Capitulo 3 – Conflito de Senti

Capitulo 3 – Conflito de Senti



Hermione estava no lago, perdida em pensamentos, ela estava no mesmo lugar que gostava de ficar para refletir, o mesmo lugar que havia visto naquele sonho, ela ficou olhando para a floresta apreensiva, como se algo fosse sair dali. Mas depois ficou pensando, o que aconteceu no salão comunal, nunca sentira aquele friozinho na barriga antes. Ela tentava rir, imaginado que estaria confundindo as coisas, afinal Harry era seu melhor amigo e provavelmente sentiu isso, porque estava com raiva no momento e seu amigo a acalmou, só isso. Eles tinha ficado muito próximos no tempo em que Ron estava namorando Lilá.

- É por isso sim –disse ela voltando-se para o seu trabalho.

Harry também não entendia, afinal ela era sua melhor amiga. Por que havia sentido aquilo? Foi algo diferente. Mas era estranho. “Pare de pensar besteiras, você ama a Gina, e a Mione bem ela ama o Ron. O Ron é seu melhor amigo”, ele pensava.

Enquanto isso Ron, se deitava pensando em tudo que estava sentindo, na confusão que estava atormentando seu coração. “Será que a amo?” pensava o ruivo.

Hermione já tinha acabado de fazer seu trabalho e agora olhava em direção a floresta, aquele sonho a tinha deixado muito transtornada. Mas esses conflitos de sentimentos a estavam enlouquecendo. Mas foi tirada de seu devaneio quando sentiu que alguém a olhava.

- Ora, ora, se não é a sangue-ruim. Seus protetores resolveram te deixar sozinha hoje é?
- Protetores –ela disse com desdém – acho que você esqueceu daquele soco no terceiro ano não é mesmo Malfoy. – disse levantando e olhando seria para o garoto – Se quiser eu posso te lembrar. Não vai me custar nada.
- É melhor você ficar quietinha sua trouxa de sangue-ruim.
- Você acha que esta me ofendendo Malfoy? –disse rindo- Pois saiba que não. Eu sei que sou uma bruxa muito mais capaz e competente que você, sou trouxa sim e não me ofende mais vocÊ me chamar de sangue-ruim, eu consigo as coisas por mérito e não porque tenho pais influentes.
- Olha sua sangue-ruim idiota, não se meta comigo ou ...
- Ou o que Malfoy? Não tenho medo de você. E é bom não me ameaçar, não preciso do Ronald nem do Harry pra me defender de um bruxinho medíocre como você.
- Ora sua sangue-ruim nojenta, quem pensa que é pra falar assim comigo –disse se aproximando da garota.
- E o que você vai fazer sem seus capangas? –ela ia dizendo enquanto tentava sacar a varinha, quando viu o olhar de Draco.

Mas já era tarde, Hermione não conseguiu pegar a varinha. Draco a havia desarmado e a agarrou, colocando o braço da garota pra trás.

- E então garota, quem é melhor? Tome cuidado com o que diz de mim ou de minha família sua sangue-ruim.
- Já disse que não tenho medo de você Malfoy. Me solte se não quer arranjar problemas pra você. –disse sentindo o braço doer, mas se fazendo de forte.

Draco estava mais bravo ainda com a intolerância e a audácia de Hermione. Apertou mais o braço da morena, e ao fazer isso, fez com que o corpo dela encostasse no dele. Ele sentiu o cheiro de seus cabelos e de seu corpo e por um momento esqueceu da raiva que sentia. Mas acordou do devaneio quando ouviu alguém gritar.

- Largue a Mione, Malfoy – disse o garoto empunhando a varinha em direção a Malfoy – largue-a agora!
- Ora, ora , olhe Granger um dos seus protetores chegou –disse rindo – não sei se notou, mas se me atacar irá atingi-la também.
- Não faça nada – disse Hermione agora segurando as lagrimas pois seu braço doía- não vale a pena.
- Não vou deixar esse idiota te machucar, já te disse solte-a.
- Ok – Draco jogou Hermione no chão erguendo sua varinha. – E agora o que vai fazer hein? –disse sorrindo e provocando.
- Ora seu! Estupef ...
- Não! Não faça isso , já disse que não vale a pena –disse Hermione – e se fosse você Malfoy sairia daqui, porque armo um escândalo e você vai ficar bem encrencado e não sei se vou manter a idéia de segurá-lo por muito tempo, posso mudar de opinião.

