Capitulo 19



Obs1:Aviso a vocês que esse capitulo tem cenas proibidas para menores!!!hehehe....Aproveitem!!!


CAPÍTULO 19


Harry preparou-se para o jantar. Tomou um banho demorado no alojamento, barbeando-se cuidadosamente. Olhou seu reflexo no espelho quebrado. Passou a mão pelo rosto, pensando em barbear-se novamente. Sorriu, diante de tal idéia.
Por que, em nome dos céus, haveria de fazer aquilo? Iria apenas jantar, como todos os dias, na casa da fazenda. Nada mais. Exatamente como antes. Com exceção de que Remo e Tonks não estariam lá. Ele e Hermione iriam ficar sozinhos.
_Passamos uma semana juntos - murmurou para si mesmo, recordando-se dos dias na floresta. - Nada mudou.
Embora não soubesse precisar o motivo, sentia que havia algo diferente. Talvez conhecesse Hermione melhor. Antes, vira-a como um meio para atingir um fim. Agora, importava-se com ela. Sabia também que ficar ao relento era bem diferente do que estar abrigado e seguro em uma casa. O mais provável é que estivesse exagerando, vendo problemas onde eles não existiam. Apanhou a toalha e secou o rosto. Mentalmente, estudou o roteiro. Iria até a casa, jantaria com ela e, depois, subiria as escadas para dormir no quarto de Remo e Tonks. Interrompeu-se. Planejava passar a noite sob o mesmo teto que ela? Não tinha escolha, Remo havia insistido para que ficasse na casa enquanto ele estivesse fora. Além do mais, precisava cuidar do bem-estar de Hermione. Desde que ela se aventurara até a cidade e presenciara o assassinato de Albert, temia por sua integridade.
Os últimos raios de sol douravam o horizonte quando cruzou, em passos lentos, a distância que o separava da sede da fazenda. Parou, na porta dos fundos, penteando os cabelos com os dedos e, então, abriu a porta e entrou.
Da cozinha, vinha um cheiro delicioso de comida. Se não estivesse enganado, Hermione fizera todos os seus pratos favoritos. Carne assada, biscoitos, tortas. Ficou com água na boca.
_Bem na hora! - exclamou Hermione, ao vê-lo entrar, retirando do forno uma assadeira de biscoitos, dourados e crocantes.
Apanhando um pano de pratos, ele tirou das mãos dela a assadeira, colocando-a sobre a pia.
_Posso ajudar em alguma coisa? - perguntou, olhando ao redor.
_Está tudo pronto - ela respondeu, sorrindo.
Só então ele a olhou, detidamente. Sentiu um impacto muito grande, como se houvesse levado um soco no estômago.
Acontecera uma transformação. E não era pequena. Ela trajava o mesmo vestido que usava no dia em que a seqüestrara. Havia sido lavado e cuidadosamente passado a ferro. A lã verde, caía-lhe pelo corpo, moldando-lhe as curvas, fazendo sobressair a brancura do colo e a cintura esbelta. Os cabelos, presos ao alto por uma fita, emolduravam-lhe o rosto. Alguns caracóis haviam se soltado, enfeitando-lhe a nuca e a fronte. Tinha as faces coradas pelo calor do fogão. Os lábios carnudos, abertos em um sorriso, faziam a boca parecer um botão de rosa, de um vermelho vibrante.
_Você está linda - disse, sem pensar.
_Obrigada. - O rubor no rosto de Hermione acentuou-se. Limpando as mãos no avental, ela apontou para a sala de jantar. - Achei que seria mais agradável jantarmos lá.
Harry engoliu em seco. Sem dúvida, Hermione julgava que estava sendo atenciosa, preparando uma refeição especial e esmerando-se na maneira de se vestir. E esperava que ele reconhecesse seus esforços. O que ela não poderia adivinhar, nem ele iria lhe dizer jamais, é que todo aquele empenho havia provocado um efeito surpreendente dentro dele. Não desejava agradecer a atenção, apenas e tão-somente. Queria puxá-la para perto e beijá-la. Sentir-lhe o corpo de encontro ao seu, correr as mãos por aquelas curvas. Queria desabotoar os pequenos botões nas costas de seu vestido, desnudá-la, e provar o sabor de sua pele macia. Queria tê-la nos braços, possuí-la, penetrá-la com todo o ardor. Precisava desesperadamente dela.
