Pensamentos, memórias e um bei



Harry abriu a porta do escritório para Gina e lhe indicou uma cadeira. Gina ainda não tinha entrado naquele cômodo da casa e ficou encantada. Era cheia de quadros dos pais de Harry, quadros de Rony, Hermione, Sirius, de Dumbledore e dela.

O dela estava em um lugar estratégico, em cima da lareira que no momento estava apagada.

- Lindos não são? – disse Harry

- Quem fez? – perguntou ela.

- Um pintor amigo meu. Eu dei a ele algumas fotos e ele fez os quadros para mim. – e se virou para o quadro dela. – Este é um dos meus preferidos.

- Ficou muito bom mesmo! – ele estava meio sem jeito, afinal ele tinha um quadro dela e isso significaria alguma coisa para ele.

- Esta com frio? – perguntou ele e ela fez um aceno positivo com a cabeça. Então Harry acendeu a lareira com um aceno de varinha enchendo o aposento de calor e luz.

- E agora? De que forma vai tentar me convencer? – disse ela.

- Antes de começar eu queria que você terminasse de contar porque nunca transou com o Darvin e para quem esta se guardando. Afinal não é muito normal sabe, você tem 22 anos, é uma mulher linda e fabulosa. Não que eu esteja reclamando, ó não! Estou achando apenas diferente. – disse Harry se sentando na cadeira detrás da mesa.

Gina ficou muito corada.

- Acho que isso não vem ao caso Harry! – ela estava na defensiva outra vez.

- Para mim isso seria muito importante! – ele

- E por quê? – ela

- Porque eu acho que você esta se guardando pra mim! – disse ele todo pomposo.

Ela corou ainda mais.

- Você ainda me ama não é? – disse ele. – Ou não estaria aqui, não teria ficado em paz comigo. Diga que ama!

- Você acha? Eu por acaso demonstro te amar? – ela

- Você salvou minha vida lembra? – ele

- Queria que eu tivesse deixado você morrer? – ela

- Não! – ele. – Mas você ficou muito mais preocupada que o normal, você apenas tinha salvo seu parceiro de trabalho e nada mais.

- Ok! Você quer saber por que eu nunca fui de ninguém e eu vou ter contar. – ela. – Como eu já lhe disse o Ben tentou muitas vezes e um dia em que nos bebemos muito ele me levou para a casa dele e fomos pra cama. Ele tirou minha roupa e começou a me tocar, era bom, mas estava faltando alguma coisa.

- O que? – perguntou ele.

- Estava faltando amor! – ela. – Não tinha amor e sim desejo. Então eu pedi para ele parar e ele disse que não iria parar. Ele tentou me forçar e eu gritei o nome de outra pessoa e ele me largou.

- O nome de quem? – ele

- Isso não importa! – ela. – Desse dia em diante ele não tentou mais nada. Dizia que quando eu estivesse pronta ele estaria lá. Só que eu nunca me sentia pronta. Tentamos outras vezes e eu não sentia nada, eu queria que minha primeira vez fosse com amor.

- Vai ser. – disse Harry se levantando. – Obrigada por me esperar!

- Eu não disse que seria você Harry. – mas ela estava louca pra ser toda dele.

- Você vai poder se decidir. – ele foi ate um armário e tirou de lá aquele mesmo embrulho que ela já tinha visto.

- O que é isso? – ela

- Você tem ai uma dose de Veritasserum? Ou você sabe Legilimência? Ou quem sabe você queira me torturar com o Crucius até eu confessar? – disse ele com um sorriso.

- Não para todas as alternativas. O que é isso? – pergunta ela de novo.

- Pense em alguma coisa que você possa usar para ver minhas memórias então. – disse ele se sentando novamente.

Gina pensou por uns minutos e arregalou os olhos para o embrulho:

- Como por mil diabretes você trouxe isso para cá?

- Calma! Ta achando que eu entrei lá e roubei? – disse ele ofendido.

- Então me explica como! – ela ainda olhava o pacote de olhos cada vez mais arregalados.

- Eu pedi emprestado. – disse ele com uma simplicidade que não cabia a tal momento.

- COMO ASSIM? – era inacreditável. – Quer dizer que você foi ate Hogwarts e pediu para a Diretora Minerva McGonagal a LENDARIA Penseira de DUMBLEDORE?

