Descendo pelo poço das memória



Oie!! Primeiro, MIL desculpas pelo atraso!!! Eu viajei por causa das festas e realmente não consegui tocar no pc até alguns dias atrás e, além disso, minha net resolveu encrencar... Recebi até coments me ameaçando!! AHHH!! Não me matem!! A fic vai voltar ao tempo normal!!! JURO!!!
Bem, agora que o grande momento dramático acabou (hihi), vou responder os comentários:

The Jones - Viu? O cap. nove tá aqui!! Que bom que tá gostando... Aqui está o Hagrid e o papo do Sirius e do Harry que você tanto queria... Diverta-se!! Bjus,

Marina Martins - Hehe, o Natal vai ser muito legal, né? Espero que curta esse capitúlo e espero que a Eternal não demore tanto assim... eu PRECISO ler o próximo capítulo!! Bjus,

Carla Ligia Ferreira - Acho quee o Snape ainda não tem uma opinião formada sore James, pra falar a verdade... ele deve estar esperando descobrir mais sobre ele pra decidir sua opinião... Eu também sinto mita pena do Harry nessa fic (às vezes não dá vontade de ir lá dar um abraço nele??) E quanto a Sirius e Remo... bem, com o tempo eles vão se abrir mais com o Harry e isso já vai começar um pouco nesse capítulo... Espero q goste dele,ok? Ah, o Harry não vai ter nenhum romance na fic (coitado!) e ela tá atualmente com 32 capítulos e a autora, Eternal Cosmos está escrevendo o próximo, que provavelmente será o último. Mal posso esperar!! Bjus,

*Feer - Que bom que você gostou tanto XD Espero que esse seja tão bom quanto o outro... Pessoalmente, esse é um dos meus capítulos preferidos da fic, sabia? Bjus

Bresciani - Hagrid chegandooo e Harry humilhando uma certa pessoa... Confira o capítulo!!

jessica - Já leu tudo isso? Eu gosto muito das cenas de batalha da fic, são muito criativas e eu realmente senti falta de boas versões no livro final da J.K. Rowling (não vou falar mais se você não leu o 7º livro ainda, ok?). Mas concordo com você... a Mione é uma definitiva grifinória!!! Espero que goste da tradução desse capítulo... Bjus

Gláuce Volpi - Eu também sou péssima pra chutar... deve ser por isso que nunca ganhei um centavo na loteria... hihi Hagrid e Trelawney (eeee, olha o sobrenome dela aqui!) vão finalmente aparecer... e acho que você chutou bem perto de novo! (cara de espanto). Também um momento do Sirius e Harry... Tomara que goste desse capítulo!!

Alexandre Lopes de Almeida - Que bom que gosotu!! Desculpa pela espera desse capítulo e tomara que também goste dele!!

Aline Ferreira Ril - Que bom que gostou tanto!! O capítulo demorou mais, mas espero que valha a pena... Ah, a autora da fic está escrevendo o último capítulo... mal posso esperar!!

tati - Desculpa pela demora!!! Eu já li a algum tempo a fic original que vc me falou (ela tbm é uma das minhas preveridas...) e se não me engano ela até já tem continuação!!! Ela é MUITO legal, né? Simplesmente adoro as fics em que o Harry é sombrio, é bem masi divertido XD Espero que goste desse capítulo!!

Leo_Lobo_Loko - Ahhh!!! Não me mate !!! Tá aqui o capítulo!!! Espero que a espera tenha valido a pena... e desculpas de novo!

Lenwë Isilrá Oba! Nova leitora!! Infelizmente eu deixo mta coisa pra revisão.. pra você ter uma idéia, todos os nomes dos animais mágicos desse cap eu só escrevi agora pouco pq fui procurar os nomes deles em português... Mas pero fazer mais rápido no próximo, ok? Boa Leitura!!

Boa Leiura e Comentem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Blah! - Língua de Cobra

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O Mundo Sem Mim
Capítulo 9: Descendo pelo poço das memórias

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“Eu estou te dizendo, Sirius! Você tem que falar com ele! Ele praticamente rompeu em lágrimas quando nós conversamos ontem. Ele estava tão arrependido do que tinha acontecido! Eu acho que ele é tão solitário que se esconde por trás de uma grossa muralha; ele precisa ter alguém com quem conversar. E você realmente devia começar pedindo desculpas.”

Sirius olhou para Remo incrédulo. “Pelo que eu deveria me desculpar!”

O Lobisomem fez uma carranca para o amigo. “Eu disse a você para não forçar o garoto para nada durante a aula mas você não me ouviu, como sempre! É sua culpa o que aconteceu ontem, em primeiro lugar!”

Sirius recuou e suspirou quando seu amigo pôs um pouco de ênfase por trás de suas palavras repreendedoras e fez uma carranca ainda maior. “Está bem, está bem! Eu vou falar com o garoto o mais rápido possível.” O animago suspirou novamente e simplesmente se afastou com uma expressão triste muito mal escondida.

Os próprios olhos de Remo tornaram-se melancólicos quando ele observou o seu amigo de infância se afastar desanimadamente. “Eu sinto muito Sirius, mas acho que você e aquele garoto são mais parecidos do que você imagina, de certo modo. Talvez ele lhe fará algum bem, e talvez você fará a ele algum bem. Eu sei que estou pronto para ajudá-lo, não importa o que as pessoas pensem ou falem sobre ele,” o homem de cabelos dourados sussurou consigo mesmo enquanto caminhava para outra direção.

Surpreendentemente, quando Remo entrou no Salão Principal, James já estava na mesa dos professores e cumprimentando o amigável, porém imponente meio-gigante.

“Quem é você?” Hagrid perguntou com sua voz forte e áspera.

James, para a surpresa dos outros, não foi para trás ou o encarou impolidamente; ele ofereceu sua mão com um impulso decisivo e Hagrid ofereceu a dele com um olhar cuidadoso.

James apertou a enorme mão firmemente e a largou com um sorriso. Hagrid ergueu uma sobrancelha e olhou para Dumbledore, que meramente deu de ombros e continuou a conversar com Minerva.

