Quando você passa
Hermione estava sentada em uma mesa da biblioteca escondida entre milhares de livros. Sabia que o trabalho de transfiguração era só para a outra semana, mas queria terminara logo. Poderia estar no salão comunal da Grifinória perto da lareira junto com seus dois melhores amigos, mas não podia, aquele lugar passara a ser uma distração por causa de um de seus melhores amigos.
Precisava parar de pensar nele, aquilo estava consumindo todo o seu tempo livre e estava começando a distraí-la nos estudos. Hermione Jane Granger, a bruxa mais inteligente de Hogwarts ultimamente dormia na aula e não anotava o que os professores diziam. A culpa disso tudo era somente de Harry Potter.
Esse turu, turu, turu aqui dentro
Que faz turu, turu, quando você passa
Meu olhar decora cada movimento
Até seu sorriso me deixa sem graça·...
Quando ela olhou para frente, viu o moreno vindo em sua direção e seu coração começou a bater extremamente depressa. Ele andou em direção a mesa em que a amiga estava e sorriu, a fazendo ficar extremamente vermelha.
- Você está fazendo o dever de transfiguração? – ele perguntou, sentando-se ao lado da morena.
Ela só conseguiu balançar a cabeça afirmativamente.
- Vou fazer o meu também – disse se levantado da cadeira – Precioso pegar um livro.
Harry foi até a prateleira pegou o livro que precisava e voltou para a mesa. A garota acompanhou tudo com os olhos.
Se eu pudesse te prender
Dominar seus sentimentos
Controlar seus passos
Ler sua agenda e pensamento
Mas meu frágil coração
Acelera o batimento
E faz turu, turu, turu, turu, turu, turu tu.
Ficou observando o amigo escrever em seu pergaminho, não conseguiu escrever mais nenhuma palavra depois que ele apareceu. Seu coração estava batendo tão rápido que tinha medo que alguém percebe-se. Não sabia quando tinha começado e vê-lo de outra maneira, mas sua maior vontade agora era saber leglimência para poder saber se ele também pensava nela.
- O que houve Mione? – perguntou, fazendo-a despertar do transe.
- Não houve nada! – ela disse, tentando retirar os pensamentos da sua cabeça e voltando para o seu pergaminho.
Os dois continuaram fazer os seus deveres. Hermione estava tentando, mas era muito difícil se concentrar.
Se esse turu tatuado no meu peito
Gruda e o turu, turu, turu, não tem jeito
Deixa sua marca no meu dia-a-dia
Nesse misto de prazer e agonia.
Hermione continuava a escutar as batidas do seu coração. Era sempre assim, quando via Harry seu coração começa a bater aceleradamente.
- Acho que eu preciso beber ir ao banheiro! – ela diz, se levantado, rapidamente da cadeira.
Correu até uma estante bem distante na biblioteca. Sentou-se no chão e colocou a cabeça entre os joelhos.
- Meu Merlim, o que está acontecendo comigo? – perguntou para si mesma.
Às vezes tinha vontade de fugir para ficar bem longe do Harry, mas essa sensação de ouvir seu coração batendo acelerado era maravilhoso e desagradável ao mesmo tempo, não conseguia viver mais sem isso.
Resolveu levantar e voltar para a sua mesa para tentar terminar o seu dever.
Nem estou dormindo mais
Já não saio com os amigos
Sinto falta dessa paz
Que encontrei no seu sorriso
Qualquer coisa entre nós
Vem crescendo pouco a pouco
E já não nos deixa sós
Isso vai nos deixar loucos
- Mione! – ele a chamou assim que ela sentou novamente na mesa e ficou encarando o próprio pergaminho. Quando ela se virou para o amigo, ele sorriu, aquele sorriso transmitia uma paz que ela não conseguia explicar, era muito bom – O que está acontecendo?
- Não está acontecendo nada! – ela mentiu.
- Não precisa mentir para mim – disse, ficando muito sério – Você fica o dia inteiro na biblioteca e nem fica conversando comigo e com o Rony.
- Eu só estou com muito dever para fazer – disse.
- Você está apaixonada por alguém? – perguntou. Fazendo o coração dela dar um salto.
- Como foi que você descobriu? – a morena perguntou, tentando esconder o rosto, que estava totalmente vermelho.
- Eu sou seu melhor amigo! – simplesmente disse – Eu sei tudo sobre a sua vida.
- Eu nem sem como isso foi acontecer comigo – ela começou a desabafar – Só sei que aumenta a cada dia – completou, apoiando a cabeça com a mão – Acho que vou enlouquecer.
Se é amor, sei lá
Só sei que sem você parei de respirar
E é você chegar
Pra esse turu, turu, turu, turu, vir me atormentar
- Você o ama? – ele perguntou, parecendo um pouco receoso.
- Não tenho certeza! – disse, voltando a encará-lo – A única coisa que eu sei é que isso está enlouquecendo, - continuou – É só a pessoa chegar perto que o meu coração começa a acelerar.
- Você pode me dizer quem é esse garoto? – Harry perguntou.
A morena respirou fundo várias vezes, encarou o amigo, mas logo depois voltou a encarar o seu sapato. Chegou a hora de revelar a verdade.
- Primeiro, eu quero que você me prometa que nada vai mudar entre a gente – Hermione falou.
- Eu prometo! – ele disse, segurando a mão da amiga.
- É você! – disse, um pouco baixo, mas o suficiente para que ele ouvisse.
Eu desisto de entender
É um sinal que estamos vivos
Pra esse amor que vai crescer
Não há lógica nos livros
E quem poderá prever
Um romance imprevisível
Com um turu, turu, turu, turu, turu, turu, tu
- Eu não estou entendendo – ele disse.
- Nem eu! – ela respondeu, com a cara totalmente vermelha e sem encará-lo – Mas eu já desisti de entender há muito tempo.
Esperou que o moreno falasse alguma coisa, mas ele preferiu continuar calado.
- Eu tentei descobrir uma lógica para tudo isso, nós somos só amigos, o que aconteceu para mudar – disse, voltando a olhá-lo nos olhos – Percebi que nenhum dos milhões de livros dessa biblioteca vão me explicar isso, porque não tem lógica.
- Ninguém poderia prever um romance entre nós dois – o garoto falou – É imprevisível, simplesmente fomos feitos um para outra e nada pode mudar isso.
Ela abriu a boca algumas vezes para tentar falar, mas Harry colocou o dedo em seus lábios.
- Não precisa falar mais nada, quem vai fazer isso agora sou eu! – ele disse, dando um beijo no canto da boca da morena – Eu também te amo, achei que você só me via como o seu melhor amigo, por isso nunca te disse nada. Mas agora que eu sei a verdade.
- O que nós vamos fazer agora? – ela perguntou.
Ele não disse mais nada, simplesmente a beijou. Aquele beijo seria o primeiro de muitos e o início de uma bela história de amor.
Fim
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