O Aniversário de Teddy
Parte I - Infância
Capítulo 2- O aniversário de Teddy
Os Tonks moravam no subúrbio do distrito de Blyth Valley. O sobrado era circundado por um jardim muito mal-cuidado, que arrancava suspiros de insatisfação da maior parte da população feminina e idosa do lugar.
A família nunca fora muito bem vista aos parâmetros da cidadezinha. Andrômeda Tonks, uma mulher de cabelos grisalhos e curtos e de meia-idade, segundo os moradores mais crentes, tinha parte com o diabo. Não se sabia o que havia acontecido com seu marido e sua filha e de repente ela aparecia com um neto! Mas não era só por isso que era mal-vista. Também porque ela não ia a igreja e sequer participava da associação de moradores! É, apesar de estarem no século XXI, os habitantes da pequena Blyth Valley ainda viviam como há dois séculos atrás.
Mas naquele dia, especialmente, os olhares da cidadezinha estavam voltados para o sobrado dos Tonks, uma construção de dois andares, branca com venezianas azuis. Um número descomunal de pessoas passava na ruazinha principal a caminho da casa. Todas as pessoas fofoqueiras da cidade havia se postado na janela e observam os transeuntes, que pareciam não saber que, nesse momento, eram o centro das atenções.
O jardim da casa estava completamente enfeitado. Os trouxas que por lá passavam não percebiam nada diferente, só o mesmo jardim malcuidado. Mas os transeuntes que tanto assustavam os habitantes, quando abriram o pequeno portão que levava ao sobrado, ficavam maravilhados.
A grama estava aparada e o jardim estava todo enfeitado com balões multicoloridos. Uma grande mesa ocupava o centro do lugar. A mesa continha os melhores quitutes bruxos, bolos de caldeirão, docinhos de fada, mousse de sapos de chocolate.
Teddy Lupin estava postado bem em frente da mesa. Não que quisesse ver e receber os convidados para o seu aniversário; seu interesse maior eram os doces e outras comidas que sua avó havia feito. O garoto já estava com sete anos, mais mesmo assim ainda mantinha a face angelical. Os cabelos castanhos claros hoje cacheados e os olhos bem pretos. Essa foi uma exigência de Andrîmeda, ela quis que seu neto parecesse o mais normal possível; porque se dependesse dele, o cabelo de Teddy Lupin estaria azul, roxo. Mas a face era sempre a mesma; ele gostava de parecer o mais angelical possível, mas na verdade ele era um verdadeiro petinha, como gostava de frisar sua avó..
-Vamos, Teddy, vamos cumprimentar os seus convidados!- Andrômeda sussurrou para o garoto.
- Não quero, vovó!! Até agora só chegaram adultos chatos!- reclamou ele, com a cara emburrada.
- Adultos chatos que te trouxeram presentes.E os seus primos também já chegaram!-Sua avó disse.
Presentes são realmente uma palavra mágica para as crianças. Ao ouvir isso, Teddy saiu correndo para as mesas ocupadas pelos convidados. Parou primeiro na mesa dos seus “avós”, Arthur e Molly Weasley.
- Oi, vó Molly e vô Arthur. Estão gostando da festa?- Quando queria, Teddu conseguia ser bastante educado... mas na verdade o que ele queria fazer era persuadi-los; mal podia esperar pelos seus presentes.
- Teddy! Há cada dia você está mais crescidinho! Mas está tão magrinho, coitadinho... apareça lá em casa um dia desses.
- Pode deixar, vovó Molly!
Aqui está seu presente.- Arthur estendeu um embrulho fino. Teddy abriu ás pressas e ficou muito feliz com seu conteúdo! Um livro sobre Quadribol!
Desde pequeno, Ted Lupin sempre se interessou por vassouras, quadribol, balaços e etc. Era com certeza a sua herança genética; sua mãe havia sido uma ótima Artilheira.
Depois de agradecer pelo presente e de ganhar alguns presentes, o garoto resolveu ir a mesa dos Potter. Estava muito ansioso para saber o que ganharia.