- É! – ele não entendia o que poderia ser assim tão absurdo. – Eu expliquei tudo pra ela e ela disse que eu deveria tomar todo cuidado com a peça e que a convidasse para o casamento.

Se tinha como Gina ficar mais corada, ela ficou:

- Casamento? O do Rony? – disse ela disfarçando.

- Não minha flor. O nosso. – disse. – E vamos logo com isso!

Harry desembrulhou a Penseira com todo cuidado, a luz prateada rodopiava no ar. Ele deu a volta na mesa ficando ao lado de Gina, segurou firme em sua mão, se concentrou, pegou a varinha e a encostou sua ponta próxima ao seu ouvido. Gina viu um fiapo de luz sair grudado a varinha e depois Harry o colocar dentro da Penseira.

- Você primeiro! – disse Harry.

- O que eu tenho que fazer? – perguntou ela. – Eu só me lembro de você me contar sobre isso, mas eu nunca usei.

- Encostei seu rosto na Penseira e pronto! – disse ele simples.

Gina encostou o rosto naquilo que parecia liquido, mas não era, e nem era frio ou quente. Ela se viu caindo e caindo. Ate que aterrissou em um gramado. Não demorou muito Harry já estava ao seu lado.

- Onde estamos? – perguntou ela.

- Não reconhece este lugar? – e ele apontou para o imponente castelo de Hogwarts. – Estamos no dia da festa. Venha. – e pegou Gina pela mão levando-a para onde havia um grande número de pessoas dançando, demoraram certo tempo para “se encontrarem” na multidão.

- Olha você ali! – disse Gina apontando para um Harry magricela que dançava com uma Gina bem mais menina. – Você esta saindo e eu fiquei com a Luna. – eles seguiram o Harry jovem ate que este e encontrou com Cho Chang.

- Olá Cho! – disse o Harry jovem. – Nossa! O que aconteceu?

- Ah! Olá Harry! – disse a garota limpando os olhos. – Estava mesmo querendo falar com você. Será que poderia me acompanhar um segundo?

“Safada!” - pensou a Gina mais velha.

- Claro! – disse Harry jovem

E Gina olhou criticamente para o Harry mais velho ao seu lado, que apenas mostrava um sorriso nos lábios.

Entraram com os Harry e Cho jovens em uma sala vazia. Cho se pendurou no pescoço de Harry.

- O que esta acontecendo? – disse o Harry jovem e Gina reparou que ele tentava tirar Cho de perto, mas sem muito sucesso.

- Sinto falta dele Harry! Do Cedrico! Ele podia estar aqui hoje. Mas não esta e eu me sinto tão sozinha e era tão bom quando... quando estávamos juntos sabe, eu e você, assim eu não me sentia tão sozinha.

Gina via a cara que safada que Cho fazia e a cara de desespero de Harry.

- Onde você quer chegar com isso? – disse Harry jovem.

- Volte pra mim Harry! – disse Cho tentando beija-lo e Harry tentava desviar.

Gina viu Harry finalmente conseguir fazer Cho se desgrudar dele e falar quase gritando para Cho:

- Entenda uma coisa, porque eu só vou falar uma vez. – o Harry jovem estava mesmo nervoso. – Eu amo a Gina e quero me casar com ela. Você só me quer para tampar o lugar do Cedrico, mas você tem, eu disse TEM que entender que eu não sou um bichinho de pelúcia que se abraça durante a noite pra não sentir medo do escuro e se larga durante o dia. EU AMO A GINA! – e viu Harry jovem sair da sala.

Depois disso as imagens ficaram turvas e ela se viu parada na cozinha da Toca. Harry jovem e ela menina estavam sentados na mesa tomando chocolate quente. Não havia carinho, nem sorrisos e sim um silencio.

- Gina! – disse Harry jovem quebrando o silencio perturbador. – Você esta tão estranha! Eu fiz algo errado?

- Ó não Harry! – disse Gina um tom de voz seco. – Eu é que estou errada!

- Como assim! – disse Harry colocando sua mão em cima da dela.

- Acho que nós não vamos dar certo Harry! – disse ela puxando sua mão e tomando mais um gole de chocolate.

- O que você quer dizer com isso? – Harry parecia preocupado.

- Que o encanto acabou e eu não sei se sinto alguma coisa por você ainda! – ela estava com os olhos marejados.

- Não brinque com isso Gina! Agente se ama! – ele parecia meio desesperado.

- Desculpe! Não da mais! – e saiu para seu quarto deixando Harry chorando na mesa.

