Capitulo 12



CAPÍTULO 12


Quando Harry acordou, o alojamento estava vazio, e o sol brilhava alto no horizonte.
Rolou sobre si mesmo, olhando ao redor, surpreso ao perceber que não acordara mesmo com todo o barulho que os vaqueiros deviam ter feito pela manhã.
Quando voltara do Texas com o rebanho de búfalos, havia se deparado com a casa destruída e com a notícia da morte do pai. Os Lupin o haviam acolhido. Recusara-se a ficar no quarto de hóspedes e preferira ocupar uma cama no alojamento. Também comia com os empregados. Quando não estava investigando Stoner e as pistas que poderiam elucidar a morte do pai, trabalhava com seu gado e também com o de Remo.
Levantou-se, vestiu uma calça de brim e calçou as botas. Perdera o lanche matinal servido aos vaqueiros. Porém, Tonks devia ter um pouco de café na casa. Lavou-se no tanque que ficava nos fundos do alojamento e rumou para a sede. Bateu, antes de entrar. Tonks estava ao lado do fogão e, ao vê-lo, levantou as sobrancelhas, espantada.
_Não diga que acordou agora. É quase meio-dia!
Harry relanceou os olhos para o relógio de parede, encabulado. Os ponteiros marcavam alguns minutos depois das sete. Para os padrões de um vaqueiro, era bem tarde.
_Acho que estava cansado. Além disso, o colchão é bem mais macio do que o chão. Hermione já está de pé?
_Já. Ela me ajudou com o café e os afazeres da casa desde cedo - disse Tonks - Você é que é um preguiçoso - acrescentou, brincando com ele.
Harry pegou uma xícara do guarda-louças e serviu-se de um pouco de café. Tonks terminou de mexer as panelas e dirigiu-se ao balcão. Pegando uma porção de massa que descansava sobre o tampo enfarinhado, pôs-se a amassá-la.
_Naquele vidro há alguns biscoitos - disse, apontando para a mesa.
Harry apressou-se em pegar alguns.
_Onde está Hermione? - perguntou, mastigando um biscoito.
_Lá fora, recolhendo ovos - Tonks fitou-o, com um sorriso de malícia. - Ela quer aprender tudo sobre a fazenda. Dei-lhe uma lista de tarefas. Você acredita que ela nunca colheu ovos? Acho que não criam galinhas na cidade... ela também me disse que lá os ovos são comprados nos armazéns. Que vergonha!
Harry continuou a tomar seu café, mastigando mais um biscoito.
_Na cidade, tudo é pago.
_Sou de Ohio. Há muitas cidades por lá, nenhuma muito grande. Cresci em uma fazenda e, portanto, para mim não houve grandes diferenças quando vim viver aqui. Mas para Hermione... - Meneou a cabeça. - Creio que, passados mais alguns dias, ela se cansará de ficar recolhendo ovos. Por enquanto, porém, só posso agradecer a ajuda.
_Como você está se sentindo? - perguntou Harry, olhando disfarçadamente a enorme barriga que ela ostentava.
_O que Remo andou dizendo a você?
_Nada.
_Conheço meu marido e sei da preocupação dele para comigo. Você é seu melhor amigo. Então, o que foi que lhe disse?
Harry suspirou. Devia ter ficado de boca fechada.
_Está preocupado, achando que você deveria estar com sua família até o bebê nascer. Assim, não ficaria tão sozinha.
Ela fez cara triste e fungou.
_É bem próprio de Remo. Foi por isso que me casei com ele. É um homem muito bom, sempre cuidadoso e preocupado comigo.
Para desgosto de Harry, as lágrimas rolaram dos olhos dela, escorrendo-lhe até o queixo. Com as costas das mãos, cobertas de farinha, ela limpou o rosto, forçando um sorriso.
_Não fique aborrecido, Harry. Desde que fiquei grávida, estou assim, chorona. Remo conversou comigo a respeito. Ele tem razão. Assim que você resolver esse problema com Hermione, vou para a casa de meus pais. Vou sentir saudade, mas é melhor não ficar sozinha. Existe outra alternativa.- Continuou a trabalhar, sovando energicamente a massa. - Hermione disse que, se eu ficar, ela virá me ajudar.
