Cap. 6 - Sinceridades....
No carro, Julie não deixara de reparar que seu pai parecia animado ao lado da tal Hermione... Era Hermione o que mesmo? Ah sim, Hermione Granger... Como ele podia estar feliz em um lugar horrível e sem a mãe dela? Horrível sim, pois aquele lugar não parecia nem um pouco com a América, com a sua linda América, que tinha os taxistas mais loucos do mundo, os melhores hambúrgueres, os melhores filmes e, acima de tudo, os melhores momentos de sua vida. Estava certo, ela tinha somente nove anos, mas foi na América que ela conviveu com suas amigas, sua Cloe, que aprendera a voar de vassoura com o seu pai, e acima de tudo, em primeiro lugar, aprendeu coisas que jamais esqueceria com sua mãe, e que ela jamais aprenderia coisas novas, pois só poderia aprender com Sophie, sua mãe, e infelizmente, ela sabia que jamais estaria do seu lado novamente. E seu pai e seu irmão ali, conversando com a tal Hermione, como se estivessem felizes de estar ali. Homens! Definitivamente aquilo era um pesadelo, e ela devia acordar logo, urgentemente!
- Pai, já estamos chegando? – perguntou Matt, que estava ao lado de Julie, na parte de trás do carro. – To ficando com sono!
- Que novidade! – comentou Julie.
- Julie, por favor! – censurou Harry. “O que esta acontecendo com essa menina hein?!” – Não sei Matt. Mione, já estamos chegando? – perguntou Harry a Hermione. Esta estava dirigindo o carro. Parecia uma família comum, a não ser pela cara emburrada de Julie e pelo fato de serem bruxos.
- Não, já chegamos.
Logo após, os quatro desceram do carro.
- Mas aqui é...
- Sim Harry, aqui é Godric’s Hollow. O ministério achou melhor vocês ficarem aqui, pois a proteção desse lugar é muito forte, e como ampliamos a segurança da casa, este é um lugar bem seguro! – declarou Hermione. – Tem algum problema? Quer dizer, se não quiser ficar aqui eu vou entender e...
- Não, tudo bem... É só que eu não esperava! Só isso. – disse Harry,sem olhar Hermione nos olhos. Voltar aquele lugar depois de anos era um fato inesperado. Voltar para Inglaterra e para Godric’s Hollow no mesmo dia? Isso com certeza não era esperado.
- Harry, se você não quiser ficar aqui, tudo bem, eu falo com o ministério e...
- Pai? Será que podemos entrar em casa? Eu to com sono. – disse Matt, coçando os olhos. Já estava anoitecendo.
- Claro Matt. Mione será que você pode abrir a casa pra gente? – perguntou Harry.
- Sim, claro! – após dizer isso, os três andaram em direção a casa.
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- E então, gostou da casa? – perguntou Hermione para Harry. Fazia quatro horas que estavam dentro da casa. Já sabia que cada um deles tinha um quarto e que Hermione teria um quarto para ela lá, mas que ela não precisava dormir lá, o quarto era somente uma prevenção. Sabia que a casa era um pouco distante da antiga casa de seus pais, hoje em dia havendo somente os destroços. Agora ele estava descendo as escadas, havia acabado de conversar com Julie, que como ele previra, fora mais uma discussão do que uma conversa. “Quando que Julie se tornou tão independente?”
- Confortável, bonita... Você que cuidou da organização?
- Bem, foi mais ou menos isso - os dois sorriram. Hermione não se sentia bem em ver o Harry triste daquele jeito. Acabara de perder a esposa, e estava de volta a Godric’s Hollow, onde seus pais morreram, e aonde fora “coroado” como o menino-que-sobreviveu. Talvez ela tenha errado em escolher aquele lugar para abrigar os Potter. - Olha Harry eu queria dizer que...
- Mione, não tem problema em estar em Godric’s Hollow. Esta tudo bem.
- Tem certeza? Eu não queria que você ficasse chateado comigo. Eu sei que o momento pelo qual você está passando não é um dos melhores, mas eu gostaria que você tivesse um pouco de paz por aqui.
- Mione, calma esta bem? Eu não posso mentir dizendo que eu me sinto confortável em estar nesse lugar, mas eu sei que é pela segurança dos meus filhos, que no momento é o que mais importa! – disse Harry, deixando transparecer pela primeira vez o quanto estava cansado desde que tudo acontecera.
- Bem, quer conversar sobre tudo o que aconteceu? – perguntou Hermione, um pouco nervosa. – Olha, eu sei que não conversamos há dez anos, mas ainda somos amigos, não é?! – perguntou Hermione, um pouco nervosa.
- Sim, ainda somos. – respondeu Harry, olhando diretamente nos olhos de Hermione. Mesmo que os anos se passassem, mesmo que existisse um amor não correspondido, Harry sabia que podia confiar eternamente em Hermione, e que ela era a pessoa ideal para ele conversar. – É que ta tudo tão complicado, sabe?! Matt não se interessa por mais nada, e Julie anda arisca demais para o meu gosto... Ataca todo mundo sem razão, não consegue compreender que o irmão também está sofrendo...
