Capítulo Um
Capítulo Um
O Início
A Chefe
Todo mundo me chama assim, com esse apelido intimidador e completamente chato. Desculpem dizer isso, mas é exatamente isso que eu sou: intimidadora e chata.
Desculpem, desculpem, vocês esperavam uma baixista completamente legal, antenada e extrovertida, mas eu não sou isso. Bom, não como a maioria. Eu sou um pouco irritada com tudo, e existem coisas e pessoas que aumentam essa irritação, o que acaba com toda a minha moral social.
Como se eu me importasse.
Na verdade, a nossa banda não se importa com nada disso; a nossa banda quebra barreiras. A nossa banda é demais! E, acreditem, quando o assunto é a nossa música, eu sou melhor do que qualquer empresário. Porque eu acredito no que nós fazemos, eu acredito que nós somos bons, e eu sei que todo o sucesso que estamos fazendo é completamente merecido.
E eu sou bem convencida, eu sei disso.
A minha confiança me ajuda muito na hora das entrevistas. Por quê?
Vamos aos motivos óbvios: todos sempre querem falar com a vocalista, e a Lily gosta bastante disso; todos querem falar com a Barbie Girl da banda, ou seja, a Wynn; e todos querem falar com o único garoto da banda, o James. E, na real, que não gosta de falar com o James?
E então nunca sobra tempo para a baixista baixinha, de cabelos cacheados e castanhos. Não que eu não seja bonita, porque eu sou. Tudo bem, eu tenho uma daquelas belezas meio comuns, mas eu gosto de mim. Gosto de não ser alta e esquelética, e gosto de usar roupas agressivas demais para uma garota de dezesseis anos. Alguns garotos amam garotas de coturnos.
E o que me faz ser como eu sou, o que me faz ser Marlene Mckinnon, A Chefe, é exatamente isso. Eu não estou na parte da Imagem da banda, eu estou na parte empresarial. E nem pensem que eu me esforço nisso por causa do Brian! Apesar de todos saberem que eu tenho uma queda enorme pelos homens da família Black.
Na verdade eu amo todos os integrantes da minha banda, apesar de me enjoar fácil de todos eles. Tanto a Lily, como o James e a Wynn meio que abandonaram a vida deles fora da 6X. Sabem, pararam de sair com os antigos amigos, vivem com fones de ouvido, ouvindo alguma coisa que eles precisem tocar, e SÓ sabem falar sobre música. Digo, entre nós, a gente fala sobre coisas variadas, mas a música sempre é o centro das atenções. Mas, ACORDA! O resto do universo não respira, come e dorme música.
E essa é a minha diferença.
Eu ainda tenho a minha vida fora da 6X, porque se um dia esse sonho em que nós vivemos acabar, eu vou ter onde continuar dormindo. Eu ainda vou ter os meus antigos amigos e tudo o mais. Ok, ok, eu reconheço que, se eu tenho um namorado de verdade hoje em dia, é culpa da banda. Onde eu teria conhecido um cara legal como o Sirius, se não fosse ter conhecido o James primeiro?
Mas, mesmo assim, eu ainda sou Marlene Mckinnon. Enquanto eles viraram A Voz, A Gostosa e O Garoto.
Parece meio duro falar sobre isso, mas vocês sabem – ou supõe-se que saibam, já que vocês deveriam ser meus fãs –, é o meu jeito, e isso nunca vai mudar.
Ah, sim, o Brian nos pediu para contar sobre como começou o nosso contato com o nosso instrumento.
Foi meio por acaso, entendem? O meu irmão mais velho, que é um completo inútil, tocava baixo quando tinha a minha idade. Por isso o baixo dele estava socado lá no porão de casa, até que um dia eu decidi que eu deveria saber tocar alguma coisa. Comecei aprendendo sozinha, com alguns livros velhos sobre lições básicas de baixo. O amplificador era uma porcaria, e as cordas do baixo do meu irmão estavam quase arrebentando, mas eu fui aprendendo.
Parece coisa do destino, ou coisa de filme, sei lá. Mas, mais ou menos um mês depois de eu começar a “tocar”, a Wynn veio falar comigo.
