Entrando para o Clube do Slugu



Tom não estava falando com Rodolfo, andava agora com Jonas Zuko. Rodolfo tentava pará-lo e perguntá-lo o que havia acontecido com ele para atacá-lo, mas Tom apenas respondeu:
- Vai bricar com borboletas e deixe que eu cuido da minha vida, ok?
De repente, Tom havia reparado que estava havia duas semanas que estava em Hogwarts, quando o prof.Slughorn avisou que daria uma festinha em sua sala no dia 27 de setembro. Tom perguntou para o professor:
- Professor, você deixa eu levar alguém?
- Claro, rapaz.
Então, Tom abordou Rodolfo depois de uma aula de DCAT e lhe falou:
- Você ficou sabendo que o prof.Slughorn vai dar uma festinha no dia 27?
- Fiquei - repondeu o garoto secamente.
- E Slughorn me convidou e me falou que eu podia levar alguém - comentou Tom.
Rodolfo não respondeu.
- Então o que você acha de...
Rodolfo olhou para ele, um sorriso no rosto e ficou de repente vermelho.
- Então, eu gosaria de saber o que você acha de eu chamar o Jonas Zuko pra ir comigo, ele é legal, você não acha?
Rodolfo passou por ele sem responder, lançando ao garoto um olhar zangado. Tom sorriu e voltou sua atenção para Jonas e perguntou:
- Tá afim de ir na festa do Slughorn dia 27?
- Ok. Que horas será?
- Começa às 18 horas e termina às 22 horas - informou Tom.
- Ah, e você ficou sabendo quando será o primeiro jogo de quadribol? - perguntou Jonas.
- Não, quando é?
- No primeiro dia de novembro - informou Jonas. - Contra a Grifinória.
- Quem joga na Grifinória? - perguntou Tom.
- Não sei ao certo. Só sei que o apanhador é o tal do Frank Potter - falou Jonas pensativo.
- E o Longbosta? - perguntou Tom.
- Fiquei sabendo que ele tentou se inscrever para goleiro, mas caiu da vassoura e bateu a cabeça em um dos aros. Por que você achou que ele não veio aqueles dois dias na aula? - perguntou Jonas.
- Achei que ele estava com medo de mim ou algo assim - falou Tom. - Ele bateu a cabeça em um aro. Por que ele não morreu?
- Não sei.
- Acho que é porque ele bateu com a cabeça, pois se fosse com outra parte do corpo ele morria, se é que você me entende - falou Tom.
- Não entendi.
- E depois o lerdo sou eu, né? - falou Tom. - Se ele bate com a cabeça o que vai danificar, tendo em vista que ele não tem nada na cabeça?
- Ah, legal - disse Jonas pensativo. Depois de um tempo exclamou: - Ahhh, entendi! - e começou a dar gargalhadas.

No dia 27, Tom e Rodolfo saíram sa sala comunal da Sonserina às cinco e cinqüenta e cinco da tarde e se dirigiram à sala de Slughorn. Bateram e a porta se abriu, revelando a pança do professor. Tom olhou para cima e o professor disse:
- E aqui está o novo mestre das oções! Bem vindo ao Clube do Slugue, Tom, entre.
Tom entrou com Jonas às suas costas. A sala estava com alguns alunos mais velhos que tom e outros bruxos adultos que Tom nunca vira na escola. Tom conheceu Harold Pecker, goleiro do time de quadribol Chudley Cannon. Conheceu Mahan Tu, cuja bisavó inventou o hidromel. Conheceu Klaus Munim, que foi o único bruxo a fugir de Nurmengard, a prisão de Grindewald.
Depois de meia hora de festa, Tom perguntou à Klaus Munim:
- Como é lá em Nurmengard?
- Ah, lá é horrível. O próprio Grindewald vasculhava a prisão de duas em duas semanas. Era um lugar escuro, e quando ficava à noite, um símbolo brilhava na parede de todas as celas.
- E você fugiu de lá? - perguntou Tom, curioso.
- Tive de fugir sem a varinha, entende? Foi realmente muito difícil. Fiquei treinando para ficar forte fisicamente todos os dias. E depois, quando um dos guardas foi me entregar comida, eu acertei um soco em seu rosto, um chute no meio de suas pernas e peguei a varinha dele e saí enfeitiçando todos. Desde então, Grindewald começou a me procurar pessoalmente, mas Dumbledore o encontrou antes e o venceu. Hoje Grindewald está preso na mesma cela em que eu estava aprisionado.
- E por que você foi preso? - perguntou Tom.
