Frutas,compras e trem.



- Eu realmente não estou acreditando nisso! - a voz rouca e chorosa da senhora Weasley não foi mais do que um sussurro.

- Molly, foi o que você sempre me pediu. Nos últimos anos nossas brigas têm se resumido a eu deixar meu emprego - Guilherme escutou a voz impaciente do pai.

Era tarde e o garoto tinha lavantado para ir ao banheiro, e na volta para o quarto escutou a briga que os pais estavam tendo na sala. Agora o garoto de doze anos estava sentado na escada escutando a briga com os pijamas mais curtos do que o normal e preocupado que os irmãos acordassem e presenciassem a briga.

- Artur! Eu sei! Mas você corria riscos. Agora [u]ele[/u] se foi. O exército [u]dele[/u] se foi. Você não corre mais riscos. E como vamos pagar as contas? Me diga! Como?

- Molly, se você parar de gritar...

- Eu não estou gritando! - a esposa interrompeu-o com a voz mais alta do que gostaria - Está bem, pode falar. - completou tentando parecer mais calma.

- Sente aqui, por favor - disse conduzindo-a para o sofá da sala e se ajoelhando na frente dela, assim seus olhos ficaram na mesma altura. - Eu não sou mais auror do Ministério, mas eu continuo sendo funcionário do Ministério - Entendeu? Tem uma vaga num departamento e me convidaram.

- Qual departamento?

- Departamento do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. Veja, Molly, continuarei a trabalhar em algo que gosto e realmente me interesso!

- Com o nosso celeiro daquele jeito? Você se dará ordem de prisão?! - disse desgostosa - Ah, Artur... Não se esqueça de que as crianças estão começando a estudar agora! Vamos precisar de dinhe...

- Schiii!!!! - Artur sussurrou colocando um dedo nos lábios dela e se sentando ao seu lado - Está tudo sob controle. Temos dinheiro no cofre para uns dois anos em Hogwarts com Gui e Carlinhos e vai demorar para Percy ir para a escola. Não se preocupe, Molly!

- Ah, Artur, tudo bem! - disse enxugando as lágrimas que teimavam em enxarcar seus olhos - O que importa é que estamos juntos.

- Isso, meu amor. Juntos para sempre...

Gui não escutou mais nada. Desceu alguns degraus e viu por que os pais tinham parado de falar. Eles agora se beijavam apaixonadamente no sofá da sala. Sentiu que ficou corado. Na verdade, o rosto dele estava em brasa. Envergonhado, ele achou melhor voltar para o quarto que agora dividia com Carlinhos e Percy também.



No começo de Agosto, na cidade de Ottery St. Catchpole se realiza a Festa das Frutas. É uma festa da comunidade trouxa, no entanto o Sr. Weasley gostava de ir até lá com suas crianças para que elas soubessem interagir com os trouxas. Esse ano o casal foi com os sete filhos e convidou as meninas Warren.

- Quanto mais gente, melhor! - Molly não concordou muito com o marido, mas para seu alívio Morgan as acompanhou.

- Estou precisando me distrair um pouco! - disse Morgan, bem humorada, sentada numa cadeira com Rony nos braços. As outras crianças estavam ao redor, correndo e brincando junto com crianças trouxas.

Gina estava no colo do pai. A mãe tentou fazer com que ela dormisse, mas o bebê de um ano era tão levada quanto os irmãos mais velhos, a diferença é que ela só podia ficar olhando para os irmãos, dando gritinhos e pulinhos quando um deles ou as meninas se aproximavam muito dela.

- Stockard teve que ir a Paris. Coisas da fábrica. Vocês acreditam que ela queria levar todas nós?! Ah, não mesmo. Passo o ano todo fora de casa, nas férias eu quero descanso.

- Ela vai demorar, Morgan? - Molly perguntou.

- Não, próxima semana ela volta. - respondeu trocando a posição de Rony em seu braço.

Todos almoçaram na feira mesmo. Além de barraquinhas com comida, a feira também dispunha de diversão tanto para as crianças como para os adultos. Já era noite quando voltaram para casa caminhando.

- Graças ao Merlin, todos desabaram nas camas. Bom, pelo menos os mais novos - Molly completou ao ver seus filhos mais velhos conversando animadamente com as amigas. E Artur já tinha os braços vermelhos de tanto agüentar os pulinhos de Gina.