_É uma boa idéia - disse ele, rezando para que a voz soasse normal. Jurou a si mesmo que não faria nenhuma alusão ao que havia pensado. Primeiro, porque Hermione esperava o melhor da parte dele. Confiava nele. Preferia ser morto a destruir aquela confiança. Segundo, porque ela era virgem, uma donzela que se guardava para o marido. Não poderia tê-la, a menos que resolvesse casar-se com ela.
Ao observá-la indo para a sala e, depois, enquanto servia o jantar, Harry permitiu-se pensar na possibilidade de um casamento. Continuava acreditando que a região era muito rude para as mulheres, embora tivesse que admitir que algumas pareciam florescer ao desafio. Hermione era uma delas. Uma esposa como ela seria bem útil. As noites eram longas principalmente no inverno, e sentia-se cansado de estar só. Mas tinha medo. Por mais que se envergonhasse daquilo, a verdade é que tinha medo. Fora fácil desposar Claire, porque, desde o principio, sabia que nunca iria amá-la. Com Hermione, porém, era diferente. Aprendera que, quanto mais intenso o amor, maior era a dor que poderia provocar. Não se sentia preparado para enfrentar tal escolha. Melhor era ficar sozinho.
Sentou-se na cabeceira da mesa, e Hermione ficou à d­reita. Harry intuiu que estava vivendo um momento que iria ficar marcado em sua memória pelo resto de sua vida. Se, ao menos, tivesse coragem de assumir seus sentimentos... Ela sorriu, e ele descobriu-se desejando-a com uma intensidade desconhecida. Era como, se não a tomasse para si, fosse parar de respirar, deixar de viver.
_Harry, aconteceu algo de errado? - ela perguntou, o sorriso abandonando-lhe o rosto. - Você parece aborrecido com alguma coisa.
Com esforço, ele afastou os pensamentos tempestuosos. Afagou-lhe a mão.
_Está tudo bem. Só estava pensando no que vamos fazer quando Remo voltar. Mas não vamos falar disso nesta noite.
_Está certo. - Passou a ele a manteigueira. - Tonks me disse que os primeiros morangos já poderão ser colhidos daqui a um mês. E me contou, também, que você conhece os lugares onde são encontrados os melhores.
Ele concordou.
_Há um pequeno vale, a leste daqui, onde podemos apanhá-los.
Conversaram sobre banalidades durante todo o jantar. Harry precisava lembrar-se, a toda hora, de levar a comida à boca. Não que os pratos preparados por ela estivessem ruins. É que uma outra fome queimava dentro dele, uma fome que não podia ser saciada com biscoitos, ou carne assada, nem mesmo com torta. Estava hipnotizado por Hermione. Encantado com a vivacidade de seu raciocínio, com a graciosidade dos movimentos de suas mãos laboriosas, pelo brilho risonho de seus olhos, pela maneira com que torcia o nariz quando ele a provocava de alguma maneira.
Ao terminarem a refeição, ela sugeriu que fossem para a sala de estar. Mesmo ciente de que estava cometendo um erro, ele concordou. Sentar-se ao lado de la, no sofá, significava meter-se em confusão. Especialmente se ela continuasse a olhá-lo daquela maneira confiante.
_Coloquei lençóis limpos na cama de Tonks e Remo - disse Hermione, a pele acetinada parecendo translúcida à luz dos lampiões.
_O que disse? - ele perguntou, encarando-a com surpresa.
_Os lençóis da cama dos Lupin estão limpos. Tonks me disse que você iria dormir aqui enquanto estivessem fora. Então, troquei a roupa de cama.
_Tem razão - murmurou ele, sentindo-se desconfortável. - Havia me esquecido.
Hermione estava tão perto e cheirava tão bem. Sem raciocinar, ele virou-se no sofá. Ela levantou o olhar, encarando-o, os olhos castanhos toldados por uma emoção que, ele podia jurar, era desejo. Não o calor incandescente que o consumia, mas, mesmo assim, havia ali uma ânsia, uma vontade. Escorregou a mão, pousando-a nos ombros dela. Inclinou-se, roçando-lhe os lábios com a boca, as entranhas queimando de excitação.