Naquela época a Wynn não era exatamente minha amiga, mas tínhamos algumas aulas juntas, e nos falávamos de vez em quando. Um dia, depois de um fim de semana bem monótono para mim, ela estava contando sobre um baterista de uma festa que ela havia ido. Eu não prestei atenção em nada depois de entender que o cara só queria transar com ela, mas a minha atenção voltou a acordar quando ela falou sobre contratos, gravadoras e bandas
- Wynn, o que você disse sobre ter uma banda?
Ela se virou para mim, com aqueles cabelos longos e loiros movendo-se junto com ela. Eu juro que, às vezes, eu acho que ela saiu direto de um daqueles comerciais de shampoo.
- Sim! – Começou toda animada em ter mais uma pessoa para contar a sua aventura. – Um amigo do meu pai, Brian Black me ouviu tocando, e pretende arranjar um pessoal. Para, você sabe, formar uma banda.
Eu não sabia muito bem, porque a Wynn fazia muito mais o tipo Spice Girls do que o “eu-tenho-uma-banda”, mas vai saber.
- Eu toco baixo. – Murmurei, sem muita convicção de que queria que ela soubesse daquilo.
Depois daquilo, nós só sabíamos falar sobre montar uma banda, sobre chamar um pessoal para a banda, sobre arranjar um nome para a banda, sobre tocar em uma banda, sobre tudo que incluísse a palavra “banda”, ou dissesse respeito à música.
Por isso eu luto por essa banda, eu brigo por essa banda, e eu dou a minha cara a tapa por essa banda...porque essa é a nossa banda. Essa é a 6X, e ela é a melhor banda que você poderia escutar.
A Gostosa
É, eu sei. Quando você lê, ouve, ou fala esse apelido, as coisas ficam meio críticas. Ou as pessoas te olham como se você fosse uma louca prepotente, ou então eles simplesmente concordam. Mas, obviamente, não fui eu que escolhi esse apelido. Meus colegas de banda que decidiram que eu seria A Gostosa. E os nossos fãs adoraram esse apelido, e agora tem pouca gente que me chama pelo meu nome.
SIM! Eu falei fãs. É meio estranho você ter um bando de pessoas que idolatram você e a música que você faz, mas é completamente perfeito. A sensação que você tem é de que você pode tudo; e, quer saber? Nós podemos!
Pode parecer exibicionismo, mas nós somos bons, sabe? Cada um do seu jeito, mas se você nos visse quando nós começamos...nossa, esquece, nós tocávamos mal demais. O que é meio estranho de falar, porque se existe um integrante da banda que seja completamente pessimista e que, mais de uma vez, já pensou em desistir, essa pessoa sou eu. Eu nunca coloquei muita fé, sabem? Nem agora, que o nosso clipe está mega estourado na MTV, e muito menos quando o que nós tínhamos era um bando de adolescentes deslocados, tentando fazer música juntos. Mas, falando em início, é sobre isso que eu vou falar agora. Ou vou tentar, sei lá.
Eu sou rica, sabem? Podre de rica. E os meus pais são da alta sociedade, o que meio que me obriga a ir a várias festas idiotas. Bom, na verdade eu só tenho que acompanhar a minha mãe e o meu padrasto porque eles têm medo que eu coloque fogo na linda mansão onde nós moramos. Como se eu fosse o tipo de filha rebelde que coloca fogo na casa!
Até porque, a minha mãe simplesmente não me deixa ser rebelde. Isso aí, minha mãe ainda manda em mim; ou acha que manda, já que eu só a obedeço quando ela está por perto, e isso é bem raramente. De qualquer forma, a minha mãe sempre me disse que eu não tinha motivos para ser rebelde, e eu meio que me conformei com essa afirmação.
Qualquer pessoa que me olhasse diria que eu tenho a vida perfeita, o corpo perfeito e os amigos perfeitos. Mas, bom, antes da 6X eu era a maior deslocada no meu grupo de amigas. Que tipo de garota rica, loura e bem vestida gosta de rock? Pouquíssimas, eu garanto. Ainda mais quando essa mesma garota já teve uma pequena carreira de modelo. Céus, eu sou TÃO anti-rock.
Mas, em uma dessas festas monótonas em que tudo o que eu tinha que fazer era sorrir e não beber muito – o mais difícil, com certeza – eu conheci um cara. Na verdade eu conheci muitos caras nessa festa, mas todos eram velhos e só olhavam para os meus peitos. Mas um, em especial, chamou a minha atenção, apesar de ser velho e ter o lance dele olhar para os meus peitos.
