As compras para Hogwarts



Tom Riddle acordou no dia seguinte antes mesmo da sra.Cole tocar a corneta anunciando o café da manhã. Desceu as escadas e entrou na cozinha. Estava deserta. Olhou para o relógio. Eram seis horas da manhã. Sentou em uma cadeira à mesa e esperou.
Decorrida uma hora, que pareceram dez para Tom, a sra.Cole entrou na cozinha, seguida por Emily.
- Tom! - assustou-se a sra.Cole, reparando no rapaz. - Que diabos você está fazendo aqui? Você só costuma acordar três horas depois que eu.
- É que eu gostaria de lhe pedir uma coisa, sra.Cole - falou Tom tão educadamente que nem parecia ele.
- O que? - perguntou a sra.Cole, visivelmente surpresa com a inesperada mudança de tom do garoto.
- É que o sr.Dumbledore me falou onde posso comprar os materiais para a minha escola - começou Tom. - Então... você poderia, por favor, me levar ao Centro Comercial de Londres?
- Mas o sr.Dumberton não irá levá-lo? - perguntou a sra.Cole, visivelmente irritada com o fato de Dumbledore ter deixado toda a responsabilidade em cima dela.
- Ele... - começou Tom, quase contando à sra.Cole que ele não quisera que Dumbledore o acompanhasse - ele está ocupado com a direção da escola. É só me deixar no Centro Comercial, eu me viro a partir de lá.
- Tá certo, então, eu posso te levar depois do café - confirmou a sra.Cole.
Tom subiu as escadas em direção as escadas, se remoendo de tanta excitação. Ia visitar um lugar habitado por bruxos.
Uma hora depois a corneta para o café-da-manhã tocou e Tom desceu as escadas. As crianças chegavam e a mesa enchia. quando todos chegaram, Helmid Tardue perguntou:
- Sra.Cole, quem era aquele velho estranho que veio aqui ontem?
- É o diretor de uma escola. Ele veio ver o Tom. O Tom vai estudar na escola dele.
- O Tom? - perguntou Carlinhos Stubbs. - Por acaso é uma escola para estranhos?
- Tá na hora de vocês pararem de brigar, sabe? - comentou Emily.
- Vou parar de brigar com o Tom quando ele me dar outro coelho! - repondeu Carlinhos.
- Que tipo de escola é essa que o Tom vai? - perguntou Helmid Tardue, visivelmente minteressada. - Quando ele se matriculou?
- O velho disse que ele estava matriculado desde que nasceu - respondeu a sra.Cole. - Disse que os parentes o escreveu. Aliás, é melhor vocês comerem logo pois eu tenho de levar o Tom para comprar seu material.
- Material? - perguntou Carlinhos Stubbs. - Pensei que essa história de escola fosse uma piada!
- Já terminei, sra.Cole - falou Tom.
- Ok. Emily, você pode cuidar deles, por favor? Vou levar o Tom - pediu a sra.Cole.
- Tá.
Tom e a sra.Cole saíram da casa e entraram no velho carro da mulher. Quando Tom entrou falou:
- Sra.Cole, é só me deixar no Centro Comercial, eu me viro de lá.
- E que horas eu te pego? - perguntou a sra.Cole.
- Pra voltar eu também me viro - respondeu Tom.
- Como?
- Sei lá.
Eles não conversaram mais o resto do caminho. Quando chegaram ao Centro Comercial, Tom saiu do carro sem sequer agradecer a sra.Cole.
Andou, andou e andou. Procurava o lugar feito louco. O Centro Comercial era bem maior do que Tom imaginara.
Então, quando passava pela segunda vez pelo mesmo lugar, reparou numa estalagem grande e preta ao fim da rua. Acima dela havi pendurado um letreiro em que se lia "Caldeirão Furado". Chegara. Por alguma razão, as pessoas ao seu redor não olhavam na direção da estalagem. Então, Tom se lembrou que Dumbledore dissera que as pessoas não-mágicas não viam o lugar. Entrou.
