Capitulo 10



CAPITULO DEZ


—É melhor colocar o cinto, ‘garota’. — Max sorriu, remexendo o corpanzil no banco do jato.
Mione apertou os lábios irritada.
—Para quê? Eu não vou a lugar algum com você. Pode desistir.
Max desatou a rir, chacoalhando a enorme papada.
—Já vamos decolar, querida.
Como ela odiava aquele sujeito! Mesmo que Max não fosse um bandido, ela o odiaria o resto da vida. Não fossem aquele imbecil e seu sobrinho ensebado, ela ainda estaria nos braços de Harry. Pelo visto, a maré de azar não arrefecera. Toda vez que Mione estava prestes a viver um momento de felicidade, surgia alguém para sequestrá-la!
De qualquer maneira, ela não daria àqueles dois a satisfação de ver seu desespero.
—Engano seu! O avião não vai decolar. Vocês não terão tempo nem de ligar os motores.
Quando as turbinas foram acionadas, e o jato começou a taxiar vagarosamente na pista, a provocação de Mione pareceu ridícula.
—Acho que você se equivocou outra vez, meu amor — riu Max.
Mione o fuzilou com o olhar. Depois lembrou que ainda tinha um trunfo nas mãos. O disquete! Muito embora fosse impossível prever a reação de Max ao descobrir que estava deixando a prova para trás. Ele tanto podia interromper a decolagem, na tentativa de recuperar o disquete verdadeiro, como apressar a fuga.
Mione não tinha como saber. Nem tempo para isso!
—O único equívoco que me lembro de ter cometido, sr. Max Herbert, diz respeito a seu disquete.
O homem gelou.
—Que tem ele?
—Veja você mesmo. Talvez o espertíssimo Max Herbert tenha de reconsiderar seus planos.
Max virou-se para Swithin que já se apressava a tirar o pequeno computador do estojo. Passados alguns instantes, o mordomo olhou desolado para o tio.
—Está vazio!
Max ficou roxo. Tentou se levantar, mas o cinto o jogou de volta ao banco. Ao notar o sorriso sádico no canto dos lábios de Mione, ficou ainda mais furioso.
—Pare este avião! — trovejou, desvencilhando-se. — Telefone imediatamente para o idiota do Bernie Morton!
Mione suspirou aliviada.
—Essa é boa! Vai culpar Bernie por você ter sido feito de bobo? — debochou.
Max voou sobre ela. Agarrou-a pelo pescoço.
—Se alguma coisa atrapalhar meus planos, ‘garota’, você vai virar comida de tubarão!
Ela engoliu em seco e ficou calada.
—Bernie não atende o telefone, Max — avisou Swithin sem dissimular o desespero.
—Maldição! — urrou o outro. — Eu sabia que não devíamos deixar as coisas por conta daquele rato!
Tudo que Mione podia fazer naquele momento era rezar para que Harry e Will houvessem escapado. E que estivessem bem! O piloto saiu da cabina!
—Devemos partir?
—Não! — berrou Herbert, causando um forte deslocamento de ar que por pouco não atira os passageiros para fora do jato. Afrouxou o colarinho, os olhos injetados de ódio, e olhou a sua volta. — Quer dizer, sim! Bernie Morton que se vire sozinho!
—Não podemos deixar provas de nosso envolvimento! — gemeu Swithin. E, descontrolado, atirou o disquete no chão. — Eu insisti para que partíssemos a semana passada, quando Will estava preso em Connecticut. Mas não! Você não podia perder a festa de aniversário!
Max por pouco não o perfurou com o olhar.
—A fuga estava planejada havia meses! Se você não houvesse bancado a velhota histérica e aparecido em Atlantic City com o fedelho antes da hora...
Apesar de sentir-se ameaçada, Mione não resistiu a mais aquela provocação.
—Oh! A guerra dos titãs!
—Cale a boca! — rugiu Max.
Estimulada pela fúria que aqueles olhos estampavam, Mione reviveu, em uma fração de segundo, os dramáticos finais de ‘Tubarão I, II e III’.
—Precisamos voltar ao hotel e apanhar os garotos. Alguma coisa me diz que eles não tiveram tempo de tirar cópia daquele disquete — disse Swithin. — Bernie me contou. Harry e a mulher tinham acabado de entrar no quarto quando chegamos.
Max girou pesadamente sobre os calcanhares.
—Quantas cópias vocês fizeram? — perguntou.
Silêncio!
—Ela não vai nos dizer a verdade, idiota! — descontrolou-se Swithin. Agarrou o tio pelo colarinho. — Por que não experimenta usar esse seu cérebro de ameba ao menos uma vez na vida! Temos de dar o fora!
Quando Mione achou que estava tudo perdido, ouviu-se o ruído das sirenes. Uma dezena de viaturas atravessou a pista em disparada e cercou o avião. Ela saltou da cadeira aliviada. Estava salva!
