Um buraco cada vez maior



Dezembro. Em Hogwarts, dois dias antes das férias começarem.


- Podem me deixar passar? – Mary perguntou pacientemente para o trio de alunas da Sonserina que lhe barravam o caminho de saída da sala de feitiços.
- Você poderia deixar de se achar, sangue-ruim? – perguntou de uma forma debochada a de cabelos encaracolados.
- Agora você não tem mais nada com o Doumajyd e voltou a ser ninguém! – riu a de cabelo ruivo, lembrando-lhe gentilmente da sua situação atual.
- Desde quando você não tem mais recebido notícias dele? Seis meses? – perguntou a líder loira com uma falsa expressão de preocupada.
- Licença. – pediu Mary mais uma vez, se controlando para permanecer calma.
- Foi bom ter tido o gostinho de viver um sonho, Mary pobretona? – continuou a loira – Mas seu encanto de Cinderela acabou! Não continue achando que ainda é uma protegida do D4!
As três entraram desfilando para a sala, fazendo o favor de esbarrarem com força nela ao passarem.
Mary respirou fundo. Por mais que ela tivesse vontade de socar cada uma daquelas garotas, ela precisava se controlar.
Elas tinham razão. Não havia mais o D4 ali para protegê-la. Se fizesse algo como a que tinha vontade naquele momento, não pensariam duas vezes em mandá-la novamente embora da escola.
Então, tentando o máximo parecer não estar incomodada, ela procurou fazer o mais rápido possível o caminho até as estufas.


***


“Hogwarts, é freqüentada somente pela elite da sociedade mágica. Dizem que no passado ela não era assim... Porém, essa é a única Hogwarts que eu conheço e outra realidade fora dessa, parece ser algo completamente inacreditável... Um castelo, por mais antigo que seja, não é feito somente de pedras e madeira. Seu interior só fica vivo quando alguém traz vida para ele.


- Aaahhh... – Mary se largou cansadamente na grande mesa de carvalho no centro da estufa. Em uma das mãos ela segurava uma colher e na outra um dos doces vencidos da professora Karoline, mas não tinha vontade alguma de começar a comer.
- Eles continuam sendo cruéis? – perguntou Vicky, que se ocupava em guardar nos armários mais potes de doces recém preparados, vendo o desânimo da amiga.
- É um saco... – ela limitou-se a resmungar em resposta.
- É só você continuar forte e agüentar mais alguns meses até a sua formatura.
- Ééé...
- Você vai se formar com certeza, Mary! – Vicky tentou animá-la de alguma forma.
- Vou sim... – Mary abriu o seu pote de doce, mas limitou-se a observá-lo.


A vida que circula por Hogwarts é repleta de ostentação, de uma cor de ouro reluzente e brilhante como diamantes. Seus alunos são como uma coleção raríssima de jóias, que sabem perfeitamente quais os privilégios das suas situações econômicas e não se importam de mostrar isso da forma que lhes convir.
Para mim, uma pessoa simplesmente comum, tudo isso é...”



- INACREDITÁVEEEEEL!!! – Mary berrou para a imensidão gelada da floresta proibida, da sua Torre do Desabafo.
Aliviada por de alguma forma poder extravasar a sua raiva, ela sorriu para o cenário de final de tarde dos fundos do castelo, coberto pela neve.
Mary
Ela olhou para trás instantaneamente com o eco da voz conhecida que soou em seus pensamentos. A mesma voz calma que costumava ouvir tantas vezes naquela torre...
Desde o início do seu sétimo ano, aquela voz e seu dono haviam desaparecido dali...
Mary encostou-se na parede fria da torre e escorregou até cair sentada no chão.
Tinha que admitir que as coisas ficaram um tanto sem graça com a partida do D4. Até mesmo Vicky perdeu um pouco do seu entusiasmo com a saída do Dragão da Corvinal.
Os Dragões de Hogwarts haviam se formado com toda a pompa que mereciam... bom, pelo menos os três que ficaram para se formar antes das férias de verão daquele ano.
Mary se lembrava exatamente de como fora aquele último dia do seu sexto ano...