Novamente as cenas ficaram turvas e Gina se via agora no Beco Diagonal tomando sorvete com Dino Thomas e viu o Harry jovem passar por eles incrédulo, mas na disse uma palavra.

Tudo ficou turvo novamente. Gina já não queria ver mais nada só chorava em silencio ao lado de um Harry que agora tinha também os olhos marejados. A cena que se seguiu foi, Gina se lembrava, do mesmo dia em que Harry há viu com Dino, era na Toca.

- Vocês estão juntos? – perguntou Harry se aproximando de Gina que estava sentada em uma poltrona lendo um livro sobre o curso para se tornar Auror.

- Sim! – disse ela seca. – Harry eu não estou muito afim de conversar porque ao invés de você eu vou ter que estudar muito para ser Auror. – disse ela, pois Harry tinha sido chamado para o trabalho dispensando os três anos de curso necessários para a formação de um Auror.

- Desculpe! – disse Harry indo para para o quarto que estava dividindo com Rony. No momento Rony estava no quintal com Hermione aproveitando a bela noite para olhar as estrelas, então Harry se deitou em sua cama de armar e chorou, como nunca antes havia chorado.

Gina viu Harry passar noites e noites sem dormir, ou sonhando com ela, ele ate ficou doente pois se recusava a comer.

Ela viu ele saindo da Toca e indo morar sozinho naquela casa enorme, as vezes vagando pela casa a noite sem conseguir pegar no sono. Viu ele passar noites em claro admirando o quadro que a pouco ela viu pendurado o escritório.

Ela não agüentava mais ver o quanto ela tinha errado e feitos os dois sofrerem. Suas pernas começaram a tremer e ela caiu. Era dor demais. Como ela havia sido tão cega. Tentou por anos odiar o amor de sua vida enquanto ele sofria por ter gritava para aquela vaca da Chag como ela a amava.

Ela sentiu os braços musculosos de Harry envolver seu corpo num abraço sofrido, os dois ficaram chorando abraçados por tanto tempo que já não importava mais nada, nem passado e nem quem errou ou acertou. Quando Gina abriu os olhos viu que estava novamente no escritório de Harry. Eles se olharam nos olhos vendo ali o seu maior refugio, foi um olhar aconchegante e sem cobranças. Gina tentou falar e sua voz não saiu. Na verdade não era preciso falar nada, o olhar dizia tudo, mesmo assim ela ainda tentou dizer alguma coisa e novamente a voz não saiu. Então foi Harry quem disse:

- Para que palavras? Eu só preciso de você! – Ele passou as costas da mão no rosto manchado de lagrimas de Gina, o afago era tão bom.

- Eu agora me sinto pronta! Amo você mais do que eu mesma poderia um dia imaginar. Quando por qualquer motivo você me ver nervosa com você ou de cara fechada, pode me agarrar e me encher de beijos e carinhos, porque você pode ter certeza que é isso que meu coração vai estar querendo fazer com você! – Ela suspirou e tomou novo fôlego. – Eu fui cega...

- Gina não fale nada! – disse Harry.

- Não! Eu tenho que dizer. – soluço, pausa. – Eu fui cega, uma boba, podia ter divido com você as minhas duvidas e conversado sobre o que eu vi, mas me deixei levar pelo ciúme e eu peço perdão! E se você não me quiser mais, ainda será pouco pra mim! – e desatou a chorar de novo.

Em reposta Harry a abraçou mais forte e disse no ouvido dela:

- Eu amo você e não quero ficar longe de você nunca mais. – ele lhe deu um beijo na testa, olhou nos olhos dela, vermelhos e sofridos e disse. – Você aceita ser a Sra. Potter?

Ela não sabia o que fazer, sua voz traidora falhou novamente e ela só pode responder com um beijo. Mas não foi um beijo qualquer. Foi um beijo guardado a anos, um beijo que tentava demonstrar como a saudade doeu, como os lábios sentiram falta desse toque, um beijo quente.

As línguas se tocavam com um carinho tão intenso, parecia ate uma dança de sedução. Era magnífico estar ali sentindo que já era hora de se entregar.
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Comentario breve: Yumi Morticia, deixa a menina sentir vontade de fazer as coisas, ora essa! kkkkkkkk...

Estou escrevendo o mais rapido que posso, afim de começar uma nova fic que eu espero que vocês acompanhem!

BeijO

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