—A polícia! — gritou Swithin. E sabe-se lá por que razão correu segurar o braço de Mione. — Que vamos fazer agora? — perguntou, como se ela estivesse no comando, não seu tio. Estava tão aterrorizado que Mione quase chegou a sentir pena. Quase.
Max inclinou-se para olhar pela janela. A seguir, correu à cabina do piloto.
—Rápido, Smith, tire-nos daqui. Vamos!
—Que você quer que eu faça? Que passe por cima dos policiais?
Max atravessou o corredor e tomou Mione pelo braço, arrancando-a das mãos de Swithin. Ela reprimiu um grito de dor.
—Avise a torre que temos uma hóspede — ordenou. — Se não nos deixarem decolar, ela morre.
"Morrer?", Mione sentiu vontade de vomitar.
O inglês arrastou-a para a cabina e prensou-a contra o pára-brisa de maneira que os policiais a vissem. Enquanto isso, Smith comunicava-se com a torre. Durante uns cinco minutos, que naturalmente duraram uma eternidade, nada aconteceu. Mione mal podia se sustentar nas pernas. De repente, as viaturas começaram a recuar, abrindo um longo corredor à frente do avião.
“Eles vão nos deixar decolar?”
Mione revirou os olhos prestes a desmaiar. Girando a cabeça, viu um táxi entrar em disparada na pista. Harry e Will agitavam os braços freneticamente pelas janelas, tentando chamar a atenção dos policiais.
Ela jamais imaginara que seu ritmo cardíaco pudesse se acelerar daquela maneira, porém, ao avistar Harry, seu coração bateu mais descontrolado que um daqueles estouros de boiada que vez por outra apareciam nos filmes de caubói e enchiam a tela de pó. Oh, ela não o deixaria sair de perto dela outra vez! Nunca mais!
Tentando livrar-se das garras de Herbert, Mione pôs-se a espernear. Inadvertidamente, apertou com o quadril um dos botões do enorme painel de controle. Acionado o recolhimento do trem de aterrissagem, fez com que o avião perdesse a sustentação qual um balão de aço subitamente desinflado, e caísse de nariz no chão.
O caos!
Max Herbert, aquele gigantesco saco de batatas, foi arremessado de cabeça no banco do co-piloto. Mione tombou de costas no estreito corredor que separava a cabina do corpo do avião. Entalado entre duas poltronas e finalmente despido da fleuma britânica, Swithin desfiou um interminável rosário de palavrões.
Ciente de que não tinha muito tempo, Mione levantou-se e correu para a porta de emergência. Soltou a trava. Estava prestes a gritar e pular quando sentiu a mão do mordomo uma vez mais em seu braço.
— Você tem de... de dizer... a eles — gaguejou ensandecido. — Eu não fiz nada! Nunca vi um tostão do maldito dinheiro! Fui apenas o intermediário... o consultor... o...
Puxa, o sujeito não poderia ter escolhido melhor hora para apresentar o currículo?! Ela precisava sair dali, e depressa. Mas como se livrar de Swithin? O infeliz não lhe soltava o braço. Em pânico, Mione percebeu que não teria tempo. Max já se aproximava da porta, cambaleando. Ela precisava fazer alguma coisa! E depressa! Sua mão esquerda, com a qual se agarrara desesperadamente à alavanca da porta, começou a deslizar sem força para evitar que o mordomo a jogasse novamente para dentro do avião.
“A mão esquerda? Oh, Harry, como adoro quando você me chama de Tyson!”
Rezando para os deuses do boxe, ela soltou a porta e atingiu o queixo de Swithin com um cruzado de esquerda. O homem desabou aos pés do tio, bloqueando-lhe a passagem. Mione pulou na pista e saiu correndo. E como correu!
Harry estava lá. A poucos metros, os cabelos agitados pelo vento. Abrindo os braços, esperou que ela se abrigasse em seu peito.
—Graças a Deus, você está bem! — cochichou-lhe emocionado ao ouvido.
Mione ergueu o rosto e sentiu um alívio ao deparar-se com aquele olhar profundamente azul. Antes que tivesse tempo de dizer qualquer coisa, viu-se cercada por uma multidão de policiais que a arrastou para longe do avião. De braço dado com Harry, em poucos segundos aproximou-se de Will.
— Mione! — gritou ele, mesmo tendo notado que a noiva correra para os braços errados. — Graças a Deus, você está bem!
Puxa, os dois pareciam ter decorado o mesmo ‘script’. Sem saber o que dizer, ela se virou a tempo de ver Max Herbert, Swithin e o piloto sendo retirados do avião pelos policiais.
—Você foi ótima, Mione — sorriu Harry.
—Eu não teria conseguido se não fossem vocês. Por pouco eles não me afogam nas ilhas Caimãs.
