O Fiel dos “Mil Segredos de Ho
Pessoal, desculpem a demora, é que meu computador está com algumas complicações, mas já estou resolvendo tudo. Mas continuem ligados nessa história, está ficando cada vezmais intrigante!
14> O Fiel dos “Mil Segredos de Hogwarts”
A euforia da noite anterior havia se estendido na manhã seguinte. Estavam aflitos se perguntando se Eragon haveria alguma ligação com a volta de Lord Voldemort, e o que ele queria dentro dos domínios da escola. Sabiam que tinha, afinal de contas, se os Comensais haviam aparatado justamente nas proximidades da antiga casa dos Potter, com certeza havia algo que estavam procurando. A expectativa era grande. Voldemort poderia surgir a qualquer momento, atacando e exigindo fosse lá o que fosse.
_ Acho que devíamos contar tudo para McGonagall. – falou Hermione.
_ Acho que não. – falou Rony firme em seu argumento – Lembram-se da noite passada. Ela quase nos jogou pra fora da Sala Precisa. Sem contra que, sempre quando nos mostramos saber demais, ela fica com aquela cara de “Moleque infeliz, vou te azarar!”.
_ Cruzes, Rony! – exclamou Gina – Não fala uma coisa dessas. McGonagall é uma boa pessoa. Acho que devemos dizer tudo a ela.
_ Não. Vamos esperar mais um pouco – falou Harry – temos que descobrir sobre Eragon, primeiro. Se encontrarmos alguma pista, continuamos em silêncio. Se não, vamos apelar para os conselhos da Profa. McGonagall.
_ Ainda acho...
_ Não tem que achar nada. – retorquiu Rony – Pô, Hermione. Não vê que estamos tentando, a todo custo, fazer isso no maior silêncio? Sabemos como Voldemort é bom em legilimência, se contarmos qualquer coisa à diretora e o Lord aparecer por aqui, com certeza vai tirar boas memórias dela. Se não dissermos nada a ela, Voldemort terá menos chance de descobrir alguma coisa e menos gente correrá risco de vida.
_ É como dizem. – concluiu Harry – a ignorância é uma benção.
_ Muito bem. Mas onde vamos encontrar pistas? – perguntou Hermione.
_ Na sala de Dumbledore. – confirmou ele – A sala dele ficou abandonada depois de... Bem, vocês sabem. Não querem ficar lá. Lembranças ruins. Então a sala da nova diretora passou para outro lugar.
_ O que estamos esperando, então? – falou, enfim, Gina – vamos correr! Vamos aproveitar que estamos na dianteira de Voldemort.
O Grupo saiu aos tropeços até a sala de Dumbledore, onde a gárgula se encontrava. Harry cutucou-a, se certificando de que ela estava acordada. Ela de um gemido e olho para o grupo.
_ Harry Potter. – disse a gárgula, saltando para o lado – entre. São bem-vindos aqui, os amigos de Dumbledore.
O quarteto entrou na sala. O lugar estava como da primeira vez que Harry adentrou pela escada em espiral. Correram os olhares em todas as direções, sem saber ao certo o que procuravam. Os ex-diretores dos quadros estavam dormindo. Harry não pôde deixar passar despercebido o quadro maior da sala, onde um velho barbado de óculos de meia-lua dormia tranqüilamente.
_ Eu vou olhar na mesa – falou Harry – vocês olhem nas outras estantes e... Sem lá. Procurem.
Hermione, como primeira abordagem, tentou fazer como fizera na biblioteca.
_ Accio Eragon!
Nada aconteceu. Provavelmente não havia nenhum outro livro com esse nome, ou um outro exemplar nos domínios da escola. Gina estava folheando alguns livros relacionados à escola. Não havia nada de tão diferente até onde ela tinha olhado. Hermione ficou se perguntando várias vezes e, por fim, falou:
_ Já li Hogwarts: Uma história diversas vezes e nunca ouvi falar nesse Eragon. Mas me lembro de uma frase, em que diz que “os segredos mais ocultos são guardados nas paredes de Hogwarts, mas uma única pessoa é capaz de responder tal questão”.
_ Ah, claro! Isso ajudou muito. – falou Rony, displicente.
_ Certamente que sim, Sr. Weasley.
