De volta a Hogwarts.
Na manhã do dia 1º de setembro, a Toca estava numa completa algazarra. Todos acordaram muito cedo, pois deveriam estar na Plataforma ¾ as onze horas.
A Sra. Weasley gritava com Rony, por que ele não havia terminado de arrumar seu malão.
- Eu disse para você Ronald Weasley arrumar seu malão ontem à noite. – Molly gritava a plenos pulmões para um Rony ainda sonolento que subia as escadas apressado.
Hermione que já havia terminado seu café da manhã estava verificando mais uma vez se não havia esquecido de algo. Ela tinha a nítida impressão de estava esquecendo de alguma coisa.
Gina e Harry estavam na cozinha terminando o café da manhã.
Rony que estava em deu quarto, jogava tudo que encontrava de qualquer jeito dentro do malão. Foi até o guarda-roupa ver se havia mais alguma coisa para ser guardada, quando abriu a porta do guarda-roupa...
- AAAHH! – Gritou o ruivo caindo no chão com o susto. – HERMIONE!
A garota ouvindo o grito do amigo assustou-se e saiu desembestada até chegar ao quarto do amigo, encontrando-o ainda no chão um pouco pálido e com uma cara de poucos amigos.
- O que foi Rony? Por que está no chão? – Perguntou Mione.
Rony apenas apontou com o olhar para um grande e gordo gato laranja que estava na outra extremidade do quarto.
- Bichento! – Exclamou a morena indo até o animal e pegando-o nos braços.
- Eu não me lembro de você ter trazido esse bicho pra cá. – Falou Rony levantando-se.
- Eu sabia que estava me esquecendo de alguma coisa. Ele deve ter fugido logo que chegamos aqui. – Falou ela coçando atrás das orelhas do gato. – Por onde você andou hein?
- Então vê se prende logo essa bola de pêlos. – Disse o ruivo Olhando feio para o gato.
- Não fale assim dele Ronald. Francamente, eu não entendo o porquê de você implicar tanto com ele. – Falou a morena saindo do quarto.
Quando descia as escadas Hermione encontrou Gina e Harry que estavam indo ver o porquê de Rony ter gritado.
- Bichento?! – Indagou Gina.
- Não sabia que você tinha trazido ele. – Falou Harry.
- Não sei o que aconteceu, eu me esqueci completamente dele. – Disse a morena pensativa. – Ele deve ter fugido logo que cheguei.
- Então foi por isso que Rony gritou? – A ruiva perguntou segurando o riso.
- Acho que ele estava dentro do guarda-roupa. Deve ter se assustado e pulado no Rony quando ele abriu a porta. – Mione falou sorrindo e indo para o quarto. Guardou bichento dentro de sua gaiola.
Após meia hora todos estavam prontos. O Sr. Weasley havia conseguido um carro do Ministério para levá-los até a estação de King’s Cross. Em meia hora chegaram à estação.
Todos seguiram direto até chegarem entre as Plataformas 9 e 10. Um por um eles passaram. Quando os três amigos atravessaram a parede, encontraram a Plataforma 9¾ apinhada de estudantes e o Expresso de Hogwarts que soltava baforadas de uma fumaça muito branca pela chaminé. “Como era bom estar ali outra vez”, pensavam os três amigos.
Faltando 15 minutos para as 11 horas a Sra. Weasley começou a choramingar indo abraçar as crianças, como ela mesma disse, um por um. Arthur também fizera o mesmo logo depois de Molly.
O apito soou a primeira vez, e todos resolveram que era hora de entrar e procurar uma cabine vazia para se acomodarem.
Enquanto passavam pelos corredores, vários alunos os cumprimentavam. O garotos queriam apertar a mão de Harry Potter e de seus amigos, as garotas suspiravam com Harry e Rony, coisa que desagradou muito tanto Gina, que foi logo abraçando o namorado, e Hermione, que apenas olhava feio para as outras garotas.
Por sorte encontraram uma cabine vazia. Entraram e guardaram os malões. Gina e Harry se acomodaram e o moreno vendo que Mione continuava de pé perguntou:
- Não vai sentar Mione?
- Não Harry. – Respondeu a garota e virando-se para Rony que já ia sentando acrescentou. – Nem você Ronald. Esqueceu que nós temos que para a cabine dos Monitores e depois fazer a ronda?
- Ah! É verdade! – Lembrou-se o ruivo.
- Está bem. – Respondeu o moreno. – Então até mais tarde.
- Até! – Responderam juntos Rony e Hermione.
Mais a frente os dois encontraram Neville e Luna, que vinham na direção deles.
- Oi Cara! – Cumprimentou Rony. – Olá Luna!
- Ah! Olá Hermione. – Disse Luna com o mesmo ar sonhador de sempre. – Oi Rony!
- Oi! Aonde vocês vão? – Perguntou Neville.
- Cabine dos monitores. – Agora quem respondia era Rony.
Hermione e Rony se despediram dos amigos e seguiram para a cabine dos monitores.
Quando Neville e Luna entraram na cabine encontraram Harry sentado olhando a paisagem pela janela.
- Ah! Olá Luna! Oi Neville, como estão? – Perguntou Harry cumprimentando os amigos.
- Tudo bem! – Respondeu Neville apertando a mão do moreno.
- Onde está Gina? – Perguntou Luna alheia a conversa dos rapazes.
- Ela foi ver se encontrava a mulher do carrinho de comida. – Respondeu harry.
Os três sentaram-se e luna logo começou a falar sobre uma captura aos Bufadores de Chifre Enrugado do durante o verão. Meia hora depois de uma narrativa hilária, Neville começou a contar uma história que não tinha fim de como sua Mimbulus Mimbletonia estava crescendo.
- Ela está realmente grande. E dizem que uma Mimbulus Mimbletonia só cresce desse jeito se estiverem sendo bem cuidadas e de forma correta! – Falava neville animado.
- Hum... Que legal, cara! – Falou Harry entediado.
- E além disso...
Mas Neville não pode terminar sua incrível narrativa, porque naquele instante Gina apareceu abrindo a porta da cabine e logo em seguida a mulher do carrinho de doces, para o alívio de Harry, não que ele não gostasse da companhia de Neville e Luna, ele só não achava aquele assunto tão interessante. O moreno foi ao encontro da namorada e disse em seu ouvido:
- Nossa como você demorou!
- Desculpe, é que ela ainda estava no começo do trem. E quando vínhamos pra cá sempre tinha gente parando ela pra comprar alguma coisa. Não sabia que estava com tanta fome. – Disse a ruiva num tom divertido.
Harry sorriu para ela e em seguida lhe deu um selinho demorado.
Quando se separaram, Gina foi cumprimentar Neville que parecia um pouco desapontado por não poder continuar sua narrativa, e depois a ruiva foi sentar-se ao lado de Luna que lia atentamente a edição do mês de setembro de O Pasquim.
Harry tirou alguns galeões do bolso e comprou muitos doces. Entrou mais uma vez na cabine fechando a porta atrás de si e sentou-se novamente ao lado da janela.
Hermione e Rony seguiram para a cabine dos monitores. Os dois entraram no cômodo e se sentaram. Alguns segundos depois Draco Malfoy e Pansy Parkinson chegaram.
- Bom dia para todos. E que sejam bem vindos os novos monitores! Parabéns por alcançarem esse cargo de confiança, eu espero que vocês façam jus a ele. Esse ano, com imensa alegria, fui condecorada Monitora-Chefe, ao lado de Dave Brennan da sonserina. – Falou Carole Stevens.
Rony olhou rápido para Hermione e fez uma careta de desgosto sem nem ao menos disfarçar. A morena então deu um cutucão nas costelas do ruivo mostrando sua desaprovação pela atitude dele.
- O que foi passado pra gente – Continuou Carole. – Foi que as regras em relação à monitoria não mudaram, porém, nossa função aqui no Expresso de Hogwarts será um pouco diferente.
A garota então olhou para Dave, como se pedisse para que ele continuasse a explicação.
- Segundo a direção, as rondas pelos corredores não estavam surtindo muito efeito, pelo menos não o esperado, porque as duplas se dispersavam e ficavam conversando e brincando durante a ronda. – Disse Dave. – Por isso, as duplas não serão separadas por casas e por classes, e sim por sorteio.