Se ela se retraísse, se afastasse, ou insinuasse de algum modo que não queria ser beijada, teria sido mais fácil resistir. Mas, em vez disso, ela agarrou-lhe o tecido da camisa, os dedos pequeninos procurando e encontrando o mamilo esquerdo, acariciando-o lenta e suavemente. Correspondeu ao beijo, pressionando a boca contra a dele e abrindo os lábios. Um calor úmido acolheu-o quando ele mergulhou a língua na boca com gosto doce de torta, e com um perfume só dela. As línguas se enroscaram, se tocaram, explorando uma a outra. Tudo era perfeito e provocante, como da primeira vez. Porém. ele não tinha o direito de fazer aquilo.
_Hermione, desculpe-me - murmurou, afastando-se ligeiramente, a testa apoiada contra a dela.
_Não - ela respondeu, pressionando a ponta do dedo em sua boca -, não se desculpe. Gosto da sensação que me invade quando você me beija. Fico formigando por dentro. E parece que meu corpo se expande e fica apertado, comprimido contra a minha pele. Eu quero... - Riu, de um jeito meio embaraçado. - Nem sei o que quero. Mas a verdade é que me sinto muito bem perto de você.
Com certeza, Hermione não pretendia fazer-lhe um convite, Harry, porém, compreendeu o significado oculto daquelas palavras. Ela o desejava. Em sua inocência, não percebera o fato, mas ele, sim. Deus do céu, onde arranjaria forças para resistir a ela? Deveria levantar-se e afastar-se dali, deveria refugiar-se no quarto dos Lupin. Lá, poderia deixar-se consumir pelo desejo, imaginando o que fariam juntos. Estaria, porém, a salvo da presença perturbadora de Hermione.
_Harry - ela sussurrou seu nome, tocando-lhe o queixo com os lábios.
A carícia talvez pudesse passar despercebida, tão suave fora, tão cheia de inocência. Porém, aqueles lábios úmidos e o murmúrio lânguido atingiram-no como um raio. Tomou-lhe o rosto entre as mãos.
_Hermione, não quero magoá-la. Temos de parar. Se não fizermos, não serei capaz de me controlar. Você poderá se arrepender do que pode acontecer se prosseguirmos.
Os olhos dela, penetrantes, encontraram os dele.
_Posso ser inexperiente mas não sou ignorante. - Controlou-se, para que Harry não notasse o tremor que a invadia. - Trabalhei com um médico por muitos anos, Harry. Sei o que se passa na intimidade de um homem e uma mulher.
Estava apavorada. E se ele rejeitasse o convite atrevido? Tinha certeza de que Harry a desejava. A forma calorosa como se expressava, a maneira como a beijava e abraçava, tudo indicava que ele sentia o mesmo desejo avassalador que ela. Queria-o desesperadamente.
E não apenas porque não pretendia apresentar-se a Stoner ainda virgem, mas porque o amava. Ansiava por entregar-se a ele como uma esposa se dá a seu marido. Queria ter motivos para lembrar daquela noite pelo resto da vida.
_Saber e fazer são coisas diferentes - ele forçou-se a dizer. - Você não tem consciência do que está falando.
Harry procurava comportar-se como um cavalheiro, ela podia sentir. Agitou-se, tentando pensar em algo que o convencesse. Estava apaixonada por ele. Porém, não iria forçá-lo a ir contra seus princípios por puro egoísmo.
_Sei muito bem o que disse, mas isso não importa - Hermione respondeu. Apertou-lhe as mãos e soltou-as, devagar. Recostou-se no sofá. - Você é um homem bom, decente e gentil. Eu pensei...
Encolheu-se e voltou-se para o outro lado. Uma sensação de desapontamento envolveu-a, apertando-lhe a garganta e fazendo seus olhos arderem pelas lágrimas represadas.
_Hermione, o que aconteceu? Não entendo...
Ela levantou-se, forçando um sorriso.
_Está ficando tarde, Harry. É melhor que suba.
Pondo-se também em pé, ele encarou-a, franzindo a testa.
_Ainda é muito cedo para dormir. Hermione, você está me escondendo alguma coisa.
Havia muitas e muitas coisas que gostaria de partilhar com ele. Agora, porém, não era o momento. Tentara entregar-se a ele e falhara. Iria encontrar-se com Stoner ainda intocada. Teria que pedir aos céus para que o assassino não a forçasse a deitar-se com ele. E mesmo que tal coisa acontecesse, se pudesse ter as informações de que precisava, ainda assim o sacrifício valeria a pena. Faria qualquer coisa por Harry.
