≈. O segredo de Amanda.
O céu negro e estrelado era visível pela janela aberta, emoldurada por uma cortina esvoaçante. Na sala comunal ouvia-se o crepitar das chamas na lareira que se refletiam nos olhos claros de Amanda, que enroscada em uma poltrona, tentava se livrar do frio que sentia. Ela se virou lentamente para ver um par de olhos verdes que a espiavam.
- Veio me visitar? - perguntou ela inocentemente a um garoto de cabelos muito bagunçados que a fitava sem expressão. - Não sei por que você arranjaria tempo pra esse tipo de coisa.
Harry sorriu contrariado e com um gesto da varinha, arrastou uma cadeira para perto da lareira, mas um pouco longe dela. Amanda deitou a cabeça sobre o braço da poltrona, o fogo iluminando seu rosto pálido
- Estou doente, Harry. Não sei se aguento mais uma semana - continuou ela, sem encará-lo. Não tinha certeza se conseguiria. - A dor é insuportável. Talvez isso seja morrer.
- Você já sobreviveu a coisas bem piores - disse Harry calmente. Percebeu que ela tinha abandonado a agressividade que demonstrara na floresta proibida. - E não, isso não é morrer.
Amanda ficou em silêncio alguns instantes. Esfregou as mãos e as aproximou do fogo, olhando de esguelha para Harry. Reconheceu que ele era atraente, mas o destino tinha feito Amanda gostar de loiros cafajestes. Ela sorriu e se espreguiçou como um gato.
- Pare com essa encenação, Harry.
Ela falou num tom meigo, mas era uma censura. Harry fitou intensamente aqueles olhos absurdamente azuis e soube o que ela pensava. Chega de mentiras, dizia ela em silêncio. Ou não.
- Eu só queria conversar com você - disse ele com sinceridade. - Sobre o que eu e você temos em comum.
Amanda sorriu involuntariamente ao ouvir a última palavra e Harry ficou impressionado com o diabrete que se mostrou nos lábios frios e remotos. Mas ela se controlou rapidamente e o diabrete sumiu.
- Sobre o que você está a fim de falar? Sobre Maldições da Morte, assassinatos, testrálios ou monstros do espaço? Dá no mesmo - Amanda fechou os olhos e escorregou mais pra perto da lareira. - Harry, você não precisa ficar procurando em jornais antigos alguma coisa sobre mim ou minha mãe. Ela era bem famosa, como você percebeu. Se queria tanto saber sobre mim, era só ter perguntado.
- Desculpe - Harry estava visivelmente constrangido. Ela sabia de tudo e ficara calada.
- Não se desculpe. Foi Gina quem deu a idéia de procurar coisas sobre o meu passado, eu sei. Então, você já sabe que eu sou uma veela, estudei em Beauxbatons, sou francesa, tive os pais assassinados... Não fique assim, Harry, eu não odeio você só por ter bisbilhotado a minha vida. Nem odeio Gina. Você sabe mais coisas sobre mim do que qualquer outro.
Harry abriu a boca mas não pensou em nada para falar naquele instante. Amanda tinha se revelado totalmente diferente da garota tímida que irritava Hermione de propósito no começo do ano.
- Então... como aconteceu? - perguntou Harry, que desejava mais do que tudo saber se era verdade que ela havia sobrevivido a uma Maldição da Morte. - Quer dizer, quando seus pais morreram...
- Hum... isso eu não me lembro muito bem - Amanda se virou e olhou serenamente para o alto, pensativa. - Mas eu lembro de um jorro de luz verde, a minha mãe caindo, e depois... depois eu acordei no St. Mungus seis meses após a morte deles e percebei que eu tinha perdido a memória.
- Não se lembra de quem os matou? - perguntou Harry chocado.
- Na verdade eu não perdi a memória, ela foi apagada - continuou ela, sem dar ouvidos, balançando a cabeça lentamente. - Meu pai, não me lembro do rosto dele... o sr. Borgin não quer que eu saiba quem ele foi, não sei por quê...
- Sr. Borgin? - perguntou Harry espantado. - Da Borgin & Burkes?
- Ah, você também conhece ele? - Amanda sorriu. - Ele era um grande amigo da minha mãe. Se não fosse ele eu talvez não estaria viva pra te contar a história... mas o fato é que ele apagou as minhas lembranças sobre o meu pai.
- Mas por que ele fez isso? Seu pai era inimigo dele ou coisa parecida?
- Acho que sim, eu não consigo nem me lembrar do nome dele. O sr. Borgin me tirou da França e me entregou pra minha avó Katherinne - Amanda demonstrou um tom ligeiramente irritado. - Nunca gostei da velha. Ele diz que eu a deixei louca - Amanda soltou uma gargalhada alta e olhou de um jeito estranho para Harry.