“Olá! Meu nome é James Evans e eu sou um convidado aqui. Estava impaciente para te conhecer! Eu só tenho ouvido boas coisas a respeito de Hagrid, o guarda-caça. Devo lhe dar os parabéns por ter cuidado tão bem do seu hipogrifo! Eu amo ele!”

Harry não conseguiu segurar o grande sorriso que iluminou seu rosto inteiro quando ele falou com o aturdido e suavemente corado meio-gigante. Hagrid tinha sido seu primeiro amigo verdadeiro no Mundo Mágico e vê-lo de novo era tão bom quanto ver Sirius eRemo, e logo depois de ver Rony e Hermione que foram os próximos.

“Hum, obrigado, senhor... hum, Evans.” Hagrid não sabia muito bem o que dizer para esse convidado que mostrava tanto interesse nos seus animais. Era tudo tão repentino que ele estava paralisado.

O homem barbudo pulou levemente quando o garoto olhou para suas costas e subitamente acenou.

“Olá Remo!”

O lobisomem, e quase todos os professores também, ergueram uma sobrancelha para James. Porque este garoto geralmente tão sombrio estava tão animado de repente? Remo acenou de volta hesitantemente e um pouco desapontado por ter sido Hagrid e não ele quem o fez sorrir dessa maneira. Mas algo estava estranho naquele sorriso, como se ele não totalmente alcançasse seus olhos, ou eram os olhos que tinham um problema? Remo balançou a cabeça para clarear seus intrigados pensamentos e sentou-se no seu lugar.

Quando Remo acenou de volta James virou-se para Hagrid novamente. “Eu realmente espero que você possa me mostrar mais das suas lindas criaturas! Eu realmente gosto de Bicuço, a propósito!”

Os olhos de Hagrid se arregalaram e ele olhou para o garoto cuidadosamente. “Como você sabe que o nome dele é Bicuço? Alguém te contou?”

James balançou a cabeça negativamente e, de súbito, seus olhos continham um brilho misterioso. “Hmm, não. Um passarinho me contou.” O garoto riu suavemente por causa da expressão cautelosa de Hagrid e balançou sua cabeça. “Não, falando sério, eu realmente gostaria de ver as suas criaturas,” ele replicou, evidentemente evitando a pergunta de Hagrid.

Hagrid pareceu esquecer sua anterior cautela ao pensar em mostrar seus animais para alguém que estava realmente interessado, e de qualquer maneira, se Bicuço realmente gostava dele, ele não poderia ser ão ruim; Dumbledore também o deixara ficar então o garoto devia ser tratado como um convidado.

Hagrid estava prestes a replicar com um grande sorriso quando alguém da mesa dos professores começou a bufar cruelmente, escondendo uma risada. Descobriu-se que era Manx, o professor de Trato das Criaturas Mágicas, e o humor de Hagrid tornou-se triste e introvertido.

Manx ignorou o olhar que recebeu de Dumbledore e começou a zombar do meio-gigante. “Eu não faria isso se fosse você, Evans. As bestas de Hagrid são selvagens e perigosas para qualquer um que se aproximar muito delas. Pessoalmente,eu acho que um hipogrifo é estúpido e um total ameaça para a sociedade, assim como qualquer outra criatura das trevas deste mundo.”

O homem começou a rir novamente, apesar de que ele era o único professor a achar isso engraçado. Um par de sonserinos seguraram suas risadinhas mas todos ofegaram quando Manx encontrou-se com uma varinha apontada para seu peito.

O professor de Trato das Criaturas Mágicas imediatamente parou de rir e encarou de modo cauteloso o adolescente moreno enquanto os outros professores prontamente se levantaram e apontaram suas próprias varinhas para James, que nem ao menos piscou e manteve seus olhos fixos em Manx.

O olhar que James lhe deu era hostil e agressivo, as poças gêmeas azuis tornando-se um tom mais sombrio quando ele entrecerrou seus olhos e ergueu sua cabeça levemente, fazendo sua longa franja cair na frente de seus olhos. Isso o fez aparecer ainda mais um bruxo das trevas e Manx ficou de pé e então deu um passo para trás. “Não aponte essa coisa para mim, moleque!” o professor disse furiosamente.

James quase rosnou mas colocou sua varinha de volta no bolso cuidadosamente, dando um último olhar puramente sem emoção para Manx. Ele deu a volta, fechou seu olhos e tentou se acalmar. “Da próxima vez que você disser isso eu não vou parar.” James afirmou calmamente; sua voz era a única coisa escutada no Salão Principal.

Nenhum aluno ousou falar; aquele garoto havia ameaçado um professor! Um professor! Manx bufou rudemente.

“Porque você se importa? E o que faz você pensar que pode me derrotar!”

Foi neste momento que Sirius entrou no Salão Principal mas ele parou de andar quando percebeu a agitação e tensão da atmosfera. Ninguém nem mesmo havia o notado, de qualquer maneira, como estavam olhando para frente onde Manx e Evans estavam obviamente tendo uma tumultuosa discussão.

‘O que faria Evans ficar tão zangado?’ Sirius perguntou para si mesmo silenciosamente enquanto olhava o que ia acontecer.

“Nem todas as criaturas das trevas são consideradas diabólicas ou malignas, Manx. Você não devia julgar pessoas ou animais pelos seus nomes mas sim pela maneira que são como individuais e pelas suas ações.”

Se ele não estivesse dentro da escola, Manx teria cuspido no chão. “Besteira! Todas as criaturas das trevas são abomináveis e não valem nada! Elas todas deviam ser mortas!” ele cuspiu com desgosto.

A próxima coisa que ele soube é que estava descendo de encontro com uma parede e tinha posse de um ferimento muito doloroso no seu estômago por causa do Expelliarmus que ele recebeu dos rápidos reflexos de James.

Os professores não tiveram nem mesmo tempo para parar o jovem mas, mesmo que tivessem, eles duvidavam que desejariam impedir James.