Uma lágrima rolou pelo seu rosto. Virou-se, para que ele não a visse chorando. Ele, porém, com um gesto rápido, segurou-a pelo queixo, os olhos verdes faiscando de preocupação.
_Diga-me, o que foi que eu fiz? Eu a magoei de alguma maneira?
Incapaz de continuar fingindo, ela caminhou até a lareira. Apanhou um pequeno porta-retratos que estava sobre o aparador e virou-o entre as mãos, como se tentasse ganham tempo antes de responder.
_Tudo o que dizem de mim em Whitehorn é verdade. Sou uma mulher desonrada.
_Não. - Ele aproximou-se por detrás dela. Pousou as mãos em seus ombros suavemente. - Você continua uma donzela.
_Mas não quero continuar assim, Harry.
Balbuciou as palavras, esperando uma reação desfavorável. Finalmente, conseguira confessar seu mais íntimo segredo. Cruzou os braços contra o corpo, pronta para enfrentar as recriminações e os insultos antes que ele deixasse a sala, indignado.
Houve um profundo silêncio. Hermione sabia que ele ainda estava ali, pois ainda sentia o peso de suas mãos contra os ombros. Colocou, com um gesto lento, o porta-retratos em seu lugar e deixou pender os braços.
_Você não queria que eu parasse - disse ele, em tom de dúvida.
Ela assentiu com a cabeça. Fechou os olhos. Não queria ver a condenação estampada no rosto dele. Pelo menos, Harry não lhe perguntara o porquê. Não queria continuar mentindo nem pretendia dizer a verdade.
Guardaria as razões para si mesma.
Com um movimento brusco, ele virou-a, fazendo-a tropeçar e cair sobre ele. Agarrou-a, puxando-a de encontro ao peito. Inclinou-se e beijou-a sofregamente. A gentileza havia desaparecido. Não se demorou, como das outras vezes, em carícias suaves e toques sutis. Invadiu-lhe a boca com a língua ávida, apertando-a tão fortemente que ela mal podia respirar.
Hermione podia sentir-lhe as batidas do coração cada vez mais aceleradas. O seu coração também disparou, acompanhando o dele em ritmo e intensidade. Apertou-se contra ele, querendo ficar ainda mais próxima, ansiando que ele a beijasse mais e mais. Levantou-se na ponta dos pés, enquanto uma estranha sensação de fraqueza a dominava.
Ele percorreu-lhe as costas com as mãos, dos ombros aos quadris, apertando-lhe as carnes. Pressionou-a contra o peito, fazendo-a desejar que não houvesse tantas roupas entre seus corpos. Gostaria que ele lhe tocasse a pele nua com os dedos fortes.
Sentiu-se ruborizar diante da ousadia de tal pensamento. Não procurou, no entanto, afastar as imagens que surgiam em sua mente. Queria estar com Harry, precisava dele. Confiava nele. Amava-o desde há muito tempo.
_Hermione - ele murmurou, a voz impregnada de emoção. Acariciou-lhe os cabelos, retirando os grampos que os prendiam, e soltando a fita. Livres, as mechas fartas caíram-lhe sobre as costas. - Você é tão linda - disse, inclinando-se e tomando-lhe a boca.
Eram muitas as emoções. As novas experiências eram tantas que Hermione mal podia entendê-las. Os arrepios se sucediam, subindo-lhe pela espinha, fazendo-a estremecer. Agarrou-se ainda mais a ele, para não desabar no chão. O desconhecimento da situação a perturbava. Ainda que julgasse saber o que estava por acontecer, não tinha em que se basear para ter certeza. Um estranho calor queimava-lhe as entranhas; era uma sensação desconhecida e excitante. Os membros estavam pesados, a respiração ofegante. O corpo de Harry, quente e rijo, comprimia-se contra o dela, mostrando quanto ele a desejava. E o dela parecia estar se preparando para o momento de entrega total, como se sempre houvesse esperado por aquele encontro.
Ele enroscou uma das mechas de cabelo em seu dedo enquanto acariciava-lhe o pescoço. Procurando imitá-lo, Hermione afagou-lhe os cabelos macios como seda, descendo as mãos e pressionando-lhe a nuca, da mesma forma que ele lhe fizera. Estremeceu de prazer, ao ouvir-lhe o gemido.