- Ela não aceita a morte da mãe não é?!
- De jeito nenhum! Eu pensei que ela fosse reagir de uma forma mais madura, com a disciplina que ela sempre teve. Mas parece que tudo que construímos juntos, eu e Sophie desmoronou. Evaporou, sumiu! – logo após dizer isso, Harry sentou-se no sofá, e conseguiu fazer o que não poderia fazer na frente das crianças: chorou. – Parece que Sophie levou tudo embora com ela, a compreensão, a calma, a nossa força... Tudo! Ela era a rocha da nossa família, das crianças, sabe?! Matt não faz mais pergunta nenhuma, não desenha mais... E Julie não escuta mais musica, não lê mais livros... Os dois não se interessam por mais nada!... E por mais que eu tente Mione, por mais que eu lute, que eu me esforce, parece que nada dá certo, que eu estou fazendo tudo em vão... Às vezes eu acho que eu sou o pior pai do mundo, e que quem consertava tudo era Sophie, e que agora tudo vai ficar errado, por que eu não sei como trazer os meus filhos de volta!... Por que esses não são os meus filhos, eles são mais felizes que isso! Mas cadê a felicidade deles, cadê? – Então, ele não agüentou, chorou como uma criança pequena. E Hermione sem saber o que dizer, somente o abraçou, o consolando, como ela sempre fez em todos os momentos.
- Calma Harry, vai ficar tudo bem... – não sabia o que dizer. Como consolar alguém que acabara de perder a esposa e via seus filhos chorando todos os dias sem saber como agir? A única coisa que podia fazer era estar ao lado dele. Era triste ver o homem que ela ama chorando por outra mulher, mas ela sabia que a tristeza dele não era somente pela perda de Sophie, mas sim pelas conseqüências que isso trouxera para ele.
- A culpa disso tudo é minha Mione, eu sei disso! Sophie morreu por minha causa, meus filhos estão infelizes por minha causa. Isso parece um pesadelo. – disse Harry, se afastando de Hermione e levantando, indo em direção à janela. – Eu pensei que teria um pouco de paz na América, mas parece que os problemas me perseguem...
- Harry, nada é fácil nessa vida! Se fosse fácil, não saberíamos valorizar as coisas boas e a aprender as lições que as ruins nos trazem. Nós devemos sempre pensar de uma forma positiva, por que senão tudo irá parecer sem sentido! Ficar somente triste, sem reagir, não vai melhorar nada! Você tem que ser forte Harry, seus filhos precisam de você! – disse Hermione, se aproximando dele. Podia sentir que Harry começava a se acalmar. – Quer me contar como foi que tudo aconteceu? – perguntou calma. E então, Harry começou a contar pela primeira vez tudo o que acontecera naquele dia, não como um auror que acabara de perder um colega de trabalho em uma batalha, mas como um homem que acabara de perder sua esposa, a mãe dos seus filhos, lembrando de toda a tristeza que sentira no dia, de todos os medos e duvidas que sentira e que ainda sente. Hermione estava ao seu lado, lhe dando coragem para contar tudo. Ele já tinha relatado o que ocorrera para o ministro e para o chefe dos aurores da América, mas isso era diferente: pela primeira vez sentiu que alguém o escutava para poder acalmá-lo, e não para relatar os fatos em um arquivo. Quando terminou de narrar, se sentia mais calmo e com mais coragem de enfrentar a todos e tudo de ruim que viria pela frente!
- Mesmo com o passar dos anos você ainda possui esse dom. – disse Harry, após contar tudo para Hermione.
- Dom? Que dom? – perguntou, sem entender.
- O dom de me acalmar. Obrigado Mione. – e após dizer isso, Harry se aproxima dela. “Ai meu Merlin, será que ele vai me beijar?” Quando estava quase a beijando...
- PAPAI...
- Julie! – disse Harry, logo saindo correndo, com a intenção de subir as escadas. Mas antes mesmo de subir, reparou que não era um simples pesadelo de Julie, que tinha mais do que antes, mas sim que ela estada no patamar da escada, observando tudo que acontecia. – Você não estava dormindo? – perguntou Harry, tentando fazer com que a filha não comentasse sobre o que nem chegara a acontecer. Em vão.
- Queria um copo d’agua. Mas o que o senhor ta fazendo acordado à uma hora dessas, papai? E com a Hermione junto? – perguntou Julie, dizendo o nome de Hermione como se estivesse com nojo dela.
- Estávamos conversando Julie, só isso! – disse Harry, observando que a filha não estava gostando do que estava acontecendo. Mas antes que ela dissesse algo, Harry já foi logo mandando ela ir para a cama, dizendo que levaria para ela um copo d’agua quando ele fosse deitar, o que seria logo.