- Olá, tio Harry!- Teddy cumprimentou, com cortesia. Muita cortesia, diga-se de passagem.
- Olá, campeão!- Harry se levantou e abraçou o menino.
Depois da guerra, Harry tinha casado com Gina Weasley. Agora eram um dos casais mais badalados da Grã-Bretanha. Harry agora era um renomado auror e Gina era editora-chefe do Pasquim, que tinha se transformado no melhor jornal da Inglaterra. Ginevra estava grávida de 7 meses, de um menino, que se chamaria James.
- Ted, querido! Trouxemos seu presente!- Gina disse e deu um beijos em Ted. Que não gostou nada disso.
- Obrigada, Tio Harry e Tia Gina!
-Aqui está.- Gina estendeu um embrulho bem grande.
Teddy abriu o embrulho numa rasgada só. E ficou muito feliz quando viu seu conteúdo.
Era uma mini-Firebolt. O presente desejado por todos os garotos e garotas. E agora Ted tinha uma!
O garoto saiu correndo com a vassoura na mão para mostrá-la para os seus primos. Primos de consideração, para falar a verdade. Victoire Delacour Weasley, a filha de Gui e Fleur, tinha 5 anos. Era uma garota estonteante de linda. Cabelos ruivos ondulados e compridos, olhos azul-céu e bem branquinha, Ted era apaixonado por ela. Mas não era o único. Fred Johnson Weasley, homenagem de George ao seu irmão Fred, também era caidinho pela prima. O garoto era moreno, tinha cabelos castanhos acobreados e olhos verdes.
- Olha o que eu ganhei, gente!- O menino exibiu o seu presente, com satisfação.
Fred fechou a cara. Sempre tivera inveja do primo. Que nem era seu primo, na verdade. Odiava ainda mais a atenção que Victoire fornecia ao garoto.
- Que legal, Teddy!- a garota exclamou. Ted ficou vermelho de vergonha.
Ele sempre gostara da prima, sempre. Desde bebês, quando brincavam com os outros Weasleys, Ted gostava de ficar perto da menina.
- Ei, Vicky, vamos lá no meu quarto? Eu quero te mostrar uma coisa.- A garota assentiu. Fred percebeu que ficaria de fora e somente fechou a cara.
Os dois saíram correndo em direção a casa e subiram as escadas. O quarto de Teddy continuava verde e branco, mas uma cama ocupava o lugar do berço. Victoire sentou-se na cama e observou o menino mais atentamente. Teddy corou, envergonhado. Havia preparado um presente para a garota desde que havia descoberto que sentia algo mais pela prima. Ele nunca havia gostado muito de desenhar, mas dessa vez ele tinha realmente caprichado. O garoto tinha passado quase um mês inteiro desenhado o que para ele era um declaração de amor. Ainda muito envergonhado e corando estendeu o papel para a prima.
- Ai, Teddy... obrigada.- Victoire agradeceu.- Você me desenhou muito bem.. e você tamb’me está muito bonitinho.- Ela também corou.
- Vicky, você gosta de mim?
- Gosto, afinal, nós somos primos!- Ela exclamou.
- Mas não é desse jeito... é de namorar mesmo, sabe?- Teddy indagou, tímido.
- Mas você não acha a gente um pouco novinho?- Disse ela, incerta.
- Vovó disse que o amor não tem idade, Victoire... e eu gosto mesmo de você...
- E o que a gente deve fazer?
- Nas novelas, os mocinhos se beijam...- Ted se aproximou mais ainda da garota, havia somente meio palmo de distância entre eles.
Foi o primeiro beijo da vida deles. Ted nunca se esqueceria desse dia... e Victoire também não.
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N/A: Me desculpem, gente! Realmente eu demorei demais! É que eu não estou em casa.. estou viajando e fica sempre dificia de escrever! Quwro agradecer imensamente a todos vocês pelas ótimas reviews que tenho recebido!
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