Era um lugar sujo. Muitas pessoas estavam lá bebendo. E, atrás do balcão, havia um homem desdentado e careca servindo cerveja aos demais. Tom se aproximou dele e perguntou:
- Você é o Tom?
O homem se virou para ele e respondeu:
- Sou sim. Por que?
- Dumbledore me pediu para procurá-lo. Disse que você podia me ajudar - respondeu Tom Riddle.
- Ajudar a que? - perguntou Tom.
- Ele disse que eu precisava ir à um lugar chamado Beco Diagonal para eu comprar o material para a escola. - respondeu Tom Riddle.
- Ah, tá - falou Tom. - Siga-me.
Tom Riddle seguiu o homem até uma sala separada, em que continha apenas duas latas de lixo e uma parede de tijolos.
- Você tem varinha? - perguntou Tom.
- Não - respondeu Tom Riddle, contrariado.
- Não tem problema.
Tom puxou sua varinha e tocou em um determinado tijoulo na parede. A parede se abriu em um arco enorme. Através do arco havia uma rua lotada de pessoas e lojas. Pessoas conversando e olhando as vitrines.
- Para comprar sua varinha, vá ao Olivaras - informou Tom. - A Madame Malkin vende as melhores vestes para Hogwarts. Para comprar seus livros de feitiço vá á Floreios e Borrões. Para comprar seus ingredientes para Poções vá ao Boticário. Ah, e não deixe de dar uma passada na Artigos e Qualidades de Quadribol para, se puder, comprar uma boa vassoura para jogar quadribol.
- Quadribol? - perguntou Tom Riddle. - O que é quadribol?
- Pelas barbas de Melim, você não sabe o que é quadribol? - admirou-se Tom.
- Não.
- Olha, eu não tenho tempo para lhe explicar o que é quadribol agora, tenho de servir meus clientes. Tchau.
Tom, sem sequer acenar e agradecer ao homem começou a caminhar pelas ruas, olhando para todos os lados. Tinha lojas de tudo quanto era mágicas. Tinha lojas de animais, de doces, de enfeites, enfim, de muitas coisas. haviam muitos bruxos e bruxas, vestindo longas vestes e apontando para as lojas. Mas o que chamou sua atenção foi um grande prédio de mármore branco. Quando se aproximou, viu um letreiro gravado em ouro, em que estava escrito "Gringotes".
O que seria Gringotes? Olhou para os lados e localizou um garoto com mais ou menos sua idade e cumprimentou-o:
- Oi.
- Olá - respondeu o garoto.
- Que prédio é esse? - perguntou Tom, e percebeu que o garoto estranhou a pergunta.
- Você não sabe?
- Não - Tom ficou envergonhado. - Venho de um orfanato de pessoas não-mágicas. mas meus pais eram bruxos. Ou pelo menos sei que meu pai é. Mas nem sei quem ele é e minha mãe morreu quando eu nasci e... enfim, que prédio é esse?
- É o Gringotes, o Banco dos Bruxos. É administrado por duendes. Olha só - disse ele apontando para uma criaturinha pequena e com uma cabeça enorme. - É um banco super seguro. Só um louco tentaria roubar isso aí. A propósito, eu sou Rodolfo Lestrange.
- Tom Riddle.
Os dois se apertaram as mãos.
- Você sabe pra que lado fica o Olivaras? - perguntou Tom, não conseguindo conter sua excitação em comprar uma varinha.
- É mais para frente. Vem comigo, eu te mostro o caminho. Estou indo para lá mesmo. - sugeriu Rodolfo.
- É seu primeiro ano em Hogwarts? - perguntou Tom, interessado.
- É sim. mas meu irmão, rabastan, já está no quarto ano da escola - falou Rodolfo. - Ele está na Sonserina. pretendo ir para lá, também.
- Sonserina? - admirou-se Tom Riddle.
