agora.
- Que bom querida, agora tome seu café da manhã. – Disse a Sra. Weasley saindo da cozinha.
Hermione passou pelos amigos e sentou-se à mesa de frente para Rony. Ela olhou para o ruivo e sorriu. Ele retribui o sorriso um pouco envergonhado.
Dez minutos depois os gêmeos desceram e se juntaram aos outros.
Depois de terminarem o café da manhã todos foram para sala para continuar a conversa da noite anterior.
Hermione resolvera subir para arrumar seu malão, pela terceira vez só naquela semana. Quando Rony viu a garota subindo as escadas levantou-se e foi atrás dela. Alcançou a morena na metade da subida segurando a mão dela.
Ela estremeceu ao sentir o contato da mão dele na sua, virou-se lentamente e encarou aqueles olhos azuis que a encaravam.
- O que foi Ron?Algum problema? – Perguntou a morena um pouco surpresa com a atitude do ruivo.
- Não, eu só queria saber se você tinha dormido bem? – Disse Rony soltando a mão da garota e colocando as suas nos bolsos. – Você estava tão nervosa ontem.
- Dormi sim, graças a você Rony. – Falou Hermione corando levemente. – E você dormiu bem?
- E-eu? D-dormi. – Respondeu Rony agora já não podendo esconder que estava envergonhado. “Será que ela sabe que eu dormi ao lado dela?”, se perguntava o ruivo. “É claro que sabe, a Gina deve ter me visto ontem quando entrou no quarto”, concluiu o ruivo.
- Bom, eu vou subir pra arrumar meu malão. – Disse a garota tirando Rony de seus pensamentos.
- De novo? Você não já tinha arrumado ele não Mione? – Perguntou o ruivo sorrindo.
- Arrumei, mas sempre acho que esqueci de colocar alguma coisa. – Respondeu Mione voltando a subir as escadas.
Rony voltou para a sala onde os outros estavam.
À noite logo chegou, e com ela mais um jantar em família. Quase todos os Weasleys estavam na mesa, só faltava Percy e Carlinhos.
A semana passou rapidamente. Logo chegou a véspera da partida para Hogwarts.
Todos estavam ansiosos para o retorno das aulas na escola que eles tanto amavam.
XXX-XXX-XXX
Opa, olha só o capítulo 4 chegando aí gente!!!!!
Em ritmo de carnaval!!!!
Muito obrigada a você:
MORGANA BLACK: Calma!! Não se trema!kkkk Que bom que você gostou do capítulo 3. Espero que tenha gostado desse também.
NATY WEASLEY: Oi Naty!!! Eu agradeço por ter vindo ler a fic. E claro que vou ler a sua. Eu adorei o primeiro capítulo.
GINA M BLACK: Tá desulpada!!!kkkk Eu sei que você é uma mulher muito ocupada. Mas fico feliz por ter tirado um tmpinho pra ler a fic!! Espero que tenha gostado desse capítulo.
TINA WEASLEY POTTER: Também fiquei morta de ciúme com a cena do OdF(Harry/Cho)!! Nesse capítulo ainda vai ter uma interrupçãozinha da Sra. Weasley. Espero que não queira me matar por isso!!!!kkkk Mas infelizmente é preciso!
DIANA WATSON: Fiquei muito contente em saber que você está curtindo a minha fic. Espero que tenha gostado do capítulo 4.
DANIEL WEASLEY POTTER: Seja bem-vindo! Fico feliz que esteja gostando da fic.
KK WEASLEY: Seja bem-vinda você também!! Espero ter correspondido as espectativas de todos com esse capítulo.
KAREN MY: Oi Karen!!! Que bom que você veio acompanhar a fic aqui também.
OI GENTE!!!
ANTES DE MAIS NADA QUERO ME DESCULPAR COM VOCÊS PELA DEMORA PARA POSTAR.
MAS É QUE EU ESTIVE DOENTE (DENGUE), O NEGÓCIO FOI TÃO SÉRIO QUE NEM CONSEGUIA ME LEVANTAR DA CAMA. E PRA PIORAR A SITUAÇÃO, QUANDO JÁ ESTAVA ME RECUPERANDO FIQUEI COM UMA CRISE DE GARGANTA DAQUELAS!
MAS AGORA JÁ ESTOU MELHOR!!!
E ESCREVENDO A TODO O VAPOR.
BEM GENTE POR HOJE É SÓ ISSO!
SE NÃO FOR PEDIR MUITO COMENTEM POR FAVOR, AFINAL PRECISO SABER O QUE VOCÊS ESTÃO ACHANDO DA FIC.
AINDA NÃO SEI QUANDO VOU POSTAR O CAPÍTULO 5, PROVAVELMENTE DIA 24/02 OU ENTÃO SÓ DIA 02/03. POR QUE MINHAS AULAS VÃO COMEÇAR.
GRANDE BEIJO PARA TODAS!!
E UM FELIZ CARNAVAL!!!!!
Ps: Para as leitoras que escrevem fics que eu estou lendo, me desculpem a ausência. Prometo ler a fic de vocês assim que possível e claro deixar meu comentário.
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