Os quatro olharam para a parede. Dumbledore havia acordado de seu sono dentro do quadro e olhava, amigavelmente, com seus mesmos olhos azuis penetrantes. Pigarreou e, ainda sorrindo, falou:
_ Tudo o que passa a fazer parte da escola se torna portador dos “mil segredos de Hogwarts”. Essa escola é quase viva, sabem.
Eles se entreolharam, confusos.
_ O que quer dizer com portador dos segredos, Prof. Dumbledore? – perguntou Hermione, educadamente.
_ Bem, Srta. Granger. Essa escola tem muito mais magia e segredo do que qualquer um de vocês conheça. Nenhum aluno, professor, diretor ou qualquer humano foi capaz de descobrir todos os mil segredos da escola.
_ Ainda não entendo. – murmurou Harry.
_ Eu sou um quadro pertencente da escola, logo sou portador do segredo, assim como os outros milhares de quadros, estátuas, gárgulas, armaduras, fantasmas... enfim. A partir do momento que nos tornamos parte de Hogwarts, nós passamos a ser conhecedores de seus segredos.
_ Aonde o senhor quer chegar? – perguntou Rony.
_ Esse Feitiço Fidelis é muito poderoso, produzido pela magia existente na escola. Apenas uma pessoa poderia lhes contar onde, realmente, está Eragon. Infelizmente, nem mesmo eu sei.
_ Quer dizer que algum desses quadros ou estátuas é o Fiel do segredo? – perguntou Hermione, perplexa – Isso é impossível! Um objeto, mesmo animado, não pode...
_ Não se conhece muitas coisas impossíveis para Hogwarts, Srta. Granger. – falou Dumbledore com paciência e simpatia – O fato é que, quando se envelhece, adquire a sabedoria. Logo, é preciso ser velho demais para compreender... entendem?
Harry parecia ouvir tudo com muita atenção. As palavras do ex-diretor pareciam mais claras naquele momento.
_ O senhor quer dizer que devemos procurar a coisa mais antiga da escola, é isso? – perguntou ele.
Dumbledore deu um sorriso meigo, que fez suas bochechas corarem como uma criança travessa. Harry compreendeu, naquele momento, que o segredo estava na peça mais antiga de sua escola. Tinha que descobrir qual.
_ Vamos procurar essa coisa, então! – falou Rony.
_ Não. Temos que buscar nos livros primeiro. Qualquer coisa agora pode nos ajudar.
_ Bom raciocínio, Harry. – falou o ex-diretor – Sabem, os livros também são fonte de conhecimento. Hermione é a prova viva disso.
A garota corou ligeiramente e, a partir dali, passou a pesquisar nos livros mais gordos de folhas espessas e malcheirosas. Gina ainda estava atenta aos livros. Rony parecia mais interessado com um exemplar de “Quadribol através dos Séculos” do que a pesquisa. Harry ainda procurava na escrivaninha do diretor. O diretor voltara a dormir, e Harry passou a se sentir mais confiante depois de ouvir a voz suave do diretor, que tanto lhe agradava e inspirava segurança.
Apesar de procurarem, não haviam encontrado muita coisa de importante, exceto um livro que Gina encontrara, embrenhado no meio de pergaminhos comidos por traças. Era um livro escrito a mão, com tinta preta, sua capa era de couro mole desgastado. Em sua capa estava intitulada “Cronologia Hogwarts”. Gina folheou-o algumas vezes até encontrar o que queria.
_ Vejam isso, pessoal! – exclamou ela – Um livro cronológico!
_ Hei, eu já ouvi falar sobre ele! – falou Hermione, excitada – Uma vez Rita Skeeter veio aqui procurando esse livro. Mas faz uns dois ou três anos. Pelo que parece, ela queria destorcer a história de Hogwarts.
_ Mas ela não iria conseguir, já que...
_ Conseguiria, se colocasse as mãos nesse livro. – Hermione interrompera Rony – Esse livro, como podem ver, foi escrito a mão. Os bruxos importantes que passavam por aqui escreviam nele as coisas que aconteciam em seu tempo. É único. Vejam... As últimas folhas foram escritas pelo Prof. Dumbledore.
Harry puxou o livro da mão da amiga e leu as últimas palavras do diretor. “Certamente já não estarei mais aqui quando acontecer, mas quero ser o primeiro a anunciar que Harry Potter venceu Voldemort. Não por ser O Escolhido, mas por escolher fazer o que é certo.”.
