Capitulo 18
CAPÍTULO 18
Hermione ficou a observar enquanto os dois homens desmontavam dos cavalos e dirigiam-se para casa. Tonks juntou-se a ela, olhando pela janela da cozinha.
_Eles não parecem nada satisfeitos - comentou Hermione.
_E não é para menos. Tenho o pressentimento de que chegaram tarde demais.
Naquela manhã, um vaqueiro havia procurado por Remo, informando que vira três homens, disfarçados de índios, cavalgando na direção das terras do velho Smith. Alarmados, Remo e Harry tinham saído a galope na tentativa de impedir um novo ataque.
Os dois entraram pela porta dos fundos, desse tirou o chapéu da cabeça, enxugando o rosto suado.
_Conseguimos afugentar os primos de Stoner antes que pudessem incendiar a casa principal - Harry explicou às mulheres. - Não adiantou nada! Jonathan Smith está morto, e a esposa está arrumando a bagagem para retornar ao leste. Não quer nem saber o que vai acontecer à fazenda. Foi idéia do marido mudarem-se para lá. Disse que tem três filhos pequenos para criar. A família dela mora em Maryland e é para lá que vai, assim que conseguir o dinheiro das passagens de trem. - Suspirou, virando-se para o amigo.- Que droga, Remo! Devíamos ter chegado antes que começassem a atirar, não depois.
_Sei disso. - Remo tinha a fisionomia tensa. - São tantas mortes, Tonks. Não é justo.
A esposa aproximou-se, envolvendo-o nos braços. A enorme barriga tornava o gesto um tanto difícil. Mesmo assim, Hermione sentiu uma pontinha de inveja. Como gostaria de abraçar Harry. Virou-se para que não pudessem ver, em seu rosto, o que estava pensando.
Harry pendurou o chapéu em um gancho atrás da porta e correu os dedos pelos cabelos desalinhados. Voltou-se para Tonks.
_A única boa notícia é que as estradas estão secando. Você e Remo poderão viajar amanhã de manhã.
_Está pronta? - Remo perguntou à esposa.
_Faz dias - respondeu Tonks. - Hermione, se puder tomar conta das coisas por aqui, vou verificar as malas. Acho que é melhor arrumarmos a bagagem na carroça hoje. Assim, não precisaremos perder tempo amanhã.
_Pode deixar. Fique à vontade - respondeu Hermione.
Esperou que Remo fosse atrás de Tonks, deixano-a a sós com Harry, para que pudessem conversar. Remo, porém, sentou-se em uma das cadeiras da cozinha. Harry resmungou alguma coisa a respeito de um trabalho a terminar no celeiro, e saiu.
Ela acompanhou-o com os olhos até que ele desparecesse de vista. Ao voltar-se, deparou-se com Remo, observando-a atentamente.
_Harry está se deixando levar pela emoção - disse ele. - Cada assassinato faz com que ele se lembre da morte do pai. Fica se maldizendo por não ter sido capaz de impedir que ele fosse enforcado.
_Ele não poderia adivinhar o que estava para acontecer quando foi para o Texas.
_Você sabe disso, eu sei disso. Não tenho certeza, porém, de que Harry pense da mesma forma. Depois que a mãe morreu, ele e o pai tinham somente um ao outro.
_Se estivesse aqui, desse poderia ter sido morto também - ela murmurou, horrorizada diante de tal possibilidade.
_Todos estamos nos sentindo impotentes, diante dessa situação - resmungou Remo. - Preciso levar Tonks daqui o mais rápido possível. E Harry precisa tomar cuidado. - Inclinou-se, colocando os braços sobre a mesa. - Você vai ficar bem, sozinha?
Havia em sua entonação algo estranho, que fez com que Hermione se sentisse desconfortável.
_E por que não ficaria? - indagou, constrangida. Ele endireitou-se na cadeira.
_Bem... Vamos deixar você e Harry sozinhos por alguns dias. Estou um tanto preocupado com... - A voz lhe falhou.
Demorou alguns segundos até que Hermione percebesse que ele estava embaraçado. Então, entendeu o que ele pretendia insinuar.