***


O Salão Principal de Hogwarts estava esplendorosamente decorado, com os arranjos mais caros que o ouro de escola poderia comprar para homenagear o lendário D4.
Os alunos do sétimo ano ocupavam os lugares mais próximos da mesa principal, nas mesas das suas casas. Porém, havia três lugares especiais, preparados em meio ao salão. E assim que os nomes dos seus ocupantes foram anunciados e eles entraram majestosamente vestidos pelas grandes portas, todos os outros alunos ficaram de pé. Uma avalanche de gritos e palmas quase fez com que o céu encantado viesse abaixo:
- D4! D4! D4! D4! D4! D4! D4! D4!
Mary, discretamente em seu lugar entre os alunos da Grifinória, apenas batia palmas, e observava pasma a grande maioria das meninas quase desmaiando com a emoção de poder ver o cortejo de formatura dos Dragões.
- Como uma lembrança da estadia dos Quatro Dragões em Hogwarts, – o diretor começou o seu discurso de encerramento do ano, enquanto os três se acomodavam em seus lugares – apresentamos uma surpresa! Os senhores MacGilleain, Nissenson, Hainault e Doumajyd, que está estudando fora, estão fornecendo para a nossa escola uma renovação da Ala Especial do Salão Principal! Ela agora passará a se chamar Ala dos Dragões, em homenagem a eles, e será ampliada para que todos os alunos possam usá-la! E como agradecimento, em nome de toda a escola, tenho o prazer de informar que Hogwarts sempre estará de portas abertas para estes queridos alunos! Eles agora passaram para uma nova fase de suas vidas, mas com certeza não esquecerão que começaram a trilhar os caminhos da magia nesse castelo!
Mary balançou a cabeça para ver se havia entendido mesmo aquilo. O D4 iria reformar a Ala Especial, que eles ocuparam durante anos como se fossem os reis de tudo ali, e entregá-la aos alunos? Não deveria ser só isso...
- Inacreditável... – ela sussurrou, vendo os sorrisos satisfeitos impressos no rosto de cada um dos Dragões.
O diretor terminou o discurso e novamente houve uma explosão de palmas.


“O D4, ou os Quatro Dragões, é o grupo dos quatro herdeiros dos nomes mais famosos e poderosos do mundo bruxo.
A professora Karoline costuma dizer que D4 é uma abreviação sem graça, porque não dá para saber o que realmente significa quando se ouve pela primeira vez. Porém, somente a professora Karoline, com sua personalidade de borboleta, é capaz de pensar que alguém da sociedade bruxa não tenha ouvido pelo menos uma vez esse nome e não saiba do poder que ele possui... O D4 é conhecido no mundo todo! Os Quatro Dragões são os bruxos que irão ditar o rumo do mundo mágico...
Simon Nissenson, o Dragão da Corvinal, a pessoa por que Vicky está completamente encantada. Ele não só é herdeiro da imensa fortuna de um nome reconhecido por grandes contribuições em descobertas mágicas, como é o maior gênio na preparação de poções entre todos os que já existiram na sua família. Apesar da sua pose de garoto estudioso, Nissenson é estourado e nem sempre consegue manter a calma diante de situações que o irritam... além dele ser um tremendo conquistador de corações, os quais ele sempre abandona depois de ter conseguido o que quer... Ele sabe muito bem do que sou capaz de fazer se ele ousar bancar uma de conquistador para cima da Vicky, por isso até hoje ele foge dela... mesmo já tendo conquistado o coração da minha amiga de infância sem querer... Nissenson tem uma personalidade forte e inteligência de sobra, por isso é sempre ele quem assume o cargo de líder do D4 quando o verdadeiro não está por perto...
Adam MacGilleain, o Dragão da Lufa-lufa, o garoto bonito que enfeitiça mulheres mais velhas. Dizem que no passado sua família fazia parte de um grande grupo de bruxos das trevas, e que foi daí que veio a sua imensa fortuna. Apesar de hoje os negócios e o poder econômico diluírem essas antigas disputas do mundo bruxo, ninguém pode negar que o nome MacGilleain ainda é temido pelo terror que seus antepassados exerceram... Ele pode ser considerado o mais perigoso entre os Quatro Dragões, porém... depois de conhecê-lo, fica muito claro que o atual herdeiro dessa família maligna não tem nada de maligno. Adam é o mediador dos atos mimados e da arrogância do D4, a consciência, aquele que pensa antes de agir. Pode se dizer que ele é que reúne o D4 e consegue manter todos unidos, apesar do temperamento difícil de cada um...
E então, Ryan Hainault, o Dragão da Grifinória, herdeiro de uma família tradicional de aurors e políticos famosos. Apesar de seus antepassados serem conhecidos porque eram decididos e líderes corajosos que sempre gostaram de ter seus nomes e seus feitos anunciados por todo o mundo, Ryan é uma pessoa calma e simples. Ele não é conhecido por decidir, liderar ou por ter feito algo corajoso. O herdeiro do nome Hainault ficaria feliz se todos os dias de sua vida fossem tranqüilos e ele pudesse ler seus livros e tocar seu violino, as coisas que ele mais gosta de fazer... Ryan é o Dragão doce, aquele que nunca foi a favor da ditadura do D4, aquele que era capaz de ir contra o líder dos Dragões quando ele insistia em fazer uma coisa insensata... e ele também foi o meu Cavaleiro de Olhos Frios, meu primeiro amor, a voz que sempre me ajudava na Torre do Desabafo...”