- Você tem uma influência danada - pontuou Harry, rindo também. Imaginou uma senhora magra e enrugada, com olhos mesquinhos e a mania do chá das cinco. - Você gostava de viver na França?
- Um pouco - ela voltou a deitar na poltrona e contemplar o teto. - Mas foi aqui em Hogwarts que eu descobri meu verdadeiro lar. Vallery me fez um bem imenso. Pena que eu não vou ficar aqui por mais tempo.
Harry sentiu um leve abalo no estômago ao ouvir aquelas palavras. Amanda estava indo embora. Subitamente, e o angustiando mais do que nunca, havia entendido. Se apegara demais a ela. Era como se uma pequena luz no fim do túnel tivesse apagado; só então ele compreendeu o quanto gostava daquela garota irritante.
Amanda percebeu o embaraço dele. Fitou-o com os olhos azuis semicerrados e alisou com os dedos a franja loira que lhe caía da testa.
- Algum problema, Harry?
Ela o despertou do devaneio. Havia um sorriso presunçoso nos lábios dela. Harry se sentiu envergonhado com a confusão de sentimentos que o pegara de surpresa.
- Não - ele estava visivelmente atrapalhado. - Bem... vou deixar você sozinha. Está se sentindo melhor?
Amanda concordou com a cabeça, ainda em silêncio. Harry se aproximou, e inesperadamente, a beijou na testa. Ela sentiu um calor estranho no lugar onde ele encostara os lábios e corou ligeiramente. Ficou observando ele ir para o dormitório pelas escadas.
Amanda cruzou as pernas na poltrona; puxou a almofada em que estivera deitada e tirou de baixo dela um espelho quebrado que cabia em sua mão. Olhou para o próprio reflexo iluminado pelas chamas da lareira, imaginado o que faria no dia seguinte.
Havia uma tempestade violenta. Uma onda enorme atingiu o navio. "Estou me afogando!", pensou Amanda. "Preciso da minha varinha, preciso sair daqui!"
Ela estendeu os braços, tentando voltar á superfície invisível e bateu em alguma coisa. Era o tronco de uma árvore. Num momento de lucidez, lembrou-se que estava em frente ao lago e fazia uma redação depois da aula de Poções. Amanda olhou para o lado e viu dois pergaminhos borrados de tinta." Mas eu só trouxe um... "
Ela piscou os olhos e os pergaminhos se fundiram em um só. Tudo parecia estar envolto por uma nuvem densa e brilhante. Amanda tentou se levantar, apoiando-se na árvore. Quando uma vertigem intensa a dominou, tudo saiu de foco e ela perdeu os sentidos.
A neve caía com força na Sibéria. Um estranho passou e levou embora o casaco dela. Amanda olhou para os lados, em desespero. Ela estava com muito frio, queria que o estranho o devolvesse, mas ele correu, enquanto gritava seu nome...
- Amanda... Amanda... Mandy...
A voz ia ficando cada vez mais alta, e também ia ficando cada vez mais insuportável ouvi-la. Ela abriu os olhos de repente se deparou com Harry, mas absolutamente sem entender o porquê de ele estar ali.
- Você me disse que estava bem! - disse Harry preocupado, pegando-lhe as mãos frias. - Porque não disse a verdade?
Errado, pensou ela. Eu lhe disse que estava doente.
Agora estava mais frio, um frio insuportável, que fazia sua pele arder, apesar do sol forte de verão.
Instintivamente Amanda abraçou Harry, para se aquecer. Harry sentiu como se tivesse mergulhado em uma água gelada. Amanda abriu os olhos, viu outra pessoa se aproximando e o soltou. Harry foi empurrado para o lado com violência por um garoto loiro que ela não reconheceu de imediato.
- O que houve com ela? - perguntou Draco rispidamente, assustado ao ver a palidez de Amanda. Estava fria. - O que você fez com ela, Potter?
- Ela está doente, se você ainda não percebeu - retrucou Harry com uma indignação que beirava ao ódio. - Ela está assim há tempo, eu encontrei ela desmaiada aqui!
Draco olhou para Harry com raiva por ele ter a encontrado primeiro, mas depois voltou a atenção para Amanda.
Ela abriu os olhos e viu Draco á sua frente com uma expressão preocupada. Amanda sentiu o coração bater mais rápido, e por algum motivo a presença dele também a irritava; aqueles olhos cinzentos... lembravam os de outra pessoa, que ela não conseguia se lembrar. Mas quem?
- Vá embora, Potter! Ela não precisa de você! - disse Draco com rispidez. Harry ia protestar, mas Amanda o interrompeu:
- Harry... vá, eu vou ficar bem... - murmurou com a dificuldade em respirar. - Eu confio... no Draco
Amanda não viu Harry ir embora; tudo era tão lento e tão rápido.
