Hogwarts, uma história



O garoto Longbottom saiu da ala Hospitalar poucos minutos depois do acidente. Apesar de continuar insistindo que Tom Riddle fizera o estrago, ele não tinha prova nenhuma.
Acordou no dia seguinte exatamente ao mesmo tempo que Rodolfo. Tom, um pouco sonolento, perguntou:
- Qual é a primeira aula de hoje?
Rodolfo pegou seu horário, postado em cima da mesa-de-cabeceira e avisou para Tom:
- Poções, uma aula. Depois teremos nossas primeiras duas aulas de Hebologia. Depois uma de Astronomia. E depois Defesa Contra as Artes das Trevas.
- Ahh... que dia emocionante! - falou Tom, com um pouco de ironia na voz. Defesa Contra as Artes das Trevas fora a matéria que mais gostara, no entanto, odiara a professora.
A aula de Poções decorrera tranqüilamente, o prof.Slughorn deixou os alunos terminarem a poção furúnculus, e, como Tom já havia terminado na aula anterior, ele ficou conversando com o professor ao decorrer da aula. O professor listava pra ele os livros que poderiam interessá-lo.
- Claro, se você quiser aprender a fazer poções mais avançadas, nada melhor que o livro "O estudo avançado no preparo de poções", no entanto, o livro com as poções mais perigosas é, sem dúvida alguma, o livro "Poções muy potentes", mas eu realmente não sugiro esse livro, Tom, pois, além de estar na Seção Restrita da Biblioteca, ele contém poções realmente das trevas, no entanto, um livro muito bom pa...
- Professor, tem algum livro que me conte a história desta escola? - interrompeu-o Tom.
Slughorn pareceu confuso com a pergunta repentina. No entanto, franziu a testa e respondeu ao aluno:
- O melhor, é claro, é "Hogwarts, uma história". Só que não sei se você teria paciência para ler esse livro, Tom. Tem mais de mil páginas, entende.
- Só estou interessado pelo início - informou Tom.
- É, tecnicamente boa parte do livro é sobre o início da escola - falou Slughorn.
- Onde eu posso encontrar este livro? - perguntou Tom.
- Meu caro rapaz, na biblioteca. Tenho certeza que a srta.Pince ficará encantada em orientá-lo. Mas não ligue se ela for um pouco estabanada e mal-informada. É nova, entende? Começou no ano passado, e aquela biblioteca é enorme.
- Terminei, professor!
Tom e Slughorn se viraram ao mesmo tempo, o amigo de Longbottom erguia um caldeirão com uma poção furúnculus completa. Slughorn apanhou sua caderneta de anotações e se dirigiu ao garoto:
- Qual é o seu nome?
- Frank - respondeu o garoto. - Frank Potter.
- Ok - falou o professor, procurando o nome do garoto na lista. Quando achou, anotou um ponto a mais para o garoto.
No entanto, Longbottom virou a raiz de asfódelo em pó em uma infusão de losna antes do chifre de bicórneo. Deixando sua poção cor verde-limão, com cheiro de alho.
- Meu rapaz, está tudo errado! - criticou Slughorn. - Ah, deixa pra lá! Não dá para consertar isso mesmo! Você é o Longbottom, não é?
O garoto acenou afirmativamente para Slughorn e olhou para Tom, que sorriu maldosamente para o garoto.
Slughorn dispensou os alunos três minutos antes de tocar o sinal de troca de aulas. Os alunos guardaram rapidamente o material de Poções e rumaram para a aula de Herbologia, que eram nas estufas.
Esta aula, para a raiva de Tom, eles também dividiam com os alunos da Grifinória. E, para piorar a raiva de Tom, ele descobriu que essa aula era a primeira em que ele se dava realmente mal, enquanto Longbottom era o melhor aluno da matéria. Tom descobriu isso pois quando o prof.Hector perguntava, Longbottom era sempre o primeiro aluno a erguer a mão para responder. Ao responder à três perguntas corretas, o professor falou:
- Parabéns novamente, quinze pontos para a Grifinória. Cinco para cada pergunta. Qual é o seu nome? - acrescentou o prof.Hector.
- Sou James Longbottom - falou o garoto, que parecia cheio de si.
Olhou, então, para Tom e para Rodolfo, erguendo as sombrancelhas em um gesto de superioridade.
- Esse babaca vai se ver comigo na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas - comentou Tom para Rodolfo.
Quando bateu o sinal, os alunos da Grifinória rumaram para o segundo andar, na aula de Feitiços, enquanto os da Sonserina rumaram para o sétimo andar, onde ficava a entrada para a Torre de Astronomia. Esta aula os garotos dividiam com os alunos da Lufa-Lufa.
Foi uma aula tranqüila, a profª.Estelar se apresentou e explicou sobre as diferentes constelações que estudariam naquele ano. Quando bateu o sinal da aula, os garotos rumaram ao terceiro andar, onde teriam sua segunda aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.
A profª.Merrythought continuou com sua aula sobre o Feitiço das Cócegas. Tom se dirigiu à James Longbottom e o desafiou:
- Quer uma revanche, Longbosta? Aceita o desafio?
- Eu...
- Será que estou vendo um grifinório covarde?
Tom viu o rosto de Longbottom ficar rubro, e o garoto falou:
- Eu acei...
- Não mesmo! - interrompeu uma voz. Era a professora. - Nem que Merlim desça do céu agora para me pedir para juntar os dois neste exercício eu deixo! Longbottom, faça com o sr.Tonks. Riddle, faça com o sr.Macnair.
