Capitulo 5



Obs1:Capitulo dedicado a Fernanda Destro, ღDiany PaulaღMúmiaღ , Jéssy Nefertari, Amor, Tata, Ana Lívia, Andréa Pismel da Silva, Carla Ligia Ferreira, ***Pah Potter***, *** Sarinhaaa ***, FABY e Adriana Paiva!!!Se eu esqueci alguém, peço que me perdoem!!!Adoro todas vocês!!!!Valeu por acompanharem todas as minhas fics e pelos comentarios maravilhoso que deixam!!!!



CAPITULO CINCO


- É um ultraje! — gritou Mione, esmurrando a porta do quarto.
Ora, mas de que servia fazer escândalo? Não havia a menor possibilidade de que a ouvissem na rua.
Exausta, ela se deixou cair na enorme cama king-size. A situação era mesmo de uma ironia sem limite. Mione passara o dia queixando-se da falta de bom gosto de Harry, e para quê? Para acabar trancafiada em um quarto cujo papel de parede, as cortinas drapeadas e os móveis compunham um cenário irreparável para a exposição do legítimo Monet que havia lá!
Como era possível que tivesse se metido em uma encrenca tão grande? E o que era pior, em breve estaria convivendo com uma família mais complicada que a sua! Quando soube, por intermédio de Harry, que James Potter tinha um temperamento difícil, Mione imaginou que fosse um homem ranzinza, talvez excêntrico. Não esperava confrontar-se com um pequeno tirano barbado, que na primeira oportunidade mandaria os capangas aprisioná-la como uma criminosa. Não era de se estranhar que Harry e Will houvessem saído de casa. James Potter parecia fazer questão de tratar os filhos adultos como crianças. Era uma sorte os dois não terem descambado para a marginalidade.
“Oh, Will!”
Mione estremeceu só de imaginar. Em circunstâncias normais, ela não duvidaria um instante da honestidade do noivo. Mas naquela casa nada parecia normal. Bastou um encontro com herr Potter para que também ela sentisse um incontrolável desejo de lesá-lo, ainda que apenas financeiramente. Sem falar em Harry! Era obrigação dele tê-la prevenido da encrenca em que estava se metendo. No entanto, passara a viagem provocando-a com aquela história de ‘comichões’. Onde já se viu!
Mione enterrou o rosto no travesseiro, sentindo a pulsação acelerada. Ainda bem que tinham feito a viagem durante a noite, no escuro. Do contrário, Harry teria visto que as provocações a deixavam mais vermelha que um camarão!
Como explicar-lhe que, apesar de estarem de casamento marcado, ela e Will não eram tão íntimos como se podia esperar. A princípio, o noivo insistira para que começassem a dormir juntos, mas Mione sentiu medo, temia que estivessem indo depressa demais. Depois, quando superou o receio, foi ele quem se mostrou desinteressado.
Mas não havia por que se preocupar, pensou ela. Estavam enfrentando um pequeno problema de comunicação, mais nada. Uma vez casados, tudo fluiria naturalmente. Ela tinha certeza. E depois que passassem a lua-de-mel em uma ilha paradisíaca então, tudo entraria nos eixos. Além do mais, Will não a teria pedido em casamento se não a amasse. Teria?
Mione voltou a imaginar quanto Harry ficaria satisfeito se descobrisse que havia conseguido encher-lhe a cabeça de preocupações! Ela só esperava não encontrá-lo nunca mais. Aquele sujeito desagradável não tinha o direito de sequestrá-la, crivá-la de perguntas pessoais, intimidá-la com aquele olhar cobiçoso...
Mone engoliu em seco. “Droga!” Será que estava sentindo ‘comichões’ pelo irmão errado? Bobagem! Jamais se apaixonaria por Harry Potter, um seqüestrador barato... Muito menos agora que estava às portas do altar. Além disso, Will era um homem incomparavelmente mais atraente... um companheiro para o resto da vida.