- Eu não vou fazer par com o Malfoy, prefiro vomitar lesmas durante uma semana! – Rony sussurrou no ouvido de Hermione fazendo com que todo o corpo da garota se arrepiasse.
- Rony, fica quieto! – Sibilou a morena.
- Também ficou decidido que não serão necessários todos os monitores na ronda. É pouco espaço para muita gente. Então dois monitores serão dispensados de suas tarefas. – Finalizou Carole.
- E como será feita a escolha? – Perguntou Zacarias Smith.
- Também será por sorteio. – Respondeu Dave. – os dois primeiros nomes que aparecerem serão dispensados.
“Tomara que seja eu!”, pensava Rony.
Dave puxou um saquinho de veludo vermelho e entregou a Carole.
- Vamos começar então. – Disse Carole. – O primeiro dispensado é...
Draco Malfoy! Está dispensado Malfoy, pode ir e obrigada.
- Não precisarei fazer mais nada durante a viagem? – Perguntou o loiro levantando-se.
- Não, você só retomará suas tarefas como monitor quando chegarmos na Estação de Hogsmeade.
- Ótimo! – E dizendo isso Malfoy saiu da cabine não sem antes lançar um olhar indecifrável para Mione.
- Bom, continuando... Hermione Granger! – Anunciou Carole.
Hermione arregalou os olhos e se virou para Rony. O ruivo bufou. Ela deu um sorriso chocho enquanto levantava-se.
- Pode ir Granger! – Falou a corvinal.
- Até mais, Rony. – Despediu-se a morena e em seguida desapareceu pela porta da cabine.
Rony estava visivelmente chateado e aborrecido, já era demais não poder fazer a ronda ao lado de Hermione, e agora ela tinha sido dispensada e não ele.
Dave então pegou o saquinho das mãos de Carole e prosseguiu com o sorteio:
- Padma Patil e ... Eu! – Anunciou o rapaz.
- Antônio Goldstein e ... Zacarias Smith!
- Carole Stevens e ... Ernesto Macmillan!
- Ronald Weasley e ... Pansy Parkinson!
- Lisa Restin e … Thompson Bernard!
Rony não parecia mais contente que Pansy. A garota mirava o ruivo com uma expressão de nojo no rosto.
- Não há como trocar de dupla com alguém? – Indagou a sonserina.
- Como? – Carole perguntou incrédula.
- Eu não poderia trocar de dupla com outra pessoa? – Repetiu Parkinson.
- Sorteio é sorteio. Essa era a regra, Parkinson! Não crie problemas, por favor! – Respondeu Carole visivelmente irritada.
Pela primeira vez na vida Ronald Weasley concordava em algo com uma sonserina. “Por que não poderiam simplesmente trocar de dupla?”, pensava o ruivo. Agüentar aquela insuportável por horas não seria o que ele estava esperando para sua volta tão esperada a Hogwarts.
Tão logo o sorteio terminou e os horários das rondas foram divididos entre os monitores, Rony levantou-se e foi rumo à porta da cabine. Ele e Parkinson foram os escolhidos para ficarem com o primeiro turno, então trabalhariam até mais ou menos às 13 horas.
Cabisbaixo, o ruivo ia saindo devagar, mas parou abruptamente ao notar que Hermione estava encostada na parede ao lado da cabine dos monitore olhando pela janela.
- Mione? O que faz aqui? Pensei que já estivesse com os outros. – Perguntou o rapaz.
- Fiquei esperando você. – Ela disse corando um pouco e logo completou notando a expressão confusa no rosto também corado de Rony. – Quer dizer, que queria saber com quem você fará dupla. Com quem você vai trabalhar?
- Anda logo, Weasley! Deixa de conversa mole e vamos terminar logo com isso. – Uma voz ríspida resmungou atrás do ruivo.
Hermione arregalou os olhos, e encarou Pansy Parkinson parada à sua frente. A fitou por alguns segundos e virando-se para Rony disse:
- Ela vai fazer dupla com você?!
- Infelizmente. – Respondeu o ruivo num muxoxo.
- Sinto muito. – Falou Mione.
- Escuta aqui Granger. Vê se não se mete. Eu também não estou nada contente com isso. – Disse Parkinson.
- Fica na sua Parkinson! – Falou Rony dando um olhar ameaçador para a sonserina.
- Hum! Mais que lindo! O Weasley defendendo a honra da namoradinha sangue-ruim. Já que não consegue defender a da sua própria família.
- Rony, tudo bem! Por favor, não entre em confusão agora. – Aconselhou Mione.
- HAHAHA ... – A sonserina soltou uma risada sarcástica. – Além de pobre se deixa dominar pela sangue-ruim.
Hermione deu um impulso à frente com a varinha em punho. Pansy se assustou com a reação de Hermione e se abaixou rapidamente pondo as duas mãos sobre a cabeça.
Rony que também se assustara, com a reação da amiga, ele sabia que seria uma boa Mione dar uma lição em Pansy, mas sabia mais ainda que não era uma boa idéia estando tão próximos da Monitora-Chefe. Esquecendo-se de que não precisava fazer tanto esforço para puxar a morena, pois era bem mais forte que ela, não pensou duas vezes e puxou a garota pela cintura.
Tudo aconteceu muito rápido, Rony sentiu-se cair e bater suas costas no chão e Hermione vir logo em seguida caindo por cima do ruivo.
- Posso saber o que está acontecendo aqui? – Perguntou uma voz que vinha da porta recém aberta da cabine.
Hermione saiu rapidamente de cima do ruivo, quando viu Carole parada bem de frente para eles.
- C-Carole! – B-Bom é que... – Hermione tentou se justificar muito vermelha.
- Está tudo bem, Granger! Deixe o Sr. Weasley trabalhar e depois vocês podem se divertir. – Disse Carole.
Logo em seguida a corvinal saiu para uma direção do trem juntamente com Ernesto Macmillan.
Rony não teve coragem de encarar a garota. Estava com as orelhas tão vermelhas quanto seus cabelos e sua boca levemente aberta, mas dela não conseguia emitir som algum.
- Você ouviu o que a Monitora-Chefe falou Weasley. Deixe para se agarrar com a Granger depois que a gente terminar a ronda. Porque com certeza eu vomitaria ao presenciar esse tipo de coisa. – Parkinson alfinetou maldosamente.
Tanto Mione quanto Rony encararam a sonserina com olhos ameaçadores. Mas o ruivo se recompôs logo e disse:
- Cala a boca Parkinson. E vamos logo!
Pansy resmungou algo mais para si do que para os outros. Os dois tomaram o caminho oposto de Carole e Ernesto.
Hermione ainda se encontrava no mesmo lugar apoiada na parede. “Como aquela garota insuportável ousou dizer que eu estava me agarrando com o Rony.”, pensava a morena. E lembrando-se de como o ruivo a segurou pela cintura e logo em seguida ela caia em cima dele sentiu suas bochechas queimarem tanto que poderia até fritar um ovo nelas.
A garota deu meia volta e foi direto para a cabine onde se encontravam seus amigos. Chegando lá encontrou Harry sentado com Gina deitada em seu colo e Neville e Luna sentados de frente para ele.
- Oi! – Cumprimentou Hermione enquanto fechava a porta da cabine atrás de si.
- Olá! – Cumprimentaram todos juntos.
- O que faz aqui? Não devia estar fazendo a ronda com os outros? E onde está o Rony? – Perguntou Gina.
- Teve um sorteio e fui dispensada da ronda. Mas o Rony não teve a mesma sorte. – Falou a morena.
- Do jeito que conheço meu irmão ele deve estar muito irritado. – Enfatizou a ruiva.
- E isso não é tudo. O sorteio também foi feito para definir as duplas que trabalhariam juntas e... – Contava Hermione.
- Como assim um sorteio? As duplas não são automaticamente divididas por classes e casas? – Interrompeu Harry.
- As regras mudaram. Mas o fato é que a dupla de Ronald não é lá muito agradável. – Disse a garota. – Pansy Parkinson é que vai fazer a ronda com o Rony.
- Coitado do Rony! – Gemeu Neville.
Rony caminhava calado e profundamente absorto em seus pensamentos. Estava com as duas mãos nos bolsos e ao seu lado igualmente calada estava a sonserina.
A imagem de Hermione caindo em cima dele não saía da cabeça do ruivo. Como eles estavam tão próximos um do outro naquela hora, o perfume dela que ele conhecia tão bem, parecia ter se impregnado em suas vestes quando ela caíra em cima dele deixando-o entorpecido.