No meio de uma cantada bem fraquinha, ele me ofereceu as suas baquetas, e me mandou ir pro palco. Ele era o baterista de uma daquelas bandinhas que animam festas desse tipo. E eu fui.
Mesmo sem saber dar nenhum toque naquele monte de tambores e pratos, mesmo sem nunca ter encostado em uma bateria. Eu não vou dizer que eu fui ótima, mas rendeu alguma coisa! Claro que todo mundo começou a me olhar de um jeito bem estranho, e a banda tentou acompanhar o meu ritmo. Sabem como é, os Malfoy são ricos e poderosos, eles eram obrigados a nos agradar.
Não que eu seja uma Malfoy, já que o Malfoy da família é o meu padrasto. Mas ele se casou com a minha mãe quando eu ainda estava na barriga dela, então eu tenho o sobrenome dele. Meu pai? Ele mora em Praga, às vezes ele vem me visitar e paga alguma coisa para mim, é uma coisa bem fria. Enfim, junto com o Papai Malfoy, veio o Irmão Malfoy.
Lucius é cinco anos mais velho que eu e é bem bonitinho. Infelizmente eu só consigo olhar para ele como irmão, se fosse diferente a minha vida seria bem mais agitada. Bom, a minha vida não era agitada naquela época, mas subir naquele palco e ficar batendo naquela bateria mudou a minha vida.
Quando eu fui convidada a me retirar do palco – os músicos queriam tocar música de verdade –, tudo o que eu sabia falar era sobre como eu queria aprender a fazer aquilo. E um amigo dos meus pais, Brian Black, parecia gostar bastante da idéia. Bom, o meu padrasto não deu nenhuma importância ao que ele falava, porque ele era da “parte podre’ da família Black. Isso me fez ter ainda mais vontade de escutar o que ele falava.
E ele falou bastante sobre bateria, música, gravadoras e bandas. Ele achava que eu tinha uma banda! Eu, a Wynnie com uma banda! Ok, com o tempo eu passei a me acostumar com isso. Mas, naquela hora, eu estava TÃO bêbada, que eu só concordava com tudo o que ele dizia, e ele estava realmente prestando atenção...ele conseguia estar mais entusiasmado que eu! E ele conseguiu me contagiar com toda a sua convicção de que eu poderia tocar de verdade.
Ele era tão alto, os olhos negros e brilhantes, assim como os cabelos dele, nem muito curtos, mas também não era comprido. Devia ter por volta dos trinta anos, mas tinha todo aquele charme que o pessoal da família Black tem, isso deve ser um charme da parte podre da família, eu acho.
O meu padrasto tentou tirar aquela idéia da nossa cabeça, mas eu estava bêbada demais para escutar o que ele dizia, e as idéias do Brian tinham me contagiado de verdade! Mas, depois de conversar um pouco com a minha mãe, ele foi obrigado a calar a boca sobre qualquer coisa negativa em relação ao meu novo hobbie.
- O Brian pode não ter lançado nenhuma banda antes – Falou a minha mãe, toda orgulhosa de mim. – Mas ele é do meio da música, e pode lançar a nossa Wynn!
- Se você consegue ver a Wynnie tocando bateria numa banda de rock...
E assim eles continuaram falando sobre aquilo, como se eu não estivesse ali do lado deles, pronta para participar da conversa. Mas, sinceramente, eu não queria participar da conversa. Tudo o que eu queria fazer era fechar os olhos e me imaginar, exatamente como ele tinha dito.
Tocando bateria numa banda de rock.
A Voz
A Voz; sim, é meio estranho. Parece que, de alguma forma, eu sou apenas a voz da banda. Tudo bem, eu sou a vocalista, mas nós somos um grupo, e isso nos dá muitas vantagens, e algumas obrigações também. Fazemos tudo em conjunto, e não podemos decidir nada sem consultar o resto da banda. “Democracia sempre!”, como diria a Marlene. Mas essa é a "minha" parte neste DVD, então eu vou falar sobre o que me mandaram falar no primeiro momento.
Eu!
Mentira, pediram para eu falar sobre como tudo começou. Mas, se eu for falar de como tudo começou, eu teria que começar a falar de...tudo!
