Até Hermione Granger pode ment

Até Hermione Granger pode ment



36º capítulo – Até Hermione Granger pode mentir


 


 Estávamos dentro do trem há dois dias quando cruzamos a divisa da Hungria com a Sérvia. Meu cérebro estava parado, sem conseguir processar nada. Eu não olhei placas, não vi cidades...Não vi o tempo passar. Mas ele passou. Hoje, quatorze de março e estamos há um dia e meio de Belgrado, capital da Sérvia. Estamos em um trem lento, barato e apertado. Cada um tem sua própria cabine...Pequenas demais para abrigarem duas pessoas. Devo confessar que essa era a intenção desde o começo.


 


 ***


 


 Oberwart é uma pequena cidade, quase na divisa da Áustria com a Hungria. Depois de se perderem nas confusas estradas austríacas, Luna e Colin finalmente chegaram na cidade. Cansados demais, resolveram que seria uma boa idéia passar um último dia em território austríaco antes de seguir viagem para Budapeste. Estavam exaustos de procurarem sinais, e acharam pouquíssimos deles, mas principalmente, estavam começando a perder suas esperanças.


 O sol nasceu um pouco mais quente naquela manhã. A manhã que mudaria tudo. Os dois procuraram um hotel e foram dormir.


 


 ***


 


 Gina estava sentada em sua cama, as pernas cruzadas enquanto observava o céu clarear rapidamente. O cabelo curto estava balançando forte por causa do vento que entrava pela janela aberta. Seus olhos estavam um tanto desfocados, mas pareciam assustadoramente decididos.


 Ela usava seus shorts rosa escuro e uma camisa branca. A paisagem da Sérvia era bonita, definitivamente. Ginevra já tinha quase superado a notícia, quase. Se tudo desse certo...Bem, ela poderia continuar com Draco.


 Ela suspirou...


 


 ***


 


 Jorge e Fred Weasley entraram no apartamento de Rony sete e meia da manhã. Sendo sábado, eles deveriam abrir a loja no Beco Diagonal, mas isso um funcionário faria hoje. Porque o mais importante era, sem dúvida, cuidar de Gininha.


 


-RONY! – Fred falou alto, abrindo a janela – ACORDA!


 


-Quê? – Rony sentou na cama assustado. Encarou os irmãos, incrédulo – Vocês estão fazendo exatamente o quê?


 


-Harry falou que vocês compraram um videogame novo – Jorge falou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Viemos jogar.


 


-Hoje é sábado – Rony respirou fundo, tentando não gritar com eles.


 


-Nós sabemos – os gêmeos responderam juntos – E aí? Vai demorar?


 


 ***


 


 Deitado em sua minúscula cama, Draco abriu seu pequeno caderno e releu a carta que escrevera para Pansy. Na carta, ele dizia que logo estaria em casa. Perguntava dos preparativos para o casamento e pedia para Pansy fazer companhia para sua mãe. Draco não tinha muita certeza do que iria fazer, mas sabia que não ficaria sem Gina.


 Pelo menos ele achava que não.


 Ele estava irritado com o tamanho ridículo daquele trem, porque não conseguia dormir com Gina mais.


 


-Draco! – Star espancou a porta – Acordado?


 


-Impossivel não estar – ele resmungou e abriu a porta – O que foi?


 


-Blaise não quer acordar – ela suspirou, dramática – Eu já chamei...Mas você sabe que ele tem o sono pesado.


 


-A Gina já acordou? – ele perguntou, esperançoso.


 


 Se Gina lhe desse um beijo e um sorriso, seu dia já estaria completo. O cabelo de Star estava um confusão loira e Draco segurou um sorriso.


 


-Não, acabei de passar lá. Vamos Malfoy? – Star o encarou, irritada.


 


-Nervosinha hein? – ele zombou, seguindo-a pelo corredor apertado.


 


 ***


 


 Hermione olhou seu relógio pela milésima vez. Harry e Rony estavam emburrados na sala, vendo Fred e Jorge se divertirem jogando videogame. Depois do estardalhaço todo, os dois acabaram acordando para irem fazer companhia aos gêmeos.


 Hermione, surpreendentemente, estava acordada. A lareira da sala fez um barulho enorme quando a cabeça de Violet Sanches apareceu nas cinzas.


 


-Oi – Hermione sorriu para a amiga de trabalho – Algum problema?


