Capitulo 6
Ginny estava chocada. Ela lembrava ter estudado sobre Vervexia e como perigosa era porque os ataques podem ficar tão ruins que a pessoa fica sufocada. Ele vai morrer logo se não conseguir respirar.
Ginny rapidamente pegou a varinha e apontou para Draco.
- Saclendo – A fumaça da Lesma Zigger que estava ainda em volta de Draco desapareceu na ponta de sua varinha e ele pôde respirar um pouco mais de ar.
Ginny foi até Draco e colocou um dos braços dele sobre o ombro dela enquanto colocava o braço e a mão nas costas e cintura dele.
Botou sua outra mão no peito de Draco para segurá-lo e começou a puxá-lo para fora da sala.
- O que *cof, cof* você está *cof, cof* fazendo? – ele conseguiu soltar.
- Estou levando você para a Ala Hospitalar. Se você não tirar essa fumaça de dentro dos pulmões logo, você provavelmente ficará com danos permanentes. Então talvez nunca respire direito de novo.
Draco estava olhando para Ginny e o famoso sorriso sumia de sua face. A preocupação e zelo que ela demonstrava era de certo modo estranho para ele. Fora sua mãe, ninguém tinha mostrado realmente estar preocupado com ele como ela estava fazendo agora e isso o afetou profundamente.
Eles finalmente conseguiram chegar à Ala Hospitalar e Ginny levou Draco até a cama mais próxima e o ajudou a deitar. A tosse ficava cada vez pior e ele rapidamente perdia o ar. Draco deitou na cama e tossia sem parar, a cabeça virada para o lado. Ele viu Ginny correr até a sala de enfermagem para buscar Madame Pomfrey.
Madame Pomfrey correu até a cama de Draco e o examinou. Por causa da tosse, ela não conseguiu que ele dissesse qual era o problema.
- Sr. Malfoy, você pode me dizer o que há de errado? Sr. Malfoy?
- Madame Pomfrey, eu não acho que ele pode te responder. – Ginny disse a ela.
Draco estava prestes a desmaiar devido à violenta tosse e falta de ar, seus olhos se fechavam e não podia ver o que estava acontecendo, mas ainda conseguiu ouvir algo da conversa.
- Mas Ginny eu tenho que perguntar o que tem de errado.
- Você não pode dar algo que faça ele parar de tossir primeiro? – A voz de Ginny era urgente e bem preocupada.
- Eu preciso saber o histórico médico dele e saber se ele toma alguma medicação. Se eu simplesmente der a ele algo pode se misturar com o que ele estiver tomando e ficar pior.
- Não, ele não está tomando nada. É um Ataque Vervex. Ele respirou um pouco de fumaça de Zigger e desencadeou o ataque. – Ginny falava rápido sem parar pra respirar. Tempo era essencial.
- Oh, querida, nós devemos correr então.
Alguns ruídos foram ouvidos e duas figuras voltaram.
Draco sentiu sua cabeça ser levantada e algum líquido descia goela abaixo. Sentiu o ar refrescante chegar aos pulmões de novo e respirou profundamente.
- Incrível. Estava especificamente escrito que estes sintomas deveriam ser ditos a mim no dia que começassem. Agora ele vai ficar em sérios problemas. – Madame Pomfrey disse soando brava.
- Não é culpa dele, Madame Pomfrey. Ele tinha se curado um ano antes de vir para Hogwarts, mas por alguma razão voltou de repente. Ele nunca tinha tido outro ataque antes de hoje. – Ginny falou parecendo bem preocupada.
- Como você sabe tudo isso Ginny? – Madame Pomfrey tinha um tom curioso na voz e esperava a resposta de Ginny.
A voz de Ginny estava mais calma agora e Draco pôde ouvir ela batendo o pé. – Er... ele me disse. Bem antes de começar a tossir.
Draco queria levantar e perguntar a ela, mas estava muito fraco, então se entregou ao tão necessário sono.
Draco acordou e esfregou seus olhos com as mãos. Sentou-se para ver onde estava e notou que estava na Ala Hospitalar numa cama vestindo seus pijamas. Olhou em volta e não viu ninguém mais na escuridão do quarto, exceto por uma pessoa, que estava sentada numa cadeira. Tinha a cabeça deitada aos pés da cama dele. Era Ginny e estava dormindo. Draco olhou o relógio e viu que eram 3 da manhã.
Por que ela ainda está aqui? Ele se perguntou.
Draco se debruçou até Ginny e removeu uma mecha de cabelo da face da garota. Pequena Weasley pensou com afeto, mas seus dedos esbarraram sem querer no rosto dela, acordando-a e seus olhos se encontraram.
Um pouco grogue, Ginny se sentou direito e esfregou os olhos para poder ver melhor. Draco imediatamente se endireitou e colocou sua máscara inexpressiva usual. – Malfoy – a voz dela era um sussurro leve.
Ele abriu a boca para falar, mas nada saiu. Pânico estava escrito na sua cara e ele pigarreava. Draco começou a mexer a boca, tentando falar, mas acabou tossindo.