- Mas e eu, professora? - perguntou Rodolfo.
- Você faz com o sr.Potter, Lestrange.
Macnair nem ao menos conseguiu acertar Tom com o feitiço. Na verdade, Tom o acertou tantas vezes, que tiveram de dar um descanço para o garoto poder respirar. Já Rodolfo travava uma verdadeira batalha com Frank Potter. No final, o único daquele duelo que conseguiu acertar um feitiço fora Potter.
Depois foram jantar no salão principal. E logo que terminou, Tom avisou à Rodolfo:
- Vou à biblioteca.
Rodolfo engasgou com o suco de abóbora e perguntou:
- Biblioteca? Mas é o segundo dia de aula e nós nem temos lição de casa ainda.
- Eu sei, cara - falou Tom. - Mas eu preciso ler um livro.
O garoto se dirigiu rapidamente à biblioteca, que ficava no segundo andar. A bibliotecária Pince era uma moça jovem de cabelos castanhos.
- Eu gostaria de retirar um livro - falou ele.
- Qual?
- Hogwarts, uma história.
- Ah, sim. Pode pegá-lo - permitiu a srta.Pince.
- Mas eu nem sei onde o livro fica! - exclamou Tom, indignado.
- Pois é, nem eu!
- Então como eu vou retirar o livro?
- Sei lá. Se vira.
- Mas você é a bibliotecária, não é? Não é seu dever pegar os livros que os alunos pedem?
Um rubor de irritação subiu pela srta.Pince.
- Você que quer o livro? Quero dizer, o livro é para você ler? - perguntou ela.
- É - respondeu o garoto.
- Então, já que o interessado é você, acho melhor você procurar o livro, não?
- Desculpe, mas você é a bibliotecária? Quero dizer, você é a responsável pelo lugar? - perguntou o garoto.
- Sou - respondeu ela.
- Então acho que você tem que procurar o livro, já que o emprego de bibliotecária pertence à você. Aliás, você já deveria saber onde o livro fica. Pois o nome já diz - explicou ele. - B-I-B-L-I-O-T-E-C-Á-R-I-A. BI-BLI-O-TE-CÁ-RIA. Bibliotecária, que trabalha na biblioteca, lugar onde os livros ficam, sacou?
- CALE A BOCA! A PIOR PARTE DESTE EMPREGO É QUE EU TENHO DE AGUENTAR PIRRALHOS PESTINHAS COMO VOCÊ!
Tom, assustado com o descontrole da mulher, perguntou:
- Moça, você é doida, não é?
- EU NÃO SOU DOIDA! DE ONDE VOCÊ TIROU ESTA IDÉIA? - berrou a mulher.
- Hum... Bem, é que você...
- O que está acontecendo aqui? - interrompeu uma voz grave.
Tom se virou e exclamou:
- Ah... prof.Dumbledore, boa-noite.
Dumbledore entrava na biblioteca, com suas barbas acaju balançando enquanto caminhava.
- Boa-noite, Tom.
- Olá, Dumbledore - cumprimentou a srta.Pince.
- Boa-noite, jovem srta.Pince. Pensei ter ouvido sua suave e delicada voz. O que aconteceu?
- Esse garoto está me irritando! - acusou a srta.Pince.
- Tom estava irritando você? Por que, Tom? - perguntou Dumbledore, surpreso.
- Não foi nada disso, professor - começou o garoto. - Eu só vim aqui retirar um livro, mas ela não sabia onde ficava e mandou eu procurar, mas como eu ia saber onde o livro estava. Aí, eu falei para ela que era função dela como bibliotecária saber onde estava o livro e ela começou a berrar comigo, aí eu perguntei se ela era doida e ela berrou novamente comigo, aí o senhor chegou e eu cumprimentei com um "boa-noite", aí você me cumprimentou de volta e logo em seguida a srta.Pince também te cumprimentou e você cumprimentou ela, aí o senhor disse que ouviu a voz dela e perguntou o que aconteceu, ela me acusou e você perguntou a minha versão da história, e agora eu a estou contando para o senhor e... bem... é isso!
- Que livro você gostaria de retirar, Tom?
- Hogwarts, uma história.
- Ah, espere um segundo.
Dumbledore se encaminhou pelo corredor e, em seguida, desapareceu por trás de uma estante de livros. Enquanto isso, Tom e a srta.Pince ficaram se encarando desafiadoramente. Dumbledore voltou trasendo um enorme livro encadernado com couro e entregou-o à Tom.
Tom examinou o pequeno título em letrinhas douradas: "Hogwarts, uma história".
- Se você puder me acompanhar, srta.Pince - chamou Dumbledore. - Ficarei encantado em lhe mostrar pela terceira vez essa grande biblioteca.
Lançando um último olhar zangado à Tom, a bibliotecária se levantou e seguiu Dumbledore. Tom se levantou e rumou para a sala comunal da Sonserina, carregando o enorme livro entre os braços. Chegando na sala comunal, largou-se em uma poltrona e abriu o livro. Logo na primeira página, havia uma foto de quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, abraçados em frente ao castelo de Hogwarts. Uma legenda informava: "Godric Gryffindor, Salazar Slytherin, Rowena Ravenclaw e Helga Hufflepuff, os fundadores de Hogwarts."
Tom virou as páginas e parou no primeiro capítulo: "A idealização da escola de Hogwarts"
O garoto ficou feliz. Finalmente ia conhecer a origem da tão surpreendente escola em que estava hoje.

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