 


-Precisam de você no Ministério – Violet olhou tensa para Hermione – Chefe. Não sei exatamente o que aconteceu.


 


-Precisamos ir também? – Harry olhou preocupado para a lareira.


 


-Só Hermione – Violet disse, efusivamente – Estou te esperando.


 


-Problemas? – Rony perguntou.


 


-O de sempre – Hermione suspirou e observou os gêmeos. Eles estavam gritando animados e praticamente pulando do sofá enquanto jogavam videogame.


 


 Ah como ela odiava aquela coisinha estúpida.


 


-Minha vez – Harry avisou, sentando do lado de Fred – Você perdeu.


 


-Porque eu sou o último? – Rony reclamou.


 


 ***


 


 O trem chacoalhou enquanto uma pequena mulher servia café da manhã nas apertadas mesas. Gina estava usando óculos de sol, a cabeça apoiado no ombro de Draco. De frente para eles, Star e Blaise conversavam.


 


-Meu, é tão cedo – Blaise suspirou, inconformado. Também usava óculos de sol – Esse negócio chacoalha tanto que é impossível dormir.


 


 A vegetação estava incrivelmente verde, como se o verão estivesse em seu auge. Gina sentiu o vento fresco que entrava pela janela...Sentiu o calor de Draco. Na verdade, ela conseguia ouvir a batida suave de seu coração. A voz dos amigos parecia vir de um lugar muito distante. Ela continuou com os olhos vidrados, sem saber, exatamente, o que a faria sair daquele torpor.


 Provavelmente nada.


 


-O que tem de bonito na Sérvia? – Star estava perguntando para Draco.


 


-Sei lá – Draco sorriu, tomando cuidado para não se mexer e incomodar Gina – Provavelmente prédios...Ruas...Museus... – era uma provacação de brincadeira, com Gina. Mas ela não falou nada.


 


 Na verdade, se seu peito não estivesse subindo e descendo lentamente, ela poderia até mesmo estar morta. De tão imóvel que estava.


 


-Às vezes tenho a terrível impressão de que estamos no fim da viagem – Star apoiou os cotovelos na mesa, e descansou sua cabeça nas mãos – Vocês não sentem isso?


 


-O tempo todo! – Blaise concordou – Chambinha, será que estamos lendo nossos pensamentos?


 


 Blaise estava tão animado que Draco não pode evitar um risada. Blaise podia ser bem idiota às vezes.


 


 ***


 


-Hermione – Fred sussurrou, batendo de leve na porta do quarto dela – Abre a porta Hermione. É o Fred.


 


-Que é? – Hermione abriu a porta e saiu de lá com sua bolsa.


 


-Acha que eles desconfiaram?


 


-Provavelmente não – Hermione sorriu – Harry e Rony são desligados demais para desconfiarem de alguma coisa.


 


-Certo... – Fred acenou, satisfeito – Então vamos distraí-los até você voltar. Aquela sua amiga, Violet, não vai dedurar você?


 


-Ela me deve umas coisinhas – Hermione deu de ombros, seu cabelo loiro escuro caindo em castata nas costas – Distraia Harry e Rony e eu cuido do resto.


 


 Decidida, Hermione seguiu reto pelo corredor. Atrás dela, Fred sorriu.


 


 ***


 


-Achei uma péssima idéia, o trem – Draco murmurou, afundando a cabeça no pescoço de Gina. Os dois estavam apertados na cabine dele.


 


-Eu sei – ela também murmurou, sua voz tão suave que Draco mal a ouviu.


 


-Tudo bem com você? – ele foi perguntou, dando beijinhos no pescoço alvo e macio de Gina – Tudo bem mesmo?


 


-Acho que sim – ela sorriu levemente, ignorando os flashes daquela noite em Budapeste – Estou só com um pressentimento.


 


-Bom ou ruim? – Draco perguntou, encarando-a.


 


-Não sei, de verdade – Gina sorriu fracamente. Draco olhou preocupado para ela.


 


-Hei... – ele passou a mão no rosto dela – Você está bem?


 


 Gina não respondeu nada, com medo de começar a chorar. Draco encostou as cotas na parede e a puxou para seu colo, como se Gina fosse um bebê. Seu bebê. Sem conseguir se conter, Gina encostou sua cabeça no ombro dele e começou a chorar. Compulsivamente. Draco quis socar a pessoa que tivesse magoado Gina.