Mas ao cerrar os olhos, tentando recuperar o autocontrole, foi a face de Harry que lhe invadiu a mente. Era ele quem Mione desejava beijar. Era preciso voltar a se concentrar em Will. E depressa! Que será que o noivo estava tentando lhe dizer antes de serem bruscamente interrompidos por James? Era isso que ela precisava descobrir.
Mas como? Que chance ela teria de escapar daquele quarto e encontrar Will? Mione ergueu a cabeça e olhou para a porta. Estava trancada, sem dúvida. Levantou-se e foi à janela. Olhou para baixo. Apesar de estar no segundo pavimento, teria de descer pelo menos seis metros para chegar ao jardim. Altura suficiente para que fraturasse uma dúzia de ossos. Isso se não quebrasse o pescoço. Contudo, os deuses pareciam ter finalmente passado para seu lado. Já não era sem tempo! Havia um parapeito que se estendia pela escuridão.
Mione ergueu a saia do tailleur que escolhera com exagerado critério para a cerimónia de casamento e pulou para fora. Mas não demorou a se arrepender. Como saber em que quarto haviam prendido Will? Tanto podia ser o contíguo como qualquer outro no lado oposto da casa! Ela respirou fundo.
O suor começou a brotar-lhe de todos os poros: inclusive nas mãos, o que a impedia de se segurar na parede. Enchendo-se de coragem, ela respirou fundo e pôs-se a andar de lado. Ao alcançar a janela contígua, parou. Colou o rosto na vidraça e mal conteve um gritou de alívio, ao ver um homem dormindo em uma enorme cama de casal. Um homem corpulento demais para ser James Potter! E o que era melhor: havia um par de óculos no criado-mudo. O de Will!
Mione empurrou a vidraça com força, imaginando que estivesse trancada, e quase despencou do parapeito quando ela se abriu. Voltando a equilibrar-se, pulou para dentro. Will, que até aquele instante ressonava tranquilamente, virou-se de bruços emitindo um ronco animalesco.
“Oh, Wiil! Que saudade!”
Ela atravessou o quarto e se acercou da cama. Tirou os sapatos e se meteu em baixo dos lençóis. “Oh, que alívio!” Nos braços do noivo outra vez. Aquele corpo quente e acolhedor. Mas havia algo estranho. Will não costumava dormir de cueca...
—Ei, cabecinha-de-bagre — ronronou ela, acariciando-lhe as costas. — Advinha quem está aqui?
Ele parou de roncar mas não respondeu.
—Eu sei que você está acordado... — sorriu ela, beijando-lhe a cabeça.
Mione franziu as sobrancelhas e recuou. Como era possível que Will tivesse perdido tanto cabelo em um único dia? Com o coração aos pulos, esperou que ele se virasse.
E pronto!
Aqueles olhos verdes!
—Cabecinha-de-bagre? — repetiu Harry com incredulidade.
Ela sentiu o rosto se incendiar. Afastou as mãos daquele corpo incrivelmente másculo como se acabasse de perceber que estivera acariciando uma lesma.
- Que está fazendo aqui?
—Dormindo, ora essa! E você?
—Pensei que fosse Will. Você ronca como ele.
—Mentira! Eu nunca ronco.
—E o que está fazendo com os óculos dele? — perguntou Mione, apontando para o criado-mudo com impaciência.
—Mas esses são meus óculos de leitura — respondeu Harry com um sorriso maroto. — Cabecinha-de-bagre? Tem certeza de que é assim que você chama seu noivo?
—Oh, esqueça...
Harry olhou para a janela aberta e voltou a encarar Mione.
—Como conseguiu chegar aqui?
—Pelo parapeito.
Ele revirou os olhos e se sentou na cama.
—Ficou maluca? — perguntou, tomando-a pelos ombros.
—Maluca? Ora, tenha paciência! Se há algum maluco aqui, certamente pertence a sua família.
—Você não pode se queixar. Eu avisei.
—Não! — gritou ela, sacudindo a cabeça. — Não avisou. Não disse que seu pai me prenderia no minuto em que eu pusesse os pés nesta casa.