Harry e os outros estavam conversando sobre como estava sendo maravilhoso poder voltar a Hogwarts, depois de um ano longe naquela terrível guerra.
- Harry, o carrinho de comida já passou? – Interrompeu Mione.
- Já Mione. Desculpe, não sabia que você queria algo. E mesmo que soubesse não poderia ter guardado nada por que uma certa ruiva gulosa comeu tudo. – Disse Harry risonho. – Mas eu ainda tenho uma caixinha pela metade de feijõeszinhos de todos os sabores se você quiser.
- Hei! Eu não sou gulosa Sr. Potter. Só estava com saudades desses doces. – A ruiva protestou dando um tapinha no ombro do moreno e virando-se para a amiga perguntou. – E desde quando você Hermione Granger come doces?
- Eu sempre comi, só nunca exagerei Ginevra Weasley! Afinal, como filha de dentistas tinha que dar o exemplo. – Disse Hermione.
Harry notou que ao mencionar os pais a amiga ficara um pouco entristecida. Então falou:
- Bom Mi, você vai querer os feijõeszinhos?
- Não Harry, obrigada, eu não gosto muito. Mas pode deixar que eu vou procurar o carrinho e volto logo. – A morena respondeu levantando-se. – Alguém vai querer mais alguma coisa?
Todos balançaram as cabeças negativamente em resposta, então a garota se retirou da cabine um pouco apressada.
Assim que Hermione sumiu do campo de visão de todos, Gina olhou para Harry com um sorriso malicioso nos lábios e comentou:
- Ela pensa que engana? Tudo bem que ela come um docinho aqui e outro ali, mas esse desespero todo. HÁ!
- Gi, eu não estou entendendo o que você quer dizer com isso. – Afirmou Harry.
- É mesmo Gina, o que você quis dizer com isso? – Neville também parecia não ter entendido.
Para a surpresa de todos, quem respondeu a pergunta que os dois rapazes fizeram foi Luna Lovegood, a quem todos pensavam estar alheia a conversa, já que parecia estar tão interessada no exemplar do Pasquim que tinha na frente do rosto.
- Ela foi atrás de Ronald Weasley! – Luna falou taxativa mesmo com seu tom de voz sempre sonhador.
- Exatamente! – Confirmou Gina.
Os garotos não sabiam se estavam mais surpresos pela revelação ou por Luna ter notado mesmo não tendo tirado os olhos de sua leitura.
Hermione andava pelo corredor pensando o porquê de ter dito aquela besteira. Quem ela queria enganar! “Francamente Hermione Granger, que absurdo sair dessa maneira só para comprar um doce!”, falava para si mesma, quando foi tirada de seus pensamentos por uma voz que a chamava.
- Granger!? – Uma voz arrastada soou por trás da morena.
Quando Hermione virou-se deu de cara com um par de olhos azuis acinzentados muito frios que a fitava com uma expressão interrogativa. Era Draco Malfoy. A garota ficara estática com a surpresa.
- Granger, eu posso falar com você? – Insistiu o loiro.
- Ah? O que quer Malfoy? – Hermione finalmente se manifestou.
- Não ouviu o que eu disse? Quero falar com você. – Intimou Draco.
- Sobre o quê? É sobre a reunião dos monitores? – Indagou Mione.
- Não é sobre a reunião. – Ele admitiu.
- Então não tenho nada pra falar com você. – Ela respondeu dando as costas para o loiro e começando a se retirar, quando sentiu sendo puxada pelo braço e virando-a de frente para Draco.
- Por favor... – Sibilou ele muito baixo, enquanto soltava o braço da garota. – Eu só quero conversar. Não vai demorar.
Hermione bufou, mas sabia que o loiro não iria desistir. Então disse:
- Está bem Malfoy. Pode dizer, estou escutando.
- Será que você pode vir aqui. Não quero nenhum xereta escutando a conversa. – Disse ele indicando com a mão a cabine mais próxima.
- Ou será que você não quer ser visto conversando com Hermione Granger uma sangue-ruim metida a sabe-tudo? – Ela perguntou. – Admita!
- Não é nada disso. Eu já disse que só quero conversar Granger! – Impacientou-se Malfoy.
- Está bem. Então vamos logo. – A morena respondeu aborrecida.
Draco foi à frente, quando abriu a porta da cabine, estavam lá Crabbe e Goyle, e mais duas garotas da sonserina que Hermione não conhecia.
“Essa deve ser a cabine deles!”, pensou Hermione ao ver os dois inseparáveis amigos de Draco.
O loiro fez sinal para que todos saíssem, e em seguida acenou para que Mione entrasse primeiro. Logo em seguida ele entrou fechando a porta atrás de si.
Hermione não se sentia muito confortável ali, principalmente depois de tudo o que acontecera no ano passado.
- Sente-se! – Disse o loiro.
- Estou bem de pé. – Mione respondeu virando-se para Draco.
O silêncio reinou na cabine em que os dois estavam por alguns minutos até ser finalmente interrompido pela garota, que impaciente perguntou:
- E então Malfoy, você vai falar ou não? Eu não tenho o dia todo.
- Eu queria saber como você está. – Depois de alguns segundos o loiro disse sem encarar Hermione.
Mione que até então estivera admirando os próprios sapatos, olhou rapidamente para o loiro, incrédula e disse:
- O quê?! Como disse?
- Eu queria saber como você está! – Disse Draco finalmente encarando a morena. – Eu sinto muito pela morte dos seus pais.
- Eles não morreram simplesmente. Eles foram assassinados cruelmente pelo seu pai! – Respondeu a garota com lágrimas nos olhos. – E você deveria saber muito bem disso.
- É eu sei. – Falo o loiro.
Hermione não sabia o que estava sentindo naquele momento. Um misto de raiva e tristeza estava tomando conta dela. Ela queria sair dali, pois sentia que aquela conversa não acabaria muito bem. Sua cabeça ainda processava as palavras de Draco.
- Olha Malfoy eu não quero falar disso com você. – Disse Mione.
- Será que você pode engolir seu orgulho e me escutar um pouco?! – Ralhou Malfoy.
- Eu não sou orgulhosa! – A morena disse rispidamente.
Malfoy que havia se levantado agora se sentara pesadamente no banco, parecendo muito cansado. Ele deu um suspiro e prosseguiu:
- Granger, eu não vim aqui para discutir com você. Eu realmente sinto muito pelo que ele fez com seus pais. Eu sei exatamente como você está se sentindo.
- Você sente? HÁ! – Falou a morena agora não contendo mais as lágrimas que caiam livremente pelo seu rosto. – Não Draco, você não sabe o que sinto. Você não sabe o que é ser torturado, nem o que é ver seu pai ser torturado até ele não agüentar mais. VOCÊ NÃO SABE O QUÉ É SER FORÇADO A MATAR SEU PRÓPRIO PAI!
O loiro agora estava de pé bem de frente para Hermione que chorava copiosamente enquanto gritava aquelas palavras. Ele fez menção de falar, mas a garota continuou:
- Você não sabe o que é ver sua mãe caída no chão morta e depois ver seu pai ser morto na sua frente e não poder fazer absolutamente nada! Você... - Hermione parou abruptamente ao perceber que o loiro se aproximava.
Malfoy encarou a garota com uma fúria em seus olhos azuis acinzentados nunca vista antes por Hermione e caminhou lentamente até ela.
Do lado de fora da cabine Colin Creevey presenciava a cena boquiaberto, embora não conseguisse ouvir o que os dois conversavam ele sabia que boa coisa não poderia ser. Achando que o pior pudesse acontecer saiu correndo para ver se encontrava ou Harry Potter ou algum monitor.
Logo à frente Colin avistou Rony que vinha andando pensativo com Pansy Parkinson logo atrás de cara amarrada. O ruivo assustou-se com a aparição repentina do garoto e parou bruscamente fazendo com que a sonserina esbarrasse nele.
- UGH! Não encosta em mim Weasley! – Pansy disse olhando com cara de nojo para ele.
- Fica quieta Parkinson! – Sibilou o ruivo. – Por que não presta atenção por onde anda.
- Ronald! – Ofegou Colin. – Quer dizer Monitor. Precisa vir comigo!
- O que foi que aconteceu Colin? – Rony perguntou ansioso.
