Capítulo 3
Obrigada a todos que leram a fic, e principalmente a thayna nazareno de almeida e The Jones (N/T: acredite, se eu fose a dona da fic, eu iria fazer coisas MUITO más com o nosso "querido" rato tbm.. talvez sobrasse um pouco pra você... hahahha) por comentarem!!!! Esse cap é pra vocês!!!
Boa leitura e Comentem!!!!
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O silêncio no Salão Principal era ensurdecedor. Ninguém ousava se mover. Enquanto a maioria dos estudantes não tinha a menor idéia do que estava acontecendo, ou porque Harry havia agido tão desesperadamente para pegar o pequeno rato gordo no canto do Salão, todos entendiam que o que quer que fosse, quaisquer razões que Harry tivesse, elas eram grandes, impactantes... e principalmente, perigosas. Então todos estavam paralisados, observando, esperando, para que alguém se movesse.
Harry ainda estava em pé exatamente no mesmo lugar onde ele havia capturado Rabicho, sua respiração profunda, irregular, e raivosa. Ele estava segurando o rato tão firmemente que alguém até poderia pensar que ele fosse morrer se o libertasse. E por dentro, isto era exatamente o que Harry sentia. Sua mente estava rodando, dando voltas, virando. Tantos pensamentos e fatos estavam voando pela sua cabeça que Harry sentiu-se tonto, como se ele estivesse se movendo entre o ar rarefeito até um universo irreal. E de repente, seu cérebro clareou e ele só conseguia pensar uma coisa: Sirius estaria livre.
Esta realização imediatamente estimulou um ódio e uma raiva em Harry que ele nunca soubera que possuía. Um ódio por ele próprio, por Rabicho, pelo destino. Desde que Harry havia encontrado seu padrinho, tudo o que ele havia desejado era a liberdade de Sirius, e que ele fossem viver juntos. O passe de Sirius para a liberdade, o passe de Harry para a felicidade, era Rabicho. Este passe estava sobre suas maõs. Mas não havia mais ninguém para libertar. Ninguém para morar com ele. Ninguém para ser sua família. Sirius havia morrido. Harry tinha visto ele cair, e além disso, Harry era a razão de Sirius ter caído. Harry odiava a si mesmo por ter sido tão burro a ponto de cair na armadilha de Voldemort. Harry odiava Rabicho por ser um pequeno traidor assassino e mentiroso. E Harry odiava Sirius por tê-lo deixado sozinho. Harry instantaneamente tinha se sentido envergonhado no minuto que este pensamento cruzou sua mente, e, sentindo a súbita necessidade de fazer algo para interromper esta dolorosa rede de pensamentos, ele demoradamente ergueu os olhos para a mesa dos professores. E quando fez isto, a emoção visível nestes olhos esmeraldas era suficiente para deixar qualquer um inconsciente.
E por um momento, todos estavam sem sentidos. Alvo e Harry olharam um para o outro, e por toda a raiva, a alegria, o arrependimento, e a inacreditável dor nos seus olhos, Alvo compreendeu o que Harry queria.
Alvo olhou para o outro lado e encarou o amontoado de estudante. Suas faces estavam demonstrando confusão, medo, e curiosidade. Alvo ergueu sua voz, quebrando o silêncio opressor, e disse, "Monitores, por favor levem os estudantes de volta aos dormitórios. Nós iremos informá-los de quaisquer necessidades de manhã. Obrigado."
No mesmo momento que Dumbledore acabou de falar, o salão irrompeu em urgentes sussuros e movimentos. Pessoas estavam saindo depressa do Salão Principal, os primeiranistas seguindo os monitores com olhos arregalados. No meio do pequeno caos que havia se criado, Harry ainda estava em pé, preso ao chão, não tendo se movimentado um centímetro desde que seus dedos haviam se fechado ao redor de Rabicho.
Sirius, exatamente como Harry, estava de pé, congelado na mesma posição desde da primeira vez que ele havia visto o que Harry havia capturado. Quando Harry havia se erguido, apontando sua varinha em um alvo invisível do outro lado do salão, o coração de Sirius havia subido à sua garganta por causa do temor pela segurança de Harry. Ele sabia que qualquer coisa que havia deixado Harry com tanto pânico deveria ser importante. Ele havia acabado de decidir que pularia sobre a mesa dos professores e se juntaria ao seu afilhado quando Harry gritou para todos se erguerem, e no segundo que ele viu aquele mentiroso, trapaceiro, nojento e miserável rato fugindo por baixo da mesa da Grifinória, ele gelou de choque e fúria. Agora, ele estava aturdido. Ele havia tido a mesma reação de Harry: haviam tantos pensamentos voando pela sua cabeça que ele não conseguia identificá-los. Ele vagamente percebeu que alguém pôs a mão sobre seu ombro, sacudindo levemente e chamando seu nome. Ele o ignorou, até que a sacudela tornou-se mais urgente e ele ouviu alguém ao seu lado dizer quieta, mas forçadamente, "SIRIUS! Saia dessa, cara!"
Sirius tremeu e olhou para Remo que o estava encarando um olhar preocupado e excitado. Ele, então, olhou ao seu redor e deu uma pequena exclamação de surpresa quando ele percebeu que o Salão Principal estava agora vazio exceto pelos professores, que ainda estavam na sua mesa, Harry, Rony e Hermione. Rony e Hermione estavam juntos no canto do salão, próximos a mesa dos professores - Sirius podia vê-los pelo canto do olho. "Remo.." ele sussurou. Seu olhar, entretanto, estava focado completamente em Harry, que ainda não havia se movido.