_Lembre-se de que minha reputação já foi manchada - disse ela, puxando uma cadeira e sentando-se em frente a Remo. - Se está tentando perguntar se vou ficar constrangida por estar sozinha com Harry, a resposta é não. Não se esqueça de que ficamos na floresta durante uma semana so nós dois. Tenho absoluta certeza de que ele é um cavalheiro. Confio nele. Vou estar segura.
Remo inclinou-se novamente, olhando-a nos olhos.
_Ainda bem que você notou as qualidades dele, Hermione.
Foi a vez dela se endireitar na cadeira.
_E por que não notaria?
_Você estava convencida de que Stoner era o homem que queria desposar.
_Agora, não mais - ela respondeu, convicta, as cenas horríveis que presenciara voltando-lhe à cabeça. _Pode acreditar, não quero nada com aquele homem. Eu havia idealizado uma pessoa, baseada em umas poucas linhas de uma carta e nos sonhos de qualquer mulher. E tudo.
Seria tão bom, pensou, poder esquecer Harry assim tão facilmente. Sabia, porém, que demoraria muito tempo até se desfazer dos sentimentos que nutria por ele. Quando partisse, sabe Deus para onde, deixaria uma parte de si com Harry. Lamentava apenas que, talvez, ele nunca soubesse daquilo.
_Claire morreu há muito tempo - disse Remo. - Harry não foi feliz no casamento. Ela não era a mulher certa para ele, pois não apreciava a vida na fazenda. Ele nunca se importou com ela.
_Ele me contou superficialmente o que aconteceu com Claire.
_Verdade? Achei que Harry não gostasse de tocar nesse assunto. - Remo arqueou as sobrancelhas. - Interessante que tenha se aberto com você...
_Não sei por que fez isso - murmurou Hermione, corando violentamente. - Conversamos sobre unia porção de coisas.
_Então, deve saber que Harry acha que a vida na fazenda é dura demais e, portanto, incompatível com a condição feminina, não é mesmo? Não há como convencê-lo de que uma mulher pode agüentar viver aqui e ser, ainda assim, uma companheira forte e feliz. Esta, porém, não é a verdadeira razão pela qual ele não deseja voltar a se casar.
_Como assim? — ela perguntou, interessada.
_Harry não quer se envolver com ninguém. Teve oportunidade de acompanhar o sofrimento da mãe, que só veio morar na fazenda por amor ao marido. Depois que ela morreu, James arrumou uma mulher na cidade. Daisy. Foi ela...
_A pessoa que me salvou - interrompeu Hermione.- Então, ela conhecia o pai de Harry?
_Mantiveram um relacionamento durante aproximadamente dois anos. Todos sabiam que estavam apaixonados um pelo outro. James, porém, não quis se casar novamente. Sentia-se culpado por ter dado uma vida miserável à esposa e jurou que se manteria fiel a ela. Harry percebeu quanto aquela decisão machucou ao pai e a Daisy. Decidiu que não queria para si a mesma sorte, que nunca sofreria por amor.
_Não sei por que você está me contando essas coisas - retrucou Hermione, um tanto desconcertada.
_Acho que Harry merece muito mais do que uma vida solitária - argumentou Remo. - Mas alguém terá de convencê-lo disso.
Obviamente Remo julgava que ela, Hermione, podia ser aquela pessoa. Se fosse possível, gostaria de ser. Sabia, porém, de um detalhe desconhecido por Remo. O tempo todo, enquanto atravessavam a floresta, ela insistira em se mostrar ansiosa para se casar com Stoner. Falara de seus desejos de ter um lar e uma família. Se alegasse que seus sentimentos haviam mudado, Harry pensaria que ela estava apenas tentando se assegurar de que o sonho se realizasse. Não tinha como provar que o amava de verdade.
Levantou-se e olhou para Remo com um jeito triste.
_Sinto muito - murmurou. - Bem que eu gostaria de ser essa pessoa, mas não sou.
_Pensei que estivesse interessada nele.