- Eu deixei o pai dele aprisionado para ele devolver meu filho. Ele matou meu filho e me prendeu - falou Klaus. - Mas eu lancei um poderoso feitiço da memória no pai dele e ele nunca mais reconheceu o filho.
- Lá deve ser muito ruim. Como será que ele construiu a prisão? - perguntou Tom, fascinado.
- Ninguém sabe - respondeu Klaus. - Mas dizem que Azkaban é pior.
- Azkaban? - estranhou Tom.
- A prisão dos bruxos - informou Klaus. - É guardada por dementadores.
E, ao ver o olhar confuso de Tom acrescentou:
- São criaturas horríveis. Sugam toda a sua felicidade quando se aproxima deles. E não há nada pior que o Beijo do Dementador.
- O Beijo de Dementador? - estranhou Tom.
- Esles tiram o capuz e lhe dão um beijo.
- Ah, sim! Carlinhos Stubbs, do orfanato, também odiava ser beijado. Uma vez meteu a mão na Miranda Liney porque ela deu um beijo em seu rosto.
O homem olhou para ele com incredulidade e respondeu:
- Não tem nada a ver com um beijo comum, Tom. Quando um dementador lhe beija, ele suga sua alma pela boca.
Tom refletiu o que ouviu e comentou:
- Seria engraçado ver um desses beijando o Carlinhos. É, ser beijado por um tal desses dementes aí parece ser pior que ser beijado por uma garota. A não ser a Amada, talvez. Prefiro ficar sem alma à beijar aquilo.
O homem soltou uma gargalhada e falou:
- Não é brincadeira, Tom! Agora, com licença que o prof.Slughorn está me chamando.
Ele se dirigiu ao prof.Slughorn, que estava duas mesas adiante. Tom, então, foi ao encontro de Jonas, que estava conversando com um bruxo pequeno e careca.
- Oi - cumprimentou Tom.
- Oi, Tom - cumprimentou Jonas.
- E quem é esse jovem rapaz? - perguntou o bruxo careca.
- Este é Tom Riddle, Meen - apresentou Jonas. - Tom, este é Meenrice Turner, ex-Ministro da Magia.
- Boa noite - cumprimentou Meenrice.
De repente, Slughorn apareceu, estremamente bêbado, com três bruxos às costas e falou:
- Aqui está o geniozinho. Senhores, este é Riddle Tom - o professor percebeu o erro e falou: - Às vezes também conhecido como Tom Riddle.
Tom sorriu para ele. Slughorn falou:
- Venha tomar um whisky de fogo conosco, Tom.
- Professor, já falamos sobre isso - respondeu Tom.
Slughorn avaliou-o, vesgo, depois falou:
- O Tom aqui se interessa por conhecimentos, sabe. Ele pegou um livro de mais de mil páginas só para saber a história desta escola. - E começou a rir.
- Na verdade eu queria começar a ler outros livros, só por curiosidade, sobre - e Tom tomou o cuidado de colocar muita displicência nas últimas palavras - artes das trevas.
- Ora, rapaz - disse Slughorn, bêbado. - O melhor é Segredos das Artes mais Tenebrosas.
- E onde eu posso obtê-lo?
- É impossível, Tom. Está na seção restrita da biblioteca, você só pode pegá-lo se um professor assinar uma autorização para você entrar lá - explicou Slughorn.
- Mas o senhor pode...
- Não, Tom. De jeito nenhum - interrompeu Slughorn. - Apesar de eu saber que é apenas curiosidade, eu jamais deixaria um aluno do primeiro ano tocar naquele livro. São artes realmente tenebrosas, Tom, como Maldições Imperdoáveis, Horcruxes, Ofidioglossia, feitiços terríveis e etc.
Tom ficou quieto. Nunca pensara em artes das trevas desde que quis matar Rodolfo no campo de quadribol. Então, pensou em outro livro que o professor citara e perguntou:
- E o senhor poderia assinar uma autorização para eu pegar o livro Poções Muy Potentes?
Slughorn refletiu por um momento e respondeu:
- Vou pensar, hic, Tom. Depois você, hic, me explica as, hic, intenções que você tem com aquele livro, hic, e talvez eu autorize.
- Eu posso falar as minha int...
- Agora, hic, não, Tom. Acho que vou vomi...
E saiu correndo diretamente para o corredor das masmorras, verde e com as mãos cobrindo a boca. Em seguida ouviu-se um alto "BLAHH", e Jonas perguntou para Tom:
- Você não vai ajudá-lo?
- Por que? - perguntou Tom.