Quando ele deixou as mãos escorregarem, contornando-lhe as costas, a cintura, e deslizando para os quadris e, depois, apertando-lhe as nádegas, ela fez o mesmo, hesitando apenas quando chegou aos músculos firmes dos glúteos. Nunca tivera tal intimidade com homem algum. Não tinha certeza de poder tocá-lo ali. Percebia-lhe o corpo, grande, musculoso, forte. Bem diferente do seu. As costas rijas terminavam na cintura pequena e nos quadris estreitos. Manteve os dedos quietos, enquanto ele, ao contrário, abarcava com as mãos suas nádegas, comprimindo-as e soltando-as, em um movimento excitante. Mesmo através das roupas, podia sentir-lhe os dedos apertando-lhe a carne. O calor, nas entranhas, cresceu. Começou a tremer descontroladamente. Seu único desejo era que ele a tocasse onde queimava um fogo intenso. Queria mais e mais, não sabia bem o quê.
Sem saber como proceder, ela moveu as mãos as palmas deslizando pelo tecido rugoso de suas calças.
Tocou uma elevação dura, rija, latejante, que acariciou, lenta e delicadamente. Com um gemido, ele contorceu-se, esfregando-se contra ela. Instintivamente, ela reagiu, sentindo o fogo alastrar-se pelo corpo todo, os músculos retesados e tensos.
Ele continuava a beijá-la, explorando cada milímetro de sua boca. Levada pelo desejo, Hermione fechou os lábios e começou a sugar-lhe a língua. Harry, imediatamente, ficou estático. Antes que pudesse descobrir se fizera alguma coisa errada, ele agarrou-lhe o rosto e forçou-o para trás, soltando um gemido rouco. Percebendo que ele gostara, ela repetiu o gesto. Mais uma vez, ele deixou escapar um gemido de prazer. Ousando ainda mais, Hermione rodeou, com a língua, a dele, em movimentos rápidos, e, depois, retraiu-se. Ele, porém, mergulhou mais fundo, fazendo-a gemer por sua vez.
Enterrando as unhas em suas costas, ela suspirou, tentando entender as próprias reações. Então, o ato da entrega era assim? Dar e receber prazer, um e outro se acariciando, descobrindo novas e diferentes maneiras de se tocar e sentir? Não conseguia imaginar que alguém, em algum lugar, já houvesse experimentado alguma coisa semelhante. Haviam, ela e Harry, descoberto algo novo e maravilhoso, algo só deles e de mais ninguém?
Antes que pudesse perguntar a ele se também se sentia assim, ele interrompeu o beijo e tomou-a no colo. Caminhou até o sofá, colocando-a sobre o assento, e ajoelhando-se a seu lado no assoalho.
A luz bruxuleante dos lampiões envolvia-os em uma claridade suave. Mesmo assim, ela podia ver suas feições bem-feitas. Os olhos escuros faiscavam, parecendo lançar chispas de fogo. Os lábios formavam uma linha reta, tão contraídos estavam.
_Você não está sorrindo - ela murmurou, tocando-lhe o canto da boca.
_Você não disse nada engraçado.
_Não está feliz?
_Muito. Não o tipo de felicidade que faz um homem sorrir. Pelo menos por enquanto.
Por um instante, Hermione relembrou-se do dr. Redding e de como ele descrevera as mudanças que ocorrem no corpo de um homem durante uma relação. Falara em uma enorme e poderosa pressão que só o abandonava depois de liberada.
_Quer dizer que você só vai sorrir quando plantar sua semente em mim?
Harry arregalou os olhos com espanto.
_Que foi que você disse?
_O dr. Redding me explicou algumas coisas quando eu trabalhava com ele. Você tem que entrar em mim e depositar seu sêmen em meu ventre. Acho que já está sentindo a pressão. Isso dói?
_Não estou bem certo se aprovo sua conversa com esse médico. Há coisas que um homem não deve comentar com mulheres.
_Eu era enfermeira e trabalhava com ele. Muita gente vinha me procurar, pedindo esclarecimentos. Se não soubesse de nada, não teria condições de ajudar.
Ele levantou os cantos da boca em um sorriso malicioso.
_Então, já conversou sobre essas sementes com outras pessoas?
