A noite



Sempre e para sempre

Cap 3 – A noite

Pela visão de Draco Malfoy

-E aí Drake, já sabe como vai fazer eu ter o prazer de falar com a minha loirinha? – Blaise me perguntou naquele mesmo dia na biblioteca, enquanto espichava o pescoço para olhar pra Di-Lua na outra mesa.

Espichei o meu pescoço para olhar minha ruiva. Só minha, pelo menos até eu me saciar dela.

-Vai lá, garanhão – Ele disse, vendo-a se levantar e ir até uma estante bem ao fundo – É a sua deixa – Blaise piscou para mim e eu me levantei, ajeitando a gravata e me dirigindo até onde a ruiva entrara.

Respirei fundo e adentrei o corredor entre as estantes, que era limpo, mas ainda assim tinha um aspecto estranho.

Aproximei-me lentamente dela. Ela estava de costas para mim olhando um livro e logo depois ela levantou o rosto e observou a chuva através da janela.

-O que quer aqui, Malfoy? Venho notado que você anda me olhando estranhamente durante esses dias – A voz dela era macia, envolvente, até sedutora. Todos os pêlos da minha nuca se arrepiaram ao ouvi-la.

-Bom... Se te serve a resposta “você está linda, Weasley” é essa mesma que eu vou usar – Ela suspirou e se arrepiou um pouco quando eu colei meu corpo ao dela, ela ainda de costas para mim.

-É... – Ela tentou dizer com dificuldade, enquanto eu a segurava pela cintura com as duas mãos e cheirava-lhe o pescoço por sobre os cabelos vermelhos – Sabe, você tamb... – Ela tentou respirar enquanto eu beijava lentamente seu pescoço – Você também não está nada mal – Ela disse por fim e eu a virei para mim enquanto ela enlaçava os braços em meu pescoço.

Mas eu tenho certeza que tem mutreta aí no meio, ela não cederia tão fácil assim... A não ser que a Di-Lua...

Ah não.

Ou melhor, ah sim!

-A Luna também gosta dele, não gosta? – Eu perguntei simplesmente e ela sorriu pra mim, assentindo com a cabeça – Malditos, olha o que eu não faço por um amigo: estou num corredor entre duas estantes no meio de uma biblioteca prestes a beijar uma Weasley para aproximar O Zabini da Di-Lua – Eu disse apoiando o rosto no ombro dela, ficando com a respiração em seu pescoço.

-Bom...veja bem, do meu ponto de vista nem é tão ruim assim... – Ela sorriu maliciosamente e passou uma das mãos por minha barriga, subindo-a pelo peito e descansando-a em meu ombro.

Ah, cara, eu sei que eu sou de mais ;P

Autógrafos só depois do meio-dia :D

-É, pelo meu também não – Colei mais ainda nossos corpos e ela suspirou longa e fortemente, acho que contendo um gemido.

Boa viagem, lado consciente e racional do meu ser.

-Então...bem...porque não aproveitar? – Menino, eu achei que essa ruiva era tão recatada e freira quanto aquela Granger.

Sorte minha estar enganado.

A ruiva piscou para mim e me puxou pela gravata pra fora da biblioteca, sob os olhares maliciosos de Zabini e Luna. Quando chegamos em uma determinada sala ela entrou, trancou a porta por dentro e nem se deu ao trabalho de acender as luzes, me beijando.

Encaixei-a em torno de minha cintura e ela continuou me beijando, abrindo minha camisa e fazendo com que todo o bom-senso que um dia eu tive fosse embora de bom grado, já que naquele momento eu não estava nem um pouco afim de pensar mesmo.

-Céus garota, assim você acaba comigo – Eu voltei á razão e saí do meio das pernas dela ofegando. Ela soltou uma gargalhada no ar.

