Capitulo 5
Os olhos da Fonte se arregalaram por um segundo, mas ela ajeitou seu robe e com uma voz firme disse.
- E?
Estava claro agora que sua voz foi alterada por um feitiço, a voz rouca e grossa de homem vindo de uma garota soava muito esquisita para Draco. Com certeza não fazia dela uma pessoa muito feminina. Como será que ela é? O cheiro dela é muito bom. Draco pensou.
Draco se inclinou próximo ao rosto da Fonte até seus lábios tocarem os ouvidos dela e sussurrou com uma voz sensual.
- É uma coisa bem conveniente, só isso. – Draco usou sua mão livre e percorreu o queixo da Fonte com o dedo. Ele ouviu ela segurar a respiração e sorriu.
A Fonte o empurrou imediatamente e correu para os fundos do quarto onde havia uma outra porta. Ela a abriu e saiu, seguida de perto por Draco. A Fonte descia correndo uma escada em espiral enquanto Draco tentava acompanhá-la.
Por Merlin, ela é rápida.
No fim, ela saiu de sua vista e Draco desceu o mais rápido que pôde para tentar alcançá-la, mas quando chegou no fim da escadaria, ele parou em um corredor escuro e olhou à sua direita e sua esquerda. Qual caminho ela tomou?
Ouvindo um barulho à sua direita, ele começou a correr em direção ao som. Virando na esquina do corredor ele tombou com Filch e sua gata. Filch levantou seu lampião e bufou para Draco.
- O que você está fazendo aqui a essa hora? Vou ter que comunicar ao Diretor da sua casa para que te castigue. Talvez consiga usar a câmara de tortura de novo.
Draco rapidamente se recompôs e ficou de pé.
- Eu, por acaso, sou Monitor-chefe e tenho permissão de estar nos corredores à noite patrulhando. – disse Draco com superioridade.
Draco empurrou Filch de lado e se encaminhou até seu quarto de Monitor-chefe. Filch estúpido, ele pensou.
Enquanto isso, uma figura escondida nas sombras subiu as escadas em direção a uma das torres.
Draco foi à sala secreta todas as noites nos próximos três dias, mas a Fonte nunca estava lá. Ele estava determinado em descobrir quem era ela.
Ela estava usando o uniforme da escola, então deve ser uma aluna daqui. Também é uma garota, o que elimina metade da população. O que mais tem sobre ela? O cheiro dela...
- Sr. Malfoy!
Draco balançou a cabeça e olhou para o professor Snape.
- Sua poção está borbulhando e indo para todos os lados.
Draco olhou sua poção estragada e tentou fazer com que ela parasse de ferver e transbordar. A sujeira era tão grande que Snape não teve desculpa e deduziu pontos e deu a Draco uma detenção.
- 10 pontos da Sonserina e detenção depois da aula.
O alarme tocou no final da aula e Draco ficou para limpar a sujeita que havia feito. Houve uma batida na porta e entrou Ginny. Ela se aproximou da mesa e se dirigiu a Snape.
- Professor – ela disse enquanto esperava que ele lhe desse sua tarefa.
- Srta. Weasley. Seu trabalho hoje vai ser limpar aquela bagunça dali. – ele apontou a poção derramada de Draco – e quando você terminar, rotule novamente os ingredientes daquela estante. – Ginny olhou a estante e viu vários frasco de diferentes tamanhos cheios de insetos esquisitos e minhocas de diferentes tipos.
Snape se levantou e foi até a porta.
- Sua detenção, Sr. Malfoy, será supervisionar a Srta. Weasley até que ela tenha completado todo sua tarefa. – Snape deixou a sala com uma batida na porta.
- Bem? O que está esperando Weasley? Comece a trabalhar. – Draco se sentou na cadeira e inclinou-se para relaxar e pensar.
Ginny arregaçou as mangas e foi pegar balde e esponja para limpar a sujeira de Draco.
Ginny terminou de limpar a poção derramada uma hora atrás e estava rotulando os frascos cheios de lesmas, minhocas e insetos. Toda vez que pegava um frasco, torcia o nariz e olhava com nojo. Faltavam poucos frascos quando Draco falou,
- Você já terminou? Eu tenho coisas melhores pra fazer, sabia?
Ginny não lhe deu atenção e continuou a escrever os nomes nas etiquetas e colá-las nos frascos.
Draco se levantou e caminhou até Ginny – Mais rápido. Quanto tempo demora pra se rotular uns poucos frascos?
Ginny estava ficando irritada – Bem, por que você não faz isso então, Malfoy.
- Por favor, até aprece que eu iria chegar perto de alguma coisa tão nojenta quanto essas. – Draco empinou seu nariz e fez uma cara de nojo.
- O que foi, Malfoy? Com medo de uma lesminha? – Ginny pegou uma Lesma Zigger pelo rabo e balançou na cara do Malfoy. Ela tinha tirado do frasco escondido só para implicar com ele.
Draco recuou um pouco e olhou enojado – Só mesmo uma Weasley como você poderia tocar uma porcaria dessa!.
Ginny ficou uma fera. Vou te ensinar a me insultar. Ela jogou a lesma, mirando Draco.
Caiu na sua bochecha esquerda e Draco congelou. Ele olhou para a lesma, o que o fez ficar vesgo, e ficou furioso.
- Weasley! TIRA ISSO DE CIMA DE MIM AGORA!
Ginny ria e Draco não gostou nem um pouco.
- Não. Tire você mesmo. – Ela disse.
- Você vai pagar por isso, Weasley. – Ele rangeu.
Draco correu atrás de Ginny e eles ficaram circulando as mesas e cadeiras como crianças brincando de pique-pegua.
Draco conseguiu pegar o braço de Ginny e segurava firme quando a lesma, que ainda estava na bochecha dele, levantou o rabo e exalou uma fumaça, a qual Draco acabou respirando. Depois de espalhar a fumaça, a lesma escorregou da bochecha de Draco e caiu no chão começando a rastejar.
Depois da lesma cair do seu rosto, Draco começou a tossir e abanar a fumaça para longe de sua cara. Enquanto fazia isso, Ginny deu um jeito de se livrar, pegou seus livros e ia se dirigindo para a porta, mas a tosse de Draco ficava cada vez mais alta e forte.
Com sua consciência pesando, Ginny virou e foi ver se ele estava bem.
Draco tinha uma mão na mesa para se apoiar e a outra sobre o peito enquanto tossia muito. Ginny foi até ele e se inclinou em frente a ele para ver como ele estava.
- Malfoy?
A tosse de Draco não parava e ficava cada vez pior. Ginny estava ficando assustada.
- Malfoy, - ela disse desesperada – Pára de fingir. – Ela suplicou, mas Draco ainda tossia e começava a ficar sem ar.
Ginny colocou a mão nas costas de Draco e começou a bater tentando ajudá-lo a respirar mas não funcionou. Ginny se preocupava e começou a entrar em pânico.
- Malfoy, o que houve? Você está bem? Vamos. Respira. – Ginny esfregava suas costas com urgência e ele parecia conseguir respirar, mas só conseguiu balbuciar.
- É...um...ata...que...Ver...vex...
Ginny parou o que fazia e ficou em choque. Um Ataque Vervex?
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