Hermione franziu a testa, tentando recordar-se.
_Não creio. Depois que ele me passou essa informação, não me lembro de alguém ter me perguntado. Acho até que foi melhor assim. Afinal, muitas das coisas que ele me disse não fazem sentido.
_Como o quê?
Sentindo-se enrubescer, ela percebeu que uma coisa era conversar com o dr. Redding, muito mais velho que ela e extremamente profissional, e outra, com Harry.
_Hum... - ela hesitou. - Bem, ele me disse que a pressão aumenta dentro do homem para que ele possa expelir seu sêmen. Também me disse que, se um homem está com uma mulher com a qual se importa, ele fará com que ela sinta a mesma pressão. As mulheres, porém, não produzem sêmen. Então, como podem sentir a mesma coisa? Para dizer a verdade, acho que não quero que nada seja expelido para fora de meu corpo.
Harry inclinou-se e beijou-a suavemente. Depois, traçou, com a língua, uma linha úmida desde o maxilar até o pequenino lóbulo de sua orelha.
_Acho que posso fazer você mudar de idéia - murmurou com voz rouca.
Antes que pudesse perguntar como ou por quê, Hermione sentiu os dedos dele deslizando até os botões de seu vestido, abrindo o primeiro. Depois outro e mais outro. Uma onda de arrepios percorreu-a. Sentia frio e calor, medo e excitação. Debatia-se entre a vontade de pedir para que ele parasse e a certeza de que morreria se não pudesse experimentar aquele grande mistério da vida.
Tendo desabotoado o vestido, Harry fez com que ele deslizasse pelos ombros dela, deixando á vista a combinação transparente. Na caverna, ele já havia lhe tomado os seios nas mãos. Hermione sentiu os mamilos se contraírem, antecipando o contato.
Com a mão em concha, ele envolveu-lhe um dos seios, pressionando-o com uma carícia deliciosa. Os dedos correram pela pele acetinada delicadamente. Ela arqueou-se, desejando algo mais, se é que fosse possível. Ao sentir que ele esfregava o polegar contra o mamilo rijo, um arrepio percorreu-a até a sola dos pés, fazendo-a apertar as costas contra o sofá. Teve de reprimir um grito de puro prazer.
Ele repetiu o gesto, tocando-a mais e mais, acariciando-a, provocando-a. Soltou a fita que prendia a combinação, desnudando-a. Parte dela queria cobrir-se, parte queria que ele continuasse com as carícias. O desejo venceu a vergonha. Abandonou-se, afastando as saias com as mãos, e apertando os quadris com os dedos trêmulos.
Ele admirou-a por um longo instante. Tocou-a, depois, nos lábios.
_Você é perfeita - murmurou, deslizando o dedo até seu pescoço, mais abaixo, em direção ao colo e, depois, entre a linha dos seios. - Tão adorável.
Voltou a percorrer o caminho traçado, lentamente, contornando os seios. Ela sentia-se queimar em chamas ardentes, sentia a umidade aumentando entre as pernas. Curvou os dedos, comprimindo as mãos.
Em movimentos lentos, deliberados, circulares, ele avançava, pouco a pouco, em direção aos mamilos. Ofegante, queria que ele chegasse logo. Finalmente, quando já pensava que ia ficar maluca, Harry chegou ao alto do seio direito. Não tocou o botão, porém. Em vez disso, esperou até que ela respirasse aos sorvos, o coração disparado como se fosse sair-lhe pela boca.
Então, ele fez coisa melhor. Inclinou-se e envolveu mamilo com a boca. Os lábios, úmidos e quentes, pressionaram suavemente o bico rosado, proporcionando um prazer inacreditável. Hermione arqueou-se, ansiando por chegar mais perto dele e, ao mesmo tempo, desejando afundar no sofá. Com a mão, ele alcançou o outro mamilo. A boca e os dedos começaram a trabalhar juntos, apertando, sugando, provocando. Gritos de prazer escaparam da garganta de Hermione, que levantou os braços, agarrando os cabelos de Harry, mantendo-lhe a cabeça comprimida contra o peito.
_Harry - ela gritou, a voz enrouquecida. Lembrava-se de ter ouvido o dr. Redding descrever aquele tipo de carícia, mas não tinha sido claro o suficiente.
Aquilo era muito melhor do que beijar.