- Você não ia beijá-la, não é?! – perguntou Julie, deixando claro que tinha visto o que “quase” ocorrera na sala. – Você não pode fazer isso!
- Julie, por favor!
- Eu não quero que você fique com ela, eu não gosto dela! – disse Julie, falando bem alto e olhando diretamente para Hermione.
- Julie, por favor...
- Deixa Harry, tudo bem. – disse Hermione, finalmente tomando coragem para falar tudo o que estivera guardando desde que conhecera Julie. – Parece que você gosta de dizer tudo que pensa, não é Julie? – disse Hermione. Não iria se importar se Harry estava ali, tudo que queria era deixar bem claro para Julie que ela sabia se defender, mesmo ela tendo nove anos.
- Minha mãe sempre me ensinou a dizer o que eu penso! Guardar as coisas dentro da gente faz mal! – disse Julie, olhando para Hermione, mostrando claramente que ela era superior. – E eu só estou sendo sincera, Hermione!.
- Sim, é bom sim não guardarmos nada dentro da gente. Mas tem coisas que podem magoar as outras pessoas!
- Como se eu me importasse em te magoar! – disse Julie, não se importando em seu pai estar ali do seu lado! Tudo o que queria era aquela Hermione longe do seu pai, nem que pra isso ela tenha que ficar a vida toda de castigo!
- Isso é coisa que se diga? Tenho certeza que não foi assim que a sua mãe te educou srta. Potter! O que está acontecendo com você hein?! – disse Harry, não conseguindo acreditar no que acabara de ouvir.
- Papai, mas eu só estou sendo sincera! – disse, com cara de choro. Não podia deixar que o pai brigasse com ela, afinal, era ela que sempre ganhava quando eles brigavam. Mas dessa vez seria diferente.
- Mas isso não significa que você tenha que ser mal educada com as pessoas. E se alguém chegasse e dissesse que você desenha mal, ou que as musicas das quais gosta são péssimas? Você gostaria de ouvir isso? Eu acho que não! Você está agindo de uma forma que eu não estou gostando nem um pouco! Essa não é a Julie que eu conheço! Onde está a garota meiga e educada que é a minha filha?
- Morreu junto com a mamãe! – disse Julie, com os olhos cheios d’água.
- Que pena, por que sinceramente, eu não gosto dessa nova Julie que você se tornou! – disse Harry, com pesar. – Vai dormir filha, amanhã conversamos.
- Ta! Boa noite papai. – disse Julie, beijando o rosto do pai, sem nem ao menos olhar para Hermione.
- Não vai pedir desculpas para a Hermione? – perguntou Harry. Essa era a última coisa que ela, Julie, queria fazer! Mas quando viu nos olhos do pai que não tinha escolha, teve que fazer isso.
- Desculpa Hermione. – disse Julie, nem um pouco arrependida.
- Tudo bem.
Tudo o que Julie queria era sair o mais rápido possível dali, antes que o pai tivesse a grande idéia de lhe aplicar um castigo! E tudo por causa dela.
- Ah, e amanhã pode ir se preparando para arrumar toda a cozinha. Sozinha. E sem música!
- O que? – disse Julie, sem acreditar no castigo que o pai acabara de lhe aplicar. – Você não ta falando sério pai!
- Pode ter certeza que estou falando muito sério!
- Mas, papai...
- Sem mais Julie. Boa noite!
Vendo que não tinha como fazer o pai mudar de idéia, e que se ela não saísse rápido dali, o castigo talvez aumentasse, não teve escolha à não ser ir se deitar. Após os dois estarem sozinhos novamente na escada, não sabiam o que dizer um ao outro.
- Me desculpe Hermione, o comportamento da Julie, ela não era assim!
- Tudo bem Harry, acho que tudo está acontecendo tão rápido não é mesmo!? – disse Hermione, ainda abalada com tudo o que ocorrera nesse longo dia. – Bem, acho melhor irmos nos deitar! Amanhã o dia vai ser longo! Eu volto pela manhã. Boa Noite Harry. – disse Hermione, se preparando para aparatar em casa.
- Noite Mione. – disse Harry, lhe dando um beijo na bochecha.
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Oie...
acabei o cap... rsrsrsrs FELIZ ANO NOVO PARA TODOS.... rsrsrsrs td d bom... Tenho q agradecer esse cap a uma pessoa mto especial e q foi nomeada a minha beta: Jessiiiiiiiiiiiii.... esse cap eh dedicado p/vc!!!!!!!!! mto obrigada por tudo!!!! vc eh um anjo na minha vida sabia!??!?!?! rsrsrsrs O q axaram da Julie nesse cap??? essa minina eh a minha grande vilã.... uhauhauhauhuahhua olha, eu tenho q pedir q v6 comentem... me sinto taum triste esses dias... ninguem comenta na minha fic.... Aceito sugestoes tah?!?!?! Bjoks e ate+
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