Novas Considerações

- Pansy, já disse para não ficar passando a mão no meu cabelo de 1 em 1 minuto.  – o loiro raivoso tirava a mão da menina do seu cabelo sem a menor cerimônia.

Eles estavam na aula de Porções, matéria que dividiam classe com a Grifinória. Pobre de Hermione, que assim que viu a “melação” do casal 21 de Hogwards, revirou os olhos em contrariedade, e comentou com o amigo que se sentava ao seu lado.

- Harry, viu que nojo aqueles dois?

- Ah, Hermione, se abstém. Você está com o Krum, não?

- Credo, Harry, só falei porque acho o comportamento deles uma pouca vergonha, só isso.

- Sei, sei Mione. Você finge que fala a verdade, que eu finjo que acredito.

Hermione mostrou a língua para o amigo e tentou prestar atenção na aula, uma tarefa quase impossível, pois seus olhos eram sempre levados como imã para o casal sonserino.

 

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“Não estou com ciúmes do Draco. Não estou com ciúmes do Draco. Não estou com ciúmes do Draco...”

Hermione, sentada em uma mesa da biblioteca, repetiu o mantra mentalmente. 

“Focaliza Hermione Granger, livros, provas, nada de Draco. Draco, não. Draco, mal. Draco, não”.

- Granger...

- Ah, Draco não – ela gritou toda assustada.

Draco olhou para a garota confuso.

- Ficou louca?

-Esquece. O que você quer? – ela tentou desconversar.

- McGonagall está nos procurando.

- Para quê?

- Não importa, vamos logo. – ele segurou em seu braço, e a puxou.

- Trasgo. – disse ela tentando se desvencilhar.

Draco não deu assunto, soltou o braço dela e eles, em silêncio, se encaminharam para a sala da professora.

- Draco... – Hermione murmurou enquanto caminham.

- Humm... – resmungou o garoto.

- Er... você e a Pansy, vocês...

- Eu e a Pansy, o que?

Droga, o que estou fazendo? Não tenho nada que fazer essas perguntas para ele, pensou a menina.

- Esquece, não é nada demais.

- Humm, mas e... er, você e o professor?

- O Krum? Bom, estamos nos conhecendo melhor, acho.

- E você é feliz com ele?

- Você é com ela?

Eles ficaram se encarando por um bom tempo, e tanto ele quanto ela demonstrou a vontade de abrir a boca, mas nenhum teve coragem suficiente para dizer a primeira palavra.

- É melhor irmos ver McGonagall. – disse ele, caminhando mais rápido à frente.

- É...

- Que bom que chegaram - Profa Minerva foi até os dois, assim que eles se aproximaram.

- Aconteceu alguma coisa? – questionou Hermione.

- Claro, vocês vão mudar de quarto.

- Como assim? – indagou o Draco.

- Li uma vez em ‘Hogwads uma história’ que os chefes das casas de antigamente tinham acomodações separadas.

- Exatamente. – confirmou a professora – Abolimos essa determinação há vários anos, desde que a Murta que Geme... bem vocês conhecem a história. Então, consideramos não ser muito seguro alunos andarem separados na escola, mas como agora o cenário é diferente, resolvemos resgatar as raízes de Hogwards.

- Mas, por que agora? O ano já começou...

- Sim, tivemos algumas coisas que tomaram meu tempo, mas agora podemos cuidar desse assunto. Esse fim de semana os quatro chefes de casa terão dormitórios e banheiros próprios, entretanto terão de compartilhar uma sala de estar... o que não e nada comparado com o que vivem agora.

- O que???

- Sim isso mesmo. E não reclamem de barriga cheia.  – disse Minerva sem paciência. Nesse instante, duas outras pessoas chegaram à sala interrompendo a conversa. – Até que fim que chegaram. Granger e Malfoy, se quiserem podem ir. Vou apenas repetir o que disse à vocês para esses dois atrasadinhos.

Liberados, Draco e Hermione sairam da sala sem dizer uma palavra.

 

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Já no fim de semana...

- Onde você vai com as suas coisas – perguntou Rony.