Foram as últimas palavras de Alvo Dumbledore. Harry sentiu-se estranho, como se um objeto maciço estivesse preso em sua garganta. Dumbledore morrera antes de Harry vencer Voldemort e, mesmo assim, havia anunciado ao mundo a vitória do Menino Que Sobreviveu. Harry olhou para o quadro do velho adormecido e murmurou quase inaudível um “obrigado”.
Após um período curto de silêncio, eles continuaram a folhear as páginas do livro, buscando qualquer informação a respeito da primeira peça viva pertencente à escola. Haviam várias informações sobre grandes bruxos que se tornaram honorários em Hogwarts, mas nada que parecesse tão antigo quanto o quadro da Mulher Gorda. Os fantasmas tinham seus nomes em uma linha traçada. Nessa linha, o nome de Murta não se encontrava. Havia um nome. Fineus Nigellus Black, O antigo diretor de Hogwarts e antecedente de Sirius Black. Aquele nome fez Harry se lembrar do Mapa do maroto, e porque estavam ali buscando o tão almejado Salão de Eragon.
_ Vejamos esses aqui... – Hermione buscou nas primeiras páginas – Vejam. Diz aqui que a gárgula a frente da sala do diretor foi uma das primeiras estátuas erguidas na escola.
_ Bem... pode ser. – falou Rony – Querem que eu vá perguntar?
_ Não. – continuou Hermione – É melhor o Harry ir. Talvez ele consiga falar mais com a gárgula. Ela parece simpatizar com Harry.
Sem dizer uma única palavra, Harry desceu as escadas em espiral e, estando de frente à gárgula, começou a dizer, medindo bem as palavras:
_ Ah, olá... Pois é. Muito vazio esse corredor, não?
_ Certamente que sim.
_ Então... Ah, o que tem feito? – pergunta estúpida, pensou ele.
_ Nada de mais, a não ser ficar aqui e saltar para um canto quando as pessoas pedem passagem.
_ Ah, sim... Sobre isso, por que nunca mais me pediu a senha? – perguntou ele, tentando parecer amigável.
_ Você sempre foi leal à Dumbledore, um dos maiores bruxos e mais honestos que passou por mim. Se ele confia, por que eu não confiaria?
Harry sorriu confiante. Se ela fosse o fiel diria na mesma hora onde estaria Eragon. Harry adotou uma voz mais branda e gentil, e perguntou:
_ Você saberia me dizer... Bem, onde fica o Salão de Eragon?
A gárgula piscou seus olhos de concreto, deixando deslizar sobre seu corpo maciço fragmentos de pedra.
_ Sinto lhe dizer, Sr. Potter, mas não o posso fazer. Saberia lhe dizer, se fosse o fiel.
_ Bem... ah, você saberia me dizer quem é o fiel?
_ Sinto muito. Desde o meu primeiro dia nessa escola, fiquei aqui, parada, vigiando a passagem. Mas garanto-lhe que, nesse corredor, eu sou a mais antiga e, obviamente, conheço o segredo desde meu primeiro dia de vida.
_ Bem, obrigado. Bom conversar com você. – falou Harry, gentilmente.
_ Igualmente, Sr. Potter.
Harry se despediu e voltou para dentro da sala. Seus amigos ainda estavam com a mesma cara frustrada de antes. Não haviam encontrado nada. Harry contou o que ouviu, e se sentiu extremamente aliviado em saber que tinham um corredor a menos para procurar.
_ Desse jeito, não vamos muito longe – resmungou Rony – esses caras não pareciam importante mostrar o possível fiel...
_ Talvez fosse exatamente isso. – comentou Gina – não queriam dizer quem era o fiel do segredo de Hogwarts.
_ Não podemos ficar o tempo todo aqui, não é mesmo? – argumentou Harry – Temos que vasculhar em todo lugar. Mesmo que não achemos nesse livro.
_ Por precaução, vou levá-lo comigo. – disse Hermione – e estudá-lo mais. Pode ser que eu encontre alguma pista.
_ Eu sugiro que comamos, primeiro – Rony acariciou a barriga e gemeu – estou faminto. Está na hora do almoço, não é?
_ Temos meia hora. No caminho, perguntamos as estátuas, os quadros, armaduras, fantasmas, o que for... Temos que descobrir o fiel do segredo até hoje a noite.
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