- É. É uma das casas da escola. São quatro ao todo. Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal. Somos selecionados para as casas pelo Chapéu Seletor. A Sonserina é a melhor. na Lufa-Lufa só tem babacas. Na Corvinal, todos se acham inteligentes. na Grifinória ficam os amantes de trouxas e sangue-ruim. Em geral tem, na maioria, traidores de sangue.
- Sangue ruim?
- São bruxos que nasceram trouxas.
Tom ficou muito interessado por esses nascidos trouxas e perguntou:
- O fato de uma pessoa ser sangue-ruim não pode se dever ao fato de terem roubado a magia de algum bruxo? - perguntou Tom. nem sabia de onde tirara aquilo, mas lhe deu nojo pensar que poderia não estar em um mundo mágico por causa de alguém não especial. - Afinal, acho que, quem nasce sem magia foi privado de um dom. E se a pessoa foi privada desse dom, e porque não o merece. Afinal, somos superiores.
O fato de saber o que eram sangue-ruins, já lhe deu uma noção de que eles não deveriam merecer respeito.
- Eu penso exatamente como você! - falou Rodolfo.
- Ei... o que é quadribol?
- Quadribol é um esporte em que se joga montado em vassouras. Tem sete jogadores de cada lado - cmeçou a instruir Rodolfo. - Três artilheiros, que usam a goles, uma bola, para marcar gols. Um goleiro para defender os gols. Dois batedores, que rebatem balaços, bolas que sobrevoam o jogo tentando desmontar os jogadores das vassouras. E um apanhador, que tem a função de capturar o pomo-de-ouro, uma bolinha pequena de ouro que, se capturada, dá cento e cinqüenta ponbtos ao time que o pegou... chegamos.
Tom estava tão entretido na conversa sobre as coisas mágicas, que até se esquecera para onde estava indo. Mas, quando viu o letreiro que informava que haviam chegado à loja do feitor de varinhas Olivaras, a excitação tomou conta dele novamente.
O lugar era lotado de caixinhas por todos os lados, quando entraram, um homem estava sentado atrá de uma mesa, entretido em um bilhete. Quando entraram, o homem ergueu os olhos.
- Ah, jovem Lestrange! - cumprimentou Olivaras. - Lembro de quando você veio com seu irmão para comprar a varinha dele. Azevinho, com núcle de corda de coração de dragão, vinte e três centímetros. Estou errado?
- Não - respondeu Rodolfo.
- E você, quem é? - perguntou Olivaras, reparando em Tom.
- Tom Riddle. Vim pegar minha varinha. Pegue qualquer uma aí pra mim e podemos ir.
- Acalme-se, meu jovem - pediu Olivaras, e Tom olhou em seu olhos. Os olhos do homem eram extremamente azuis. - Você não pode, simplesmente, pegar uma varinha. A varinha escolhe o bruxo. teremos que testar cada varinha, até acharmos uma que te pertence.
- Vai demorar muito? - perguntou Tom.
- Não sei - falou Olivaras. - Ok, então. Jovem Lestrange, o senhor poderia esperar? Acho melhor atender ao pequeno ansioso primeiro.
Tom estava quase explodindo de excitação. Ia finalmente ganhar uma varinha. Ia finalmente começar a fazer mágicas.
- Me diga, jovem Riddle, você é canhoto ou destro? - perguntou Olivaras.
- Destro.
Uma fita métrica apreceu do nada e começou a medir cada centímetro do corpo de Tom.
- Chega - falou e a fita métrica caiu no chão, imóvel. - Teste essa primeiro, jovem. veinte e cinco centimetros, salgueiro, núcleo de corda de coração de dragão, excepcionalmente de conseguir essa corda.
Tom pegou a varinha, mas logo Olivaras retirou-a de sua mão e falou "Essa não!". testaram muitas varinhas, ficaram meia hora lá, ou assim pareceu a Tom, até que...