—Será possível que você seja tão teimosa a ponto de se arriscar a quebrar o pescoço caindo de uma altura destas?
—Eu vim até aqui à procura de Will — reclamou ela, erguendo o queixo.
—Podia ter se matado, isto sim!
—Mas não me matei. E ficaria muito agradecida se você me levasse ao quarto de seu irmão.
Harry a fitou nos olhos como se só então tivesse percebido que estava com as mãos em seus ombros. E, no mesmo instante, concluiu que não podia deixá-la ir.
Mione parecia incomodada com a maneira com que ele a olhava. Principalmente agora que se lembrava de que estava na cama com um homem seminu e que esse homem não era seu noivo!
—Tem mesmo certeza de que me confundiu com Will? — provocou Harry.
—Claro que sim! Por acaso está tentando insinuar que me enfiei em sua cama de propósito?
Ele soltou uma gargalhada.
—Talvez não tenha sido um ato consciente...
“Ora, um comentário desses! Um prato cheio para Joan!”
—Não seja ridículo. Nem meu subconsciente me levaria a tamanha estultice.
—Não precisa ficar zangada, ‘Tyson’. Admita. Até que fazemos um belo par...
E como! E o que era pior, Mione tinha a impressão de que ia pegar fogo ao contato daquelas mãos. Harry era tão forte, exercia um magnetismo tão poderoso sobre suas emoções, que era praticamente impossível desviar os olhos dos dele. ‘Comichões!'?’ Ora, ela estava a ponto de entrar em combustão e, de repente, no silêncio do quarto, não teve mais dúvida do que estava por acontecer. Mas como evitar?
Harry premiu as mãos delicadamente em seus ombros, inclinou o corpo e colou gentilmente os lábios nos dela. Mas logo se afastou, como se sua intenção fosse apenas sondar o terreno. Um teste. Ao mero contato de seus lábios, Mione estremeceu de prazer e se entregou pedindo mais. Abraçou-lhe o torso nu e acariciou-lhe as costas musculosas. A pele de Harry se arrepiou instantaneamente.
Foi um beijo diferente de todos que Mione já havia experimentado. Marcante, mais sensual do que ela imaginava que fosse possível. Felizmente a razão dera-lhe uma trégua, e ela pôde desfrutar, ainda que durante poucos segundos, do prazer de estar nos braços daquele homem. E todo seu corpo vibrou de satisfação.
Mione passara o dia resistindo à tentação, e agora que todas as barreiras interiores haviam se rompido, estava com pressa... sobretudo quando Harry começou a lhe explorar o corpo com as mãos. Oh, sem se conter, ela deixou escapar um gemido de prazer. Fazia anos que não se entregava com tanta espontaneidade. Pelo que podia se lembrar, a última vez fora naquele fatídico fim de semana...
“Skippy!”
Mione recuou e escondeu nas mãos a face afogueada.
—Oh, que droga!
—Que aconteceu?
“Ele tinha coragem de perguntar?” Havia acontecido tudo! Mas ela estava tão chocada com o próprio comportamento que não conseguiu responder. Como era possível que tivesse se deixado enredar daquela maneira?
Harry aproximou o rosto, tentando fitar-lhe os olhos.
—Agora você não pode mais negar que também se sente atraída.
Mione ficou ainda mais vermelha. Ergueu o queixo, tentando manter o mínimo de dignidade.
—Um relacionamento requer mais que atração física. É preciso que haja uma comunhão de ideias também.
Harry caiu na gargalhada.
—Entendi. Então é por isso que você chama Will de ‘cabecinha-de-bagre’.
—Quer parar com isso? O assunto é sério. Eu ia me casar hoje, esqueceu? No entanto, estou na cama com um homem que conheci há menos de dez horas!
—Tente ver as coisas de outra maneira. Pelo menos você não cometeu a bobagem de se casar com o sujeito errado.
Mione estremeceu de ódio.
—Bobagem? A única bobagem que cometi diz respeito a você.
—Quer dizer que continua decidida a se casar? — perguntou Harry sem disfarçar o espanto. — Com Will?
—Claro.