- Molly e Artur, muito obrigada pelo dia. Como sempre a companhia de vocês foi maravilhosa! Mas essas [i]malandrinhas[/i] aqui também vão para casa, tomar banho e cama! - houve protestos das crianças, mas Artur interveio.

- Vamos acompanhar vocês até em casa. Vamos, meninos! Tudo bem, Molly?

- Ah, sim. Tudo. Só assim eu consigo que essa pequena durma. - assim pegou a filha e se despediu subindo as escadas.


- Tia Morgan?! Por que vocês não ligam sua lareira à rede do Flu? Ia ser bem mais fácil. - Carlinhos perguntou segurando na mão de Samara para que esta não caísse numa poça de lama.

- Ah, meu querido, eu sei. Mas não podemos. Isso furaria o bloqueio dos encantamentos e da mágica que protegem a nossa propriedade! A proteção não é adaptável ao Flú, pois na época em que foi feita ele não existia.

Depois de quinze minutos, eles chegaram à casa das Warren. Na hora de irem embora, Artur se lembrou de algo.

- Morgan! Eu ia esquecendo! A carta de Samara já chegou? Ah, que ótimo! Vamos daqui a quinze dias ao Beco Diagonal, que tal irmos todos juntos?

- Que idéia maravilhosa! Assim Stock vai junto!

- Nós vamos conhecer o Beco Diagonal? - Samantha perguntou quase derrubando Guilherme ao passar - Desculpa... Vamos?

- Vamos sim. Agora não vemos porq...

- Demais! - disse Samantha abraçando a tia. Desde as férias da Páscoa a menina estava tratando-a melhor, a Minerva também. O que Morgan achou um avanço considerável, mas achou melhor não comentar para que a menina não se retraísse de novo.



Depois de horas andando pelo Beco Diagonal, os adultos quiseram dar uma parada na sorveteria. O senhor Florean veio atendê-los em pessoa. Gui, Carlos, Sam e Samara estavam saboreando, cada um, um enorme sorvete com biscoitinhos crocantes. Os filhos mais novos dos Weasley haviam ficado na casa do avô paterno, para assim os pais comprarem o material escolar dos mais velhos com uma relativa paz.

- Pai, deixa a gente ir ver a loja de vassouras? - Carlinhos perguntou para o pai com a boca toda melada de sorvete de menta.

- Por que vocês não esperam mais um pouco e vamos todos juntos? - o pai perguntou, mas a resposta foram resmungos e protestos das crianças.

- Deixa as crianças, Artur! Os artefatos de quadribol é logo ali na frente. - disse Stockard animada. Estava muito feliz em ver as sobrinhas tão animadas.

- Tudo bem ! - disse Artur, olhando para Molly, mas esta acentiu.

- É, vão crianças. E dêem uma olhada na nova Shotting Star. Nosso novo lançamento. - disse Morgan piscando animadamente para as crianças, que já desapareciam das vistas deles.

- Olha, olha um uniforme completo do Chuddley Cannons. - Carlinhos falou espremendo o rosto na vitrine.
- Um bando de perdedores! - Samara disse se espremendo também - O United Puddlemere é muito melhor!

- O que foi que você disse? - Samantha puxou a irmã nervosa.

- United Puddlemere, quarto lugar na divisão, Sam. Não sabia que você se interessava por quadribol...

Gui olhou para a amiga. Ela parecia bastante abalada e se afastou um pouco da vitrine, e começo a caminhar.

- Hey, Sam. Papai disse para a gente não se afastar da loja! O que foi?

- Puddlemere, Gui! - o garoto continuou sem entender - É como a minha mãe me chama... - a garota esclareceu infleiz.

- Ah, deve ter sido o time predileto dela, Sam! - Gui tentou animá-la - vamos voltar, já nos afastamos muito. Se a gente se perder, a mamãe me mata! - e pegou na mão dela e a puxou. No entanto alguém os impediu de prosseguir, pois parou Guilherme com uma bengala lustrosa e elegante.