Os estudantes ofegaram em choque enquanto James finalmente abaixava sua varinha; seu olhar frio, entretanto, mantido e mirado continuamente no homem sem fôlego. “Talvez é você que deva ser morto. Você está diretamente desejando pela morte de um dos membros docentes dessa mesma escola, seu tolo. E eu lhe asseguro: ele é um homem melhor do que você jamais será.”

Manx ofegou e olhou para Lupin discretamente; os alunos não compreenderam o porquê ou sobre o que James estava falando. Rony virou-se para Hermione e seus amigos e suspirou de modo curioso: “Há um professor amaldiçoado aqui?” Ninguém o respondeu por estarem tão ignorantes quanto ele no momento.

O coração de Remo começou a disparar no seu peito e foi preciso todo o seu controle para não começar a hiperventilar. ‘James sabe o que eu sou!’ Ele olhou para a cópia quase perfeita de Sirius mas James não o olhou; ele estava concentrado demais em Manx no momento para perceber qualquer outra coisa.

Harry estava mentalmente feliz que o homem tinha finalmente mostrado suas cores verdadeiras mas ele também tinha que refrear um estremecimento. Sua chance em ganhar a confiança deles era agora provavelmente nula; mas se este era o preço a pagar para estar aqui e protegê-los ele estava pronto para pagar por isso. Ninguém insulta seus amigos e nem mesmo sua família, como Remo e Sirius virtualmente caíam nessa categoria, mesmo que eles não soubessem disso agora.

Ele andou em direção da saída sem olhar para ninguém. O coração de Sirius quase parou quando o garoto ele deu um olhar curto e triste e simplesmente se afastou.

O animago não pode evitar, por um breve momento, em sentir algum tipo de simpatia pelo garoto. Ele não tinha certeza se James sabia que Remo era um Lobisomem - talvez ele tinha falado da condição meio-gigante de Hagrid - pois ninguém sabia dessa pequena informação exceto pelos professores. Eles tinham sido realmente cuidadosos todos esse anos para esconder o complicado estado de Remo porque se os estudantes soubessem eles teriam contado para os seus pais, e então o ministro iria levar o seu amigo embora, visto que criaturas das trevas eram consideradas uma ameaça e não confiáveis. Muitas delas já haviam se juntado com o Lord das Trevas então isso não ajudava a difícil situação de Remo.

Sirius subiu até a mesa dos professores onde Manx estava tentando se levantar com a maior dignidade que este conseguisse, murmurando sobre o nervo do garoto por atacá-lo. “Porque você não o parou Alvo!” Manx fulminou quando ele ficou de pé.

Dumbledore franziu sua sobrancelha para o homem. “Você e eu teremos uma pequena conversa no meu escritório, Magnus Manx. Seu comportamento hoje foi imaturo e você intencionalmente insultou um membro dos meu corpo docente! Por isso, você escreverá uma carta de desculpas para Hagrid aqui que você publicamente ofendeu. Eu não respondo pelas ações do sr. Evans mas ele estava certo em pará-lo antes que isso fosse longe demais. Eu também falarei com ele; você não tem que se preocupar com isso.”

O velho diretor omitiu mencionar que ele também havia ofendido Remo mas ele tinha idéia que Manx sabia que teria que escrever não uma mas duas cartas. Isso não caiu muito bem para Manx e então ele caminhou para fora do salão com passos grandes e fortes.

Os professores sentaram-se desajeitadamente e Alvo suspirou. “Nós nunca teremos um dia normal? Desde que o Sr. Evans veio para cá não tem havido mais nada sem ser mais problemas.”

Hagrid não se sentou e inquietou-se no seu lugar. “Bem, eu não achei que ele era tão ruim quando ele se apresentou para mim. Acho que é um tipo de jovem agradável, apesar de bastante impulsivo. Não sei de onde você o achou, diretor, mas eu gosto dele!” o grande homem finalizou sem medo.

Minerva encontrou uma maneira de rir fracamente. “Hagrid, qualquer um que mostre interesse nos seus animais, você gosta. Não é complicado.”

Os outros professores concordaram e riram levemente enquanto Hagrid ficava vermelho. “Eu vou ir falar com ele, se eu o achar,” Hagrid finalmente replicou.

Ele caminhou ao lado de Sirius e o animago parou Hagrid, subitamente ansioso para ajudá-lo. “Ele foi pra fora. Se você for rápido o bastante, irá alcançá-lo antes de ir a Hogsmeade.”

Os professores deram a Sirius um olhar estranho mas ele os ignorou. “Fale com ele se quiser; eu não acho que ele desejará atender a aula de Transfiguração dessa manhã.Diga-lhe que tem Adivinhação de tarde se tiver vontade de ir e para não voltar para a vila imediatamente depois da aula. Eu gostaria de conversar com ele.”

Hagrid assentiu para Sirius agradecido e silenciosamente marchou para fora.

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Quando Hagrid finalmente alcançou James, ele ficou surpreso em encontrar o garoto de pé perto da sua cabana conversando tranquilamente com Bicuço. Quando o Hipogrifo viu o seu dono ele grasnou alegremente e galopou até Hagrid, abaixando sua cabeça para ser acariciada e alimentada. “Acho que ele gosta de você!” Hagrid disse subitamente, quebrando o gelo entre eles.

James deu um sorriso triste e sentou-se nos degraus em frente a cabana de Hagrid apesar deles estarem com frio por causa da temperatura. “Bem ele também gosta de você. Posso dizer que deve cuidar bem dos seus animais. Você tem mais alguns?”

Hagrid assentiu entusiasticamente e puxou o braço de James para guiá-lo para o cercado dos seus animais. “Olhe! Eu tenho três Explosivins! Eles não são adoráveis?” o ingênuo meio-gigante perguntou com uma expressão jovial.

James riu nervosamente quando pulou, desviando de uma bola de fogo arremessada na sua direção. “É claro... adoráveis.”

Hagrid assentiu fervorosamente e o empurrou para o próximo cercado com um fervor renovado; não era todo dia que alguém realmente pedia a ele que o mostrasse os seus animais e não fugia no segundo em que via as criaturas.