 Ele não a largou nem por um segundo, apertando seus braços ao redor dela, confortando-a. Depois, com Gina ainda em seu colo, ele começou a mexer em seu cabelo. Devagar. Ela ficou soluçando baixinho, sentindo as lágrimas secarem.


 E Draco nem mesmo sabia que ele era quem tinha partido o coração dela.


 


 ***


 


 Hermione subia as escadas da decadente pensão com cuidado. Ela não queria afundar seu salto novo em um buraco. A chave de portal que usara de Londres para a Áustria estava segura, em sua bolsa. Só conseguira a chave porque Violet lhe devia muito, mas tinha apenas uma hora para resolver tudo.


 


-Luna! Colin! – ela bateu na porta com força – Sei que vocês estão aí.


 


 E ela realmente sabia. Graças a um antigo namorado, Viktor Krum. Ele tinha conhecidos entre a República Tcheca e a Sérvia, e por dias uma equipe vasculhou cada pedacinho daqueles países.


 Sem obter respostas, Hermione usou um simples allomorra para abrir a porta. O quarto era pequeno e duas camas diviam o pequeno espaço.


 


-Hei crianças – um estranho sorriso de satisfação brilhou no rosto da corretíssima Hermione Granger – Hora de ir para casa.


 


-O...Quê? – Colin abriu os olhos, lentamente.


 


 Sentou na cama em um segundo, o coração disparado.


 


 ***


 


-Ain! – Star reclamou, a cabeça doendo depois de bater na quina da cama – Blaise esse trem é a morte.


 


-Nem me fala – Blaise resmungou, revoltado – Como foi que a Gininha escolheu isso para nossa viagem? Esse trem está caindo aos pedaços.


 


-Desse jeito vamos chegar em Belgrado daqui uma semana – Star sentou na cama e olhou a janela da cabine. As montanhas pareciam caminhar lentamente, com eles.


 


-Bonito, não é? – Blaise sorriu, dando um beijinho no ombro dela.


 


-É – Star suspirou – Nós somos tão sortudos.


 


 ***


 


 Luna bocejou e sentou na cama, lentamente. Ela conseguia ver o rosto de Colin, e o pavor nos lindos olhos azuis dele.


 


-Oi Luna – alguém disse as suas cotas, sorrindo.


 


 Congelada, Luna virou-se para a porta. Hermione ainda sorria, a varinha apontada para os dois. Era um aviso, um aviso bem sério.


 


-O que você está fazendo aqui? – Colin finalmente conseguiu dizer. Por alguns segundos ele pensou que não fosse capaz de emitir som algum.


 


-Vai nos levar de volta – não era uma pergunta, só uma confirmação de Luna.


 


-Exatamente crianças – Hermione deu um passo na direção de Luna – Vocês dois, levantem-se agora e se arrumem. Nós temos pouco tempo.


 


-Hermione, por favor – Luna implorou – Você não pode nos obrigar a voltar. Eu já tenho idade para viajar.


 


-Certo, quando chegarmos em Londres vocês viajam de novo – Hermione disse, séria agora – O que vocês fizeram foi muita irresponsabilidade. O que estavam pensando? O mundo mágico já está em crise suficiente com o desaparecimento de Gina e os outros. Não precisamos de mais dois fugitivos.


 


-Hermione, seja racional – Colin se levantou, o cabelo tão bagunçado quanto o de Harry – Que mal estamos fazendo? Só queremos achar a Gina.


 


-E vocês realmente acham que vão encontrá-la? – era um sorriso maldoso. Hermione estavam zombando dos dois.


 


 Luna e Colin se olharam, derrotados. Eles tinham certeza de que dezenas de aurores estavam por lá, prontos para levá-los a força.


 


-Pelo menos nós tentamos – Colin ergueu seu cabeça, irritado.


 


-Colin... – Hermione balançou a cabeça, mais séria ainda – Vocês realmente acharam que iam encontrar Gina...Sem mim? – ela abriu um enorme sorriso. Um sorriso caloroso e amigável.


 


 Um sorriso que descongelou Colin e Luna.


 


-Vocês realmente acreditaram que eu ia ferrar tudo? – Hermione sorriu – Não sejam idiotas. Eu bem sei como a Gina precisava de umas férias dos irmãos protetores...E vocês dois...Bem, vocês já são crescidinhos. E solteiros!