Hermione já havia descido seus pertences, e aguardava Gina para que pudessem ir para seu novo “lar”. A amiga tinha se prontificado a ajudar Hermione para arrumar as coisas e principalmente no apoio moral.

- Meu novo quarto.

- Novo quarto? Por quê?

- Agora os monitores têm novos quartos, quartos separados.

- E desde quando sabe que nos vai abandonar? Por que não nos disse antes? Harry sabe disso?

- Menos drama, bem menos, Rony. Não vou abandonar. Vou estar ainda no castelo, e desde quando tenho que dar satisfação de cada segundo da minha vida? E não, Harry não sabe.

- E como é esse quarto? Teremos acesso livre?

- Claro que podem me visitar. Só não sei se vão gostar de dividir a sala com o Draco.

- Draco? Mas você não teria quarto próprio?

- Sim, mas a sala é de todos os monitores.

- Que inveja do Draco. Vai levar a namorada pra se esfregar com ele, sem precisar se preocupar.

- Ai que nojo Rony. – disse Gina, olhando preocupada para a amiga.

- Tchau Rony, vamos antes que você possa fazer mais algum comentariozinho oportuno.

As duas sairam.

- Vou com vocês... claro que eu vou ajudar minha amiguinha...

- Nada, você vai espiar, e se intrometer como sempre faz.

- Você vai se intrometer aonde? – perguntou Harry, que acabava de chegar a sala comunal da Grifinória.

- Vamos conhecer o novo quarto da Mione. Ela vai ter um quarto próprio.

- Como assim?

- Ah, não vou contar a história de novo. Se quiser nos acompanhe. – disse a castanha raivosa.

Hermione e sua “comitiva” se encaminharam para o novo quarto da chefe dos monitores. Ao entrarem na enorme sala comunal dos monitores, perceberam que ainda eram os únicos ali.

- Ali seu quarto Mione, tem o nome da Grifinória. – apontou Rony.

Hermione deu um suspiro, e sem muito animo foi abrindo a porta de seu novo dormitório. Era um quarto grande, arejado e muito bonito. Pintado com as cores de Hogwards, trazia uma enorme cama e uma penteadeira com um espelho comprido.

- É um sonho. – suspirou Gina com inveja.

- É, é muito bonito – elogiou Hermione, visivelmente bem menos empolgada que a amiga.

Os amigos ajudaram Hermione a arrumar suas coisas, e em menos de 30 min, a base de muita magia e fôlego, estava tudo em seu lugar.

- Obrigada meninos. Foi de muita ajuda. Nos encontramos às 20h na sala de jantar, combinado?

- Você vai ficar bem? – Harry perguntou, preocupado.

- Vou ficar ótima!

Os amigos sairam, e Hermione caiu na cama e ficou olhando o teto.

 

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[silver] 

- ... mas bebe, vou sentir saudades de você. Será que eu não posso dormir todos os dias com você também?

Hermione acordou meio desorientada.

Que sonho louco, até nos meus sonhos a voz irritante da Pansy me persegue, pensou ela.[/silver][navy]

A menina troca de roupa e vai se encaminhando para a saída, como prometido iria se encontrar com seus amigos para jantar. Quando chegou a sala leva o maior susto, Pansy encima de Draco, quase engolindo o menino, que também se aproveitava, afinal o sonserino não era nem um pobre coitado indefeso e casto.

O casal estava tão entretido na pegação que nem percebeu Hermione passar pela sala e lançar um olhar de horror e ciúmes antes de sair.

“Não vou suportar essa pouca vergonha todos os dias. Quem ele pensa que é para usar o salão comunal como motel. Que vão para o quarto dele, é para isso que servem os quartos, as camas. Ou melhor, nem lá aquela coisinha de Merlin deve ficar. Essa é uma casa de respeito”, pensou ela bufando.

No caminho para a sala de jantar, a castanha é interceptada.

- Miiione, amor.

- Sem paciência agora – diz ela tentando se desvenciliar dos braços do namorado. - Assim não Krum, não aqui. Esqueceu que não podemos ser vistos juntos. – e ela se afastou de vez.