Ele sacudiu a cabeça.
—Eu não acredito! Por quê?
E quem poderia recriminá-lo por estar tão chocado? O comportamento de Mione era no mínimo suspeito! Não se mostrara nada inibida ao meter-se em sua cama e beijá-lo. E ele era irmão de Will! Naturalmente, tinha todo o direito de estranhar. E merecia uma explicação.
Mione deu um longo suspiro.
—Você entenderia se soubesse o que aconteceu da outra vez.
—Outra vez?
Ela baixou o tom de voz, envergonhada por ter de revelar seu mais nefasto segredo.
— Bem, Harry, acho que você precisa de uma explicação... Eu nunca contei a alguém o que aconteceu com Skippy.
— Skippy? — repetiu ele, franzindo a testa.
—Skippy Dewhurst — disse ela, sentindo-se miserável. — Eu já estive noiva uma vez, antes de conhecer Will. De um colega de faculdade. Íamos nos casar, uma cerimónia simples, só para a família.
—E seu noivo se chamava Skippy?
Ela sacudiu a cabeça.
—Não... Skippy era o melhor amigo dele. Era um cara diferente dos outros. Um artista, sabe? Tocava banjo.
Harry reprimiu o riso.
—O tal Skippy era músico?
“Oh, como era duro admitir!”
—Sim. Tocava música folclórica. Ia inclusive se apresentar na festa que organizamos para depois da cerimónia. Então, na véspera, ele e eu bebemos além da conta e...
—E, quando você acordou, estavam na cama com banjo e tudo.
Mione estremeceu só de lembrar.
—No México, o que é ainda pior. Eu fugi para o México com o melhor amigo de meu noivo na véspera do casamento. Eu! Depois de passar anos estudando e trabalhando para levar uma vida diferente da dos Granger, fiz isso!
—Bem, pelo menos não se casou com um cara que não amava.
—Pois é. Essa é a pior parte da história. Eu também não estava apaixonada por Skippy. E quando sugeri que ficássemos juntos durante algum tempo, que fizéssemos ao menos uma tentativa, ele riu de mim. Para falar a verdade, me abandonou em Tijuana naquele mesmo dia!
Harry sacudiu a cabeça.
—Sei, e você deve estar imaginando que sou igual a esse sujeito.
—Não exatamente. — A coisa era pior. Muito pior, porque, desta vez, Mione sentia-se atraída. — Será que você não percebe? Deve haver algo de muito errado comigo! Eu sempre sonhei em levar uma vida normal, ser feliz, e toda vez que estou prestes a conseguir... acaba acontecendo uma coisa horrível como essa! Mas, não vou deixar que a felicidade me escape dessa vez. Não mesmo! Você não vai contar a Will o que aconteceu, vai?
—Não... — respondeu Harry sem disfarçar a perplexidade. — Quer dizer que esse beijo não significou nada para você?
—Foi só um beijo — murmurou ela. “Só um beijo... devastador...”
Ele contorceu os lábios.
—Eu preciso me casar com Will — continuou Cathy. — A vida que planejamos significa muito para mim. Ter uma casa, vizinhos...
—Você é um caso perdido, sabia?
—Por quê? — perguntou ela sem deixar de avaliar os detalhes do corpo de Harry quando ele se levantou para vestir o short. — Só porque quero levar a vida com que sonho há anos?
—Eu não tenho a menor intenção de separar vocês dois — disse ele. — Pensando bem, acho que ainda estava dormindo quando a beijei.
Mione fixou os olhos em seus lábios. Se ele era capaz de beijar daquele jeito dormindo, imagine o milagre que uma xícara de café não operaria!
—Além do mais — continuou Harry —, sou responsável por todos os absurdos que lhe aconteceram hoje. Quer saber? Eu preferiria morrer a estar metido em uma confusão tão grande.
—Otimo, porque você é o único que pode me ajudar — disse ela, observando-o vestir a camiseta. — Quanto mais cedo acabarmos com essa loucura melhor.
E quanto mais cedo ela se visse longe daquele homem, melhor ainda!
