Capitulo 3



Draco estava em seu quarto deitado na cama. Ainda faltavam quatro horas para o café da manhã, mas ele não conseguia dormir; pelo contrário, estava lendo o pergaminho que A Fonte tinha lhe dado.
1 sicle por pergunta.
1 galeão por um relatório básico.
2 galeões por um relatório completo.
* Pedidos especiais devem ser negociados com A Fonte.
Sonserinos: 3 sicles a mais
Grifinórios: 2 sicles a mais
Lufa-Lufas e Corvinais: 1 sicle a mais.
Regras:
1) Se você for pego e perguntado onde obteve as informações, A Fonte não deve ser citada.
2) Deve ser feito o pagamento integralmente (posto na Gaveta das Perguntas e rotulada) até 3 dias após o pedido, se o pedido for cancelado dinheiro não será devolvido.
3) A Fonte não se responsabiliza por qualquer mudança da informação depois que a resposta foi dada ao Cliente.
4) Se A Fonte falhar em entregar uma resposta em até 14 dias depois da pergunta, ou se A Fonte é incapaz de entregar a informação por qualquer que seja o motivo, então será devolvido o dobro do que foi pago.
5) Solicitações especiais deverão ser postas na Gaveta das Perguntas e os clientes deverão esperar uma notificação da Fonte.
A quebra de qualquer uma das regras acima resultará na revelação do seu mais profundo segredo para toda escola! Esteja CIENTE!

A carta terminou com o estranho símbolo ‘£’ e Draco não pode evitar pensar quem seria essa pessoa misteriosa.
Será que essa Fonte é capaz de encontrar a informação que eu preciso? Se ele é tão bom quanto Zabini diz deve ser simples.



Ginny estava atrasada para as aulas e estava correndo pelo corredor tão rápido quanto podia, mas não ajudava o fato do sétimo ano ter um tempo livre agora, e estava bloqueando a passagem. Não só ela dormiu demais, como perdeu o café da manhã, então ela estava faminta, mas com certeza ela pegaria uma detenção com Snape por estar atrasada para a aula.
Depois de virar a esquina rapidamente, a bolsa de penas de Ginny caiu de cima da pilha de livros que ela estava segurando e rolou pelo chão até parar aos pés de duas pessoas. Ginny olhou pra cima e viu ninguém mais que Pansy Parkinson e Garret Closter, outro Sonserino do sétimo ano, se agarrando no meio do corredor e perigosamente perto de pisar na bolsa que continha suas penas.
Ótimo. Era exatamente o que eu precisava, meu dia não poderia ser pior? – Ginny pensou amargurada.
Ela cuidadosamente foi até o tórrido casal enquanto segurava seus livros firmemente entre seus braços.
- Ah, dá licença. – sussurrou Ginny, mas eles ou não a ouviram ou a estavam ignorando, então ela tentou de novo. – Dá licença. – tentou um pouco mais alto, mas como eles obviamente não estavam dando atenção a ela, Ginny agachou e tentou pegar suas penas entre os pés deles, mas ela acabou ficando com a mão esmagada. Não gritou nem se queixou de dor, somente puxou sua mão rapidamente e a esfregava furiosamente.
*CRACK*
Ginny parou de esfregar a mão imediatamente e olhou pro chão em frente a ela, onde estavam as penas. Sua primeira reação foi de choque, mas rapidamente se transformou em raiva, a qual estava lutando pra segurar. Aquelas penas eram do seu irmão Charlie, que tinha mandado a ela como uma recompensa por ser aceita pelas aulas prática de Medi-bruxaria em Hogwarts. Ela se levantou tão repentinamente que surpreendeu Pansy e seu namorado, fazendo o beijo cessar. Sua raiva tinha mente própria agora.
- Vocês deviam achar que vocês dois já tem tempo suficiente no banheiro dos monitores toda noite para ter a decência de não se agarrarem no MEIO DO COR-RE-DOR!!!
Ela já estava gritando a plenos pulmões e Pansy e seu namorado estavam sem fala e paralisados. Aproveitando a situação, Ginny se inclinou, pegou a bolsa com as penas quebradas antes de sair empurrando Pansy e seu namorado.
- Por que vocês não nos poupam de todo esse comportamento revoltante e arrumam um quarto já que estão tão desesperados! – gritou por cima do ombro antes de sair pelo corredor e dobrá-lo em direção à aula de Poções o mais rápido possível.