- Mas Miii, queria um tempinho a sós com você para namorar.

- Pervetido, está com tanto fogo quanto o casal sem vergonha no... – a menina para um instante e dá um pulinho. – Meu quarto.

- Ta louca amorrrr, não posso ir o seu quarto, você mora com trezentas mil pessoas. Diria que é um pouco mais arriscado do que nos agarramos aqui.

- Não soube das novidades? Eu como monitora-chefe tenho um quarto só meu. Num lugar isolado de todos. – contou ela piscando.

- Sério?? – Disse Krum se animando todo, todo mesmo, até Vitinho júnior começou a dar o ar da graça.

- Claro, vamos.

A menina pega na mão do namorado, e o leva para seu novo recanto, sem pensar nas conseqüências.

Ao chegar no novo salão comunal, muito antes de fechar a porta, começou a agarrar o namorado.

- Miiii, o que te deu? Você está tão quente... quente no bom sentido...

- Para de falar e me agarra. – diz ela, se jogando no sofá e puxando Krum pela gravata.

Krum não hesitou em atender ao pedido da namorada, e começou a beijar a sua orelha, e enquanto isso, Hermione espiava por cima para ver a sala comunal. Para desapontamento da garota, a sala estava vazia.

- Assim não, Krum. – disse ela mal humorada antes de empurrar Vítor do sofá, fazendo ele cair que nem uma jaca madura no chão.

- Mas Miii, o que fiz errado?

- Nada, só que...

A menina para de falar, e apura os ouvidos, ao que parecia não estavam mesmo sozinhos na sala.

- Draquinho... Mas a única coisa que quero comer é você.

- Não me gasta, Pansy. Vamos...

Hermione percebe que a razão de sua loucura acaba de voltar, e a cada instante se aproximava mais dela. Num rompante de desespero, se joga no chão encima do namorado.

- Me beija. – disse ela baixinho para Krum.

- O que? Mas não era para parar? – ele olhava para ela confuso.

Hermione ouviu os passos cada vez mais perto, e resolveu tomar as rédeas da situação. Agarrou os braços de Vítor, passou por volta de si, e deitada por cima dele, começou a beijá-lo. Mesmo sem entender nada, o garoto a corresponde.

- Se ver você olhando de novo para a chata da Vanessa, vai ver, ah Draquinho, como eu tenho ciúmes de você, você sabe que neném é de mamã... olha essa pouca vergonha Draco.

Draco vira o olhar para onde a namorada aponta, e só segundos depois consegue processar toda a cena. Era Hermione, engalfinhada no chão com nada mais nada menos que o professor e orientador da casa deles.

- Neném mamãe, é a chata da Hermione?

Hermione ouve o insulto, mas nem liga, estava sorrindo por dentro. Assim que percebeu que o casal de sonserinos saiu da sala, ela se desgrudou do namorado, e se levantou.

- Acho que abusamos demais. Um colega meu nos viu.

- Eu percebi, mas acho que não me reconheceram, ou você acha que reconheceram?

- Não, nem te viram, mas se voltarem estaremos com problema. Amanhã falo com você, ok?

Ele deu um beijo na menina e foi saiu.

- Bye amor, adorei cada instante com você.

- Tchau.

A menina se despediu, agora não tão feliz e nem certa da sua atitude como a minutos atrás, e depois se dirigiu a seu quarto.

Meu deus, me transformei numa provocadora vingativa.

 

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- Você viu com quem a sangue ruim estava?

- Não me interessa, não quero saber e tenho raia de quem sabe, Pansy. Ah, deve ser com o namorado, o super astro de quadribol. – disse ele quase cuspindo as últimas palavras.

- Boba nada, a sangue ruim, agarrou um partidaço. Quer saber o que descobri?

- Mesmo que eu não quissesse você ia falar, então desembucha.

- Ele é de uma das famílias bruxas mais ricas e tradicionais da Bulgária. Algo relacionado com criação de animais raros e caros. Parece que pelo menos metade das fazendas da Bulgária pertencem a sua família.