Ginny se levantou da cadeira e sentou-se na cama ao lado de Draco. Ela sorria e sua voz era suave.
- Calma, Malfoy – Ela esfregava as costas dele para diminuir a tosse – Você teve um ataque muito grave que danificou seus pulmões e garganta um pouco, fazendo você perder a voz. Não se preocupe, não é permanente e ela voltará em alguns dias. – Draco estava surpreso com o carinho na voz dela, mas aproveitou a chance de curtir a sensação calorosa das mãos dela nas suas costas.
A tosse parou um pouco depois então Ginny parou de esfregar as costas dele e se levantou da cama. Ela se virou e pegou um frasco de líquido azul e deu a Draco.
- Toma, beba isto. Vai te ajudar a diminuir a tosse e a respirar.
Draco pegou o frasco e bebeu num gole, enquanto não tirava os olhos de Ginny. Depois que bebeu tudo, Ginny lhe deu um copo d’água e tirou o frasco das mãos dele.
Quando ele acabou com a água, ela colocou o copo na mesinha de cabeceira e pegou sua mochila do chão. Draco levantou as sobrancelhas num olhar interrogatório.
- Bem, eu já vou indo. É melhor você dormir um pouco.
Ginny saiu da Ala Hospitalar e Draco afundou a cabeça no travesseiro um pouco desapontado.
Ele pensou sobre os eventos do dia e sorriu ao lembrar da cara de pânico e preocupação de Ginny. Um pensamento veio até ele fazendo ele pular da cama.
Como ela sabia sobre meus sintomas e condições da Vervexia?
Draco não conseguiu voltar a dormir por um bom tempo, o que fez ele acordar no dia seguinte depois do meio-dia.
Era um pouco chato porque assim que ele acordou Madame Pomfrey estava sobre ele examinando sua garganta, checando seus pulmões e verificando sua temperatura, quando tudo o que ele queria fazer era ir ao banheiro. Mas toda vez que ele tentava se levantar ela o empurrava de volta pra cama para checar algo mais. Draco estava certo que iria acabar urinando nas calças se ele não fosse LOGO ao banheiro, então ele começou a se debater. Madame Pomfrey ainda o empurrava pra cama e o olhava ameaçadoramente para que ele ficasse quieto. Felizmente, quem não entra naquele preciso momento senão Ginny?
Ginny entrou na Ala Hospitalar e a primeira coisa que viu foi Draco tentando desesperadamente se levantar. Ela foi até ele rápido e cutucou o ombro da Madame Pomfrey.
- Madame Pomfrey, Malfoy só quer ir ao banheiro.
Pomfrey olhou a cara sofrida de Draco e parou de segurá-lo – Bem, ele podia ter me dito. – Ela bufou.
Draco aproveitou a chance e saiu correndo para ir ao banheiro.
- Ele não pode falar, Madame.
A ficha caiu e Madame Pomfrey ficou meio constrangida – Ah, querida, eu esqueci.
Ginny sorriu concordando – Que tal se eu tomasse conta do criador de problemas Sr. Malfoy pra você?
Madame Pomfrey suspirou aliviada e visivelmente relaxada – Tudo bem, querida, mas se algo acontecer você me avisa ok?
- Claro Madame.
Madame Pomfrey voltou à sua sala e Ginny foi arrumar os lençóis de Draco. Toda aquela luta bagunçou tudo. Depois Ginny colocou a bandeja com comida na mesa de Draco.
Draco saiu do banheiro aliviado e notou Ginny arrumando sua cama e colocando alguma comida para ele. Um pequeno sorriso escapou de seus lábios, mas assim que ela se virou e o viu, ele apagou o riso e voltou para cama e se sentou.
Ginny o ajudou a ficar sentado e empurrou a mesa até Draco para que ele comesse.
- Você achou as coisas que deixei pra você no banheiro? – Ela perguntou enquanto retirava o tampo da bandeja.
Draco olhou pra Ginny e consentiu. No banheiro ele achou uma caneca verde com uma escova de dentes verde, pente, pasta de dente e toalha que continha as inicias DM. Ele sabia que eram para ele, então aproveitou e se lavou depois de ir ao banheiro.
- Bem, aqui está seu almoço. Você perdeu o café então eu trouxe mais comida caso você esteja com muita fome. Ah, também peguei o seu dever de casa das aulas da manhã.
Ginny mostrou alguns pergaminhos em cima da mesinha de cabeceira.
- Eu tenho que ir agora, mas toque este sino se você precisar da Madame Pomfrey. – Ginny deixou um sininho prata ao lado dos pergaminhos e começou a se virar, mas foi parada por Draco pigarreando alto.
Ginny deu a volta e olhou pra ele. Sua boca fechava e abria como se ele estivesse tentando dizer alguma coisa, mas não conseguia. Isto era irritante e ele rapidamente parou de mexer a boca. Ele queria agradecê-la, mas não podia.
Ginny notou seu desconforto e sorriu.
- Eu voltarei para te ver de novo Malfoy, enquanto isso coma e não tente falar.
Ginny saiu do quarto com Draco encarando as costas dela, com um olhar de esperança na face.
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