 


-Que saudade! – Luna a abraçou.


 


-Se você não veio nos levar de volta... – Colin ergueu uma sobrancelha – O que está fazendo aqui?


 


 ***


 


-Tem algo que você queira me dizer? – Draco finalmente perguntou – Eu fiz alguma coisa ruim? Porque eu posso ter feito...Sem perceber. É um hábito horrível.


 


-É, você consegue ser bem rude às vezes – Gina sorriu levemente. Era confortável ficar no colo de Draco – Mas você não fez nada horrível.


 


-Saudade de casa?


 


-Você nem imagina – ela suspirou, fechando os olhos e sentindo o perfume de Draco – Sinto falta do Colin e da Luninha...E dos meus irmãos. Sem falar nos meus pais.


 


-É, eu sinto falta de casa. Só um pouquinho – Draco assumiu.


 


 Gina ficou em silêncio, tentando criar coragem. O que não aconteceu. Pelo menos não naquele momento.


 


 ***


 


-Vim ajudar vocês – Hermione se sentou na cama de Luna – Tive um trabalho gigantesco para vir para cá sem ser notada. Vocês nem imaginam. Estou sozinha, é claro. Mas os gêmeos sabem, e também me ajudaram.


 


-Tipo uma gangue – Luna comentou, animada.


 


-Quase isso – ela deu um sorrisinho para Luna – Eu estive investigando todo mundo. Como vocês sabem, não sou idiota. Assim que percebi que a viagem estava sendo realizada por meios trouxas, contatei Viktor Krum, vocês devem se lembrar dele.


 


-Lembramos! – Colin riu. Quem não lembrava da estrelinha em Hogwarts?


 


-Foi difícil achar vocês...Mas não impossível. O mesmo com Gina. Eles estavam de carro até a Áustria, mas felizmente pegaram trem e achar ficar fácil demais.


 


-Não me diga que você sabe onde eles estão – Luna sorriu, animada – E eu que estava perdendo as esperanças.


 


-Sim, eu sei deles – Hermione abriu a bolsa e entregou um papel para Colin – Eles pegaram um trem, horrível por sinal, e vão chegar em Belgrado amanhã a noite. Por volta das dez.


 


-Sérvia já? – Colin consultou a folha – Esses são os horários do trem?


 


-Isso. É muito simples pra vocês, agora. Como estão de carro podem partir imediatamente – Hermione estava animada, muito animada por poder ajudá-los – Vou mandar os aurores para a Ásia, plantar umas fotos falsas. Nada difícil.


 


-Perfeito! – Luna sorriu. Tudo ia dar certo – Mas como vamos achá-los em Belgrado?


 


-Isso é com vocês. Eles vão estar na cidade, provavelmente visitando monumentos e essas coisas – Hermione levantou da cama – Aconselho começaram por hotéis. Aqui uma relação com todos os hotéis e pensões da cidade – ela entregou outra folha para Colin – Mexam-se crianças!


 


-Agora mesmo! – Colin levantou – Vamos nos arrumar e ir atrás da Gininha.


 


-Boa viagem! – Hermione abraçou os dois – Agora preciso ir, meu tempo está acabando.


 


-Muito obrigado – Colin agradeceu, sincero – Nós realmente estávamos quase desistindo. Seria impossível achá-los.


 


-Não sei o que eu tinha na cabeça – Luna suspirou – Obrigada Mi. Não vou me esquecer disso, nunca.


 


 Hermione já estava quase saindo quando Luna a chamou.


 


-E o Rony? – ela perguntou.


 


-Rony está indo bem – Hermione deu de ombros – Não se preocupe, eu sei que você fez a escolha certa. Simplesmente não era pra ser.


 


-É, você tem razão – Luna sorriu, levemente – Te vejo em Londres.


 


-Espero que não tão cedo – Hermione disse, e finalmente foi – Divirtam-se!


 


 ***


 


 Gina continuou em completo torpor por todo o dia seguinte. Eles fizeram uma rápida parada em uma cidade, onde almoçaram, e depois voltaram para o trem. Mesmo com a recente guerra, Sérvia não estava destruída. Blaise, Star e Draco tentaram de tudo para fazâ-la sorrir. Foi impossível.