- Um! Dois! TRÊS! – contaram os alunos formados e então jogaram seus chapéus pontudos para o alto, festejando o final da sua vida escolar.
MacGilleain e Nissenson comemoraram fazendo algazarra e pulando junto com os seus colegas de turma. Já Hainault permaneceu em seu lugar, apenas observando e sorrindo contente. Foi nesse momento que os seus olhos encontraram os de Mary e ela pôde lhe dizer:
- Pa-ra-béns! – mesmo que fosse apenas formando as palavras com a boca, já que a distância e o barulho não permitiam que o som fosse ouvido.
Mas o dragão havia entendido perfeitamente e sorriu mais ainda para ela.


***


Mary suspirou e deixou a parte de trás da cabeça bater na parede da torre.
Depois disso, o D4 deixou Hogwarts, ela dificilmente tinha notícias deles. Os três haviam ingressado na Academia Bruxa, lugar obrigatório para pessoas como eles depois de se formarem em Hogwarts, e que seria o equivalente a uma universidade famosíssima e tradicional no mundo trouxa. Lá eles aprenderiam noções fundamentais para poderem assumir os postos de líderes dos negócios de suas famílias no futuro.
O único com quem ela continuava se encontrando ocasionalmente em Hogsmeade era Hainault, e por isso sabia o que eles estavam fazendo. Mesmo se o D4 não fosse mais parte da vida diária de Mary, Hainault se tornara um amigo querido, e ela sabia que representava o mesmo para ele. Então o dragão sempre buscava um meio de encontrar com ela na cidade bruxa, mesmo se fosse sem aviso prévio.
A última vez que ela falara com o dragão, havia sido há quase um mês atrás...