-Céus Malfoy, eu não estou nem começando... – Tive que me conter com todas as forças quando ela disse isso em tom malicioso e acendeu as luzes, mostrando-se com a blusa aberta e a saia um pouco mais para cima do que minha razão poderia agüentar.

-Ruiva, agora é sério – Eu disse enquanto ela se curvava para frente, apoiando-se pelos cotovelos sobre uma carteira, me dando plena visão do farto colo que ela tem.

Céus, como é difícil manter o auto-controle com essa ruiva literalmente se oferecendo para mim.

Mas eu não posso aceitar que ela dê a flor dela pra mim.

É, eu chamo de flor por causa da minha mãe que chama assim, mas ignorem esse fato sórdido. O caso é que eu não sei se ela não é mais... você sabe, e apesar de toda a minha vontade de fazer isso com ela, não posso. Ela é perfeita, céus, merece mais que uma primeira vez em uma sala com um Malfoy que ela nem conhece direito!

Ta, ta, momento gay off. Ela ta me provocando pra caraca, mas eu realmente não posso fazer isso.

-Ginevra eu... – Eu passei a mão pelos cabelos, ignorando completamente o fato de ter chamado-a pelo nome. Engraçado como parece que eu a conheço faz muito tempo, mas é aquele sonho que faz eu me sentir assim, como se já conhecesse cada canto da boca dela, o aroma da pele alva, a cicatriz que ela tem no pescoço...

PÁRA TUDO!

Cicatriz no pescoço?

-Weasley, você... cicatriz... – Ela sorriu maliciosamente diante da minha cara de terror e afastou o cabelo do pescoço mostrando a bendita cicatriz logo embaixo do pescoço.

-Então aquilo não foi um sonho... – Eu disse pasmo. COMO QUE NÃO FOI UM SONHO, POR MERLIM!

-É Malfoy. Pena que você acabou caindo no meu feiticinho e se aproximou de mim exatamente como eu planejava, não é mesmo? – Ela disse se aproximando de mim.

Pera aí, ela planejou isso tudo?

To com medo OO

-Weasley... – Eu tentei falar com ela, mas ela me beijou como se cortasse completamente o assunto.

-Não, sério Weasley, eu só quero saber como pode isso tudo? – Eu perguntei me desvencilhando dela, que não ficou brava. Acho que ela entendeu que eu tinha o direito de saber, pelo amor de Merlim.

-Bom, eu planeje fazer você sonhar comigo já que eu andei sonhando com você também, mas como não funcionou fiz com que uma situação real se transformasse num sonho, pelo menos para você, te enfeitiçando.

-Aquele beijo que eu te dei era como um contrato no qual você teria o que quer se me desse o que eu quero. Era um feitiço, pra ser mais direta, e ele nos unia pelo tempo que quiséssemos. E então Luna se interessou por seu amigo Zabini e Zabini se interessou por Luna, e cá estamos nós – Ela explicou tudo rapidamente, começando a fechar a blusa, mas eu impedi-a.

-Mas eles não se gostam só por causa disso, certo? - Perguntei sem se preocupar comigo mesmo, e ela notou isso.

-Não, isso já estava pré-determinado. Mas não vai querer saber de você? – Ela perguntou recomeçando a abrir a minha camisa enquanto eu a observava.

-Na verdade, não. Não quero saber se é sonho ou ilusão, se estou enfeitiçado ou não, se você está me fazendo passar por bobo ou não... – Eu disse completamente convicto de minhas palavras.

-Ah é? E porque tanta entrega por parte de um Malfoy? – Ela me enlaçou pelo pescoço e todas as minhas resistências foram embora.

-Garota, sua flor já é de alguém? – Eu perguntei e ela me olhou estranho, mas fez que não com a cabeça.

-Céus, você tem certeza de que quer isso? – Perguntei enquanto ela beijava meu pescoço, fazendo-me ter de usar um esforço digno de Buda para não agarra-la.

-Tenho, Malfoy – Ela disse e acariciou meu rosto de modo doce, quase tive vontade de sorrir.