Ao dizer o nome do lugar onde passaria a lua-de-mel, ela fitou o noivo e estremeceu. Sem graça, soltou o braço de Harry.
—Srta. Granger? — interrompeu Saunders, o policial no comando. — Queríamos que nos acompanhasse até a delegacia. Precisamos de seu depoimento. — Voltou-se para Harry e Will.
— Qual dos dois fez a denúncia?
—Fui eu, rapazes — respondeu Harry. — Sou policial em Nova York.
—Eu sou o noivo da srta. Granger — apressou-se em dizer Will.
—Você? — surpreendeu-se o policial. Como ninguém o contradissesse, deu de ombros. — Tudo bem, vamos então. Um dos dois pode vir comigo na viatura e explicar o que aconteceu?
Mione olhou para Harry com hesitação. Ela precisava se explicar com o noivo. Conversar com ele. Ao mesmo tempo, não queria se afastar de Harry. Nunca mais!
—Eu vou com vocês — disse ele, compreendendo o dilema de Mione.
Porém, ao vê-lo entrar na radiopatrulha, a expressão rígida, ela não teve dúvida de que Harry ficara ofendido com sua hesitação. Mas, afinal, o que esperava dela? Que dissesse a Will ali, em meio ao nervosismo e à fadiga que o noivado estava desfeito?
—Podemos ir? — perguntou Will, tomando-a pelo braço.
Mione fez que sim, embora sentisse o corpo paralisado.


—Eu preciso de um café — murmurou.
—Vamos. Eu também estou precisando beber alguma coisa.
---Talvez a gente encontre um lugar tranquilo onde conversar.
---Precisamos conversar, você não acha, Mione?
Ela tornou a balançar a cabeça.
—Bem ou mal, isso tudo serviu para me fazer perceber que espero muito mais da vida do que imaginava. Algo mais profundo...
Mione fitou Will com perplexidade.
—Quer dizer que você desistiu do casamento? — perguntou ela sem disfarçar a indignação. Não esperava por isso.
—É melhor, você não acha? Escute, quando aqueles homens me ameaçaram em Atlantic City, colocaram uma arma em minha cabeça, a minha vida inteira passou diante de meus olhos, e confesso que não gostei nada do que vi. Acho que cheguei à conclusão de que a existência pode ser mais que uma sucessão interminável de dias, um corresponder irrefletido à conduta das outras pessoas, às expectativas dos diretores do banco.
—Eu sei, mas...
Will suspirou.
—Não estou querendo dizer que fico entediado quando estou com você, Mione. Entenda, a culpa não é sua. — Voltou a suspirar. Então deu de ombros. — Eu é que estou precisando fazer algo completamente diferente, compreende?
—E o que pretende fazer?
—Resolvi voltar para Connecticut e trabalhar com meu pai.
Ela arregalou os olhos horrorizada.
—Oh, não, isso não!
—Preciso me reconciliar com ele, Mione. Sei que pode parecer um pouco estranho...
“Um pouco?”
—Sei... Bem, mas isso não quer dizer nada. Para algumas pessoas, Hitler também era um pouco estranho.
Will sorriu.
—A verdade é que meu pai prometeu que, caso eu não estivesse envolvido com o desfalque, ele me daria o cargo de supervisor financeiro da empresa. E estou disposto a aceitar. O salário é excelente. Com um pouco de sorte, daqui a uns dez anos, terei feito um bom pé-de-meia, reforçado o saldo de minha previdência privada e talvez consiga até me aposentar. Só assim poderei finalmente me dedicar àquilo com que sempre sonhei.
—O quê? — surpreendeu-se ela. Como era possível que tivesse quase se casado com alguém que conhecia tão pouco?
—Um curso de gastronomia.
Mione só não caiu porque já estava sentada. Sua primeira reação foi avaliar os malefícios que uma vida dedicada à culinária poderia trazer à forma física e à saúde de Will. Mas logo se lembrou. Se Will estava de fato disposto a romper o noivado, sua taxa de colesterol deixava de ser um problema com que ela tivesse de se preocupar. Na verdade, Mione passara a maior parte do tempo tentando moldar o noivo segundo suas próprias conveniências e necessidades. Pena que nunca se dera ao trabalho de perguntar quais eram as reais aspirações dele. Talvez ela e James Potter tivessem mais coisas em comum do que fosse agradável admitir.
—E você? Quais são seus planos? — perguntou Will, vendo-a tirar a aliança do dedo. — Quer dizer, não sei se é impressão, mas, acho que depois desse sequestro, você ficou diferente.
Mione ergueu os olhos, sentindo o rosto em chamas. As mudanças às quais Will se referia não haviam ocorrido sob a ameaça de uma arma, mas no conforto de uma cama king size. Ela acabara se apaixonando pelo futuro cunhado. Mais que isso. Seguira os impulsos do coração... e prometera a si mesma não se arrepender.