Com o canto dos olhos, Harry procurou ver se ela ainda chorava. Soltou um suspiro de alívio, ao ver que não. Baixou a cabeça, pensativo. Se Tonks, normalmente tão calma, tão forte, estava assim, extremamente sensível desde que engravidara, como se sentiria Claire, esperando um bebê? Talvez não sobrevivesse nem um dia.
_Harry, tenho uma pergunta a fazer com respeito a Hermione - murmurou Tonks sem encará-lo.
_O que é?
_Por que ela pensa que Stoner é uma espécie de santo?
Harry puxou uma cadeira e sentou-se. Pelo jeito, além de conversarem sobre crianças, as duas mulheres haviam encontrado tempo para falar de outros assuntos.
_Você não contou a verdade a ela? - continuou Tonks, encarando-o com a expressão um tanto confusa. - Devia ter dito.
_Tentei, mas faltou-me coragem.
_Ela me disse, aqui na cozinha, que ficaria feliz em estar a meu lado quando chegasse a hora de o bebê nascer. Que o sr. Stoner não se importaria porque é um homem bom e generoso.
_Hermione nutre umas idéias fantasiosas sobre o noivo.
_Eu até entendo, mas gostaria de saber por quê. O sujeito é um mentiroso, um assassino frio e insensível que não merece viver.
_Não é a mim que você tem de convencer.
_Hermione merece saber a verdade.
Ele tomou um gole de café.
_Sei disso, Tonks. Acha que eu gosto de ouvir o que ela diz acerca do patife?
_Então, por que não explica tudo a ela?
_Já disse. Tentei. Logo que a seqüestrei, contei-lhe tudo a respeito de Stoner, da morte de meu pai, dos ataques. Tudo. - Ele ergueu os ombros em um gesto de desalento. - Ela é teimosa. Parecida com você, com todo o respeito.
_Vou tomar o que disse como um elogio. Continue.
_Não há muito a dizer. Ela não quer ouvir. Tem suas próprias idéias a respeito de Stoner. Para ela, ele é um homem perfeito. Alguém tem de fazê-la ver a verdade, mas esse alguém não sou eu.
_E por que não?
_Porque tudo o que ela tem são suas ilusões. - Não sabia como explicar a situação a Tonks, sem relatar as confidências que Hermione lhe fizera. Queria manter o que lhe fora confiado em segredo entre os dois. Não iria partilhar aquilo com ninguém, nem mesmo com a mulher do melhor amigo. - Ela passou por maus bocados. É órfã. Nunca alguém se importou com ela. Pensa que, casando-se com Stoner, isso tudo vai mudar.
_Mas o que vai acontecer quando ela descobrir a verdade? Sustentar uma mentira não vai ajudá-la em nada.
_Eu sei, Tonks. Mas não quero destruir os sonhos dela.
_Ela pode construir outros sonhos, Harry. Ela não vai morrer por ter um sonho desfeito. Mas se casar com Stoner... Já pensou nisso?
_Não quero feri-la. - Harry percebeu que Tonks levantara significativamente as sobrancelhas. Podia ler os pensamentos dela tão claramente como se ela os falasse em alto e bom som. Reagiu enfezado. - Não me venha com idéias estapafúrdias. Não estou apaixonado por ela. Você sabe o que penso a respeito de mulheres em fazendas.
_Veja meu caso - ela retrucou, calma e pausadamente. - Faz dois anos que moro aqui e, mesmo assim, continuo viva. Na verdade, eu me sinto florescer a cada dia que passa.
Harry apertou os lábios com força, recusando-se a responder.
_ Ela é muito diferente de Claire - insistiu Tonks.
Era verdade. Dificilmente duas mulheres seriam tão diametralmente opostas como Hermione e Claire.
_Ela está apaixonada por Stoner - ele resmungou, entre os dentes.
