Prólogo



Prólogo
Andrômeda Tonks olhou pela janela; o céu estava turvo e o sol estava quase nascendo. Uma paisagem talvez pitoresca, mas para Andrômeda o céu refletia exatamente o seu sentimento naquela hora: impotência.

Impotência por não ter podido impedir a morte do seu amor, seu marido Ted Tonks. Impotência por não estar lutando contra Voldemort e contra a sua desagradável irmã Belatriz.

Isto lhe trazia lembranças... a sua fuga de casa, seu casamento com Ted, o nascimento de Dora. As memórias passavam pela sua cabeça como o sereno que começara a cair.

Andrômeda Tonks despertou de seus devaneios. Um choro de bebê ecoou pela casa. Teddy deve estar com fome, pensou ela e foi ao quarto do bebê.

Ela sorriu ao abrir a porta. Não podia ter acertado mais. Ela mesma tinha decorado o quarto em tons de azul e branco. Foi até o berço, onde seu neto chorava escandalosamente. Meu neto. Como sentia orgulho daquele garotinho! O segundo metamorfomago de sua família! Andrômeda sorriu ao perceber que o cabelo de Teddy estava cor-de-cenoura.

Segurou o bebê bem junto do peito. Ele não chorava mais, e fitava Andrômeda com interesse. Após colocá-lo em seu cercadinho na sala, ela pegou uma mamadeira na geladeira e ligou a televisão para distrai-lo um pouco.

Teddy olhava atentamente para o Pingu da tela e tomou a mamadeira em pequenos goles. Sua avó olhou para o menino. Cada dia mais achava que ele se parecia com sua Ninfadora quando criança...

Estava tão absolvida em seus pensamentos que nem percebeu a chegada de algo volumoso e prateado. Andrômeda ergueu os olhos ao ouvir o choro de Ted, que agora apontava para o falcão pousado no meio da sala. O Patrono abriu a boca e disse, na voz que ela reconheceu como sendo de Gui Weasley, o primogênito dos Weasleys:

- Sinto muito, Sra. Tonks, mas tenho uma triste notícia para lhe dar. Dora e Remo estão... estão mortos.

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