Quando Hagrid mostrava o segundo cercado, um grande cachorro correu até ele e latiu alegremente. O meio-gigante riu com prazer e o acariciou entusiástico. “Olhe James! Esse aqui é o Canino! Ele é o meu cachorro! Diga oi para o James, Canino!”

O enorme cão aproximou-se do garoto moreno e Hagrid disse para ele não ficar assustado. Ele não teria precisado advertir James, entretanto, pois o jovem em nenhum momento foi para trás. “Oi Canino!” Harry pôs suas mãos na frente do focinho do cachorro e Canino o cheirou, ganiu como se sentisse pena e lambeu as mãos a sua frente. Harry brevemente se perguntou se o cão sabia quem ele era mas Canino não seria alguém que pudesse contar para os outros.

“Bom garoto.” Ele acariciou o cão e Canino se afastou, correndo atrás de um Tronquilho errante. Hagrid estava feliz por Canino ter gostado do garoto e ele estimulou James para continuar a visita.

“Estes aqui são Vermes-Cegos e espero que já saiba o que têm naquela gaiola?”

James assentiu. “É um Diabrete da Cornualha. Eu meio que tenho uma memória não muito prazerosa deles do meu segundo ano.”

Hagrid pareceu pensativo por um momento e assentiu para si mesmo, fazendo Harry se perguntar o que ele estava tramando. “James, você não tem preconceitos contra quaisquer criaturas consideradas das trevas, certo?”

James balançou a cabeça e deu a Hagrid um olhar curioso. “Não mesmo. Elas não podem lutar contra o que são: é da sua natureza e nós não podemos mudar nada disso. Pessoalmente, eu já estive na presença de várias dessas criaturas nos últimos anos: não foi molezatodas as vezes mas ainda estou aqui, não é mesmo? E quando eu digo várias, são MUITAS.”

Hagrid estava agora muito curioso sobre quais tipos de criaturas ele havia visto ou convivido ou até mesmo lutado, mas ao olhar o garoto sério, o meio-gigante não tinha muita certeza se ele realmente ainda queria saber. “As pessoas estão quase sempre medesprezando porque sou um meio-gigante e porque eu gosto de animais mais perigosos, isso é tão injusto.”

“Mas às vezes criaturas perigosas são mais interessantes, não são?” James perguntou de modo conspirador.

Hagrid assentiu brincalhão e sorriu. “Eu sabia que gostava de você por uma razão! Você teria amado Fofo e Norberto!”

Harry estava mentalmente estoneado; Hagrid tinha tido eles até mesmo aqui onde a restrição de criaturas das trevas era altamente vigiada! Ele fingiu interesse perfeitamente. “Fofo e Norberto? Conte-me.”

Hagrid disse a ele enquanto andavam na direção da sua cabana. “Fofo era um cão gigante de três cabeças que eu adquiri alguns anos atrás para proteger uma coisa. Mas, quando Dumbledore finalmente foi capaz de dar oobjeto para seu amigo, eu tive que libertá-lo pois eu não podia mantê-lo aqui. Norberto era um Dorso-Cristado Norueguês bebê, um dragão. Eu o amava desde que rompeu o ovo, mas o jovem Draco Malfoy, que estava em detenção com Weasley e sob às ordens deFilch, estava fora e descobriu ele. Dumbledore teve que dar Norberto embora antes que o Ministério soubesse disso; um dos irmãos do Ronald Weasley, Carlinhos, levou Norberto com ele. Ele trabalha com dragões, então tenho certeza que Norberto está feliz lá.”

Harry viu uma grossa lágrima escorrendo pela bochecha do homem e sorriu suavemente; Hagrid ainda era um grandalhão sentimental por trás da sua figura imponente. Ele deu um tapinha na costas dele e um sorriso tranqüilizador. “Estou certo que eles também estão pensando em você Hagrid.”

O guarda-caça assentiu e soluçou alto, seu bico transformando-se num sorriso quando ele empurrou a porta da sua cabana para abri-la. “Agora estou escondendo outra criatura na minha cabana! Veja James! Ela não é uma beleza?” Hagrid perguntou entusiasticamenteenquanto apontava para uma caixa especialmente protegida.

James aproximou-se lentamente e sentiu, a cada passo, a temperatura do ambiente aumentar. Ele olhou para dentro da caixa e boquiabriu-se,colocando uma mão sobre o seu abdomên para impedir Nagini de silvar de uma maneira alarmarmante. “Essa é uma Ashwinder (N/T: em português, ela é chamada de "Cinzal", mas vou manter o nome em inglês, ok?) ! Hagrid, elas são muito raras e perigosas! Ela pode queimar sua cabana se você não for cuidadoso!” James exclamou em choque.

Hagrid assentiu e explicou: “Dumbledore sabia que esta aqui. De fato, ele foi quem pôs o feitiço na caixa para impedir que a cobra queime tudo quando ela põe seus ovos. E de qualquer jeito, eu não dou a ela tempo para queimar nada pois eu tiro os ovos quase imediatamente e dou eles pro professor Snape. Ovos deAshwinder são raros e importantes para um Mestre de Poções. Eles são valiosos para algumas poções. A única parte difícil é pegá -los; a serpente realmente pode ser traiçoeira e me dar uma boa queimadura, o que já aconteceu algumas vezes.” Hagrid deu de ombros timidamente e mostrou a mão enfaixada.

James suspirou e balançou sua cabeça com desaprovação, mas ele se segurou para não dizer algo sobre isso. Podia ouvir a Ashwinder murmurar furiosamente sobre o “esstúpido meio-gigante roubando sseuss amadoss ovoss” e tentou segurar uma pequena risadinha. Certamente devia ser frustrante, ter seus ovos roubados na frente dos seus olhos.

“Oh, é verdade!” Hagrid pareceu lembrar quando olhou para o relógio magicamente enfeitiçado na sua imensa mesa.

“Sirius ainda quer falar com você!”