- Ora, ora, Artur Weasley não deveria deixar sua cria sozinha desse jeito - era um homem alto e loiro, com o rosto pontudo e pálido, uma voz arrastada que Gui achou irritante - E veja só, ele tem uma amiguinha. - o homem olhou para Samantha e ao ver seus olhos violetas, os olhos cinzentas e frios faiscaram - E não é a filha de Dimitri Grindelwald?! Tsc, tsc, tsc... Seu pai ficaria muitíssimo desapontado com a sua companhia, menina!

- Quem é o senhor para falar com a gente desse jeito? - Guilherme se encheu de coragem ao sentir a mão da menina apertando a sua ao ouvir o nome do pai.

O homem a sua frente apenas riu do garoto. Gui estava começando a se arrepender de ter saído de perto do pai, quando um outro homem cumprimentou o loiro.

- Lúcio! Você estava querendo... Ora, ora... O que você tem aí? - as crianças engoliram em seco ao constatar que era seu professor de Poções que o cumprimentava.

- A filha de Dimitri e o filho do perdedor Weasley, Severo! Lembra dele? - nesse momento Samantha teve que conter Guilherme. E logo em seguida ela sentiu uma pequena pontada na cabeça. [i] "Nunca vi duas crianças para sempre estarem onde não devem, na biblioteca e agora com Lúcio..." [/i] Mas o professor Snape notou a intrusa na sua mente. E olhou enojado para eles.

- Lúcio, divirtasse com coisas menos sujas, meu caro amigo! Agora vão, desaparecem daqui! Vão! - Gui não esperou muito e puxou a mão de Samantha. Correram até a loja de quadribol. Os pais de Gui e as Warren já estavam esperando por eles.

Receberam reprimendas por terem se afastado, mas não protestaram nem comentaram nada.

Só na ida para a casa, no carro de Morgan, é que Gui falou tudo ao pai. Morgan reagiu primeiro:

- Não comentem com ninguém, sim? O que ele queria era dar um susto em vocês. Ele não faria nada!

- Não em público! - completou Artur pensativo



Os pais não comentaram mais nada sobre o acontecido com Gui. Como seu pai não tirara férias, ele e Carlinhos tiveram que ajudar a mãe no que puderam e assim as visitas ao Jardim, na última quinzena de férias, foram canceladas.

- Crianças, camas!

- Ah, não! Por favor, a gente vai embora amanhã...

- Justamente por isso, Carlos. E não adianta fazer chantagem. Boa noite, escovar os dentes e cama!

- Eu queria ao menos esperar o papai - disse Gui, recolhendo as peças do jogo que estava jogando com o irmão.

- Eu sei, meu querido. Mas eu não faço idéia de que horas vai ser isso! Amanhã, Morgan e Stockard levarão vocês. Boa Noite, e não acordem o Percy.

Gui estava um pouco intrigado. Desde aquele dia no Beco Diagonal, Samantha tentara falar com ele, mas eles não tiveram muitas chances.

"Vamos ver se ela consegui me dizer alguma coisa amanhã...", a partir daí não pensou em mais nada porque caiu num sono profundo e só acordou com Carlinhos lhe chamando no dia seguinte.




*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Tá, o título é meio idiota, mas vale! hehehehe

Bom, acho que só tenho mais um cap pronto; o resto vai demorar... pois eu simplesmente travei... e to um pouquinho desestimulada.....

um xerin para todos!





BOM, ESSA PARTE AINDA NÃO ESTÁ BETADA, MAS EU VOU PROVIDENCIAR ISSO ASSIM QUE EU TIVER TEMPO....

COLOQUEI APENAS PORQUE FAZ MUITO TEMPO QUE EU NÃO ATUALIZO..... ESPERO QUE GOSTEM.......





O trem já estava a meio caminho de Hogwarts. A cabine, não estava parecendo exatamente uma cabine, estava mais para um "grande" salão de festas. Ayasha, com o rosto bastante queimado do Sol, contava animada como fora as suas férias para Samantha e Holly. Troy, Sig e Gus conversavam animados. Samara e Carlinhos já estavam enturmados. Theo foi enviado para chamar a senhora com o carrinho de doces.

Depois de todos comerem colocaram os uniformes e agora davam dicas para os alunos novos sobre as aulas.

- Bom, Minerva? Bem, o único jeito de sobreviver às aulas dela é estudando mesmo. - Holly respondeu pegando o último sapo de chocolate, que Gui e Samantha disputavam à dez minutos.