 A noite chegou, e Belgrado também. Eles desceram na estação e pegaram um táxi. Gina soube, no momento em que desceram na capital da Sérvia, que não podia mais ignorar aquilo. Ela tinha tentado, com todas as suas forças. Mas não podia mais.


 


-Dois quartos – ela avisou Star e Blaise – Eu e Star ficamos com um e você e Draco com o outro.


 


-Como assim? – Draco arregalou os olhos – Por que?


 


-Eu decidi – Gina segurou firme as lágrimas e o encarou – Tenho certeza de que vocês vão ter espaço suficiente. Cada quarto tem três camas.


 


-Então nós podemos ficar com um – Draco argumentou, sentindo o estômago afundar a cada olhar frio que Gina lhe dirigia. Ele tinha certeza de que alguma coisa tinha acontecido. Ela não podia mais negar.


 


-Não, dois quartos – Gina insistiu – Cada um em um andar.


 


-Hei, o que é que tá pegando? – Blaise perguntou.


 


-Muita coisa – Gina suspirou – Eu só vou colocar minha mochila no quarto e já desço, quero falar com você Draco.


 


 Dez minutos depois, e sem bagagem, os dois saíram do hotel. Gina continuava fria como uma pedra de gelo, ignorando-o completamente. Pararam do outro lado de rua, de frente para o hotel. Star e Blaise estavam em um dos quartos, tentando entender o que estava acontecendo.


 


-Draco.. – ela começou, virando-se para ele – Em Budapeste eu fui procurar uma roupa e... – Gina continuava sem chorar, ela estava impressionada consigo mesma – Eu achei seu caderno. Não ia abrí-lo, até ver o Profeta Diário amassado no meio dele.


 


-Gina eu posso explicar – ele disse, desesperado.


 


-Eu li o estúpido rascunho da carta para sua noiva, Pansy Parkinson. E eu vi o jornal – ela deu uma risada, amargurada – Você é um desgraçado Malfoy. Pensou que eu não fosse me ligar no fato de que só sua matéria estava sumida? De que todos os Profeta Diários tinham se extinguido?


 


-Gina... – ele murmurou, derrotado. Ela sentiu uma fina linha partindo-se, dentro de seu coração. Quando leu a matéria, pensou que jamais poderia ficar magoada daquela forma de novo. Ela estava enganada – Gina, por favor – Draco segurou os braços dela, olhando-a nos olhos – Eu e Pansy...É complicado. Mas eu, eu amo você.


 


 Ele tinha dito. Em voz alta. E não conseguia deixar de pensar que era tarde demais.


 


-Não Malfoy, você não ama. E eu odeio você – com o coração completamente destruído, Gina viu seu mundo desmoronar – Eu tentei pensar nisso como um caso, e deixar pra lá. Mas, obviamente, não sou forte o suficiente para isso.


 


-Então voltamos a ser inimigos? – ele perguntou, ainda segurando-a.


 


-Não, porque isso significa ignorar tudo o que tivemos...E também não posso fazer isso – sentindo as lágrimas chegaram, ela tentou se soltar. Draco não deixou. Por alguns segundos os dois lutaram, ele estava dizendo coisas, coisas que ela sequer ouviu. Estava tentando beijá-la...Gina escapou dele. E correu para o meio da rua.


 


-Gina! – Draco gritou desesperado quando um carro parou, quase em cima dela. Gina apoiou as mãos no capô, ofegante. Lágrimas, ela podia senti-las. Draco estava correndo até ela...E a porta do carro abriu.


 


-Gina! – Colin gritou, assustado, animado...Surpreso. Ele correu e a abraçou, e então Ginevra finalmente começou a chorar. Luna desceu do carro e suspirou. Draco ficou parado, perto dela. Era uma cena irreal aquela. A cena de seu patético mundinho que tinha caído aos pedaços.

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N/A - Gente eu tentei de tudo pra deixar esse cap menos chato, mas foi meio impossível. Era coisa demais pra contar e eu nao quero ficar estendendo a fic com caps pequenos. Agora Colin e Luna estão na viagem...E eles vão voltar a usar carro. Perdão pela demora, mas tava difícil escrever. É isso, obrigada meninas da campanha e todas as outras meninas que comentam aqui. Adooro o q vcs escrevem...

Espero que gostem do cap. E não se preocupem, muita coisa ainda vai acontecer.

beijinhussssssssssssssssss 

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