Trailer



~ Trailer ~


Uma banda de rock em rápida ascensão ao topo


- Eu não vou vestir essa roupa.

E é claro que ninguém prestou atenção em mim, porque, de uma forma que eu não esperava, ninguém prestava atenção no pessoal da banda; mesmo que nós fossemos as estrelas do clipe. O maquiador só sabia falar mal da pele da Lily, enquanto o cabeleireiro xingava os cachos da Marlene.

- Como esperam que eu toque bateria com uma saia dessas?! Isso não é uma saia, é um cinto! – Eu continuei falando, mesmo que ninguém me escutasse.

Porque, sabem, eu realmente não podia usar uma saia daquelas. Seria vulgar demais.

- Eu acho que ela ficará ótima em você. – O James foi o único que me ouviu, mas ele não me ajudou muito com aquele olhar completamente cafajeste. – É completamente rock ‘n roll!


Quatro jovens

- O que me faria entrar numa banda só de garotas? – É, foi exatamente isso que eu perguntei, ignorando tudo o que o Brian já havia me dito.

Tudo bem que eu me dou muito bem com garotas, mas, ACORDA, bandas de garotas são ruins.

- Uma banda de garotas, onde você será o único cara! Imagina o sucesso que você vai fazer! – Morra, Brian, você me convenceu.


Completamente diferentes

- Sem chance.
- Mas é a minha banda preferida!
- Eu não vou fazer um cover do Nirvana. Não é o meu estilo.

Alguém dê logo um tiro nessa maldita garota ruiva! O que ela pretende tocar? Indie-rock?! Há meia hora ela sugeriu Paramore, uma banda INDIE que ninguém conhece, e ela nem deve saber o que o GRUNGE significou para o rock, o que me deixa completamente ofendida a ponto de defender a Wynn.

- Eu acho que deveríamos tocar Nirvana. – Falei bem autoritária, sem me importar com o rostinho de anjo da Lily.


E que mal se conhecem

- Olá! – Respondi animado. – James Potter.

Estendi a mão para cumprimentá-la, mas ela já havia parado de me olhar. A loira também. Menos a ruiva. Ela ainda me olhava como se estivesse hipnotizada, o que me fez tirar o olhar da loira e me perder nos seus olhos verdes por algum tempo.

- Lily Evans. – Ela disse, também estendendo a mão e apertando a minha.

Porque, obviamente, eu havia deixado a minha mão estendida no ar, mesmo depois de ser ignorado pelas outras duas. Estava me comportando como um completo babaca na frente das garotas mais bonitas que já havia conhecido.


Transformados em celebridades num piscar de olhos

Continuei olhando as roupas da loja, tentando ignorar a agitação que começava a se formar ao redor da Lily. Eu realmente não estava entendendo o que acontecia, até que eu vi uma, das várias garotas, puxar um pedaço de papel do bolso e dar para ela assinar.

- Você me dá um autógrafo? – Sussurrou a garota, que devia ter no máximo uns treze anos.

A Lily só sorriu, com toda aquela doçura dela, e pegou o papel da menina, assinando-o e o devolvendo logo depois.

PARA TUDO!
UM AUTÓGRAFO!
DÁ PRA ACREDITAR?!
FAMA, AÍ VAMOS NÓS!


Ingredientes perfeitos

- Pelo jeito vamos ter que parar aqui mesmo. – Sussurrei, sabendo que as garotas iriam me apedrejar a qualquer momento.
Tudo bem que o ambiente não era dos melhores, já que a carroçinha de cachorro-quente era meio enferrujada, e a banca de hambuerguers era meio suspeita; e, bom, garotas são cheias de frescuras.

- Alguém quer Cheetos? – Sugeriu a Wynn, que no momento eu quis chamar de A Salvadora.


Para brigas

- Se você acha que O Show é apenas uma oportunidade de pegar garotos, então eu acho melhor você ir embora! – Gritou Lily, com as feições bem estranhas para alguém que costumava parecer uma bonequinha.

Ela tinha entendido tudo errado, apesar de nem eu mesma saber o que era o certo. Porque, sabem, eu ainda não tinha entendido o que o cara da gravadora queria fazer comigo naquela parte escura da boate. Mentira, isso eu tinha entendido perfeitamente bem.