- Sua amiga, a Hermione Granger! – Exclamou Colin. – Vem logo Ronald!
- O que tem a Mione? – Perguntou Rony aflito.
- Ela está numa cabine com Draco Malfoy, o Monitor da sonserina. E acho que ele está fazendo algo com ela porque ela está chorando. – Falou Colin aos tropeços.
- O QUÊ? O que Draco está fazendo dentro da cabine com aquela Granger sarnenta? – Perguntou Pansy.
Rony olhou para Pansy, mas mesmo com extrema vontade de azará-la, ignorou o que ela disse e esbravejou:
- Aquele imbecil! Eu vou MATÁ-LO!
Rapidamente Rony saiu correndo junto com Colin até a cabine onde Draco e Hermione estavam. Pansy vinha logo atrás com uma cara de poucos amigos.
Quando chegaram em frente a cabine os três puderam ver pela janela, que Malfoy segurava Hermione com força pelos ombros, enquanto a garota chorava e gritava:
- Me largue Draco!
Hermione não sabia se estava mais chocada pelo que Malfoy tinha acabado de dizer ou se era por vê-lo chorando. Ela nunca poderia imaginar ver essa cena. A garota foi tirada de seus pensamentos quando sentiu as mãos do loiro apertar com muita força seus ombros. Estava começando a machucá-la, quando ela gritou assustada:
- Me largue Draco!
De repente eles ouviram a porta da cabine abrindo atrás de si e uma voz extremamente irritada falar:
- Não ouviu o que ela disse? Larga ela Malfoy! – Berrou Rony.
Malfoy soltou Hermione e deu as costas para os dois, limpando rapidamente com as costas das mãos algumas lágrimas que ainda rolavam pelo seu rosto. Hermione que parecia ter sido a única que percebera, virou-se ainda assustada para o ruivo.
Então o loiro se manifestou com sua voz um pouco mais arrastada que o normal e extremamente sarcástica:
- Ho, ho, ho, será que já não basta termos o Santo Potter, agora teremos que nos curvar também ao Herói Weasley? Quem você...
Mas Malfoy não conseguiu terminar a frase. Rony passara como um raio por Hermione indo direto até o loiro e acertando com força o rosto do sonserino. Malfoy sentiu um gosto de sangue em sua boca, logo em seguida sentiu o peso de um corpo sobre o seu. Rony socava o estômago de Draco que ainda estava muito surpreso para revidar os golpes que o ruivo lhe dava.
- SEU COVARDE! ENTÃO VOCÊ NÃO É TÃO CORAJOSO ASSIM SE NÃO FOR COM UMA GAROTA NÃO É? – Berrava Rony ainda golpeando Draco.
- R-Rony não! – Gritou Hermione, ainda aos prantos. – Por favor, Rony, pára!
Mione agora lutava para conter a fúria de Rony. Puxou-o com todas forças as vestes do garoto, mas como estava com as mãos muito suadas pelo nervosismo deixou-as escapar.
Para sorte da garota e principalmente de Malfoy Harry entrou desembestado na cabine junto com Gina. Vendo o que Rony estava fazendo correu para ajudar Hermione que ainda tentava em vão tirar o ruivo de cima de Draco.
Quando percebeu a presença de Harry a morena prontamente parou de puxar Rony, pois não conseguia move-lo e abraçou Gina ainda soluçando.
Harry puxou com toda sua força, tentando tirar o amigo de cima de Malfoy. O ruivo esperneava e gritava:
- HARRY, ME SOLTA! EU QUERO MATÁ-LO!
Depois que Harry finalmente consegue conter o amigo, Malfoy consegue levantar-se com dificuldade, logo foi prontamente amparado por Pansy Parkinson que estava igualmente assustada com a situação. Mas antes de sair ele olhou para Hermione e disse:
- Eu não preciso da sua pena Granger! – E olhando para o ruivo acrescentou. – Você ainda me paga Weasley!
Após a saída de Malfoy, Rony que estava mais calmo foi até Hermione e perguntou:
- Você está bem Mione? Ele machucou você?
- Não! Estou bem! – A morena disse e em seguida perguntou. – Porque você fez aquilo com ele?
- Como Por quê?! Ele estava te atacando! – O ruivo respondeu indignado.
- Me atacando? De onde diabos você tirou essa conclusão? – A garota indagou.
-Ah Não?! Então o que estavam fazendo??? – Ele insistiu.
Gina e Harry que apenas ouviam a discussão dos dois resolveram intervir.
- Querem para os dois! – Gina disse fazendo uma imitação perfeita de Molly.
- Será que vocês não percebem que estão brigando por causa do Malfoy? – Agora era Harry quem perguntava.
Hermione pensou em responder, mas foi interrompida por Gina que disse:
- Olha, vamos voltar para a nossa cabine e lá você nos conta o que Malfoy queria com você. Ok? – E virando-se para o irmão acrescentou. – Seu horário de monitor já acabou não é?
Rony apenas afirmou com a cabeça e então todos seguiram para a cabine.
Quando chegaram à cabine, não encontraram nem Luna nem Neville. Hermione foi logo sentando perto da janela e Gina sentou-se ao seu lado, Harry e Rony sentaram-se de frente para as duas garotas no outro banco.
- E então o que você estava fazendo com aquele desbotado? – O ruivo perguntou.
- Eu estava conversando com ele Ronald. – A garota respondeu visivelmente irritada.
“O que você pensa que eu estava fazendo com ele seu idiota?!Me agarrando??”, pensava Hermione indignada.
- Rony, quer deixar a Mione falar o que aconteceu! – Gina disse.
Hermione deu um longo suspiro e começou a contar o que havia ocorrido na cabine:
- Eu encontrei com ele no corredor, ele disse que queria falar comigo, quando entramos na cabine ele disse que queria saber como eu estava e também disse que sentia muito pela morte dos meus pais.
Quando a morena terminou de narrar o resumo da conversa com Draco, ela virou-se para Harry e disse:
- Não me lembro de você ter mencionado que o pai do Draco Matou Narcisa! Por que não me contaram?
- Não tivemos tempo e também não achamos necessário te encher contando isso quando você chegou lá em casa. – Quem respondeu foi Gina.
- Malfoy falou umas coisas enquanto chorava. Não consegui entender muito que ele dizia. Mas ouvi uma hora ele dizendo que eu era muito mal agradecida. Mas não entendi o porquê dele ter dito isso.
- Mione, você não lembra do que aconteceu depois que Lúcio lançou o feitiço no seu pai? – Perguntou Harry.
- Não. Só me lembro de sentir uma dor muito forte na cabeça e depois acordar no St. Mungos com muita dor de cabeça. Por quê?
- Então você ainda não sabe como descobrimos onde você estava?E nem como conseguimos te salvar? – Perguntou Gina.
- Não Gi! Mas o que isso tem a ver com Draco Malfoy? Hermione perguntou muito confusa.
- Mione, é muita coisa pra contar e... – Ia dizendo Rony.
- Nós teremos muito tempo até chegarmos à estação de Hogsmeade, então sugiro que comecem logo! – A morena falou taxativa.
- Está bem! – Falou Harry.
*Flash Back*
Harry estava lutando contra um comensal da morte. Ele fora o único que presenciara Hermione sendo levada por um comensal. O desespero tomou conta dele. Conseguiu desarmar seu oponente e com um Petrificus Totalus derrubou o comensal.
Ele saiu desembestado a procura de Gina e de Rony. Logo a sua frente um Rony com um machucado na perna, mas que resistia bravamente aos feitiços lançados por uma mulher que Harry não reconheceu. O ruivo lançou na comensal um Impedimenta e a mulher voou longe esbarrando em um muro e caindo imóvel no chão.
Quando Harry conseguiu chegar perto de Rony foi logo dizendo:
- Eles levaram Hermione!
- O Quê? Como? Pra onde? – O ruivo perguntou aflito enquanto sacudia Harry pelos ombros.
- Eu vi um comensal agarrando ela e logo em seguida ele aparatou levando ela junto. Nós precisamos encontrá-la. – Harry falava desesperado.
Então Gina que até alguns instantes estava lutando contra dois comensais chegou perto dos dois garotos com o rosto muito preocupado.
- Rony por Merlim! Sua perna está sangrando muito! – A ruiva falou espantada. – Onde está a Mione?
- Um comensal a levou! – Quem falou foi Rony.
- Como?! Precisamos encontrar McGonagall. Vamos! – Disse Gina.