Draco saiu rindo, mas meio abalado. “O que foi aquilo?” pensou ele. Aquele cheiro. Que porcaria, eu sou um Malfoy, pensava enquanto ia para o castelo.

- Você está bem? –perguntou o garoto.
- Estou sim –disse passando a mão pelo braço que doía – Obrigada por me defender Harry.
- Que isso Mione, mas por que ele estava fazendo aquilo?
- Ah é que eu falei umas verdades e ele não gostou.
- Verdades? Quais?

Hermione contou tudo o que tinha falado. Eles se sentaram no cantinho que Hermione tanto gostava e começaram a conversar. Eles riam se lembrando de algumas de sua aventuras e de como Hermione brigava com Harry e Ron por infringirem as regras mas sempre estava junto com eles. Sempre muito unidos.

- Ah Harry obrigada mesmo por me defender, apesar de eu saber me defender muito bem –disse quando viu o sorriso de Harry – mas o Malfoy me pegou desprevenida.
- Não precisa agradecer, não deixaria aquele idiota encostar um dedo se quer em você – disse ficando bravo ao lembra da cena.

Hermione ficou muito agradecida por ter um amigo tão dedicado e tão especial. Eles continuaram conversando e quando se levantaram acabaram batendo as cabeças um do outro. Começaram a rir. Harry e Hermione já estavam conversando a muito tempo então decidiram voltar para o castelo.

Hemione pegou suas coisas, mas quando se levantou, ela tropeçou em um galho e só não caiu de cara no chão porque Harry a havia segurado. Entretanto eles ficaram muito próximos. Se encararam por um momento. Seus rostos estavam a poucos centímetros de distancia um do outro. Eles entraram em transe, e por um momento pareceu que iam se entregar ao momento. Quando Hermione acordou.

- Não Harry! –disse pegando suas coisas e correndo para o castelo.
- Mione espera – Harry estava atordoado, não entendia como aquilo podia ter acontecido, que dizer, quase acontecido.

Hermione corria disparada em direção ao salão comunal da Grifinória. Deu de cara com Luna e Gina que já haviam assistido as aulas da parte da manhã e agora desciam alegres para o Salão Principal. Elas acharam estranho Hermione passar correndo e nem ao menos falar com ela.

Harry estava lutando para entender o que tinha sido aquilo. “Hermione é sua melhor amiga, como foi que você deixou isso acontecer? Pensava ele. E o Ron? Ele é seu melhor amigo. E Gina, é ela que você ama.” Harry estava tão confuso que nem conseguia organizar seus pensamentos.

Hermione corria muito rápido, sem prestar atenção por onde ia, quando se deu conta de que já estava na frente do quadro da mulher gorda. Ela disse a senha e entrou no salão comunal, totalmente transtornada. Quando ia subindo as escadas, deu de cara com Ron descendo.

- Oi Mione, acho que cochilei. –disse ele, mas ao ver como a garota estava se preocupou. – O que foi Mione? Por que está assim?
- Não quero conversar agora Ron desculpe, depois a gente conversa ta, eu to com dor de cabeça agora, preciso descansar.
- Hum ta bom então.

Hermione subiu, largou suas coisas em um canto, e agradeceu por estar sozinha no dormitório. Ela se viu perdida em pensamentos, se viu voltando aquele quase beijo momentos atrás.

- Mas o Harry? Não. Ele ama a Gina, ele é só seu amigo. E tem o Ron. Mas por que senti aquilo? To tão confusa – ela se jogou na cama e começou a chorar baixinho.

Muitas pessoas haviam descoberto sentimentos que não entendiam, que os deixavam confusos. Ron, Harry, Hermione e até mesmo Draco, estava tentando entender o por que daquele conflito de sentimentos. Estariam apenas se confundindo ou realmente haveria algo a ser considerado. Eles não sabiam ou pelo menos não conseguiam entender.
Ron ficou preocupado com a morena, mas decidiu deixa-la em paz, depois conversaria com ela e saberia, pensava ele, o que tinha acontecido. Então saiu em direção ao salão principal.

O dia passou muito rápido depois disso, Hermione não apareceu para o almoço nem para o janta. E Harry estava muito calado, o que deixou Ron e Gina muito intrigados. Malfoy também estava muito calado e pensativo.
Todos foram para seus respectivos salões comunais, conversaram um pouco e foram dormir. Afinal amanhã seria um novo dia, e aí poderiam tentar organizar suas idéias.

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