_Estou, mas ele não vai acreditar nisso.
Na manhã seguinte, bem cedo, Remo e Tonks partiram para a casa dos amigos. Hermione preparou o almoço, sentindo-se terrivelmente nervosa. Não podia ser porque ela e Harry ficariam sozinhos. Eles já haviam passado por aquilo antes. Não dessa forma, sussurrou uma voz interior. Desta vez estariam a sós dentro de uma casa, o que era muito diferente de estar ao relento. Quando Harry a raptara, ainda não eram amigos. E ela não sentia por ele o que sentia agora.
Foi até a janela e espiou para fora. Podia ver o celeiro, o gado pastando a distância, os cavalos na estrebaria, o céu de um azul brilhante. No jardim, as flores que ela e Tonks haviam plantado. Ao lado, na horta, os legumes e as verduras logo iriam brotar e crescer. Faria um estoque para o inverno. E se sentiria recompensada quando pudesse alimentar a família com o fruto de seu trabalho.
Podia ser inteiramente feliz ali. Com Harry. Era impossível, naquele momento, pensar em desposar um estranho. Não conseguia mais pensar em casar apenas para ter um lar e filhos. Queria ser a esposa de Harry. Ser admirada por ele, do jeito que Remo olhava para Tonks. Dividir a cama com ele todas as noites. Ficar ao lado dele nos dias felizes e nas horas difíceis. Carregar no ventre um filho, fruto do amor deles.
O cheiro da comida chamou-a de volta ao fogão. A carne e o feijão estavam prontos. Começava a arrumar a mesa quando Harry chegou.
Ela examinou-o com um sorriso.
_Pelo que vejo, você domou os cavalos. Suas roupas estão limpas.
Harry olhou-se, de cima a baixo, satisfeito.
_Hoje, nenhum deles conseguiu me jogar fora da sela. Estão quase prontos. Mais tarde, vou dar a notícia aos vaqueiros. Eles vão escolher as montarias para o rodízio do gado.
_Você disse que o rodízio abrange os limites de Whitehorn e que vai até o outro lado da cidade - ela cmentou, servindo-lhe o café e sentando-se à frente dele.
_Isso mesmo - respondeu Harry, apanhando uma porção de biscoitos, ainda quentes. - Todos ajudam para chegarmos mais depressa. Falei sobre isso com Remo, de manhã, antes de ele sair. Vamos pedir aos vaqueiros que espalhem a notícia. Quanto mais homens reunirmos, mais fácil será apanhar os primos de Stoner em flagrante. Se uma porção de gente surpreendê-los atacando alguma fazenda, Stoner não vai conseguir esconder o que anda acontecendo.
_E o detetive de Boston?
_Tenho esperanças de que ele apareça qualquer dia desses. Porém, não posso ficar esperando. Temos de nos preparar para resolver esse problema, sozinhos.
_Acha que o delegado vai ajudar?
_Não sei. Lindsay está sem ação. Trabalha para e Stoner, mas não quis me prender quando fui à cidade. A patrulha que mandou, para nos localizar na floresta, não fez muito esforço para nos encontrar. E não acredito que sejam maus rastreadores. Talvez se junte a nós, se pudermos reunir bastante gente de nosso lado. Temos de aguardar os acontecimentos.
_Parece que as coisas estão indo bem - ponderou Hermione.
_Fomos juntando as peças do quebra-cabeças durante meses. - Sorriu para ela. - Tudo começou a fazer sentido depois que a seqüestrei.
_Fico contente em poder ajudar de alguma forma.
_Você ainda está brava por causa disso, Hermione? - perguntou ele, muito sério. - Depois de tudo o que passou, sei que não quer mais se casar com Stoner. Mas aqueles primeiros dias, cavalgando pelo mato e dormindo ao relento, foram muito duros para você, eu sei.
_Não estou brava de jeito nenhum - ela afiançou. - Sei, agora, que você estava desesperado. Só posso ficar feliz pela maneira com que as coisas se encaminharam.
_Percebi que você gosta de Montana e sei que não quer voltar para Chicago. Talvez... Whitehorn seja um bom lugar para você fixar residência.