Os três estavam tão preocupados em encontrar McGonagall que nem perceberam que a batalha havia cessado. Alguns poucos comensais que estavam imóveis no chão. E os que restaram simplesmente sumiram. Provavelmente deveriam ter recebido a ordem de recuarem de Voldemort.
Alguns integrantes da AD também estavam desacordados no chão, como Cho Chang e Luna Lovegood que exibia um corte na testa que sangrava muito.
Logo Tonks apareceu juntamente com Lupin. Os garotos foram logo contando que Hermione havia sido levada por um comensal.
Então todos foram atrás de McGonagall. Encontraram a diretora mais a frente com Alastor e o Ministro da Magia.
- Com licença Diretora. – Disse Lupin. – Mas aconteceu algo muito ruim. Levaram Hermione Granger!
Os três soltaram uma exclamação de espanto.
Tão logo aparataram em Hogwarts, que estava servindo de sede da Ordem da Fênix, já que ficava mais próximo de Hogsmeade. Minerva havia retirado o feitiço que impedia a aparatação nos terrenos da escola para que todos pudessem ir o mais depressa possível.
Os feridos foram levados para a Ala Hospitalar da escola e atendidos prontamente por Madame Pomfrey. Os integrantes da ordem da Fênix se reuniram na sala da diretora para tentar achar um meio de encontrar Hermione.
Enquanto isso Harry e Gina ficaram na enfermaria junto de Rony que estava muito nervoso.
- Harry, nós não podemos ficar aqui sem fazer nada! Temos que vasculhar todos os esconderijos desses malditos comensais que o Ministério conhece. – Dizia o ruivo.
- Rony, calma! Não daria para encontrar ela dessa maneira. A diretora vai achar uma maneira mais eficiente e rápida. – Gina falava tentando tranqüilizar o irmão.
- Que o Ministro coloque todos os aurores atrás, caramba! Pra que eles servem então?! – O ruivo esbravejava.
Madame Pomfrey chegou perto de Rony estendendo uma poção para o garoto.
- Vamos Sr. Weasley, fique calma. Tome tudo, sua perna não está nada bem! – Dizia a enfermeira.
Gina puxou Harry para longe de Rony e disse:
- Harry, eu concordo com meu irmão. Eles estão demorando demais. Enquanto eles ficam lá tentando achar um meio para descobrir o paradeiro da Mione, ela pode estar sendo torturada! – Dizia a ruiva já aos prantos. – Ou pode até já estar m-morta!
- Não Gi. Não pense nisso. Eu não acho que eles a levaram simplesmente para matá-la, porque se fosse para isso teriam feito isso lá em Hogsmeade. Eu acho que isso deve fazer parte de algum plano diabólico de Voldemort para me levar até ele. – Disse Harry.
- Mas Harry, se fosse mesmo isso acho que eles teriam levado a mim! Afinal Voldemort sabe que estamos juntos! – Concluiu Gina.
Enquanto isso na sala da diretora todos tentavam encontrar uma maneira de localizar Hermione. A Sra. Weasley estava sendo acalmada por uma Tonks abatida enquanto o Sr. Weasley, Lupin, Alastor, Shacklebolt, o Ministro Rufo Scrimgeour e McGonagall conversavam.
Foram interrompidos por batidas frenéticas na porta.
- Entre! – A diretora falou.
Argo Filch entrou correndo no aposento e disse:
- Um aluno está lá fora e disse que precisa falar urgentemente com a Senhora.
- O que ele quer? Não vê que estamos ocupados?! Uma aluna está correndo perigo! – Minerva falou visivelmente irritada. – Que aluno é esse?
- Sou eu Profes.. quer dizer Diretora McGonagall! – Disse uma voz arrastada vindo da porta.
- Draco Malfoy! – Todos exclamaram.
Draco se aproximou da diretora, estava mais pálido, mais magro e abatido. Seus olhos azuis acinzentados estavam vermelhos, parecia ter chorado a poucos minutos.
- Mas o que faz aqui Malfoy? – O Ministro se manifestou. – Você não deveria estar aqui.
- Isso mesmo Draco! Não deveria ter vindo já temos problemas suficientes para resolver. Hermione Granger foi levada por um comensal. – McGonagall Falou.
- Eu sei! – Disse Draco. – E é por isso que vim aqui. Eu sei onde a Granger está.
Uma hora antes na Mansão dos Malfoy.
Após a morte de Dumbledore o Ministro e a Diretora se reuniram com Narcisa Malfoy. Eles permitiram que ela e o filho Draco ficassem no Largo Grimmauld nº. 12 até que pudessem ir para a mansão, sob escolta de dois aurores, pois Lúcio Malfoy estava foragido e com certeza tentaria chegar perto do filho.
Narcisa tinha medo que Voldemort tentasse matar seu filho, já que ele não havia conseguido cumprir sua ordem.
Até meados de outubro eles ficaram no Largo Grimmauld, mas como Lúcio ou qualquer outro comensal não se manifestou, o Ministro achou que seria a hora de Narcisa e Draco voltarem para a mansão.
Foram instalados na mansão vários feitiços de proteção que havia em Hogwarts para que os dois não corressem tanto perigo, e como o próprio Rufo Scrimgeour dissera dois aurores foram convocados para vigiarem o local dia e noite.
Quando a guerra enfim estourou Narcisa ficou mais preocupada com a segurança do filho.
No segundo dia de batalha Lúcio Malfoy que já sabia que seu filho e sua mulher estavam na mansão, resolveu ir até o local aproveitando que ninguém sabia de seu paradeiro.
Com ajuda de Rabicho que ficara de guarda durante esses dois dias para ver como era o movimento na casa, ele conseguiu estuporar os dois aurores.
- Fique aqui Rabicho! – Ordenou Lúcio. – E me avise se aparecer alguém.
- Pode deixar Malfoy! – Respondeu Rabicho que logo em seguida se transformou num rato magro e com poucos pêlos, pois assim poderia vigiar a casa e se esconder ao mesmo tempo.
Lúcio entrou em sua antiga casa, passou pela sala de estar e como não encontrou ninguém por lá, resolveu subir as escadas imaginando que quem ele viera pegar estivesse lá em cima.
Quando estava chegando à metade da subida ele ouviu um barulho vindo da biblioteca. Desceu as escadas e rumou para o aposento sem fazer nenhum barulho.
Ao entrar no cômodo viu sua mulher em pé de costas para a porta, parecia procurar alguma coisa. Ele fechou a porta atrás de si tentando não fazer barulho algum.
- Olá Narcisa! – O loiro falou.
Narcisa gritou assustada virando-se para o marido parado em frente a porta e deixando cair um pesado livro que tinha nas mãos.
- L-Lúcio?! – Falou incrédula. – C- Como conseguiu entrar aqui?
- Será que você esqueceu que essa ainda é minha casa! – O loiro falou sarcasticamente.
- Não seja cínico! O que quer aqui? – A mulher perguntou muito nervosa. – Vá embora!
- HAHAHA! – Riu-se Lúcio enquanto aproximava-se um pouco da mulher. – Eu sei que você não é burra minha querida. Você sabe muito bem o que vim fazer aqui!
Draco estava em seu quarto quando ouvira um grito e um barulho de algo caindo vindo do andar inferior. Levantou-se da cama rapidamente e com a mão segurando a varinha saiu do quarto e desceu as escadas tentando fazer o mínimo de barulho possível.
Quando pisou no último degrau da escada o rapaz olhou atentamente ao redor. Não viu nada de diferente ou fora do lugar. A porta da frente parecia estar fechada.
Continuou andando, quando se aproximava da porta que dava para a biblioteca ele ouviu vozes vindas de lá. Parou instantaneamente apurando os ouvidos. Ouviu uma voz masculina tão arrastada quanto a sua própria voz e soube naquele instante que seu pai estava ali.
Ele sabia que um dia acabaria pagando pelo erro que cometeu. O Erro de não ter cumprido as ordens do Lorde das Trevas.
- Você não vai levar o Draco! – Disse Narcisa.
- VOCÊ vai me impedir? – O loiro desdenhou. – Foi dada uma missão a ele. E ele falhou. Agora terá que pagar. Ele sabia que se não cumprisse exatamente o que o Lorde mandou pagaria por isso.