- Como se fosse mais rico do que eu. – Draco, de cara fechada, fingiu não se importar e deu os ombros.

- Acho que é mais rico que você sim. Não muito mais, mas pelo que pesquisei deve ser.

- Não é e ponto. E quer saber, não tenho mais fome.

Draco se levantou da mesa, e saiu pisando forte e dizendo pelo caminho:

- Não é mais rico, nem mais forte, nem mais gostoso, nem mais nada.

A atitude do garoto é piada de todos que estão no salão de janta.

- Uiuiui... sou mais gostoso e com menos cérebro – parodiou Rony, a parte que ouviu do discurso de saída de Draco.

 

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Hermione estava deitada em sua cama, escrevendo em seu livro, quando uma batida forte em sua porta lhe tira a concentração.

- Estou entrando. 

A garota não tem a oportunidade de responder, antes mesmo que terminasse de proferir a primeira palavra, vê Draco invadindo o quarto.

Os dois se encaram por um bom tempo, sem dizerem uma palavra. Todos os dois tinham um olhar estranho, era um misto de raiva, ciúmes e tristeza. Hermione é a primeira a se recuperar.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É? SAI DO MEU QUARTO AGORA!!!

- Não saio. Não antes de ter uma conversa séria com você.

- AGORA, SAI DAQUI.

Alguém mais entra no quarto, e é fuzilado com o olhar dos dois.

- O que está acontecendo? Mione, precisa de ajuda?

- SAI DAQUI, MACMILLIAN. – diz Draco ferozmente.

- Mione.

- Não vou repetir de novo, MacMillian. Esse é um problema entre eu e Hermione.

- Mione, precisando é só gritar - diz o intruso antes de sair do quarto, agora sem mais tanta confiança.

- Você devia seguir o mesmo exemplo e sair daqui logo.

- Não antes de ter uma palavrinha com você, que pouca vergonha era aquela no salão comunal? – diz ele raivoso, completando em seguida. – Por acaso é um novo programa de procriação que eu não fui comunicado?

- Abusado. Como não fui comunicada, descobri sobre esse programa por você mesmo uns instantes antes. Se é que entende a referência subliminar.

- Se você está falando dos beijinhos que troquei com a MINHA NAMORADA a um tempinho atrás, está equivocada, aquele amasso inocente não é nada comparado a pouca vergonha que fui obrigado a presenciar.

- Inocente. Rárárá. Aquilo podia ser tudo, menos inocente.

- Não vou discutir os amassos que dou na Pansy com você. Só quero deixar uma coisa clara, não quero mais ver aquela cena desprezível. Certo?

Ele se aproxima dela, e olha bem nos olhos.

- Só se servir para você também, nada de Pansy e agarros aqui.

- Combinado, mas com outras gatinhas estou liberado, né?

Hermione olha com ódio para o garoto, antes de falar.

- Nada de acompanhantes, sendo a insuportável da Pansy, ou qualquer outra oferecida. O mesmo vale para mim. – ela diz séria. Nesse mesmo instante, Draco começa a gargalhar. – O que foi, garoto bobo?

- É que não sabia que você também estava saindo com a Pansy e com outras garotas desprezíveis. Quando for elas que virem aqui, posso abrir uma exceção, é claro que tenho de ser convidado para a festinha.

- Seu pervertido – disse ela, sem conseguir reprimir riso – você entendeu.

Draco ficou sério.

- Entendi, combinado, sem Krum.

- Sim, sem Pansy.

Draco lançou um meio sorriso para a garota e saiu.

*** 

Meninas, desculpem o jejum de meses sem postar... mas a facul, estágio e cursos de ingles, espanhol e nformatica eram muita coisa para absorver, o máximo que consegui fazer durante esse último ano foi sobreviver.
Bem, o capiulo foi meio sem sal. Mas já é um começo. Desculpem por eventuais erros de grafia e gramatica, pois não está betado. 
Obrigada pelo apoio nos comentários!!!
Assim que der posto o próximo. 
Vou tentar fazer o mais rápido que puder...

beijossss

ah, espero que tenham gostado do novo capitulo e que continuem lendo a fic.
 

 

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