***


- Tem recebido notícias do Chris? – perguntou Hainault enquanto os dois passeavam pelas ruas de Hogsmeade.
Ele ainda conservava o seu cabelo vermelho, apesar de não o deixar mais espetado como quando voltou da sua estadia na França.
- Não. – respondeu Mary, tentando não deixar transparecer emoção alguma e sorrindo.
- Faz algum tempo que nós não nos falamos também. – comentou ele ao parar em frente a uma livraria e começar a ler distraidamente os títulos de algumas obras por detrás do vidro – Geralmente ele não fica tanto tempo assim sem dar notícias... Acha que pode ter acontecido algo?
- Provavelmente ele deve estar cercado de americanas loiras e peitudas! – disse Mary tentando demonstrar que na verdade não se importava em como ele estava.
Hainault a encarou sério e perguntou:
- Na verdade você quer vê-lo, não?
Mary não conseguia fugir dos olhos frios do seu cavalheiro, que sempre eram capazes de enxergar o que ela não queria admitir na frente dos outros.
- Não, não quero vê-lo! – disse ela teimosamente, desviando o olhar – Estou bem melhor não tendo ninguém me atormentando e achando que pode mandar na minha vida!
- Sei... – ele voltou a sua atenção para os livros sorrindo.
- Definitivamente não quero vê-lo! – disse ela com mais ênfase, para tentar se mostrar decidida – Estou até aliviada sem ele por perto!
Hainault continuou sorrindo sem dizer mais nada, o que demonstrava que ele não acreditava em nenhuma das palavras dela e que ela não fora nenhum um pouco convincente.
Depois de ter se despedido dele, Mary ainda andou algum tempo pelas ruas da cidade, aproveitando o momento que tinha para ficar longe do tormento do pessoal de Hogwarts. E, como acontecera em outras vezes, seus pés a levaram até um determinado lugar...
Na Praça do relógio, Mary parou em frente à estátua de um bruxo a cavalo.
Há quase um ano atrás, naquele mesmo lugar, um idiota todo coberto de neve ficara esperando quatro horas por ela...


***


Mary olhou para a grande janela da torre, onde a neve recomeçara a cair pelo céu escuro.


“O idiota, Christopher Doumajyd, Dragão da Sonserina e líder do D4, antigo ditador de Hogwarts. Herdeiro do nome de maior influência em toda a sociedade mágica. Sua família tem negócios em várias partes do mundo e a sua mãe, Ketherin Doumajyd, é a bruxa mais terrível que eu já conheci.
Egoísta, agressivo, impulsivo, faz o quer, bate nos outros quando tem vontade... resumidamente, um cara horrível. Mas... ele é o bruxo para quem eu disse ‘eu te amo’ do fundo do meu coração...
Desde que eu entrei em Hogwarts ele era um ditador cruel que mandava e desmandava na escola, devido ao seu grande poder e influência. Ele se divertia distribuído as Trajas Vermelhas para qualquer um que o incomoda-se de alguma forma, e torturava essa pessoa até que ela saísse da escola. Mas, depois de eu ter recebido a tarja e não ter fugido, e sim declarado guerra contra o D4, esse temível Doumajyd começou a mudar aos poucos...
Posso dizer que ele se apaixonou por mim depois de ter levado um soco no nariz, mas... não sei exatamente quando eu me apaixonei por ele.
Antes de ir para Nova York estudar, Doumajyd se despediu de mim e prometeu que ficaria mais forte. Assim, quando ele voltasse, ninguém poderia nos impedir de ficarmos juntos...
Doumajyd sempre cumpriu o que prometeu, por isso eu nunca tinha duvidado dessas palavras. E por isso, eu achava que esse sentimento seria absoluto...
Porém...”



Já estava escuro e Mary tinha que voltar logo para o seu dormitório. Não podia ficar perambulando pelos corredores fora de horário. Seria um pedido à expulsão uma sangue-ruim bolsista e escória de Hogwarts ir contra umas das regras mais básicas da escola.
E ainda, ela prometera que acordaria cedo no outro dia, para limpar as estufas, depois que Vicky e a professora Karoline fossem para Hogsmeade despachar a última encomenda de doces antes das férias de natal.