- Lúcio ele também é seu filho! Você sabe o que ELE faz com aqueles que não o obedecem. ELE VAI MATÁ-LO! – Narcisa falou já muito nervosa.
- E A CULPA É TODA SUA! SE NÃO TIVESSE FEITO AQUELE MALDITO PACTO COM SEVERO, DRACO TERIA CUMPRIDO SUA MISSÃO! - Gritou Malfoy.
- ELE É SÓ UM GAROTO! ELE NUNCA QUIS SER UM MALDITO COMENSAL! – Agora Narcisa chorava e gritava. – ELE APENAS QUERIA AGRADÁ-LO, VOCÊ ERA UM HERÓI PARA ELE. ELE SÓ QUERIA QUE O PAI SENTISSE ORGULHO DELE!
- Não fale idiotices! – Falou Lúcio.
- Você sabe que é verdade. Você nunca ligou pra ele. Nunca demonstrou nenhuma forma de carinho, NADA! – A mulher disse.
- CALE A BOCA! – Gritou Lúcio. – Ele é um inútil, imprestável! É isso o que ele é. Eu tenho vergonha de ter um filho como ele.
- Você é um monstro Lúcio! Eu não sei por que me casei com você. – Narcisa disse encarando o loiro.
- CHEGA! Não quero mais ouvir uma palavra sua. Vou buscá-lo e você não vai me impedir. – O loiro disse.
Lúcio deu as costas para Narcisa, mas ela fora mais rápida e se interpôs em frente à porta, não permitindo que o marido passasse.
- Lúcio, por favor não faça isso! – A mulher implorava segurando o marido pelas vestes.
- Saia da minha frente! Como você é patética! – O loiro desdenhou.
Lúcio empurrou a esposa para o lado fazendo com que ela caísse no chão.
Ela não pensou duas vezes, sacou a varinha e apontou para o marido.
- NÃO ME FORCE A FAZER ISSO, LÚCIO MALFOY! – Esbravejou Narcisa.
- Você não teria coragem! – Disse Lúcio a desafiando.
- Pelo meu filho eu sou capaz de fazer qualquer coisa. – Ela disse com um tom ameaçador na voz. – Inclusive matar você!
Lúcio apenas sorriu ao ouvir a ameaça que a mulher lhe fizera.
Narcisa levantou-se ainda empunhando a varinha na direção do marido. Ela lançou um Expelliarmus que passou rente ao rosto de Lúcio. Ele rapidamente apontou a varinha para a esposa e disse:
- Impedimenta!
Narcisa fora lançada contra a parede, caindo logo em seguida.
- Estúpida! – Falou Lúcio entre dentes.
Draco ouvia tudo aquilo chocado. O seu pai estava ali para entregá-lo ao Lorde das Trevas. Sentia-se confuso com tudo que estava ouvindo, principalmente depois de escutar da boca do próprio pai que ele tinha vergonha de tê-lo como filho.
Então ouviu um forte estampido e um barulho de alguém caindo. Assustou-se, mas não conseguia sequer se mover. Não sabia se entrava ou se simplesmente fugia. Ele realmente estava apavorado.
Tudo aconteceu muito rápido. Mesmo com o corpo muito dolorido, Narcisa conseguiu alcançar sua varinha e mais uma vez apontou para o marido que estava quase abrindo a porta, dizendo:
- AVADA KED...
Mas ela não pode terminar de pronunciar o feitiço, sentiu seu peito arder e antes de perder os sentidos e cair morta ela pode ver que o marido tinha a varinha apontada para ela.
Lúcio Malfoy avia visto que Narcisa conseguira pegar a varinha mais uma vez e já apontava pra ele, mas fora mais rápido e lançou a Maldição da Morte na própria mulher sem precisar pronunciá-la.
- Foi você quem pediu isso! – Lúcio disse olhando para a mulher inerte no chão antes de sair do aposento.
Quando vira o lampejo verde iluminar a fresta da porta, Draco compreendera naquele mesmo instante o que seu pai havia feito.
Não podia fazer nada, sentiu um ódio imenso o invadir, bem maior do que o ódio que sentira durante sete anos por Harry Potter.
Draco recuara um pouco ao ouvir os passos de Lúcio se aproximarem.
Agora só havia uma coisa que ele poderia fazer.
Ele tinha que sair dali o mais rápido possível. Não podia deixar seu pai leva-lo até Voldemort. Como não poderia aparatar dentro da casa, ele tinha que ir para os jardins.
Draco correu em direção à porta da frente, mas antes de chegar do lado de fora ele parou. Ele sabia que seu pai não poderia ter vindo sozinho, então lançou um feitiço da desilusão e só em seguida saiu.
O rapaz ouviu um barulho e quando olhou para o lado viu Rabicho voltando ao normal. Aparentemente o comensal ouvira o barulho do feitiço lançado dentro de casa por Lúcio e viera verificar.
Mas antes que pudesse entrar na casa Draco lançou um Petrificus Totalus em Rabicho que caíra imediatamente no chão duro feito pedra.
Só então Draco ouviu seu pai o chamando enquanto descia as escadas.
Lúcio havia revistados todos os quartos do andar superior e como não encontrou o filho achava que talvez ele ainda estivesse por perto.
Draco já poderia ter aparatado, mais algo dizia que ele tinha que permanecer ali, esperando o pai aparecer.
Quando Lúcio cruzou o portal da casa e viu Rabicho caído no chão, sacou a varinha, olhando em todas as direções e logo em seguida desfez o feitiço. Rabicho levantou-se de um salto ainda um pouco atordoado.
- Você viu quem fez isso em você? – Perguntou Lúcio.
- Não, eu estava entrando na casa quando fui atingido. – Ia dizendo Rabicho e vendo que Draco não estava ali completou. – Mas onde está o garoto Draco?
- Imagino que tenha fugido. Deve ter sido ele que lançou o feitiço em você. Aquele moleque já deve estar bem longe daqui. – Falou Malfoy.
Draco sentiu a ira crescer dentro de si. Chegou a erguer a varinha para amaldiçoar Lúcio, mas logo abaixou a varinha. Não podia fazer aquilo. Não porque Lúcio era seu pai, mas porque ele não era e nem queria ser como ele. Mesmo ele tendo matado sua mãe tão friamente.
- Não temos tempo a perder Rabicho! – Exclamou Lúcio. – Temos que ir para a casa daqueles trouxas. Os pais daquela sangue-ruim da Granger.
- Sim, mas como vamos fazer para que ela volte para casa? – Rabicho questionou.
- Não se preocupe. Essa tarefa é do Nott. – Respondeu Malfoy.
Logo em seguida os dois aparataram para a casa dos Grangers.
Draco ficara estático. Ele tinha realmente entendido? Seu pai estava indo para a casa da Granger? Ele vai matá-los!!
Sua cabeça estava fervilhando. Não podia deixar que isso acontecesse. Tinha que impedir o pai de matar inocentes, mesmo que esses inocentes fossem os trouxas pais de Hermione Granger.
O rapaz logo aparatou. Ele sabia que não encontraria ninguém em Hogwarts, afinal há dois dias a batalha estourara e eles provavelmente estavam em Hogsmeade.
Ele não podia esperar que a guerra acabasse, saiu correndo pelas ruas de uma Hogsmeade quase toda destruída.
Ele tentava encontrar entre as pessoas a Professora Minerva ou até mesmo Harry ou Hermione, mas não conseguia distinguir direito. Feitiços e maldições passavam raspando por ele.
Em um determinado momento ele avistou uma garota de cabelos castanhos e cacheados sendo arremessada por um feitiço. Era Hermione.
Mas antes que pudesse chegar perto da garota ele sentiu-se agarrado pelos cabelos por Avery um comensal da morte.
- Ora, ora, ora. O que temos aqui!? O seu pai foi procurar você em casa Draco. – Falou Avery.
- Me solte! – O loiro esperneava tentando se soltar.
Avery o arrastava para fora dos limites de Hogsmeade. Draco não entendia o porquê do homem não aparatar logo. Quando estava razoavelmente longe dos feitiços Avery deu uma gravata em Draco, mas antes que pudesse fazer mais um movimento ele fora atingido por um feitiço.
O homem caíra inerte no chão sobre Draco, que aparentemente também havia sido atingido pelo mesmo feitiço.