O coração de Harry subitamente começou a bater mais rápido e ele inclinou sua cabeça para o lado. “Oh?”

“Sim, e depois das aulas de hoje! Ele me disse pessoalmente! Você ainda vai para a aula de Adivinhação, certo?”

O humor de James ficou sombrio mas ele assentiu assim mesmo. Ele estava zangado com Manx, então essa não era uma boa razão para ignorar todos e arruinar o humor das pessoas a sua volta. Hagrid pareceu entender a súbita mudança do humor de James. “Não se preocupe com o que aconteceu de manhã. Professor Manx merecia o que fez com ele, contudo eu não recomendo que você faça isso com frequência. Você tem entusiasmo, garoto!” Hagrid riu e se desculpou momentaneamente quando ele ouviu Canino latir lá fora.

Harry observou seu amigo fechar a porta e virou-se novamente em direção a caixa. A rubra cobra de fogo ainda estava murmurando e quando viu Harry ela soltou alguns comentários mais maldosos, que fizeram Harry erguer uma sobrancelha. “Você não deveria falar palavrass tão ruinss, minha querida. Elass não combinam com a ssua elegância.

A Ashwinder imediatamente parou de silvar e olhou para Harry com novos olhos. “Você fala! Você fala a nobre língua dass cobrass, e ainda não parou o homem grande! Você não dissse para ele não roubar maiss oss meuss ovoss!

Ela começou a silvar novamente com fervor renovado e Harry suspirou.

“Eu dessejaria poder mas eless não podem ssaber que eu falo esssa nobre língua. Mas eu quero que ssaiba que sseuss ovoss ssão muito preciossoss para humanoss, também. Eless sservem para um propóssito igualmente nobre e deveria sser uma honra para você ajuda-los na sua caussa. Váriass poçõess contendo ovoss de Ashwinder podem ssalvar vidas. Você devia ter orgulho de sser uma das únicass criaturass que faz isso.

A serpente pareceu pensar por um momento. “Eu admito que é prazerosso ssaber dissto. Eu possso deixar o Gigante levar meuss ovoss com um pouco menoss de dificuldade, ssomente sse você me prometer vir falar comigo algumass vezess e me contar quantass vidass meuss ovoss ssalvaram. Eu me ssinto ssolitária, àss vezess.

Harry assentiu. “Eu possso não sser capaz de vir com frequência, contudo. Mas tenho certeza que Nagini não sse importaria de vir algumass vezess.”

“Quem é Nagini?”

Harry trouxe sua mão para frente e uma cabeça apareceu sobre ela, surpreendendo a Ashwinder. “Você é!” Ela começou, mas Nagini interrompeu a cobra vermelha preferindo repreender o garoto.

“Tente o quanto quisser, você não será capaz de me fazer abandoná-lo tão facilmente. Eu prometi que ficaria com você e o protegeria, homem-sserpente!”

Harry riu e disse para Nagini se acalmar. “Tudo bem, tudo bem. Eu não vou forçá-la a sair. Só foi uma pequna idéia.”

Nagini pareceu assentir e a cabeça que saía da manga pertencente a capa de Harry virou-se na direção da cobra de fogo. “E você, eu permitirei isso mas você nunca irá machucar o meu homem-serpente! Se você-”

A Ashwinder parecia assustada com a própria idéia. “O quê, eu nunca! Eu nunca machucarei ele! Ele tem sido tão simpático comigo e ele é o primeiro humano que me entende! Eu nunca machucarei ele.”

Harry balançou a cabeça e franziu sua testa em irritação quando elas conversaram como se ele não estivesse lá. “Gente! Eu ainda esstou aqui, ssó para vocêss ssaberem!”

Subitamente, Nagini escondeu-se na capa e tudo ficou em silêncio. Hagrid reabriu a porta e desculpou pela sua curta ausência. “Desculpa por deixar você sozinho desse jeito mas Canino finalmente alcançou o erranteTronquilho! Eu tive que colocá-lo numa gaiola, não foi fácil.”

James assentiu e ficou de pé, esperando que Hagrid não tivesse ouvido nada. O meio-gigante parecia completamente ignorante então ele relaxou suavemente. “É melhor eu voltar pro castelo. Os outros devem estar esperando por mim. Obrigado por tudo Hagrid. Nós nos veremos novamente.”

Eles apertaram as mãos e Hagrid observou James se afastar. A temperatura na sala subitamente aumentou e o meio-gigante deu um passo na direção da caixa rapidamente: aAshwinder estava prestes a colocar os ovos.

Hagrid se preparou no momento que eles apareceram mas quando ele pôs sua mão dentro da caixa tudo o que sentiu foi a usual calor proveniente da criatura. Nenhuma mordida, nenhum silvo ou outra forma de represália. A cobra o encarou por um momento e enrolou-se em torno de si mesma logo em seguida, ignorando sua presença.

Hagrid olhou para os ovos vermelhos na sua mão. “Estranho.”

Ele olhou para fora na direção onde James havia tomado. ‘A Ashwinder nunca deu seus ovos de boa vontade antes. Então porque agora?’

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Conversar com Hagrid levou mais tempo que ele pensara e quando Harry chegou no Salão Principal, todo mundo já havia ido para as suas próximas aulas. “Bosta!” ele xingou, e então correu na direção da torre de Adivinhação.

Ele não estava tão atrasado, só poucos minutos, mas não queria chegar no meio da aula. Harry parou bruscamente, olhou em volta para se certificar que ninguém estava o espiando emurmurou uma senha na frente de um quadro. Com um último olhar ao seu redor, ele fechou a porta e começou a correr novamente.

Ele chegou em menos de cinco minutos na frente da porta da sala de aula e sua expressão ficou severa e desinteressada somente por ouvir a enfadonha voz de Trelawney do outro lado.

Ele bateu na porta suavemente e se preparou; tão logo que a mulher abriu a porta, o acentuado aroma de chá seco atacou seu nariz. A sala de aula era a mesma da que havia no seu mundo antes de Firenze fazer sua aparição.