***


Mary estava distraída, organizando os vasos com as plantas estranhas da professora Karoline, quando ouviu a porta sendo aberta. Era difícil alguém, além dela e Vicky, visitarem aquela estufa, por isso ela se apressou em ver quem poderia ser. Na porta estava parado um rapaz bonito que olhava encantado para as plantas mágicas.
Mais surpresa ainda por reparar que ele não usava o uniforme da escola, Mary disse:
- Olá, posso ajudar?
Ele sorriu para ela e no mesmo instante alguém pulou de trás dele gritando com os braços abertos:
- HÁ QUANTO TEMPO!
Mary quase caiu para trás ao se deparar com Sarah Swan, bronzeada e com um corte de cabelo diferente, mas com a sua inconfundível fita rosa na cabeça.
- Sarah?! O que faz aqui?
- Visitando, oras! Não posso? – perguntou toda sorridente correndo até ela e a abraçando.
Sarah Swan conseguia ser uma pessoa mais imprevisível do que a professora Karoline. Mary lembrava exatamente das palavras que ela lhe dissera no último dia de aula do sexto ano: o Chris foi embora, não há mais nada que me prenda nessa escola! E na outra semana ela lhe mandara uma coruja falando que faria um intercâmbio para a Austrália.
- Não estava com saudades de mim? – perguntou ela fazendo beicinho e depois abrindo um grande sorriso – Eu estava!
Na verdade, Mary ainda não conseguia voltar a considerar Sarah como uma amiga, depois de tudo o que ela tinha feito. Então para desviar uma resposta para essa pergunta da garota, Mary também fez uma pergunta:
- Quem é ele? É da Austrália?
- É sim... – começou Sarah falando baixinho como se fosse um segredo – Ele é meu namorado!
- Sério? – perguntou Mary, lançando um olhar rápido para o rapaz, que observava as plantas com muito interesse, sentindo pena dele.
- Sabe, lá na Austrália ninguém sabe que eu fiz plástica e que... eu fiz coisas ruins. Então é muito mais fácil!
- Mas... – Mary pensou bem antes de perguntar – E o Doumajyd?
Sarah revirou os olhos e disse com desprezo, trocando magicamente a sua personalidade de coelho para a de cobra:
- Não quero mais o Chris! – disse ela decidida.
Mary não acreditou nenhum um pouco.
- É verdade! – ela voltou a ser uma coelhinha feliz e continuou – Esse intercâmbio está me fazendo muito bem! Evran – ela indicou o rapaz – é a versão australiana do Chris e não o troco por Dragão algum!
Dessa vez, Mary teve que admitir que talvez Sarah estivesse falando mesmo a verdade. Mais feliz por ver que tinha conseguido convencer Mary, Sarah continuou explicando:
- Como agora lá são férias de verão, nós estamos viajando pelo mundo! Evran é um grande estudioso de plantas mágicas! Quando eu falei que uma amiga minha era assistente da professora de herbologia e que nos deixaria dar uma olhada nas estufas, ele não hesitou em vir comigo visitar Hogwarts!
As palavras ‘viajando pelo mundo’, ainda reboavam pela cabeça de Mary, que pensava em como era fácil para pessoas ricas simplesmente viajar pelo mundo nas férias...
- Mary? Está me ouvindo?
- Ah, desculpa. O que você disse? – Mary voltou a si.
- Eu disse que eu vi o Chris em Nova York!
- Viu?! – o coração de Mary deu um salto.
- Por coincidência, quando estávamos em uma festa. Parece que ele se comporta como um rei lá também, sabia? Estava andando como um pavão em meio aquele monte de gente importante com uma cantora famosa, loira de cabelos cacheados, ao lado dele.
Mary sentiu algo borbulhando dentro dela, mas se controlou e tentou parecer pouco interessada no assunto:
- Ah, é?
- Sinto dizer isso, Mary, mas sabe que não tem como você ficar com o Chris. Sinceramente, você não é bonita e não tem nada de especial, além de ser uma sangue-ruim pobre. Mas não se preocupe! Eu sei que há alguém perfeito para você em algum lugar...
Mary não ouvia mais a tagarelice de Sarah fazendo pouco dela. Em sua cabeça havia apenas a imagem de Doumajyd agarrado com uma loira sem rosto definido e de cabelos cacheados.
Mesmo se Sarah estivesse exagerando para encher a cabeça dela de lagartos contra o dragão, aquela fora a única informação que tivera sobre como ele estava. Não tinha acontecido nada com ele. Christopher Doumajyd estava muito bem, festando junto com celebridades de Nova York.
Saber que ele estava bem, só fez com que o buraco dentro dela ficasse cada vez maior.

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