Após mais ou menos quinze minutos, Malfoy empurrou o corpo pesado de Avery de cima do seu. Só então ele percebera que o comensal havia sido acertado pela Maldição da Morte. Sua cabeça doía muito. Por sorte o feitiço tivera efeito apenas em Avery, mais Draco tinha quase certeza de ter sido atingido também.
O rapaz levantou-se ainda zonzo, andou alguns metros e só então notou que a batalha havia sido interrompida.
Ele andou pela rua principal de Hogsmeade. No caminho avistou muitas pessoas caídas no chão. Havia algumas que tinham muitos cortes no corpo, provavelmente provocados pelo ataque de Lobo Greyback.
Draco lançou mais uma vez o feitiço da desilusão e saiu o mais rápido que pode até chegar aos portões do castelo. Desfez o feitiço e começou a gritar por Filch.
Após ficar mais ou menos gritando e batendo no portão, Draco avistou a silhueta de Filch vindo em sua direção com Madame Nora em seus calcanhares.
- Menino Malfoy! – Exclamou Filch.
- Preciso falar com a Diretora McGonagall! – Pediu Draco.
- Ela está muito ocupada, em reunião com... – Filch foi cortado por Malfoy.
- Eu sei onde está a Granger! – Gritou o loiro. – Ande me deixe entrar logo.
Ao ouvir as palavras de Draco, Filch abriu os portões e levou o rapaz até a sala da Diretora McGonagall.
Filch entrou deixando Draco do lado de fora da sala. O rapaz ouvira toda a conversa da Diretora e também ouvira quando ela disse que estava muito ocupada. E quando a Diretora perguntara quem era o aluno que queria falar com ela, ele se adiantou entrando na sala e disse:
- Sou eu diretora McGonagall!
Todos se assustaram ao ouvir e ver Draco ali parado na frente deles.
- Draco Malfoy?! O que faz aqui? – Minerva perguntava aflita. – Você deveria estar com sua... onde está Narcisa?
- Diretora nós não temos muito tempo. – Exasperou-se o rapaz. – Eu sei onde Hermione Granger está!
- Como? Não estou entendendo! – Minerva espantou-se.
Draco contou o mais rápido que pode o que havia acontecido na mansão. Falou que seu pai tinha ido procurá-lo para levá-lo a Voldemort e que como sua mãe não havia permitido Lúcio lançou na própria mulher um Avada Kedrava, e depois quando estava indo embora ele ouvira o pai dizer que teria que ir para a casa dos Grangers e que Nott estava encarregado de levar Hermione até eles.
Quando terminou de relatar a todos o que ocorrera ele olhou nervoso para a Diretora e disse:
- Acho melhor irmos logo. Se quisermos salva-los.
- Vamos sim, mas o senhor ficará. Não tem cabimento você ir. Seu pai está atrás de você e não colocarei sua vida em risco. – A Diretora disse taxativa.
- Eu não vou ficar aqui sem fazer nada. Eu vou com vocês! – Disse o loiro.
- Draco, por favor, não seja impertinente... – Ia dizendo Minerva.
- Por favor, Minerva, não temos tempo para proibições. A garota e os pais dela estão correndo perigo. – Falou Alastor. – Se o rapaz quer ir que vá.
- Está bem então. Mas antes temos que avisar o Sr. Potter. Vamos a Ala Hospitalar e de lá nós partiremos. – Minerva disse encerrando o assunto.
Todos se dirigiram apressados para a Ala Hospitalar onde estavam Harry e Gina com Rony e os outros feridos.
Harry e Gina estavam sentados em duas cadeiras ao lado da cama de Rony. O ruivo era o mais aflito de todos, e quanto mais Minerva demorava a achar uma maneira de localizar Hermione mais nervoso ele ficava.
- Harry, eu acho melhor você ir à sala dela. Ela ta demorando demais. – Dizia Rony pela terceira vez.
- Ron o Harry já disse que não vai atrapalhar a reunião da Diretora. – Falava Gina.
- Até parece que vocês não estão preocupados com a Mione! – O ruivo exasperou-se.
- Não repita isso Ronald! – Ralhou Gina levantando-se.
- É isso mesmo Rony. Você sabe que todos nós estamos preocupados com a Mione. Ela é como uma irmã pra mim. – Agora era Harry quem falava.
- É eu sei, desculpe. – O ruivo disse num muxoxo. – É que faz muito tempo que a Diretora está lá dentro e quanto mais ela demora...
Rony se calou ao ouvir passos apressados vindos do lado de fora da Ala Hospitalar. Gina e Harry ouvindo também se viraram a tempo de ver McGonagall e os outros entrarem no aposento.
- Então Diretora, o que vamos fazer? – Adiantou-se Rony.
- Tenha calma Sr. Weasley! – Ralhou Minerva.
Só agora Harry havia notado a presença de alguém que não estava com eles na batalha.
- O que você esta fazendo aqui? – Perguntou o moreno. – Não devia estar na sua casa?
- Calma Potter. – Falou Draco.
- Nós já sabemos onde está a Srta. Granger! – A diretora informou.
- Como descobriram? – Agora quem perguntava era Gina.
- O Sr. Malfoy aqui veio nos avisar. – Ia dizendo Minerva quando foi interrompida por Rony.
- O quê? O que ele tem a ver com isso? O que você fez com ela? – Dizia Rony tentando se levantar da cama e sendo segurado por Gina.
- Controle-se Sr. Weasley! – Ordenou Minerva. – Lúcio Malfoy conseguiu entrar na mansão atrás do filho, ele matou Narcisa, mas antes de sair Draco o ouviu dizendo que iria para a residência da Srta. Granger.
- O QUE? – Os três exclamaram.
- E pelo que Draco nos relatou Rabicho e Nott também estão com eles. – A diretora finalizou.
- Então vamos logo pra lá! – Exclamou Harry.
- Foi por isso que vim aqui. Imaginei que vocês fossem querer ir conosco. Mas aviso que será perigoso, afinal estaremos numa área de residência trouxa. – Falou Lupin.
- Hei rapazinho, onde pensa que vai? – Perguntou Madame Pomfrey a Rony que tentava levantar-se.
- Como aonde eu vou?! Eu não vou ficar aqui. – Falou o ruivo.
- Diretora McGonagall, esse garoto não pode sair daqui, ele está com um corte sério na perna. – A enfermeira disse.
- Sr. Weasley, acho que não poderá ir dessa vez. – Falou Minerva. – É melhor ficar aqui.
- Não mesmo, eu vou sim. – Falou o ruivo taxativo.
- Não vai não! – Ordenou Minerva. – Draco Malfoy irá no seu lugar junto com Potter e sua irmã.
- Ele!! Mas...
- Ron, por favor. É melhor assim, você está machucado e não poderia ajudar nem consegue ficar de pé direito. – Falou Harry. – Não se preocupe nós vamos trazê-la de volta pra você!
- Está bem, então! – Falou o ruivo deitando-se com a cara emburrada.
Então todos se despediram e logo partiram para a casa de Hermione.
Tiveram que aparatar numa rua próxima, Harry cobriu-se com a capa da invisibilidade e passou em frente à casa de Hermione, estava tudo aparentemente calmo lá dentro, pelo que ele pode ver. Também não viu nenhum comensal vigiando pelo lado de fora da casa.
Malfoy que tinha ido dar uma olhada nos fundos da casa, também não vira nada de anormal. Mal o rapaz terminara de falar eles viram um clarão verde iluminar por dentro da casa e logo em seguida um grito, que Harry reconheceu como sendo o de Hermione.
Tudo ocorreu muito rápido. Harry, Gina e Draco correram em direção da porta da frente da casa. Harry lançou um Bombarda e a porta da casa saiu voando juntamente com as vidraças da janela. Todos entraram correndo na casa, Gina lançou um Estupefaça em Nott que vou longe batendo em seguida na parede e caindo desacordado no chão. Draco lançou um Incarcerous em Rabicho que logo foi envolto por cordas. Lampejos verdes voavam da varinha de Lúcio na direção de Draco e Harry enquanto Minerva e os outros lançavam feitiços em Lúcio.
Só ai que Harry, Draco e Gina viram que havia três corpos estendidos no chão. Cada um correu em direção a um corpo, Harry viu que o corpo que fora verificar era da mãe de Hermione, Gina logo vira que o outro corpo era do pai da garota, Hermione estava caída com a porta da casa por cima de seu corpo, Draco com muito esforço conseguiu tirar a porta de cima da garota. E erguendo-a nos braços gritou para os outros:
- Ela está aqui! E está viva!