- Ah, sim! Você não deve ter percebido, mas o prof.Slughorn está passando mal - falou Jonas.
- Isso eu percebi, mas ele pode se virar sozinho. Meen, você vai ajudá-lo? - perguntou Tom.
- Quem vai comigo? - perguntou Meenrice. - Só vou se for alguém que divida oxigênio comigo.
- Pode deixar que eu chamo o Barão Sangrento - falou Tom sarcásticamente.
- E que oxigênio o Barão Sangrento vai respirar estando morto? - perguntou Jonas, incrédlo.
- Foi isso que eu quis dizer! - falou Tom. - Por que ninguém entende minhas piadas?
- Conta uma aí pra gente entender - pediu Jonas, rindo.
- Lá vai, então. Mas já vou avisando, não é boa - falou Tom. E começou: - Qual é a diferença da calça e da bota?
- Não sei - responderam Meen e Jonas em coro.
- Que a bota a gente calça e a calça a gente bota! HAHAHAHAHA.
Tom olhou para a cara dos outros, impassíveis. Em seguida, Jonas falou:
- Sério Tom, você não leva jeito!
- Qualquer dia eu vou te contar uma piada genial e você vai rir - sentenciou Tom.
Depois de mais ou menos uma hora, Tom saiu da festa, seguido por Jonas. Eles trocaram de roupa e deitaram na cama. Quando Tom estava quase adormecendo, ouviu uma barulheira vida da sala comunal.
- Puta que pariu, eu tava quase dormindo!
Ele tirou as cobertas, calçou as pantufas, desceu as escadas e, sem olhar, quando chegou na sala comunal, perguntou, apontando a varinha:
- Que merda é essa?
- Protego!
A voz veio do meio da sala. Tom olhou e viu Rodolfo apontando a varinha para ele:
- Você é babaca, não? - comentou Tom.
- Isso que acabei de fazer, Tom, é um Feitiço Escudo - falou Rodolfo. - Eles me ensinaram a fazer para quando eu me aproximar de você.
- Aprendeu um feiticinho novo com o titio Malfoy? - perguntou Tom, sarcástico. - Me diga, quanto tempo você demorou para dominar o feitiço? Talvez uns dois anos? Não, com toda essa sua inteligência, acho que dois anos seria um recorde.
Rodolfo ficou vermelho.
- Afinal, porque essa barulheira aqui?
- Acabamos de voltar do treino de quadribol - informu Judes Mencet.
- Isso não responde à minha pergunta - falou Tom. - Só porque vocês são seres descontrolados não significa que podem entrar aqui nessa sala berrando.
A única pessoa quita no meio dos jogadores era Penny Hamirley, a garotinha do primeiro ano. No entanto, ela olhava para Tom com desprezo. Tom, ao perceber o olhar dela perguntou:
- O que foi? Me odeia? Entra na fila, sua baixinha. Além de baixinha é burra. Eu te vejo nas aulas, Hamirley, a única que não conseguiu dominar o Feitiço do Corpo Preso pedido pela Merrythought.
- E você dominou, Tom? - perguntou Meng Parkinson, defendendo a garota.
- De primeira - respondeu Rodolfo desanimado.
Tom olhou com superioridade para Penny, e em seguida para Rodolfo. Então, subiu as escadas para o dormitório, quando um lampejo vermelho passou ao lado de sua orelha direita. Tom se virou e viu Penny Hamirley apontando a varilha para ele.
- Como você vê, Riddle, não foi apenas você que dominou o Feitiço Paralisante só de olhar o Abraxas fazer - falou ela.
- Aposto que eu domino muito mais feitiços apenas visualisando que você - falou Tom, puxando a varinha.
- Mesmo? - perguntou Penny.
- Isso mesmo, Hamirley. Quer apostar, sua burrinha invejosa?
Penny ficou vermelha e berrou:
- Estupefaça!
Mas, ao mesmo tempo, Tom, berrou:
- Protego!
O feitiço de Penny veio em sua direção, mas bateu em uma barreira invisível. Em seguida, Tom berrou, apontando a varinha para a garota:
- Petrificus Totalus!
A garota tombou no chão feito uma estátua. Apenas seus olhos se moviam, olhando aterrorizadamente para Tom. Tom olhou para Rodolfo e falou:
- Como vê, dominei o Feitiço Escudo muito mais rápido do que você teria imaginado. Ah, e espero que vocês saibam um feitiço para reanimá-la, porque eu não sei.
Então subiu as escadas. Deitou em sua cama e ficou acordado mais meia hora, e não ouviu nem um ruído vindo da sala comunal.

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