Eu nasci com esse dom, e eu não poderia chamá-lo de outra coisa. É um dom poder cantar, é a única coisa que me acalma, e é uma coisa que vem da minha alma. Então, eu nasci com esse dom, mas fui descobri-lo de verdade por volta dos cinco anos de idade, cantando na Igreja. Sim, eu comecei cantando em corais de Igreja, e hoje canto versos que falam de sexo e demônios.
Nem em mil anos eu poderia imaginar que um dia faria parte de tudo isso; na verdade eu sempre me imaginei com uma carreira solo bem sucedida. Uma mistura entre Britney Spears comportada e Avril Lavigne não-rebelde. Mas com essa combinação nenhum pouco inovadora, eu não era muito vista. Obviamente todos reconheciam o poder da minha voz, mas ninguém chegou a me contratar.
Já cantei de tudo, tudo mesmo. Já tive até a minha época country! Era bem legal, para falar a verdade. Apesar de costumarem me dizer para eu pintar o cabelo e usar outro tipo de roupas. Nunca gostaram muito do tom ruivo do meu cabelo, muito menos das calças jeans largas e dos moletons que eu costumava usar. Bom, hoje em dia o meu cabelo está bem diferente do que era antes, com tonalidades de laranja que já não são mais tão próximas do vermelho; e eu não uso mais jeans e moletons, eu uso saias e camisetas de banda. E não vivo sem os meus sapatos de salto fino.
Viram, eu nunca disse que era normal, então não me olhem com essa cara!
E eu nunca teria imaginado que passaria por onde passei, nem pelas coisas pela qual passei, e quando penso nisso eu tenho que agradecer por ter feito umas demos – em um estúdio bem ruinzinho. Elas se perderam por aí, de tantos foram os produtores que eu procurei.
Era aquilo que eu queria fazer, eu não me imaginava em outra profissão. Eu nasci para ser cantora, e era isso que eu ia fazer. E jamais desistiria, porque eu tenho fé. Fé em todos os que me cercam, e em todos os Deuses que possam existir.
Sabem, é estranho falar um monte de coisas na frente dessa câmera; ainda mais quando eu tenho que falar sobre a antiga Lily. Eu era tão doce, ingênua e delicada. Eu, realmente, não sabia o que era ser uma estrela do rock, mas agora eu posso dizer que eu sei.
Por isso, e por vários outros motivos, eu posso dizer que agradeço a Brian Black, aquele homem cheio de charme que ligou para a minha mãe, querendo falar sobre o meu talento. A minha irmã, Petunia, nunca me olhou de uma forma tão invejosa como naquele dia. Eu sugeri que, se formássemos uma banda, ela poderia aprender a tocar um instrumento.
Bom, ela disse que nunca entraria para uma banda de drogados. Para ela qualquer coisa que fosse relacionada ao rock e á tatuagens, era sinônimo de sexo,drogas e coisas ruins.
E, naquela época, era justamente isso que eu pensava. Lily Evans ainda não tinha conhecido a magia do rock’n’ roll!
O Garoto
Chamar um cara desse jeito pode parecer meio idiota. Porque ele ser O Garoto é uma coisa meio óbvia, e eu tenho certeza de que eu sou bem másculo e viril. Mas é assim que me chamam, e as garotas da banda me consolam dizendo que esse é o meu apelido apenas porque eu estou em uma banda de garotas.
Eu, James Potter,numa banda de garotas! Eu nunca poderia imaginar isso, porque sabem como é...eu sempre achei que garotas tocassem mal; mas isso foi antes de conhecer estas garotas.
A Lilly é, de certo modo, a que mais me conquistou. Com toda aquela carinha de anjo que ela tinha no início, ela se transformou na maior rock star que eu poderia querer para vocalista. E, bem, para namorada também. Mas isso é outra história, e ela não gostaria que eu falasse sobre isso aqui, então ignorem.
A Marlene é...má. Isso mesmo, muito má! Não no sentido ruim da palavra, se é que essa palavra tem algum sentido bom. Mas ela é o que nos fez chegar até aqui, de certa forma. Com todo o jeito agressivo que ela tem para conseguir as coisas, mas ao mesmo tempo completamente educada e gentil com as pessoas certas. Ela é o tipo de garota que é raro de se encontrar hoje em dia.