- Leve-a para Hogwarts, agora! – Gritou Minerva de um canto.
- Esta bem! – Respondeu o rapaz.
Antes que ele pudesse aparatar Lúcio lançou um feitiço, mas Harry fora mais rápido e gritou Protego. O feitiço ricocheteou e Draco saiu porta a fora com Hermione nos braços e aparatou logo em seguida.
Nesse meio tempo Lúcio aproveitou para fugir e aparatou.
Draco aparatou mais uma vez em frente ao portão da escola. Gritou por Filch, mas o homem estava demorando demais. Então ele ouviu a voz de Hermione muito fraca:
- Ron!
- Calma Granger, você está a salvo! – Disse o loiro.
Mal o rapaz se calara Minerva, Harry, Gina e Lupin aparataram ao seu lado. Minerva com um aceno da varinha abriu os portões para que todos entrassem e logo em seguida Draco estava entrando na Ala Hospitalar com Hermione em seus braços.
Rony que estava cochilando, quando ouviu as portas da enfermaria se abrir logo levantou o rosto e viu Draco entrando com Hermione em seus braços.
- O que você fez com ela? – O ruivo perguntou começando a se levantar.
- Eu não fiz nada seu Weasley! – Falou Draco enquanto colocava Hermione na cama mais próxima.
Madame Pomfrey logo começou a examinar a garota, mandando o rapaz sair de perto para que ela pudesse atender da maneira correta.
Quando se virou deu de cara com Rony. O ruivo segurou Draco pela gola da camisa e começou a sacudi-lo.
- ME FALA O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? ONDE ESTÁ HARRY? – Gritou o ruivo.
- Eu não fiz nada com ela seu idiota. Me solta. – Falou o loiro se desvencilhando do ruivo.
Foi nesse momento que Harry, Gina, Lupin e Minerva entraram no cômodo. A diretora e Lupin foram logo ver como a garota estava.
- O que aconteceu? Por que ele a trouxe? – Perguntou Rony agora agarrando Harry pelos ombros.
- Calma Rony. Ele que encontrou ela caída. – Falou Gina tirando o irmão de perto de Harry e fazendo com que ele deitasse na cama.
Gina contou tudo o que acontecera na casa de Hermione. Harry estava num canto conversando com Lupin e Draco.
Dez minutos depois Madame Pomfrey avisou a todos que a garota estava bem, mas muito casada física e mentalmente, e que tinha dado uma poção do sono para que ela pudesse dormir e recuperar as forças rapidamente.
Minerva avisou aos garotos que Alastor e Tonks tinham ficado na casa de Mione para consertar tudo e proteger os corpos dos pais dela. E Lupin tinha ido tentar se comunicar com os tios da garota, afinal eles eram os únicos que sabiam que ela era bruxa.
*Fim do Flash Back*
Quando Harry terminou de contar tudo a Hermione, ele esperou que a garota falasse alguma coisa. Como ela não se manifestou Gina disse:
- Bom foi isso que aconteceu. Graças ao Malfoy nós conseguimos salvar você.
Hermione parecia estar em choque com tudo o que acontecera. Seus olhos estavam brilhantes por causa das lágrimas.
- Eu preciso falar com ele. – Hermione falou por fim levantando-se.
- O que? Falar o que com ele? – Perguntou Rony ficando entre a garota e a porta.
- Como falar o que Ronald? Eu tenho que agradecer! Se não fosse por ele eu poderia ter morrido também. – Disse Mione irritando-se.
- Também não é pra tanto assim. – O ruivo desdenhou.
- Como não é pra tanto? ELE SALVOU A MINHA VIDA! – Gritou ela.
- Será que vocês podem parar de brigar um só instante? – Ralhou Gina.
Rony bufou alto e sentou-se novamente no banco de cara amarrada. Hermione mantivera-se de pé.
Então se ouviu o apito do Expresso soar e a locomotiva começou a desacelerar. Eles haviam chegado a Estação de Hogsmeade.
- Chegamos! – Disse Harry cortando o silêncio e dando um sorriso para os amigos. – Hermione se você quer mesmo falar com Malfoy, deixe pra fazer isso depois que estivemos no castelo, ok?
- Esta bem, você tem razão. – Concordou a garota. – Agora temos que ir, vamos levar os alunos do primeiro ano. Vamos Ronald!
Ron levantou-se acenou para os amigos e disse para Harry:
- Será que você pode lavar minhas coisas, cara?
- Claro, pode deixar. A Gina leva as sua Hermione! – Falou o moreno.
Hermione e Rony foram os primeiros a pisarem na estação, já que tinham que guiar os alunos do primeiro ano. À frente a garota avistou a cabeleira loiro-prateada de Malfoy ao lado dos alunos do primeiro ano da sonserina.
Harry, Gina e os outros saíram logo em seguida respirando fundo o ar da noite. Harry virou-se e logo avistou o castelo iluminado ao longe.
“Como é bom estar de volta em casa e sem ter que me preocupar com Voldemort ou Comensais da Morte!”, pensou o garoto.
XXX---XXX---XXX
OI GENTE!!!
HOJE EU VOU COMEÇAR EXPLICANDO O PORQUÊ DA DEMORA!
FINALMENTE FUI CHAMADA PARA TRABALHAR!!! POIS É, DIA 11 DE JANEIRO COMECEI A TRABALHAR NUM HOTEL COMO RECEPCIONISTA. POR ISSO EU DEMOREI TANTO PRA POSTAR ESSE CAPÍTULO, POIS MEU HORÁRIO VAI DAS 14:00 AS 22:00. CHEGO EM CASA ACABADA! VOU PASSAR ESSE PRIMEIRO MÊS COMO EXPERIÊNCIA MAS TO LOUCA PRA SER EFETIVADA. E SÓ TENHO FOLGA AOS DOMINGOS.
DETALHE, QUE PELA MANHÃ AINDA TENHO QUE IR PARA O CURSO DE INGLÊS!!!
MAS NÃO ENTREM EM PÂNICO PORQUE NÃO VOU ABANDONAR A FIC DE MANEIRA NENHUMA!!!
AVISO DADO, E AGORA VAMOS AOS AGRADECIMENTOS!!!!
MORGANA BLACK: Fico extremamente feliz de você achar que a fic está ficando cada vez melhor! Espero que esse capítulo faça jus a sua afirmação!!!kkk Falando nisso onde está o capítulo novo de sua fic??? Devo crer que suas aulas já começaram,não é mesmo? Mas não se preocupe que eu espero pacientemente. Bjus!!
TINA WEASLEY POTTER: Sei que tinha prometido não deixar mais a Molly atrapalhar os dois, mas foi mais forte que eu! kkkk. Mas não se preocupe, pois eu não farei mais isso!!!! Rony é realmente um fofo, reconfortando a Mione, embora algumas vezes o ciúme atrapalhe um pouco!! Espero que tenha gostado desse capítulo com mais revelações!!! Bjus!
DIANA WATSON: Obrigada pelos votos de melhora!! Já estou ótima. Que bom que você achou lindo o fim do capítulo 4. Eu adoro ler fics grandes, então não consigo fazê-las menores sem falar que eu adoro detalhes! Às vezes até acho que não tem tanto quanto e gostaria, mas quando vou ver o capítulo já está gigante!!!kkkkk
KK WEASLEY: Fico feliz que tenha amado o capítulo 4 e espero que você curta esse novo capítulo tanto quanto o anterior. Sabe que eu também não vejo a hora deles se beijarem! E você não é chata por pedir mais cenas românticas do Harry e da Gina., estou trabalhando para isso. Pode deixar que vou colocar mais algumas cenas deles. Bjus!!
CICI: Ta desculpada pela demora!kkkkkk Que bom que você gostou dos quase beijos e das brigas!!! Ainda vai demorar um pouquinho para o grande beijo, mas prometo que será muito especial! Bjus!!
SE NÃO FOR PEDIR MUITO COMENTEM POR FAVOR, AFINAL PRECISO SABER O QUE VOCÊS ESTÃO ACHANDO DA FIC.
PROVAVELMENTE POSTAREI O CAPÍTULO 6 NO DIA 30 DE MARÇO!
UMA ÓTIMA SEMANA SANTA PARA VOCÊS E FELIZ PÁSCOA!!!!
GRANDE BEIJO PARA TODAS!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!