"Remo, por que ele não está se mexendo?" ele murmurou quietamente, pensando imediatamente que Harry possivelmente havia se machucado sem que ele percebesse isso. "Ele não está machucado, está? Eu vou matar ele, Remo, eu vou matá-lo... . Oh Harry... o traidor idiota... rato nojento" Sirius havia perguntado uma pergunta coerente sobre a saúde de Harry antes de seus pensamentos se misturarem até que ele estava resmungando com fúria brilhando nos seus olhos. Entretanto, quando Dumbledore falou, seus murmúrios pararam, e ele prestou total atenção ao seu redor, cada músculo do seu corpo tenso com antecipação, preocupação, e raiva.
"Harry?" Alvo perguntou quieta porém firmemente. Ele não teve resposta. "Harry?" Ele perguntou um pouco mais alo dessa vez. Ainda sem resposta. No momento em que Alvo abria sua boca para perguntar de novo, Snape adiantou-se e disse duramente, "POTTER! De alguma maneira capturar Pettigrew afetou sua audição, ou você simplesmente é tão estúpido que não consegue encontrar uma reposta adequada ao diretor?"
Nisto, todos os olhos, incluindo os de Harry viraram-se para encarar Snape. Rony havia dado um passo a frente e estava sendo segurado por Hermione, que estava sussurando freneticamnte no seu ouvido. Minerva, Sirius e Remo tinham olhares de fúria e desgosto nas suas faces e a mão de Remo havia apertado o ombro de Sirius como um aviso silêncioso para ele não fazer nada estúpido. Harry, apesar disso, estava olhando para ele calmamente e tão frio como uma barata, fato que só serviu para enfurecer Snape, mas não antes de Dumbledore perceber o pequeno vestígio de triunfo e satisfação nos seus olhos.
A voz firme e controlada de Harry trouxe a atenção de todos de volta a ele. "Apesar do quanto você goste de se entreter com o conceito do meu... pequeno nível de inteligência, eu posso lhe assegurar que eu não sou estúpido". Harry replicou com confiança e zombaria. Ele continuou, " "E apesar do quanto eu adoraria continuar esta maravilhosa conversa com você, eu tenho coisas mais importantes para fazer."
Com isso ele caminhou até a mesa dos professores e ficou diretamente na frente de Dumbledore. Ele olhou nos seus olhos e estendeu sua mão, como se fosse deixar o rato na mesa, mas parou. Seu braço ficou suspenso no ar, estendido na direção de Dumbledore, segurando Rabicho firmemente. Harry percebeu que estava tremendo, mas não tinha a mínima idéia de quando o tremor havia começado.
No momento em que Harry hesitou, Remo sabia o que estava se passado na cabeça dele. A última vez que Harry havia deixado Rabicho ir, ele havia fugido. A última vez que Harry havia decido não matá-lo, mas entregá-lo, ele havia escapado pelos dedos deles e teve uma grande participação na ressurreição de Voldemort. Remo podia ver os olhos de Harry se movendo, debatendo consigo mesmo o que ele deveria fazer. Remo, ignorando a fúria que estava ameaçando tomar conta dele e forçando os pensamentos de matar Rabicho para fora de sua mente, pensou logicamente; disposto a ajudar Harry a tomar a decisão correta. Vamos, Harry. Nós temos ele dessa vez, nós vamos prendê-lo. Ele irá ser julgado, e irá pra Azkaban. Sirius vai ficar livre. Você pode fazer isto, Harry, vamos...
O braço de Harry moveu vagarosamente de volta, como se fosse colocar o rato longe de Dumbledore e no alcance da varinha. Remo ouviu Sirius prender a respiração ao seu lado, e sabia que Sirius estava pensando a mesma coisa que ele. Harry nunca seria capaz de acalmar sua consciência se ele matasse Rabicho. Mas, nesse momento, Harry moveu seu braço propositalmente e, apesar dele ainda estar tremendo, ele abriu os seus dedos num rápido movimento e largou o rato sobre a mesa. Todos os professores deram um coletivo suspiro de alívio, e Harry fechou seus olhos e respirou profundamente para recuperar o controle das suas emoções.
Quando ele abriu os seus olhos novamente, o tremor incontrolável que havia tomado conta do seu corpo havia cessado, e seus olhos estavam ocultos então nenhuma emoção podia ser vista por eles. Ele ergueu sua cabeça e falou com uma voz firme, "Professor Dumbledore, você poderia conjurar uma jaula pra ele?"
"Sim, Harry, eu creio que posso." Dumbledore respondeu com uma notável euforia presente na sua voz. Ele ergueu sua varinha e murmurou algumas palavras e uma jaula de metal bastante forte apareceu na sua frente. Ele a abriu e ergueu e colocou vários feitiços nela para finalmente colocar o rato no seu interior e trancá-la. "Eu coloquei alguns feitiços na jaula para ter certeza que o sr. Pettigrew não tenha nenhuma chance de escapar, e eu também coloquei um feitiço no próprio sr. Pettigrew para não deixar ele se transformar até o seu julgamento." Aqui, Dumbledore pausou e o encarou pensativo antes de perguntar, "Você QUER que ele tenha um julgamento, não é verdade, sr. Potter?"
Harry olhou para Rabicho com determinação e disse, "Sim." Ele ergueu seus olhos, encontrando os de Dumbledore firmemente e continuou, "Eu quero que meu padrinho esteja livre até o final da semana."
E Sirius sentiu algo explodir dentro dele enquanto pensava que iria estourar de alegria, e dois sorrisos idênticos apareceram nos rostos de Sirius e Remo.
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