_Ela está se iludindo a respeito de um homem que não conhece. É diferente.
_Não vem ao caso. Não estou interessado.
_Está bem... - Tonks voltou a trabalhar a massa. - Que pena! Hermione parece ser uma pessoa especial.
_Concordo - retrucou Harry, apertando entre os dedos a xícara de café. - Ela não é minha, não posso obrigá-la a ficar comigo.


_Você está maluco! - Remo exclamou, ao ver Harry atrelar o cavalo à carroça.
_Pode ser, mas tenho de falar com Lindsay.
_Se for preso, como vai provar que Stoner é culpado?
_Lindsay não vai me prender.
_Como pode ter certeza, Harry?
Jesse não tinha certeza de nada, mas nunca diria aquilo ao amigo. Estava impaciente. A única coisa em que podia pensar era contar tudo a Lindsay sobre a ferrovia. O homem, havia muito tempo, fora um bom delegado, decente e honesto. Devia restar nele um resquício de honra. Se pudesse convencê-lo a investigar, haveria uma chance.
_Vou ver Lindsay e pegar o baú de Hermione no escritório da empresa de transportes. Estarei de volta antes do jantar. Não vai acontecer nada.
Remo bufou, enfezado. Afastou-se da frente da carroça.
_Se prenderem você, não vou tirá-lo da cadeia.
_Combinado - murmurou Harry com um sorriso de malícia. - Não se preocupe. Tudo vai ficar bem.
_Tenha cuidado. Fique longe de Stoner.
_Ficarei.
Era o tipo de advertência que era obrigado a aceitar. Embora estivesse louco de vontade de se confrontar com o inimigo, sabia que o encontro era muito perigoso.
O único risco que poderia correr, no momento, era conversar com Lindsay. A justiça poderia tardar, mas não falharia. Stoner teria o que merecia.
Duas horas mais tarde, entrou na cidade, devagar. Diversas pessoas o reconheceram e pararam, espantadas, para observá-lo. Cumprimentou-as, tocando o chapéu. Não havia dúvidas de que a notícia do assalto à diligência correra de boca em boca. Felizmente, ninguém parecia estar com medo dele. Afinal, conheciam-no de muitos anos. A maioria achava justo seu empenho em limpar o nome do pai. Alguns haviam se oferecido para ajudar, em sigilo. Poucos tinham a coragem e a hombridade de desafiar Stoner diretamente. Parou, em primeiro lugar, na empresa de transportes e retirou o baú depois de assinar o recibo de entrega. Seguiu em frente, passando pelo escritório imobiliário, evitando ser visto.
A sorte estava com ele. Lindsay estava no trabalho. Sóbrio, Harry desceu da charrete e abriu a porta da delegacia. Ao vê-lo, o delegado levantou as sobrancelhas surpreso. Parecia estar doente. Tinha os olhos vermelhos, e a pele de uma tonalidade amarelo-esverdeada. A expressão, no entanto, era de alerta. Recostou-se na poltrona, pousando as mãos gordas e flácidas sobre a mesa.
_Veio se entregar? - perguntou, irônico. - Não esperava isso de você, Harry.
_Você sabe muito bem que não é por isso que estou aqui.
_Então, não sei o que pensar. Sou o delegado da cidade, e este é meu escritório. Você está sendo acusado de seqüestro. Neste momento, há uma patrulha procurando por você.
Harry aproximou-se de Lindsay e, apoiando-se a escrivaninha, inclinou-se.
_Não estou preocupado com isso. Quero conversar com você. Sobre Stoner.
_Nada do que diga me interessa.
_É sobre a estrada de ferro, Lindsay. Eles estão expulsando as pessoas do campo porque é por lá que a ferrovia vai passar. Aposto metade de meu rebanho que Stoner é um dos investidores.
_É loucura, já existe uma linha perto daqui. Não iriam construir outra assim tão perto.
_Não construiriam se fosse no mesmo sentido. Estou falando em uma linha norte-sul.