Aquelas palavras perturbaram-na. Colocou o garfo sobre a mesa, com medo de deixá-lo cair da mão trêmula. Será que ele estaria sugerindo alguma coisa?
_Eu, realmente, gosto do oeste e, pelo que pude ver, Whitehorn me pareceu interessante. É uma cidadezinha encantadora.
_Se quiser ficar, posso ajudá-la. Afinal, por minha causa, você não se casou. Quando tudo isso acabar, vou procurar uma casa e alugá-la para você. Você é uma moça bonita e inteligente. - Apontando para o prato, prosseguiu: - É também uma ótima cozinheira. Qualquer homem ficaria muito honrado em tê-la como esposa.
Qualquer homem menos ele. O desapontamento feriu-a como um punhal. Era o sentimento de culpa que o impelia a ajudá-la. Remo estava enganado. Harry não se importava nem um pouco com ela. Também, tudo o que ela dissera desde que fora seqüestrada é que sua única meta, seu único objetivo de vida, era casar-se. Depois daquilo, o que ele haveria de pensar? Apenas em colocá-la em segurança para que pudesse desposar um outro homem.
Harry não era perfeito. Porém, era tudo o que ela queria. E não havia como convencê-lo daquilo.
_Não é responsabilidade sua cuidar de mim - Hermione murmurou, magoada. - Se decidir ficar em Whitehorn, vou arrumar um emprego. Sou uma boa enfermeira. Tonks me falou do dr. Prescott. Talvez ele possa me arranjar uma colocação.
_Não me agrada a idéia de vê-la trabalhando - ele retrucou, franzindo as sobrancelhas.
_E me agrada muito menos a possibilidade de você vir a me sustentar.
_E por que não?
_Porque não há motivos para isso. Sou forte e cheia de saúde. Trabalho desde os doze anos. Por que não iria trabalhar agora?
_Não me parece direito.
_Não sei por que. - A última coisa que queria era que Harry se sentisse responsável por ela como se fosse uma solteirona, vivendo pendurada nas costas dele. - Mais tarde, conversamos sobre isso - disse, secamente. - Depois que tudo se resolver.
Ele ficou sério. Por alguns instantes, pareceu a Hermione que ia insistir no assunto. Em seguida, porém, passou a falar do gado, dizendo que muitas vacas estavam prenhes. O inverno temperado tinha ajudado a aumentar o rebanho.
Quando Harry saiu, Hermione pôs-se a arrumar a cozinha, lentamente, tentando espantar a tristeza. Em Chicago, descobrira que estava cansada de esperar as coisas acontecerem. Pela primeira vez, resolvera tomar as rédeas do destino. Decidira vir para o oeste, em um esforço para mudar de vida. O futuro estava em suas mãos. As coisas, infelizmente, não haviam saído como planejara. Via-se, de novo, esperando, esperando...
_Tenho de fazer alguma coisa! - gritou. - Qualquer coisa é melhor do que não fazer nada. Não agüento mais esperar! Se eu pudesse ao menos ajudar em algo...
Lembrou-se das horas que passara na cidade do que Stoner havia feito ao pobre Albert, e engoliu em seco, sentindo-se apavorada novamente. Se fechasse os olhos, veria-se abaixada, atrás do balcão, rezando para não ser descoberta.
Mergulhou os pratos na água com sabão e enxugou as mãos em uma toalha. Tinha uma idéia na cabeça. Naquele dia, escapara por pouco graças a Daisy. O que significava que Stoner não soubera que ela estivera na cidade. E como poderia saber? Não a conhecia. A única coisa que era do conhecimento dele é que ela foi raptada por Harry.
Prendeu a respiração. E se fosse procurá-lo, o que ele faria? Será que teria coragem de dizer, frente a frente, que não estava mais interessado em desposá-la? E se dissesse que tinha sido mantida prisioneira e que conseguira escapar? E se fingisse que estava apaixonada por ele? Se pudesse convencê-lo de que odiava Harry, Stoner não teria mais razões para pensar que houvesse acontecido alguma coisa entre os dois. Embora fosse ele o responsável pelos boatos maldosos, devia conhecer Harry o suficiente para saber que ele nunca tiraria vantagens daquela situação.