Na verdade tive, mas sabe como é, Malfoys não costumam sorrir.

-Malfoys não costumam sorrir – Ela disse e a besta aqui notou que sorria deliberadamente pra aquela ruiva encantadoramente linda e de uma família que detesta a minha.

Nem quero analisar a situação.

-Tudo bem, se você quer... Não sou de negar fogo – Ela riu e afastou as pernas sobre a carteira onde estava sentada, fazendo-me ficar encaixado no meio delas – Mas saiba que eu não vou parar – Ela tremeu.

-É exatamente isso que eu quero, é o que eu gosto em você, você faz o que quer, não hesita a não ser que tenha um motivo muito forte... Você é intenso, e eu adoro isso – Ela foi sussurrando isso no meu ouvido beijando o lóbulo lentamente.


-Te gosto, ruiva – Eu disse sem pensar, já tomado pelo desejo. Peguei-a no colo e levei-a até a blusa dela, na qual ela se enrolou, e eu peguei minha camisa. Fomos até a sala precisa e lá tinha uma cama com lençóis avermelhados e a sala era toda iluminada por velas, deixando-a assim em uma semi-penumbra.

Eu sei que amanhã vou arrumar mil motivos pra não ter feito isso, mas...

Hoje eu não acho nenhum.

E ela é tão linda...

Bom.

Seja o que Merlim quiser.

É isso aí.

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Acordei com raios de sol nos meus olhos e algo quente e macio entre meus braços, deitado sobre meu peito.

Acho que vou virar gay mesmo u.u

Abracei mais a ruiva sobre meu peito que deve ser a garota mais invejada de Hogwarts(modesto eu, nom? ù.ú)

Céus, quem consegue ser gay com essa ruiva nos braços? Oo

Eu não, garanto.

Beijei-lhe a face e senti um tremor quando ela tentou se desvencilhar de mim.

-Bom dia – Ela disse sorridente e eu abracei-a de novo, mais fortemente desta vez, temendo que o contato fosse quebrado.

Eu. Tô. Pirado.

Tipo, agora que eu acordei me sinto na obrigação de analisar tudo o que aconteceu.

Primeiro tem o sonho que não era sonho, daí o Blaise e o ataque de pelancas dele, o encontro na biblioteca e a rendição rápida de mais dela, agora a revelação de que tudo não passou de um plano dela e eu pirado quase negando fogo.

Yeah, resumex off.

Ta, beleza.

Tudo foi muito rápido, concordo.

Mas eu não quero me separar dela ainda :/

Vamo espera mais um pouquinho...

-Espera mais um pouquinho... – Foi o que eu disse para ela. Bem, pelas minhas contas é sábado, então nenhum de nós tem nada pra fazer, depois é só tomar café na cozinha e fechou [Y]

-Porque se demorar na cama justo hoje? Eu ainda tenho que fazer os deveres para ficar livre, Malfoy. – Ela disse e eu senti um solavanco.

Ela estava terminando tudo.

-Pelo amor de Merlim, eu te levo pra cozinha e depois para a biblioteca, até faço teus deveres se for o problema – Eu disse e ela arregalou os olhos.

Ela simplesmente NÃO PODE terminar tudo agora, principalmente depois de dar a flor dela pra mim, caramba.

Tudo bem que isso seria uma burrice se eu não estivesse tão encantado com ela, mas sei lá... Parece que eu quero mais dela, quero mais disso tudo. Acho até que por ela eu iria mais além do que fui pelas outras...

Uau.

Ela realmente fez meu mundo desandar :/

Ta, de qualquer modo...

-Malfoy, entende uma coisa – Ela se sentou na cama já vestida e tocou meu rosto.

To entrando em desespero T.T

-Acabou, entende? – Merlim, meu coração vai pular pela boca. Eu pareço um daqueles cachorrinhos carentes que estão sendo abandonados pela amada dona. Mas não chega a ser aquele amor homem/mulher.