“Sim? O que posso fazer para você, meu jovem?” Trelawney perguntou com sua voz sonhadora e olhou para ele pelos seus óculos super grossos que a faziam parecer com uma velha coruja pirada.

James olhou para ela com um olhar que beirava a descarado desdém e entrou na sala. “Você é a professora de Adivinhação, não eu. Você tinha que saber.”

Os estudantes começaram a dar risadinhas da cara que Siliba fez enquanto Parvati fez um profundo gesto de desaprovação. “Não zombe da professora Trelawney! Ela é uma grande vidente!”

James a ignorou e sentou do lado de Rony, que estava rindo em silêncio. Simas girou os olhos e murmurou “queridinha da professora!” o que deixou Parvati ainda mais irritada. Siliba não achou engraçado ser zombada por James mas ela segurou sua língua, preferindo continuar a aula. “Agora crianças! Olhem para as suas bolas de cristal e me digam o que vêem! Abram suas mentes!” ela disse dramaticamente enquanto gesticulava de modo majestoso.

Rony girou os olhos e pediu a James e se juntasse a Neville e ele para olharem na “maldita bola”. James riu e aceitou, deixando Neville ser o primeiro.

“Então James,” Ron começou num sussurro, “você fez para si mesmo A reputação por atacar um professor-”

“Aquilo foi completamente incrível! Eu já estava esperando para fazer isso com aquele idiota a muito tempo !” Dino subitamente interrompeu o ruivo e recebeu um olhar ameaçador de Trelawney. Ele corou e voltou a olhar para a bola de cristal, mas não sem antes de dar um gesto aprovador para James.

Os garotos riram novamente mas se viraram no segundo que o olhar Siliba de recaiu sobre eles. “Esta é uma total perda de tempo! Eu não vejo nada!” Neville exclamou enquanto empurrava a bola para a direção de Rony.

O garoto mais jovem dos Weasleys fez uma careta e a empurrou para James. “Divirta-se. Essa coisa não funciona comigo. Grande Visão! Ele nunca previu algo de verdade!” ele murmurou baixo de modo sombrio.



Harry sabia muito bem o que ele queria dizer; exceto pela parte das previsões verdadeiras: os poderes de vidência de Siliba Trelawney eram erráticos e descontrolados, mas estavam presentes (e consequentemente arruinavam a vida de Harry).

Ele suspirou e olhou para a bola só para passar o tempo. Mas por mais tempo que ele a encarava, mais seus olhos tornavam-se nebulosos e desfocados; ele logo não estava fazendo o menor movimento.

Não Harry! Poupe Harry! A luz verde estava indo ao seu encontro quando subitamente ricocheteou na direção do seu atacante…

O armário sob as escadas…

O primeiro dia de aulas em Hogwarts…

Sua luta com Quirrell e Voldemort para obter a Pedra Filosofal…

O basilisco e a memória de Tom Riddle…

Sirius Black escapando de Azkaban com somente dois nomes na sua cabeça: Harry Potter e Pedro Pettigrew, Professor Lupin, os Dementadores…

O Torneio Tribruxo e o retorno de Voldemort no cemitério…

Umbridge, as aulas de Occlumência, Sirius! Sirius caindo no véu!...

A última guerra, mortes, tantas mortes! Sangue! Dumbledore, McGonagall, Snape, Rony e Hermione! REMO! NÃOOOO!


Harry voltou a realidade quando ouviu o nome James ser chamado e empurrou a bola para longe com uma súbita violência.

“Ei cara! Você ficou estranho por um tempo! Você tá bem?” Rony perguntou com preocupação.

“Você viu algo!” Trelawney estava imediatamente ao lado de James, empurrando Rony e Neville para fora do caminho. Ela tentou encarar os olhos de James mas ele se recusou a encontrar seu olhar; seu humor tornou-se sombrio quando eleencarou o chão e seus punhos estavam brancos e apertados firmemente.

“Eu meramente me distraí por um segundo. Não é nada. Eu não vi nada.”

Sibila não parecia muito convencida enquanto tentava descobrir o que tinha acontecido com ele. Quando ela notou que o garoto não falaria ainda por algum tempo, ela bufou, olhou de um lado a outro, entre a descartada bola de cristal e o não cooperativo jovem e quando ele ainda se recusava a reconhecê-la, ela bufou novamente e olhou pessoalmente a bola de cristal.

Parvati e suas amigas a encararam com pura atenção quando sua professora zumbia na frente da bola transparente. Ela ofegou alto de repente, surpreendendo os estudantes, e colocou uma mão sobre seu coração. “POBRE GAROTO! O SINISTRO! O SINISTRO ESTÁ CORRENDO NA SUA BOLA DE CRISTAL! A MORTE IRÁ O SEGUIR!”

Todos ofegaram de medo e encararam James assombrados e alguns com pena, como se ele fosse cair morto em um segundo. Rony rosnou, assim como Dino e Simas, que pensavam que essa aula não era nada mais do que pura besteira. “Não se preocupe, James! Trelawney gosta de anunciar a morte de todo mundo desse jeito! É claro que não é verdade!” Rony tentou o assegurar. Neville gemeu mas ainda tentou apoiar o ruivo.

James parecia ter ignorado o ocorrido, mas por baixo da sua desanimada fachada sua mente estava girando. ‘A Morte sempre me segue, mulher idiota,’ ele pensou sombriamente.

“Que monte de bos-” Simas começou zangadamente, mas, antes que pudesse terminar a sentença, Trelawney ficou completamente rígida e abriu sua boca. Sua voz, contudo, não era completamente dela: era mais aguda que o usual e áspera.

“Ele está aquiiii! Ele está aquiiii! Aquele com os olhos da morte! Veeerde! Veeerde por todo o lugar! O “Menino-Que-Sobreviveu”! Luz e Trevas colidindo! Ele está aquiiiiiiiiiiiii!” ela disse e então tossiu algumas vezes.

“Oh meu, o que aconteceu?” ela perguntou estupidamente e piscou quando ninguém se moveu e continuaram a encará-la como se fosse maluca.