- Vocês vão gostar da Sprout e Flittwick... Na verdade, só existe um grande problema: Snape. - Troy falou fingindo muito horror.

- A única dica que eu tenho para vocês, jovens, crianças, inocentes e inesperi...

- Deixa de enrolar, Gui, e fala logo! - Carlinhos disse impaciente.

- Ficar sempre nas últimas cadeiras - completou calmamente, se encostando no assente, ao lado de Samantha - Grifinória tem aulas de Poções junto com a Sonserina, e ele defende a Sonserina sempre - explicou a ver o rosto de quem não tinha entendido nada, do irmão.

- Ele é o diretor da Sonserina? - Samara perguntou à irmã mais velha.

- Ah, não. Ele só começou a ensinar há um ano. Só professores antigos é que são diretores. Bom, é claro que é necessário que eles tenham pertencido à casa...

- Flittmick é da Corvinal. Sprout é da Lufa-Lufa. McGonagall, Grifinória. - Gui enumerou - Não sei quem é o da Sonserina!

- Professora Parker, ensina Aritmancia. - Samantha se encostou ao lado de Gui...

A cabine estava muito cheia. Nove pessoas se expremiam onde só cabia no máximo cinco. Foi com grande alívio que eles desembarcaram na Estação de Hogsmeade. Despediram-se de Samara e Carlos, pois estes iriam para a escola nos barcos.

Gui observou as meninas se encaminharem para as carruagens "sem cavalos". Depois, ele e os amigos seguiram direto para a mais próxima



- Eu sabia que vocês iam ficar na Grifinória! - exclamou Gui, se servindo de mais uma coxa de galinha e piscou para Carlos e Samara.

- Como assim você sabia? - Samantha se expantou - Você cruzou os dedos e estava tão vermelho...

- Ah, eu simplesmente sabia! Papai e mamãe estiveram na Grifinória. Eu [b]estou[/b] na Grifinória... É claro que Carlinhos ia ficar aqui. Quem sabe todo o resto da família fique aqui...

- Por isso não! Nem toda família fica na mesma casa. Os irmãos da Ayasha são da Corvinal... Tem gêmeos que são separados... - Samantha retrucou pensativa - Não agüento mais comer... Cadê a sobremesa?

Todos caíram na gargalhada, pois a garota já tinha se servido três vezes.


- Hei! Psiu!?

- Senhor Weasley! Se eu ouvir mais um "psiu" na minha aula será menos dez pontos para Grifinória! - Profa. McGonagall advertiu o aluno que tentva falar com Samantha, que estava à sua frente - Hum, voltando ao assunto! Transformar qualquer material em vidro é muito complicado. Pois é necessário muita prática para atingir a transparência exata...

Samantha repreendeu Gui com o olhar e apontou para os pergaminhos como se estivesse mandando ele copiar a matéria no quadro. Ele apenas bufou.

- Repitam comigo. Não, não senhor Fristen, sem a varinha. Repitam: [i]Vera vertum[/i] Vamos lá, o "r" bem pronunciado. [i]Vera vertum[/i].

Todos fizeram o que a professora mandou. E assim a aula seguiu até o fim.


- Posso saber o que era tão importante para você não conseguir esperar até o fim da aula? - Já era noite e estavam na Sala Comunal.

- Ah, sim! Está vendo? Eu acabei esquecendo! - falou mal-humorado, como se a culpa fosse da própria Samantha - Vem cá! - puxou ela até um canto distante do grupo, que agora estava muito barulhento por conta do Snap Explosivo que jogavam - O que você queria contar sobre aquele dia no Beco? - perguntou ansioso.

- Eu?! Nada - Ele olhou incrédulo para ela.

- Como assim nada, Sam? Você fiou super desesperada para me contar... Meus pais é que quiseram ir para casa...

- Hei, lembrei... - interrompeu o garoto um pouco constrangida - como eu fui esquecer algo tão importante... Por Merlin. Ayasha deve ter razão: eu estou estudando demais. - Guilherme sentou-se no sofá que tinha acabado de ser esvaziado por alguns quintanistas.

- Quando você quiser me contar o que é me avisa! Está bem?!

- Ah, Gui! Não enche! - e sentou-se ao lado dele, depois de verificar que ninguém ouviria. - Advinha quem era o homem misterioso na biblioteca da minha casa há dois anos?

