Capitulo 4



Draco vagava pelos corredores aquela noite sem se importar com o barulho que fazia. Quando ele chegou ao seu destino, escancarou a porta zangado e fechou-a violentamente atrás de si.
A Fonte estava sentada na mesa mexendo nos pergaminhos e conferindo o dinheiro. Ele estava vestido com seu robe preto e usando sua máscara preta.
Draco foi até à mesa e jogou o pergaminho rosa, o qual recebera pela manhã, em frente a ele. – Eu paguei 10 galeões pra você me dizer qual é o maior medo do Harry Potter e espero receber uma resposta adequada.
A figura mascarada olhou para Draco que estava em pé e sorriu maliciosamente – Esta é uma resposta adequada. Harry Potter realmente não tema a nada. – Ele disse.
Draco se sentou bruscamente na cadeira e cruzou os braços, - Mentira! Todo mundo tem medo de alguma coisa! Eu me recuso a acreditar que Potter não tem medo de nenhuma coisa sequer.
- Você está certo Malfoy, o Sr. Potter realmente tem medo de algo, mas esse algo já foi destruído, não restando mais nada. Exceto uma coisa, mas isso não é classificado como medo, é mais como um nervosismo pra mim.
- Não me importo se é medo ou nervosismo, eu paguei pela informação; agora me diga do que ele tem medo!
A Fonte se endireitou em sua cadeira e jogou uma bolsa em frente a Draco. O conteúdo dentro tilintou e Draco parecia confuso.
- O que é isso? – perguntou.
- Seu troco. 10 galeões é muito para essa informação. – a Fonte respondeu.
- Esta informação não vale nem 1 sicle. E pensar que Zabini dizia o quão bom e competente você era. Quanta besteira. E quando eu acabar de espalhar essa notícia pela escola, você não terá nem uma pessoa sequer vindo a você por informação, mesmo se você soubesse onde são as Cinco Passagens Sagradas!
(NA: As “Cinco Passagens Sagradas” é uma coisa inventada, são passagens místicas em Hogwarts que levando a 5 quartos especiais. São muito importantes para os alunos, pois é algo muito misterioso.)
Draco exibia sua face de superioridade novamente, sua postura relaxada, face inexpressiva com um sorriso de canto de boca e olhar cinza de aço para completar a aparência intimidadora. Agora você é obrigado a me dizer.
- Você não me amedronta, Malfoy. – disse a Fonte.
O sorriso de canto de boca foi substituído por um franzir de sobrancelhas. Isso não era o que ele esperava.
- Você pode espalhar qualquer boato que quiser pela escola, Malfoy; não faz mal porque eu sou o único que pode dar aos estudantes de Hogwarts o que eles querem.
- Cala a boca, - Draco retrucou – O que há de tão maravilhoso em saber o segredo de todo o mundo e vendê-los a outros alunos para que estes armem pequenas brincadeiras uns com os outros? Você é somente um idiota comum. Não sabe nada sobre o que realmente acontece nesta escola.
A Fonte pôs os cotovelos sobre a mesa segurando o queixo com as mãos.
- Você quer dizer como eu não sei que Dumbledore, Sr. Potter e você estavam na Câmara Secreta um mês atrás lutando contra Voldemort e seus Comensais.
Draco estava completamente surpreso. Encarava a Fonte de boca aberta, Não sabia o que dizer. Como ele sabe disso? As únicas pessoas que estavam lá eram Dumbledore, Potter, alguns da Ordem e eu. Será que o Potter disse a ele ou ele é alguém da Ordem?
A Fonte retirou os cotovelos da mesa para inclinar-se em sua cadeira e sorrir – Acho que não sou tão patético quanto você pensou, hein Malfoy?
- Como... – Draco não teve chance de terminar porque se podia ouvir alguém arranhando a porta do outro lado. Alguém ou algo estava do outro lado.
A Fonte se levantou e olhou para porta – É a Madame Nor-r-ra. Isso quer dizer que Filch estará aqui logo. – a Fonte disse e então pegou os pergaminhos e as moedas da mesa e colocou numa sacola preta, que estava ao lado. Virou-se para se encaminhar para a porta atrás dele. Draco levantou-se e correu atrás. A Fonte abriu a porta e entrou com Draco pulando logo atrás antes que a porta se fechasse.



O quarto que estavam era escuro e estreito. A pequena vela em cima de uma cômoda, onde a Fonte estava inclinada, era a única fonte de luz. Draco estava diretamente em frente à Fonte e devido ao quarto ser estreito não havia muito espaço entre eles.
Draco se mexeu para encontrar uma posição melhor, mas foi parado por uma mão em seu peito.
- Não se mexa. – a Fonte sussurrou.
Draco parou de se mexer e aproveitou a chance para observar melhor a Fonte. Ele ainda tinha a máscara preta que cobria a maior parte de seu rosto. Havia dois buracos, de onde se notava os profundos olhos castanhos. A ponta do nariz não estava coberta e a pele branca podia ser vista, bem como os pequenos lábios rosados. Draco continuou a observação descendo pelos robes, os quais eram pretos e compridos, mas que durante a correria para entrar no quarto tinha se afrouxado e revelado...
Meias ¾ e saia cinza?
A mente de Draco deu um salto e ele olhou mais uma vez pra a Fonte, de uma maneira diferente. Ela estava olhando para a porta, esticando o pescoço para poder ouvir o que estava acontecendo na outra sala.


Do outro lado da porta, Filch tinha chegado à sala e olhava em volta com olhar suspeito.
- Hey, garota, você achou alguma coisa? – ele disse à sua gata.
Miau.
- Não parece ter ninguém, essa sala não é usada mais.
Miau. Madame Nor-r-ra se esfregou nas pernas de Filch e zanzava em volta dele.
- Vamos indo, garota. Temos que patrulhar o outro lado do castelo. – Filch saiu levando Madame Nor-r-ra junto.


Ouvindo Filch e Madame Nor-r-ra indo embora, a Fonte deixou escapar um suspiro de alívio. Ela tinha notado que suas mãos estavam no peito de Draco e o retirou rapidamente. Os olhos de ambos se encontraram e Draco sorriu com malícia.
- Você é uma garota.

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