“Hum, Professora? Nós realmente deveríamos ir ver Dumbledore.” Parvati pegou o braço da mulher a conduziu gentilmente para fora da sala de aula.

“Classe dispensada!” foi a única coisa que eles ouviram quando elas desapareceram pelas escadas.

Todos começaram a falar animadamente sobre a esquisitice de Trelawney e a nova tentativa de assustá-los. Eles até mesmo riram dela. “Aqui foi tãããõ falso!” Dino desdenhou enquanto Simas imitou o que a professora havia dito em uma voz misteriosa.

Rony estava fazendo uma careta de desprezo. “Essa é a segunda vez que ela faz isso! Ela não consegue perceber que não acreditamos nessa bobagem! Não é mudando alguns detalhes da sua grandevisão que ela vai nos pegar! Você tem sorte de não ser um real aluno aqui, James! James?” Ron olhou em volta...

James não podia ser encontrado em nenhum lugar.

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Harry correu pelo corredor e se afastou da torre o mais rápido possível. Ele estava olhando em volta nervosamente e ele ele estava de súbito suando frio. ‘Eu não consigo acreditar, de todos os dias, que ela teve uma visão verdadeira SOBRE MIM nessa bosta de aula! Que sorte que ninguém acreditou naquilo!’

Ele estremeceu com a idéia e suas pernas subitamente pareciam geléias. Ele apoiou-se numa parede e se sentou, só agora percebendo que tinha corrido do andar mais alto até o primeiro em apenas um par de minutos, e sem ter usado umapassagem secreta.

Seu coração estava batendo loucamente e ele pegou um pouco de tempo para respirar profundamente e tentar se acalmar e clarear seus pensamentos.

Nagini colocou sua cabeça para fora da sua manga mas ele parecia não ter percebido. “Sseu coração esstá batendo muito rápido, homem-sserpente. Eu nãoo possso dormir quando você esstá dessse jeito. O que esstá acontecendo? Eu tenho que morder alguém?

Harry pulou levemente. “Nagini! Não é ssabio se mosstrar dentro dass paredess da esscola! Não sse preocupe comigo! Eu ficarei bem. Algo aconteceu na aula de Adivinhação eu esstava ssimplessmente desspreparado para ouvi-la. Eu não sserei pego dessprevinido da próxima vez.

Nagini assentiu com sua cabeça e deslizou para baixo da capa.

“James?”

Harry literalmente prendeu a respiração e virou-se para Sirius. ‘Merda! Merda em dobro! Ele ouviu?’ Ele começou a ficar em pânico novamente mas Sirius não estava olhando-o como se fosse o demônioem pessoa. Isso era um bom sinal.

“Ah! Então É você! Eu procurei por você em todo o lugar! O que está fazendo no chão? Precisa ir ver Madame Pomfrey?” Sirius Black ajoelhou-se ao lado do jovem e o encarou com olhos tão azuis quantos os falsos pertencentes a Harry. Ele parecia preocupado.


Harry balançou a cabeça e tentou sorrir; era bom ter Sirius cuidando dele de novo mesmo que este não o conhecesse ou o confiasse inteiramente. Harry estava certo de uma coisa, apesar disso: ele confiava em Sirius com a sua vida, e Sirius aprenderia a fazer o mesmo com o tempo.

“Não, estou bem. Eu simplesmente tive que sentar um pouco para recuperar o fôlego. Eu corri todo o caminho da torre de Astronomia para cá em apenas alguns minutos.”


“Oh, tudo bem então.” Sirius se levantou e ofereceu sua mão, o que fez James olhar para ele de modo inquiridor. Sirius deu o seu tão famoso sorriso e ajudou o garoto a ficar de pé. “Siga-me. Eu percebi que você não estava no almoço e estou certo que está com muita fome. Eu queria falar com você de qualquer modo. Você se importa?”

James balançou a cabeça negativamente; ele não se importava a mínima, pelo contrário. Eles pararam na frente de um quadro com uma cesta de frutas e Sirius olhou para James. “Você não está me perguntando o que estamos fazendo aqui?” Sirius ergueu uma sobrancelha e estreitou seus olhos quando James deu uma passo a sua frente e fez cócegas napêra.

“Um elfo-doméstico me mostrou,” Harry rapidamente explicou e suspirou silenciosamente em alívio quando Sirius visivelmente relaxou.

“Oh.”

Eles entraram na cozinha e foram subitamente cercados por uma dúzia de elfos-domésticos. “É o Senhor Black! Mestre Black trouxe um amigo! Mestre Black e seu amigo querem alguma coisa?”

Sirius riu e disse para eles prepararem um jantar leve para ele e seu convidado; eles rapidamente obedeceram e James deu uma risadinha quando a sua "leve" refeição apareceu. Sirius girou os olhos por causa do imenso banquete mas agradeceu os pequenos elfos. Eles comeram em um confortável silêncio no qual Harry às vezes dava algumas olhadelas da direção de Sirius. O último não dava nenhum sinal de ter percebido.

“O que você fez essa manhã,” Sirius começou, assustando James suavemente, “foi meio tolo e muito ousado. Você tem sorte de ser só um convidado se não teria sido mandado de volta para casa.”

James bufou friamente e desviou o olhar. “Manx merecia aquilo. Ele não tinha direito de zombar de Hagrid daquela maneira. Trevas não necessariamente significa maligno mas não muitas pessoas entendem isso.”

Sirius piscou por causa da resposta bastante madura apesar dele mesmo ser uma dessas pessoas que, infelizmente, julgam as pessoas rápido demais; nesse mundo eles tinham que fazer isso, entretanto, se não quisesse ser atacado pelas costas.

“E de qualquer modo,” James continuou desanimadamente, “Eu nem mesmo tenho uma família para voltar. Isso é o porquê de eu ficar no Três Vassouras.”

Sirius realmente não sabia o que fazer; ele não estava acostumado em confortar um garoto com problemas como o de James, então ele fez a melhor coisa que podia: ele falou sobre seus próprios problemas para ajudar James a saber que ele não estava sozinho nesse mundo.