Ele ficou surpreso, na verdade, abobalhado.

- Como? Quero dizer: quem? E como você descobriu?

Mais uma vez ela verificou se alguém ouviria.

- Nosso amabilíssimo Prof. Snape... É, eu sei. Fecha a boca. - a menina acrescentou ao ver a cara de surpresa dele e relatou o que acontecera com sua mente no Beco Diagonal.

- Mas por que? Ele estava falando com Malfoy!

- Eu ainda não terminei! - Gui foi interrompido por ela, que já estava impaciente para contar toda a sua teoria. - Naquela noite na biblioteca, tia Morgan pediu para eu não falar nada sobre aquele cara. Eu achei super estranho... No outro dia, eu perguntei mais ... Poxa, ele poderia ser um espião... Mas aí ela me disse para não me preocupar porque ele era da Ordem.

- E?? - perguntou, impaciente, ao ver que ela fez uma pausa.

- Você realmente não pensa! Ele é um... era um espião, sim! Mas da Ordem. Tinha muita gente lá, naquela noite. Talvez eles não confiassem em todo mundo.

Gui ficou em silêncio, absorvendo tudo o que ela havia dito. Depois se desanimou.

- Pena, que a gente não se lembra de tudo o que eles falaram...

- Quem disse que eu não lembro? - essa resposta surpreendeu o ruivo.

Samantha foi até a mesa onde ela havia deixado o seu material. Gui viu que ela pegou a bolsa dela.

- O que você tem aí? - perguntou observando que ela remexer a mochila.

- Achei! - Tirou um caderno com capa de seda e começou a folhear suas folhas de papelo de arroz. - Naquela noite, eu anotei todos os tópicos abordados na reunião. Fiz isso antes de você chegar e estragar tudo.

- Posso ver? - perguntou com os olhos azuis brilhando.

- Mas é claro que não! Só no dia em que eu estiver completamente louca eu permitirei que você leia o meu caderno! - A menina retrucou mal-humorada e começou a passar a vista nos tópicos mais importantes. - A ministra Bagnold fez um pequeno relatório e deu autorizações para algumas medidas serem tomadas no Ministério. Bom, o fato dela ser da Ordem é secreto. Só o alto escalão sabe disso. Eu escutei isso numa conversão das minhas tias.

- Se isso for verdade, lá só tinha gente do alto escalão! - gui completou o pensamento dela.

- E quer dizer também que se nem pessoas do alto escalão podiam saber do Snape, é porque Dumbledore já sabia que tinham um espião lá... Espera aí, não só Dumbledore, a Sra. Potter disse algo parecido...

- Samantha, como nós somos burros! - a menina olhou ofendida para ele - Black! - disse exasperado.

- Olha aqui. Já basta ser uma Grindewald, que vivem a margem da sociedade. Uma Warren, que ninguém respeita, e uma Dumbledore, que todo mundo só faz cobranças. Aí, vem você me chamar de Black! Sim, minha avó-paterna era uma, mas eu nem me lembro do rosto dela - Samantha parecia realmente ofendida. Mas Gui teve que se conter para não rir.

- Ô, maluquinha! Eu estou falando de Sírius Black. - Agora parecia que tudo tinha ficado claro para ela. - Ele era da Ordem e um dia depois da noite que Você-sabe-quem se foi, ele foi preso, por ser seu seguidor, lembra?

- Ah, sim! Claro... Então não adianta nada.

- O que não adianta?

- Ficarmos discutindo isso - ela deu uma pausa para ver se alguém estava olhando - Já temos o que aconteceu e quem foi...

- É mesmo... Hei, estamos esquecendo do Malfoy. Papai acha que foi ele quem mandou as salamandras lá para casa, lembra?

- Claro. Malfoy disse que estava sendo obrigado a seguir o coisa ruim. E fo perdoado. E, bom, aparentemente os dois, Malfoy e Snape, estiveram na Sonserina, podem muito bem serem amigos dessa época.

- É, tudo é possível...

- Podemos saber o que os dois pombinhos tanto conversam? - a voz risonha de Gus perguntou, o jogo tinha terminado.

A cara mal-humorada de Samantha foi resposta suficiente para ele não repetir aquele tipo de gracinha.


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