Isso era tudo o que sabia. Agora, quanto ao que faria dali para a frente... Como saber? Bem, poderia procurar Harry, contar-lhe do rompimento com Will, mas e depois? Acaso teria coragem de convidá-lo para jantarem juntos nos próximos cinquenta anos?
—Ainda não me decidi — murmurou ela, colocando a aliança na mesa.
Will entreabriu os lábios para dizer alguma coisa, mas se interrompeu ao ver Harry.
—Ei, vocês! Como é? Já estão prontos para prestar depoimento?
—Eu também? — surpreendeu-se Will. — Mas nem sei se eles estão interessados em ouvir minha versão.
—E por que não estariam? — sorriu Harry, voltando-se para o oficial que estava a seu lado.
Will sentiu-se subitamente importante. Levantou-se e acompanhou o policial. Mione estremeceu. Assim que Will se afastou, Harry a fitou com aqueles incríveis olhos verdes, cheios de intimidade.
—E então... — Pigarreou, servindo-se de uma xícara de café.
—Que foi?
Ele riu.
—É estranho, mas, agora que não existe mais nada que possa nos atrapalhar, as coisas parecem ter ficado mais constrangedoras.
Mione ergueu as sobrancelhas.
—Nos atrapalhar em quê?
—Você sabe... Agora que você e Will terminaram...
Ela não se conteve. Saltou da cadeira indignada.
—Mas o que significa isso? Por acaso você estava ouvindo atrás da porta?
—Não! — garantiu Harry. — Claro que não!
—Então como sabe que Will e eu rompemos o noivado?
—Ora, porque meu irmão me contou.
—Está me dizendo que ele lhe contou que não tinha mais intenção de se casar antes de falar comigo?
Ciente de que tinha cometido uma gafe, Harry sacudiu a cabeça envergonhado.
—Não, não é isso. Ele não chegou a me dizer que tinha mudado de ideia... Digamos que eu percebi que isso poderia acontecer... Bem, pela conversa que tivemos aquela noite em Connecticut, sabe?
—Em Connecticut? — repetiu ela quase aos berros. — Então você já sabia? Há dias? E por que não me contou?
—Eu cheguei a pensar nisso, mas depois achei que não devia me intrometer.
—Mas... Então quando nós... fizemos amor... você já sabia? E não me disse nada?
—Era um assunto que tinha de ser resolvido entre vocês... Pelo menos eu acho.
—Sim. Mas o que aconteceu em Atlantic City dizia respeito a nós dois! Ou por acaso você teve medo de se comprometer? Já sei! Ficou com medo de que eu me atirasse em seus braços!
Dessa vez foi ele quem sentiu o rosto arder de constrangimento.
— Mione, você entendeu tudo errado — tentou explicar, colocando-lhe as mãos nos ombros. — O que mais desejo na vida é que você se atire em meus braços.
—Essa é muito boa!
—Eu sei que vindo de mim pode parecer estranho, mas... Bem, acho que nós devíamos...
—Puxa, nem Skippy Dewhurst conseguiu ser tão direto!
—Escute, Mione. Pare com isso, sim! Eu não sou Skippy Dewhurst. Nem quero que você pense que tudo não passou de uma aventura. O que estou tentando dizer é que nós...
Mione se encheu de esperança, mas depois, vendo que as palavras lhe falhavam, ficou decepcionada. O natural seria que Harry terminasse a frase com um "devíamos ou podíamos nos casar". Mas e, se ao invés disso, ele dissesse: "acho que deveríamos fazer amor com mais frequência" ou quem sabe, "deveríamos sair para jantar de vez em quando."
—Que horror! Você tem tanto medo de se comprometer, de admitir a possibilidade de um dia vir a ter um relacionamento mais sério, que fica até gago!
—E quem disse que não quero ter um relacionamento sério?
Mione o encarou durante alguns instantes. Harry parecia estar sendo sincero, mas...
—Escute... Depois de tudo que acon... aconteceu nos últimos dias... — Desta vez foi ela quem gaguejou. — Acho que preciso de um tempo para colocar as ideias no lugar.
Ele fez que sim.
—Claro! Como você quiser. — Como ela não dissesse mais nada, Harry teve medo daquela reação. Franziu as sobrancelhas. — Mas de quanto tempo exatamente você precisa?
Mione se levantou e apanhou a bolsa. Precisava sair dali o mais depressa possível, antes que fizesse alguma besteira como se atirar nos braços dele ou mesmo cometer o desvario de sugerir que passassem a morar juntos no Brooklyn.
—Eu telefonarei. — E saiu, deixando atrás de si olhos profundamente verdes e apavorados.




Obs:Último capitulo a seguir....

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