Ouviu-se um carro parando em frente à casa. Mione pousou em Harry um olhar interrogativo.
—Deve ser Tony, o motorista de meu pai. Ele costuma voltar tarde do carteado. É viciado em jogo.
—Talvez ele concorde em me levar de volta para casa.
—Para Manhattan? — espantou-se Harry. — Hoje?
—E você acha que vou passar a noite aqui?
—Bem, eu posso levá-la, se você quiser.
—Prefiro que...
Mione foi interrompida por uma balbúrdia de vozes e passos. Ouviu gente correndo pelo corredor.. Passaram pelo quarto de Harry e, segundos depois, retornaram. De repente, a porta se escancarou e quatro homens invadiram o quarto.
Um deles era James Potter. Imediatamente a seu lado, estava Swithin, o mordomo, que continuava de robe e pijama. Os outros dois eram policiais.
—Tudo bem — gritou um policial indo em direção a Mione.
Ela mal havia se dado conta do que estava acontecendo e já se agarrara a Harry. Ele a abraçou.
—Mãos ao alto, moça!
—Que é isso? — indignou-se ela sem, contudo, deixar de obedecer.
james piscou para Harry.
—O vigia viu essa marginal entrar pela janela de seu quarto.
—Ela deve ter entrado por ali, senhor — sugeriu o outro policial apontado para o óbvio. Depois aproximou-se de Mione e a algemou.
—Espere um minuto! — gritou ela, estremecendo de pavor. — Há um engano aqui. O senhor deve ter entendido mal. Eu sou a vítima.
—Sei — disse o policial com ironia. — A senhora está presa por invasão de domicílio.
—Mas isto é um absurdo! Eles me fizeram refém... A mim e a Will Potter.
O policial franziu a testa.
—Moça, Will Potter é filho desse senhor.
—Vocês podem confirmar o que estou dizendo. Vamos procurar Will. Ele dirá a verdade. Nós dois fomos seqüestrados.
James Potter sacudiu a cabeça fingindo-se inconformado. Mione voltou-se para Harry que já havia se afastado e a observava com indiferença. Mas o que estava acontecendo?
—O senhor precisa acreditar em mim — gritou Mione. — Will é meu noivo. Eu vim aqui para salvá-lo.
James se agitou.
—E sempre a mesma história. A maluca cismou que é noiva de meu filho!
—Não cismei coisa alguma. Eu sou noiva dele!
—Que está fazendo no quarto do irmão dele, então? — perguntou o policial que a algemara.
Mione corou ao mesmo tempo em que se deleitava com a lembrança do beijo.
—Foi um engano. Eu não conheço a casa e estava procurando...
O policial sorriu, e Mione percebeu que estava perdida. James Potter havia conseguido fazê-la passar por maluca.
— Escute, eu não sou louca. Fui vítima de um sequestro! —gritou ela, apontando para James Potter e depois para Harry, o traidor, que poucos minutos antes se dizia arrependido de ter concordado em participar da operação. — Esses dois é que deveriam ser presos.
—Foi exatamente isso que aconteceu ao pobre Letterman. Essas mulheres costumam ficar tão obcecadas com a ideia de casamento que acabam perdendo o juízo — comentou um dos policiais.
Mione queria subir pelas paredes. Olhou novamente para Harry como se tivesse intenção de matá-lo.
—E você? O que está esperando para dizer a verdade?
Depois de fitá-la com certa compassividade, ele se dirigiu aos policiais.
—Só pode ser matusquela. Mas tudo bem. Não parece ser perigosa. — Voltou-se para o pai. — Não há necessidade de mandar prendê-la, não é mesmo, papai? Contanto que a moça concorde em voltar para casa...
—Bem... — hesitou o velho, acariciando pensativamente a barba. — Quem me garante que ela não vai aparecer aqui de novo e...
O policial tomou ares de autoridade.
—Aonde você mora, moça?
—Em Manhattan — respondeu Mione com as bochechas arroxeadas de ódio.
—Não se preocupe, sr. Potter. Depois desse susto, ela não vai voltar a incomodá-lo tão cedo — disse o segundo oficial.