- Tente esta - pediu Olivaras, entregando a varinha á mão de Tom. - Salgueiro. Núcleo feito de pena da cauda de uma fênix. Vinte e oito centímetros.
Tom pegou a varinha e sentiu um calor em volta dos dedos.
- Sim! - aplaudiu o sr.Olivaras. - Essa é sua varinha, jovem Riddle.
Finalmente! Tinha sua varinha em mãos. Tom acenou com a varinha e dela saíram faícas vermelhas.
- Agora, vamos ao jovem Lestrange. Você é canhoto ou destro?
Mais meia hora e Tom e Rodolfo saíram da loja. Tom, olhando excitado para a varinha, como se fosse um troféu de ouro que custava todo o dinheiro do mundo. Rodolfo guardara sua varinha (Azevinho. Núcleo de pêlo da cauda de um unicórnio) nos bolsos do seu casaco.
- Vamos comprar nossas vestes? - perguntou Rodolfo.
- Vamos. Tom, o dono do Caldeirão Furado disse sobre uma tal de Madame Malkin.
- Ok. Não é ali? - e indicou uma loja em que havia um conjunto de vestes à mostra nas vitrines. Eles entraram. Uma senhora olhou para eles quando enytraram e perguntou:
- Hogwarts?
- Sim - respondeu Rodolfo.
- Venha aqui. Deixe-me tirar suas medidas.
Eles compraram as vestes da escola, pretas. Saíram da loja e foram à Floreios e Borrões, comprar os livros.
- Primeiro ano em Hogwarts? - perguntou o vendedor da loja.
- Sim - falou Rodolfo. Ele tirou um papel dop bolso e falou: - Precisamos do Livro padrão de feitiços, primeira série de Miranda Goshawk; História da Magia, de Batilda Bagshot e...
- Sim, sim. Eu sei - respondeu o homem.
Depois de terem comprado seus livros, Rodolfo convenceu Tom à ir para a loja Animais Mágicos, para que ele pudesse comprar uma coruja.
- Pare que eu precisaria de uma coruja? - perguntou Tom.
- São realmente úteis, pois no mundo mágico enviamos cartas por correio-coruja.
Rodolfo comprou sua coruja e depois foram para Artigos e Qualidades de Quadribol, onde Rodolfo ficou olhando, cobiçoso, para um modelo novo de vassoura, uma Comet 290.
- Tenho que convencer o papai de me comprar uma dessas. Como você vai embora? - perguntou Rodolfo.
- Eu sei lá. Dou um jeito.
- Acho melhor você ir de Nôitibus Andante - sugeriu Rodolfo.
- Ir de que?
- Nôitibus andante, leva você para qualquer lugar. É só você apontar a varinha para a rua, como se estivesse pedindo carona e, tchum, o Nôitibus aparece. Agora, tchau, Tom, tenho que ir. Nos vemos em Hogwarts.
Tom acenou para Rodolfo e, enquanto o garoto desceu a rua para procurar os pais, Tom subiu a rua em direção ao Caldeirão Furado. Quando chegou á Londres dos trouxas, carregado de livros de feitiços, fracos, ingredientes, um caldeirão e vestes da escola. Pegou a varinha e apontou-a para a rua.
Instantes depois apareceu um ônibus de três andares roxo-berrante. Um homem corpulento desceu dele e recitou:
- Olá, meu nome é Vaguey Nartom, e serei seu condutor essa noite. Para onde você quer ir?
- Orfanato Marley Hamilrey, Londres.
- Sobe aí, então.
Tom subiu, o ônibus era, por dentro, cheio de poltronas onde haviam algumas pessoas sentadas.
Decorridos dez minutos, Tom descia do ônibus, depois de pagar o condutor, em frente ao orfanato. Ele entrou e a sra.Cole berrou:
- Quem é?
- Sou eu - falou em resposta, então subiu as escadas e despejou suas coisas no chão ao lado da cama.
Deitou na cama, deixou sua varinha em cima do armário e adormeceu, feliz, sem ao menos por pijamas.

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