A mão esquerda de Harry abandonou o mamilo e começou a deslizar para baixo, chegando às últimas peças íntimas. Hermione virou-se, para que ele pudesse retirá-las mais facilmente. O movimento fez com que ele levantasse a cabeça e a olhasse.
Hermione mal podia acreditar que estava nos braços dele, seminua, os seios ainda molhados dos beijos. Nada poderia mudar a magia daquele momento. Harry era o homem a quem amava, e seu lugar era ali.
_Hermione, minha doce Hermione - ele murmurou, beijando-a na testa, na face e, finalmente, nos lábios.
Retribuindo, ela entreabriu a boca para receber a carícia, ansiosa pelo contato do corpo dele. Ao vê-lo atrapalhar-se com os laços e fitas, e percebendo-lhe a impaciência, ela soergueu-se sobre um dos braços, arrancando fora o vestido, a combinação, até ver-se em calcinhas e meias. Não tinha a menor idéia de onde fora parar o sapato.
Retesou-se, ao sentir que ele pousava a mão em seu ventre. Os dedos aproximavam-se do ponto de onde ela sentia o calor irradiar-se e que agora latejava.
_Você está séria demais - Harry murmurou. - Em que está pensando?
_Não tenho certeza do que vai acontecer agora - ela respondeu, embaraçada.
_Se quiser, eu posso mostrar - disse malicioso.
Ela consentiu, achando que era melhor que ele fizesse uma demonstração antes do ato propriamente dito. Muito embora estivesse apaixonada por harry e desejasse entregar-se a ele, desesperadamente, tinha de admitir que estava nervosa demais. Uma explicação médica seria familiar e poderia acalmá-la um pouco, pensou.
Mesmo assim, não estava preparada para o que veio a seguir. Ao sentir que ele deslizava a mão entre suas pernas, procurando suas partes mais secretas, ela corou violentamente. Um frêmito de prazer correu-lhe pelo corpo, sacudindo-a.
Ela arquejou, comprimindo-lhe o dedo que já tocava o centro de seu prazer. Em movimentos rítmicos. Harry provocou nela uma tensão imensa. As pernas se afastaram instintivamente. Em um lampejo de razão, tentou fechá-las, mas não conseguiu ser obedecida.
_Minha Hermione... - ele murmurou, beijando-a docemente. - Está pronta para me receber.
Ele estava tão próximo que ela apenas conseguia ver-lhe o rosto. Os olhos verdes a fitaram, e ela desejou mergulhar dentro deles e nunca mais encontrar o caminho de volta.
Ele continuava a acariciar o ponto mais secreto de sua intimidade, torturando-a.
_Você está gostando? - perguntou ele.
_É uma delícia - ela murmurou, os olhos enevoados de paixão.
_Diga-me se prefere assim.
Ele, então, pôs-se a acariciá-la num ponto particularmente pequeno e sensível. Ela contorceu-se de puro prazer, arregalando os olhos; trouxe os joelhos até quase o queixo, e elevou o corpo.
_Harry? - clamou, num gemido.
_Que foi? - disse ele, continuando a acariciar, círculos, o pequeno ponto de prazer.
Ela jamais sentira algo igual em toda sua vida. Era como se estivesse se derretendo sob o sol, a felicidade resumindo-se a uma simples carícia. Algo tão perfeito, tão maravilhoso, que não podia nem sequer descrever.
_Harry, eu...
_Eu sei, Hermione - ele murmurou, sorrindo. - Não tenha medo. Só quero lhe dar prazer. Relaxe, feche os olhos. Deixe que eu a satisfaça.
Impossível relaxar, quando todos os seus sentidos estavam focados naquilo que ele fazia. Fechou os olhos e o prazer pareceu intensificar-se tanto que se assustou.
_Harry? - murmurou, arregalando os olhos e agarrando-lhe o braço.
Ele ajeitou-se, encaixando-lhe o corpo contra o peito, sem interromper suas carícias.
_Não diga nada, Hermione. Só vou parar quando você tiver entendido tudo.
_Promete que não vai embora?
Ele sorriu, um sorriso tão maravilhoso que ela teve vontade de chorar.
_Prometo.




Obs2:Eu não disse???hehehe....Espero que tenham curtido o capitulo!!!Ainda essa semana tem mais atualização!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!

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