Não ainda né.

SOCORRO, CRISE-ZABINI!

><

-M-mas como acabou? E o que agente fez aqui, não significa nada não? – Eu disse um tanto indignado. Ué, ela me confia o bem mais precioso dela e agora não quer que eu cuide.

Maluca [Y]

-Significou, lógico – Ela disse parecendo um tanto enfezada comigo – Mas sabe, foi algo de uma noite, você entende isso. Acho – Ela deu uma risadinha – Mas acabou. Eu não sinto nada por você – Ela disse isso e eu tive vontade de quebrar algo.

¬¬°

A maldita acha que é quem?

Ela ta simplesmente ME RECUSANDO! Vê se pode uma coisa dessas?

-Tudo bem, Weasley – Eu tentei falar isso no tom frio que eu usava faz alguns anos, mas estava tão desacostumado que acabei denotando tudo que sentia na voz – Mas se... – Suspirei passando a mão pelo cabelo, ela pareceu entender o quanto era difícil para mim dizer aquilo – Se quiser, bem... Estou disponível – Eu disse fitando o colchão e ela deu um sorriso.

-Não tente me convencer disso, Malfoy. Sei que só será meu até achar coisa melhor – Ela piscou para mim sorrindo, colocando os sapatos.

-Não, Weasley – Eu disse me levantando da cama sem me cobrir, e sem me dar conta disso – Acredita em mim. Você me confiou algo, mesmo sem se dar conta disso. Algo que será meu sempre e pra sempre – Eu disse parando na frente dela, que paralisara.

-E agora tenho que te confiar algo também. Seja com quem eu estiver, elas são dispensáveis. – Me aproximei dela, que recuou, indo para o meio da cama, parecendo um tanto acuada pela minha raiva por ela não entender a gravidade aquilo tudo.

Merlim, nenhuma outra garota se entregou assim pra mim. Todas elas já eram rodadas quando passaram pelas minhas mãos, por isso nunca me importei. Minha mãe, mesmo contra a vontade do meu pai, me ensinou que essa entrega que essa ruiva fez para mim não devia ser tratada como uma vez qualquer, e eu entendi muito bem porque.

É a única coisa que é só dela. O resto todo pode ser de outras pessoas, ela pode ter as orelhas parecidas com as do irmão e a voz parecida com a da mãe (graças á Merlim ela não tem nada disso), pode ter a personalidade típica dos Weasley, pode ser tão estudiosa quanto o pai. Mas ISSO é só dela. E a decisão de entregar a única coisa que é só dela para mim não pode ser tratada com descaso.

Merlim, o que que eu faço agora? ><

-Malfoy, o que vai fazer? – Ela tentava com todas as forças não gaguejar enquanto eu me deitava sobre ela novamente.

Há, esse o poder de um Malfoy, viu só?

-Vou te provar que estou aqui pra você o tempo que for – Eu disse começando a beijar o pescoço dela, sentindo-a arrepiar-se toda.

Delícia o.-

-Ma-Malfoy eu quero sair... - Ela disse meio que num sussurro e eu ri.

-Até parece - Eu disse em tom de deboche.- Você quer isso talvez até mais que eu, e nem vem me chamar de pretensioso, pois sabe que é a verdade... - Eu sussurrei perto do pescoço dela.

A ruiva suspirou e sorriu, se rendendo.

-Então ta, Sr. Malfoy. Mas saiba que agora virou propriedade particular – Ela enlaçou meu pescoço e deu aquele maldito sorriso que faz meu estomago revirar.

-Desde que seja propriedade sua e não seja emprestado à ninguém, acho que posso me acostumar com isso – Eu disse fazendo uma falsa cara de pensativo e ela me beijou.

-Sabe, acho que quem pode se acostumar com isso sou eu – Ela disse sorrindo.

E dane-se o mundo.

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