- Não, Lily. – Eu peguei as minhas baquetas, que ainda estavam presas na minha cintura. – O Show é a nossa oportunidade de fazer música. Mas para você é uma oportunidade de virar uma estrela.

Daí eu joguei as minhas baquetas no rosto dela e me virei, pra ir embora. E eu realmente desejava que tivesse acertado em cheio.


Fofocas

- Oi, Lene, você já falou com a Wynn? – Perguntou o James do outro lado da linha.

Eu achei bem estranho ele me ligar, por dois motivos:
a) Garotos não gostam de telefones
b) O James se dá bem melhor com a Lily do que comigo

Mas talvez ele não quisesse falar com a Lily, porque, bem, ela foi a culpada de toda aquela briga. Mas, obviamente, o James pensava diferente.

- Eu quero dizer...eu achei que ela fosse ligar para se desculpar.
- Se desculpar? – Eu tirei o telefone da orelha e o encarei por alguns segundos. – Se desculpar do quê?!
- Ah, você sabe. – Ele meio que gaguejou. – Por ter se agarrado justo com o cara que ia nos contratar.

Eu queria acrescentar o fato de que, se a Wynn não tivesse bebido demais e vomitado no cara, ele teria ficado bem feliz, o que não alteraria em nada os nossos contratos profissionais e então James não teria motivos para ficar irritado. E era óbvio que a Wynn tinha bebido porque o James tinha contrabandeado vodka para o nosso camarim.


Romances

Eu sei que o James é o tipo de garoto que nunca me olharia duas vezes, e eu tenho plena certeza de que ele tem uma queda pelas nossas colegas de banda. Mas, mesmo assim, a minha sensatez nunca iria me fazer negar o que ele me pediu.

- Então, já que o baile de formatura é tão importante para você – Ele sorriu, passando as mãos pelos cabelos, naquele ato completamente James Potter. – Você quer ir no meu?

A minha cara de boba deve ter sido MUITO evidente, já que depois de um tempo o James simplesmente completou:

- Comigo. – Sorriu, meio constrangido. – Sabe, como minha acompanhante.


E muita

- Jay, você deveria ter me apresentado os seus amigos antes! – Exclamou a Marlene, completamente descontrolada.

Depois de passar por mim, ela meio que agarrou o Sirius pelos braços e, bem, o levou para algum lugar que eu não vi onde era. Eu também sou filho de Deus, e nesse momento a Wynn está bem dançante em cima da cama.

- Hey, James! Que tal dançar comigo?

É, o teor alcoólico dela já devia estar bem alto, porque normalmente ela me trata como um pirralho bem insignificante. E eu acho que eu deveria aproveitar, porque não é todo dia que uma garota como ela me convida para dançar em cima de uma cama, durante uma daquelas festas pós-show de rock que eu sempre sonhei participar.


MUITA diversão!

Deixei o Sirius lá, sentado no único sofá que ainda continuava habitável, e fui buscar mais um pouco de bebida. Beber costuma me deixar mais livre, e no momento o Sirius queria bastante liberdade pelas minhas roupas.

- Ainda tem alguma coisa para beber? – Perguntei pro James (que mantinha um olhar bobo e incrédulo), que estava sentado no chão, em frente à cama do quarto onde estávamos.

Mas ele não me respondeu, e eu só fui entender o motivo quando eu segui o olhar dele, e percebi uma Wynn apenas de calcinha e sutiã em cima da cama. Ao lado dela estava a grupie que nós conhecemos mais cedo.

Céus, elas não estavam fazendo um simples strip tease. Elas estavam interagindo entre si enquanto faziam. E isso deixava James Potter completamente feliz.


Confissões De Uma Banda

- E então, depois de toda essa pressão, o Brian praticamente nos obrigou a gravar estes documentários diários, o que é bem constrangedor, sabem. – Fiz uma pausa e mexi um pouco no meu cabelo ruivo. – Talvez, quando nós estivermos bem famosos, eles lancem tudo isso como extras de um DVD. Eu espero que eu possa editar metade das coisas que eu já disse.


Em Breve

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