James meneou a cabeça em concordância.
—Muito obrigado, senhores. — Franziu a testa e fitou Mione nos olhos. — Você deveria se envergonhar, moça! Não tem mais idade para brincadeiras desse tipo.
—Você vai me pagar por isso! — gritou ela quando a arrastaram para fora do quarto. — Não perde por esperar! — Depois, baixando os olhos, constatou o estado em que se encontrava o tailleur do casamento. Não admirava que os policiais a tivessem tomado por louca. Mas por que Harry havia ficado do lado do pai. Traidor! — Aonde estão me levando? — perguntou quando a fizeram entrar na radiopatrulha. – Para a rodoviária?
—É, para a rodoviária — sorriu um dos policiais. — O sr. Potter foi tão generoso que ainda nos deu dinheiro para a passagem. Mas a próxima vez que a pegarmos incomodando gente de bem, não espere ser tratada com tanta gentileza.
—Isso mesmo — concordou o outro enquanto deixavam a mansão dos Potter. — Nós, aqui em Connecticut, temos um lugar especial onde trancafiar os lunáticos.
Mione soltou uma gargalhada.
—Eu sei. Acabei de sair de lá.
Assim que a radiopatrulha partiu, Harry respirou fundo e voltou-se para o pai.
—Você não pode continuar tratando as pessoas desse jeito, pai. Vai acabar se dando mal.
O velho riu uma boa gargalhada. Seus olhos faiscavam de contentamento.
—Que mulher inconveniente! Onde foi que seu irmão ar rumou uma criatura tão desagradável?
Harry franziu a testa surpreso. Para ele, a questão era outra. Como Will fora capaz de conquistar uma mulher maravilhosa como aquela!
—Você não gostou mesmo da moça?
—Gostar? — repetiu James, arregalando os olhos. — Daquela coisinha ardida? Uma matusquela, você disse bem. A mulher não se dignou nem sequer a me dizer boa-noite!
—Mas você também não foi muito hospitaleiro, não acha?
James ficou indignado.
—Como não? Mandei-a para o Monet! O melhor aposento da casa. Foi sua mãe quem o decorou!
Era verdade. E, passados vinte anos, tudo continuava exatamente no mesmo lugar.
James voltou-se para o filho, desconfiado.
—Não me diga que você gostou dessa... Como é mesmo o nome dela?
—Mione.
—Oh, oh! — riu James. — Pelo visto, a rivalidade entre os irmãos continua em alta...
O pai sempre fizera questão de reforçar as desavenças entre os filhos.
—Que bobagem! Eu nunca tive inveja de Will. — “Pelo menos até agora...” — Sentindo o rosto vermelho de constrangimento, Harry resolveu mudar rapidamente de assunto. — Pai, eu concordei em ajudá-lo até certo ponto...
—Até que Will me contasse a verdade. Quem sabe agora que percebeu que não conta mais com a ajuda da noiva, ele resolva colaborar. E quanto a você... Bem... Você se diz detetive, não? Achei que podia contar com você.
Harry encarou o pai e subitamente deu-se conta de que tinha a obrigação de dar fim àquela história. E o único jeito seria descobrir quem havia desviado os milhões de dólares da conta da família. Senão pelo pai, ao menos para reparar o sofrimento que causara a Mione.
— Tem razão. Eu não posso deixar as coisas como estão. Ainda não ouvi o que a pessoa mais interessada nesse assunto tem a dizer.
James franziu a testa, confuso.
—Como assim? Eu já lhe contei tudo que sabia.
—Estou falando de Will, pai. Ainda não ouvi o que meu irmão tem a dizer.




Obs2:Capitulo postado!!!!!!Espero que tenham curtido!!!!Não vou prometer a vocês atualização essa semana por que tenho que estudar pras últimas provas do semestre na facul, por isso provavelmente atualização só no sábado.Sei que vai demorar até lá, mas se der eu tento atualizar antes, ok?Bjux e me desculpe por isso!!!Adoro vocês!!!!

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