_Bobagem - retrucou Lindsay, apertando os olhos avermelhados.
_Vinda do Texas. Você sabe que é possível. Lembra a manada que eu trouxe? Tem muita gente interessada em conseguir um rebanho igual. Precisam de carne para abastecer o mercado. As cidades estão crescendo por aqui. Pense nisso.
Lindsay permaneceu impassível, estudando-lhe o rosto.
_Bem, e se for verdade? Não é nada contra a lei.
Harry deu um tapa na mesa, irritado, e endireitou-se.
_Lindsay. Escute. Tudo o que Stoner está fazendo é contra a lei. Ele está matando pessoas inocentes e...
_Pare - interrompeu-o Lindsay, ficando em pé. - Não quero ouvir nem mais uma palavra.
_Antes você não era um pistoleiro de aluguel - retrucou Harry. - Houve um tempo em que você era decente, bom, honesto. Meu pai sempre o respeitou. Talvez você tenha mudado no dia em que o prendeu, com acusações que sabia que eram falsas.
_Já chega, Potter! - exclamou Lindsay, corando violentamente.
Harry o ignorou. Com o dedo em riste, perguntou:
_Como é que consegue dormir? É por isso que você bebe? Para esquecer o rosto de meu pai quando o enforcou? Quantos outros vem assombrar você, Lindsay? Quantos mortos saem dos túmulos para lembrá-lo do que você fez?
_Pare com isso! - ordenou Lindsay. - Dê o fora daqui! Se não sair, vou prendê-lo agora mesmo.
Harry lutou para controlar a raiva. Não podia por tudo a perder.
_Estranho que ainda não tenha feito isso. É porque você sabe a verdade, não é? Não quer que eu seja pego porque tem esperanças de que eu consiga desmascarar Stoner. - Deu um passo na direção do homem que, um dia, fora amigo de seu pai. - Ajude-me - pediu. - Ajude-nos.
_Não. - Lindsay desviou os olhos.
_Por quê?
O delegado deixou transparecer um sorriso amargo.
_Gosto muito de viver.
_Então, por que está tentando se afogar em uma garrafa de bebida?
_Estou fazendo o que posso, como você, Harry. Não somos tão diferentes.
_Claro que somos. Eu estou fazendo o que é certo. Você, o que é mais fácil.
Lindsay deixou-se cair na poltrona, recostando-se, pesadamente.
_Não é tão fácil como pensa. Saia daqui, Harry. Caia fora e não me dê motivos para prendê-lo ou para atirar em você. Nenhum de nós sairia ganhando.
Diante do olhar pesaroso de Harry, Lindsay escancarou a gaveta e puxou uma garrafa de uísque. Tomou um gole. E mais outro, limpando a boca com as costas da mão. Um arrepio percorreu-o todo. Fechou-se em si mesmo, cabeça baixa. Parecia um trapo velho à beira da morte. Com um profundo desgosto, Harry voltou-se e deixou a delegacia.
Uma vez lá fora, não sabia o que fazer. A impaciência costumeira ameaçava tomar conta dele. Era mais seguro voltar à fazenda. Qualquer outra atitude seria arriscada demais. Mesmo diante daquela conclusão, pôs-se a caminhar, rápido, diretamente para o escritório que ficava no fim da rua. Apressou ainda mais o passo, quase correu, assim que viu o prédio. Talvez fosse um idiota. Talvez estivesse arriscando-se inutilmente. Não tinha outra escolha. Atravessou a rua, subiu os degraus da calçada e precipitou-se sala adentro, fazendo a madeira da porta chocar-se com estrondo contra a parede.
Logo depois do balcão de cerejeira, havia uma grande escrivaninha. Os papéis tinham sido empurrados para um canto, para abrir espaço. A mesa, posta para um lanche a dois, estava parcialmente coberta por uma toalha branca.
Os olhos de Harry pousaram surpresos sobre os ocupantes e, mais detidamente, na mulher. Viu que se tratava de Daisy Newcastle. Sentiu o rosto em fogo. Sabia o que ela andava fazendo. E por quê. O que não o impedia de sentir-se mal. Era difícil aceitar o fato de que ela, depois de ter partilhado a cama de seu pai, dormia, agora, com o inimigo.