Snape estúpido! Ficar me dando uma semana inteira de detenção E tirando 50 pontos só pelo atraso.
Ginny tinha recebido uma semana inteira de detenção com Snape por chegar dez minutos atrasada, sua punição era limpar a sala de Poções todos os dias depois da aula. Então, lá estava ela esfregando violentamente as mesas quando uma batida foi ouvida. Snape foi até a porta e abriu para revelar Draco Malfoy.
- Ah, Sr. Malfoy. Os ingredientes que você precisa estão lá atrás, e enquanto você está aqui, por favor, supervisione a Srta. Weasley pra mim até que ela limpe todas as mesas, então ela estará dispensada. Eu tenho coisas mais importantes para atender.
Draco afirmou com a cabeça e murmurou – Sim, senhor.
Snape saiu da sala deixando Ginny com sua tarefa e Draco com o que quer que seja que ele esteja fazendo.
Ginny continuou limpando as mesas não prestando atenção a Draco, quanto mais cedo acabasse, mais cedo poderia ir embora. Mas Draco tinha que atormentá-la.
- Nossa Weasley, nunca soube que você podia ser tão brava. – Draco estava inclinado sobre uma das mesas limpas observando Ginny com seus braços cruzados sobre o peito. Draco tinha os robes caros, limpos e impecavelmente passados, com sapatos pretos lustrados e os cabelos com gel penteados para trás. Ginny era completamente o oposto, ela tinha um robe gasto quase em trapos com sapatos velhos marrons e seu cabelo tinha um coque mal feito no topo da cabeça com mechas soltas.
Ginny nem olhou pra ele e continuou a limpar a sujeira da mesa seguinte.
Draco achava que era seu dever encher o saco a pequena Weasley e não parou. – Sabe, eu acho impressionante como sendo tão pobre quanto você é, você pôde se dar ao luxo de comprar uma informação privada sobre a Pansy.
Ele esperou pela reação dela e Ginny finalmente olhou pra cima para encarar nos olhos cinza-prateados dele, mas rapidamente retornou ao trabalho.
Draco se levantou da posição em que estava e caminhou em direção a Ginny em passos lentos.
- Uma particularidade tão exclusiva quanto essa da vida privada da Pansy deve ter custado uma fortuna. Eu me pergunto onde você arranjou o dinheiro, Weasley? – Ele se inclinou sobre a mesa que Ginny estava limpando e tentou olhar nos olhos dela, mas ela simplesmente continuou escovando e se recusou a olhá-lo. Então, Draco se endireitou e colocou as mãos nos bolsos. – Então o que você fez, Weasley? Vendeu um do seu interminável estoque de irmãos como escravo?
Agora chega. É hora de botar um fim no pior dia da minha vida. – Ginny pensou
Ginny atirou o pano sobre a mesa e se virou para encará-lo. Ele podia ver um vestígio de flash vermelho passar pelos olhos castanhos. – Bingo – Pensou.
- O que faz você pensar que tenho que comprar informação, Malfoy? – Ela tinha as mãos nos quadris e a cabeça levantada questionando Draco. Ela não era muito mais baixa que ele, chegava até seu nariz, assim ela só tinha que levantar um pouco a cabeça para olhá-lo.
- Sendo assim, eu presumo que você tem tendências de voyeurismo. Sente prazer em olhar o amasso dos outros, hein Weasley?
- Eu não tenho que me explicar pra você, Malfoy. – Ginny pegou sua mochila e saiu porta afora da sala de Poções deixando Draco com um sorriso malicioso para trás.
Ah, os prazeres de atazanar um Weasley.


Quando Draco chegou ao quarto do Monitor-chefe, ele achou um pergaminho rosa em cima de sua escrivaninha. – Essa foi rápida.
Harry Potter não tem medo de nada.
Esclarecido
£

- QUE?! – Draco gritou.

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