Já a Wynn é a garota que todos reparam. Não é para menos, é claro. Ela é linda, rica e gostosa. E é apenas isso que a maioria vê; apenas isso. Bom, no início também foi isso que eu vi, mas com a convivência eu percebi todo o valor dela. Essa garota é intensa. Como ela mesmo costuma dizer, ela não é apenas uma modelo bonitona em uma banda de rock, e acreditem, ela é muito mais insegura do que parece ser.
Mas, ops, eu deveria falar sobre mim, e não sobre elas. Mas isso é meio difícil para mim. Eu sou James Potter, lembram? O ÚNICO cara, em uma banda cheia de garotas!
Bom, eu estava em casa, jogando vídeo-game com o Sirius, o meu melhor amigo, quando tudo começou. Era uma coisa que nós fazíamos bastante, principalmente agora que estávamos praticamente passados no último ano do colégio. Não que fossemos nerds, estávamos bem longe disso, mas nós tínhamos facilidade em aprender, então podíamos aprontar pra valer e continuar tendo boas notas.
Sirius e eu tínhamos uma banda, junto com o Remus e o Peter, os nossos amigos. Sirius cantava incrivelmente bem, e sabia disso; assim como o Peter, o baixista e Remus, baterista. E eu, ontem, hoje e amanhã, como guitarrista. Tocávamos um bom metal.
A guitarra sempre foi a minha vida, e sempre foi isso que eu quis fazer da minha vida. Tocar em uma banda; fazer música. Mas os garotos nunca levaram muito a sério, e a nossa banda era mais uma brincadeira e uma maneira de passar o tempo. Cada um queria fazer uma faculdade diferente, enquanto eu já estava praticamente formado na minha, de tanto que tocava a minha guitarra.
Enfim...nesse dia em que Sirius estava lá em casa, eu estava tocando um pouco, quando a campainha tocou. Era o primo de Sirius, procurando por ele lá. Claro, eu me esqueci de dizer: Sirius fugiu de casa aos 15 anos, e só conseguiu se sustentar com a ajuda de um tio.
E Brian, o primo de Sirius que apareceu lá em casa, era filho de Alphard, o tio salvador de Sirius. Ele devia ter uns 10 anos a mais que nós, mas tinha a mesma alma adolescente de quase todo jovem, apesar de ter mais parafusos que eu e Sirius.
Tocar me deixa calmo e eufórico ao mesmo tempo, e é a minha vida; e Brian percebeu isso. Começou a falar de uma nova banda, gravadoras e tudo o mais. Pelo jeito ele só tinha aparecido por ali porque estava a procura de um guitarrista para uma banda de garotas. Eu me animei MUITO com tudo o que ele disse sobre bandas, e Sirius até se ofereceu para ser o meu empresário. Mas havia um fato que me incomodava um pouco...
- Perai. – Eu precisava chamá-los para a realidade. – Eu não vou tocar numa banda só de garotas.
- É claro que vai! – Exclamou o Brian, sem entender.
Sirius o apoiou e, pelo visto, ele estava vendo apenas o lado bom da coisa. Enquanto eu via os muitos lados ruins.
- O que me faria entrar numa banda só de garotas? – É, foi exatamente isso que eu perguntei, ignorando tudo o que o Brian já havia me dito.
Tudo bem que eu me dou muito bem com garotas, mas, ACORDA, bandas de garotas são ruins.
- Uma banda de garotas, onde você será o único cara! Imagina o sucesso que você vai fazer! – Morra, Brian, você me convenceu.
Então eu fui obrigado a aceitar, porque ninguém recusaria uma oportunidade de fazer música ao lado de garotas. Pelo menos eu não seria mais capaz de recusar depois de analisar bem os lados positivos.
- Você é o meu herói! – Falou Sirius, todo orgulhoso, voltando a prestar atenção no Playstation.
E foi assim que eles me convenceram a tocar em uma banda de garotas, e ser o único garoto de uma banda que, mais tarde, iria estourar com tudo.
Naquela época eu mal sabia como eu ia me dar bem com todas elas.
(N/A):
Hey, pessoas :D
Então, eu espero mesmo que vocês tenham gostado, porque eu to adorando escrever essa fic. Ela é beeem inspirada no livro Confissões de uma banda, que eu recomendo pra qualquer um que goste de escrita em 1ª pessoa e música =]
Comentem, okk?
Beeijo
Lisi Black
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