“Sabe, meu afilhado teria a sua idade se ainda estivesse vivo. Eu também não tenho uma família, eu não acho que nunca tive uma. Os Blacks são... bem eles todos haviam estado na Sonserina, pra começar, enquanto eu fui colocado na Grifinória quando era jovem. Eles sempre me odiaram e me trataram como um desterrado. De fato, acho que a única família que eu já tive foi Remo Lupin, Tiago Potter, Lily Evans e meu pequeno Harry, meu afilhado. Mas Remo é o único que me sobrou. Isso é tão estranho mas eu sinto que posso contar para você porque você parece compreender as dificuldades da vida. Eu nunca tive nenhum filho mas, se eu tivesse, escolheria ter um garoto exatamente como você.”

Harry tentou segurar suas lágrimas quando ele ouvia essa sincera confissão e quase não percebeu que Sirius havia omitido mencionar Rabicho.

Foi um grande esforço manter sua boca fechada, para não gritar desesperadamente que ele era Harry Potter. Ele queria tanto que Sirius soubesse, ele queria que Sirius o tratasse como um filho. Ele queria que Sirius conversasse com ele tarde da noite quando estivesse sozinho, que o confortasse da mesmamaneira que acabara de fazer com James Evans.

Quebrou o coração de Harry ter que mentir para seu padrinho mas isso era o melhor a fazer. Os Comensais da Morte estavam começando a serem mais cruéis em seus ataques contra o mundo mágico e se eles soubessem que o garoto que atacara Malfoy e alguns outros Comensais estava aqui, Hogwarts iria pagar asconseqüências.

Ele tinha que atacá-lo subitamente, e sem nenhum aviso para isso funcionar. Apanhá-los desprevenidos e os prender, até mesmo matá-los se isso fosse necessário. Ele já havia matado, um grande número de inimigos, na verdade, então ele queria que Sirius o aceitasse como ele era, umassassino, um salvador, um mero garoto cujo passado era repleto de angústia e violência.

Ele não era tão puro e risonho e sem nenhuma pressão no seu coração e na sua mente, e Harry sabia que ele ficaria destruído se Sirius e Remo não aceitassem o que ele tinha se tornado. Mas quando tudo isso estiver acabado e Sirius e Remo estiverem com ele... Harry tentaria rir livremente de novo. Ele se asseguraria que o presente de Fawkes não fosse desperdiçado.

“Obrigado por dizer isso, sr. Black. Eu precisava ouvir aquilo. Eu sei que não sou a melhor pessoa para ter por perto mas não posso evitar em ser a pessoa que fui forjado a me tornar.” James sorriu tristemente e se levantou.

“O jantar estava excelente; por favor agradeça os elfos-domésticos para mim. Eu agradeço por tentar me alegrar e espero que também posso ser considerado parte da família.” Ele riu de modo trêmulo. “Sei que não serei capaz de vir na próxima semana por causa dos exames e logo em seguida é o intervalo de Natal então se nós não nos vermos... Feliz Natal.”

Ele deu a volta e preparou-se para sair quando Sirius interrompeu prontamente. “Espere!”

Sirius estava estremecendo interiormente. ‘O que eu estou fazendo? O que este garoto está fazendo comigo? Vamos Sirius! Respire fundo e acalme-se!’ ele mentalmente estremeceu-se e engoliu em seco.

“Eu vou... Eu vou tentar te ver na próxima semana se conseguir. Eu não vejo Rodmerta a tempos, de qualquer maneira. Vou tentar trazer Remo também. E... teho certeza que Dumbledore não vai se importar se voc~e vier aqui durante as férias. Não muitos estudantes ficam e não iria ser um grande problema. Você não ficaria sozinho no Natal! E pelas barbas de Merlin, não me chame de senhor Black! Chame-me de Sirius. Você pode ainda ser um adolescente, mesmo que um já velho, mas não é um aluno. Senhor Black me faz parecer o meu pai.” Sirius tentou aliviar a atmosfera com um sorriso que não atingia seus olhos por causa de todas as suas desenfreadas emoções.

James compreendeu a mensagem e sorriu mais nauralmente para a tranquilidade de Sirius. “Eu gostaria disso. Eu adoraria muito isso. Tchau!”

E ele estava saindo pra fora pela porta.

Sirius ficou em silêncio e sentou-se de novo, apoiando seu queixo na mão pensativamente. “A pessoa que foi forjado a se tornar? O que ele queria dizer com isso?”

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Pai,

O garoto Evans fez um grande espetáculo com nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas esta manhã. Eu sei que Manx está pronto para trocar de lado e unir-se a nós a qualquer momento então pode não ser a melhor coisa Evans odiar o homem. Ele também gosta muito do meio-gigante, o que é completamente nojento se me perguntarem, e, apesar de que ninguém realmente percebeu, também tem seus olhos voltados para Lupin e Black por alguma razão. Não acho que iria unir-se a nós por sua prória vontade e tentar tornar-se seu amigo seria inútil e uma total perda de tempo vendo que ele está quase sempre rodeado por aquelas bostas de grifinórios, Weasley em particular. Por outro lado, fiquei sabendo que Trelawney, aquela inútil e patética professora de Adivinhação, agiu bastante estranhamente na aula. Ela provavelmente tentou assustar os alunos mas então, porque ela foi parar na enfermaria para ser examinada por Pomfrey? Isto é o que ela disse, e sei que a minha fonte é exata:

Ele está aqui! Ele está aqui! Aquele com os olhos da morte! Verde! Verde por todo o lugar! O “Menino-Que-Sobreviveu”! Luz e Trevas colidindo! Ele está aqui!

Ou aquela mulher é completamente pirada ou ela profetizou algo pela primeira vez na sua vida, o que quer que seja. O “Menino-Que-Sobreviveu”? Digo, em nome de Grinderwald, quem é esse? De qualquer maneira, espero que essa informação seja útil para nosso grande Mestre.

Draco


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Próximo capítulo: Tatuagem, Olivaras e Lobisomens!!! Até a próxima!

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