Sentia-se um hipócrita. Embora não aprovasse o comportamento dela, usava as informações que ela lhe passava as escondidas. Não era uma atitude da qual pudesse se orgulhar. Já se questionara, muitas vezes. A aversão que sentia por ela talvez fosse, na verdade um sentimento de culpa. Por manter um relacionamento considerado imoral com seu pai, Daisy sofrera as conseqüências tornando-se mal falada. Talvez fosse sina da família levar o nome de mulheres à lama.
Daisy fitou-o de forma indiferente, como se mal o conhecesse. Ele agiu da mesma forma. Não queria delatá-la.
Como sempre, Stoner estava impecavelmente vestido. Usava um terno caro, feito sob medida para evidenciar seu tamanho e sua força. Para quem só levasse em conta as aparências, ali estava um homem bem sucedido. Porém, para Harry, que podia enxergar além da fachada, ele nada mais era do que o próprio demônio personificado.
Stoner levou o guardanapo à boca. Com um gesto elegante, colocou-o sobre a mesa.
_Se veio até aqui por causa da garota, não estou interessado nos restos da família Potter. - Deu um sorriso de ironia e tocou o braço de Daisy. - Com uma raríssima exceção.
O rosto de Daisy corou intensamente. Ela não disse uma palavra. Harry fechou as mãos com força, como se fosse esmurrar alguém. Controlou-se. Gostaria de arrebentar a cara daquele patife, porém, precisava manter-se calmo.
_Não estou aqui por causa de Hermione.
_Hermione, é? - Stoner fez um ar de surpresa. - Então, já são íntimos, já esperava que você a tomasse a força. Mas pensei que ela fosse resistir bravamente. E óbvio que superestimei as qualidades dela. Talvez o seqüestro tenha servido para meu beneficio, afinal.
Os olhos escuros de Stoner fixaram-se sobre ele, implacáveis, frios, ameaçadores.
Harry descobriu naquele instante que nunca entregaria Hermione nas mãos daquele homem. De forma alguma. Não faria aquilo nem mesmo com alguém a quem odiasse. Não importava como, iria protegê-la. A decisão deu-lhe ainda mais força. A raiva aumentou. Respirou, profundamente, para aliviar a tensão.
_Já descobrimos tudo sobre a estrada de ferro - disse calmamente. - Logo, todos saberão o que você tem feito. E por que. Falta pouco, Stoner.
Com tranqüilidade, o homem recostou-se na cadeira, como se as revelações não o abalassem. Harry, porém, poderia jurar que um músculo pulsara no rosto dele, em um tremor quase imperceptível.
_Você e seus planos - disse Stoner, irônico. - Por que não aceita a verdade? Seu pai era um traidor e recebeu o que merecia.
A raiva cresceu de tal forma que Harry teve de usar todo seu auto-controle para não explodir. Não podia sucumbir à provocação. Se agisse de forma impensada, poderia ser preso. Precisava continuar livre para prosseguir com as investigações. E para cuidar da segurança de Hermione.
_Vocês mataram um homem inocente, e vou provar isso. Fique de olhos abertos.
_É uma ameaça? - Stoner inclinou-se como uma fera pronta a atacar.
_Não. Uma promessa.
_Eu podia mandar prendê-lo pelo seqüestro de minha noiva.
_Uma mulher que você não quer mais? Vá em frente. Tente. Você deve achar que pode comprar todos aqui na cidade. Saiba que ainda há gente que é dona da própria consciência.
_Não me diga. Preciso descobrir quem é.
Harry ignorou a ironia e dirigiu-se à porta.
_É só uma questão de tempo. Sua sorte está terminando. Quando chegar a hora, vou estar no primeiro lugar da fila para ver você morrer, pendurado na ponta de uma corda.




Obs:Tem mais 2 capitulos ainda.... continuem...

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