O plano era tão simples, era impossível falhar. Se fosse hábil e convincente a ponto de fazer Stoner acreditar em sua história, talvez houvesse uma chance. Era só o que precisava. Se aquele homem acreditasse nela, poderia entrar em seu escritório e encontrar a carta. E outras mais. Tinham de estar lá. De posse das evidências, o delegado teria de tomar alguma providência. Principalmente se ela e Daisy pudessem denunciar o assassinato de Albert. Então, depois, trataria de conseguir um emprego, Harry não teria mais por que se preocupar com ela. E assim, quem sabe, pudesse provar que era forte e ativa o bastante para impressioná-lo.
Encostou-se na pia e repassou o plano várias vezes. O pior que poderia acontecer era Stoner recusar-se a tratar com ela. Quanto ao assassinato, podia ficar tranqüila. Ele não tinha como adivinhar que ela testemunhara tudo.
Não, disse a si mesma. O pior não seria Stoner rejeitá-la, e sim o contrário. E se ele acreditasse nela e quisesse casar-se logo? Ela faria o quê? Não poderia recusar, para não levantar suspeitas. Teria que seguir em frente, suportar a cerimônia e... a noite de núpcias.
Seu estômago revirou-se àquele pensamento. Não podia fazer aquilo. Imaginar-se beijando Stoner já era terrível demais, quanto mais pensar em partilhar com ele tamanha intimidade. Embora fosse virgem, sabia o que se passava entre um homem e uma mulher. Quando trabalhara com o dr. Redding, ouvira os comentários das senhoras no consultório.
Será que haveria uma outra maneira? Seria aquele o único meio? Deveria esperar que os homens elaborassem um outro plano? Balançou a cabeça em uma negativa. Sabia onde procurar a carta. A melhor coisa a fazer era encontrá-la. Se tivesse que se submeter a Stoner, que fosse. Talvez conseguisse apanhar a carta e fugir antes disso. Tinha de impedir que ele continuasse com seus crimes. Por Harry, pelo pai dele, por Albert e por todos que o bandido havia assassinado. Estava decidida. Começou, então, a estudar os detalhes. Iria à cidade pela manhã. Se pudesse, sairia imediatamente, mas tinha algumas coisas importantes a resolver na casa.
Foi até a janela e pôs-se a observar as pastagens. Assim que pusesse o plano em ação, não haveria como prever o desenrolar dos acontecimentos. As circunstâncias poderiam forçá-la a desposar Stoner, até mesmo a dormir com ele. E aquilo a transtornava. O corpo de uma mulher era uma dádiva que deveria ser entregue ao marido, com todo o amor. Ela, talvez, não tivesse tal oportunidade. Se escapasse de Stoner, o que a esperava? Os sonhos teriam se desvanecido, o futuro seria incerto, tudo por causa de um pequeno pedaço de papel. Estava apaixonada por Harry, tinha de admitir. Queria ser dele. Tinha certeza de que ele saberia lhe dar valor. Só tinha seu corpo para dar-lhe de presente. Stoner não teria aquela sensibilidade.
Suspirou. Se pudesse entregar-se a Harry primeiro, teria pelo menos a recordação daqueles momentos para sustentá-la na adversidade. E, afinal, o que havia de errado em desejar se dar a ele? Ela o amava! Não seria o amor muito mais importante que as convenções sociais? Por acaso seria certo entregar-se a um assassino? Não, pensou, mas não havia outro jeito. Era preciso acabar de vez com as atrocidades cometidas por Stoner. O único problema seria convencer Harry a possuí-la. Afinal, acima de tudo, ele era um homem honrado.
Obs:Oiiiiii pessoal!!!!Agora voltei para ficar!!!!!Aqui está o capitulo como prometido.Espero que curtam!!!!Ainda hoje posto mais duas novas fics!!!!Desculpem pela demora na atualização!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!
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