Draco a fez recostar-se na árvore, passando a mão, de leve, nos cabelos dela. Amanda tremia em silêncio. Não ouvia quase nada, a maior parte do tempo eram palavras vagas. Ela tomou uma profunda respiração e olhou para Draco, pedindo ajuda.
- Vou te levar para a ala hospitalar, Mandy - disse ele, passando o braço pelas costas dela. Repentinamente ela agarrou a frente das vestes dele, puxando-o para baixo, com extrema força que o assustou, fazendo Draco parar.
- Não... faça... isso... - sussurrou Amanda ao ouvido dele; sua voz era fraca, mas seu tom deixava claro que era uma ordem.
- Você não pode ficar aqui! Não vê como você está?
- Não me leve... não posso...
A voz dela sumia; Amanda sentia como se seu cérebro se ligasse e desligasse a cada segundo. Ela sentia muito frio.
- Por favor... não me leve... prometa, Draco...
Ela desmaiou mais uma vez. Já estava anoitecendo. Draco olhou em volta: só havia uma coisa a fazer naquele momento.
Algumas vagas lembranças se misturavam na mente de Amanda, sonhos estranhos com pessoas que ela não conseguia lembrar, e todos com um cenário frio e distante.
Amanda abriu os olhos lentamente. Era o mesmo que ser acordada de um pesadelo para se encontrar em outro; ela estava deitada sobre um colchão fino colocado diretamente no chão de um quarto pequeno e mal iluminado. Não fazia idéia do que ela estava fazendo ali.
Ela respirava copm dificuldade, enquanto a dor em seu peito ficava cada vez mais forte. O frio incomum que sentia vinha de dentro dela. Amanda deixou a cabeça pender para o lado e viu que não estava sozinha: havia alguém de costas para ela. A garota observou por alguns segundos, esperando que seus pensamentos se ordenassem.
- Draco? - perguntou baixinho.
Draco se virou para ela rapidamente, largando alguns frascos de vidro que retiniram ao tocarem o chão. Em um instante ele estava ajoelhado ao lado dela.
- Bem-vinda de volta - disse ele meio sem jeito.
O olhar de Amanda encontrou o dele, mas ela ainda estava lenta demais para assimilar as coisas.
- O que eu estou fazendo aqui? E o que é aqui? - perguntou ela, dando uma olhada rápida pelo local, e acrescentou precipitadamente: - Harry não estava com você?
- Você mandou ele ir embora - retrucou Draco sem esconder a sua raiva. - Isso aqui é o vestiário... quadribol, você entende. E era o lugar mais perto que eu poderia trazer você ou ia ter que aguentar a sua fúria se eu te levasse para a ala hospitalar.
Amanda resmungou alguma coisa e se virou para a parede, dando as costas a ele. Não queria conversar. Parecia que havia um tipo de absimo, um obstáculo invisível entre eles. "Onde eu estava com a cabeça quando deixei ele cuidar de mim? "
Essas poções não fazem efeito em você - explicou ele seriamente, empilhando os frascos que deixara cair. - Eu não entendo, era pra você ter melhorado a uma hora atrás...
- Faz quanto tempo que estamos aqui? - perguntou ela alarmada.
- Umas quatro horas - repondeu Draco em tom de conversa. - Você tem que tomar essa poção agora. Está sentindo alguma coisa?
- Frio - murmurou Amanda ainda sem olhar pra ele, se cobrindo com um lençol. - Me cortei quando estava na floresta proibida - ela indicou o braço, que deixara descoberto. Um corte vermelho se destacava ali. - Mas esqueça, você não vai querer tocar em mim. Posso sujar você com meu sangue de trouxa.
Draco ficou em silêncio de repente. Amanda podia sentir seu nervosismo, mas ela continuou impassível, encarando a parede descascada. "Se faz diferença pra ele que eu seja mestiça, o que ele está querendo comigo agora?"
- Mandy, escute. Não foi porque eu quis. Eu queria o que era melhor pra você - a voz dele tinha um tom de arrependimento que Amanda notou. - Deixar de namorar você era o único jeito de fazer Snape parar de te perseguir...
- Snape? - Amanda se virou novamente para Draco, abandonando a fraqueza e procurando seu olhar.
- É, Snape! Nunca se perguntou o motivo daquela obsessão por você? Nunca se perguntou por que ele usava Legilimência com você? - Draco se abaixou e pegou as mãos dela para provar que dizia a verdade. Amanda fechou os olhos, mas não por causa da dor que sentia, mas sim porque não queria admitir que ainda o amava.
- Fique longe do Malfoy... foi o que ele disse - sussurrou ela, agora compreendendo a verdade.
- Então - Draco disse com uma infelicidade aparente. - Eu teminei com você porque queria que Snape te deixasse em paz.
Amanda empalideceu ainda mais, se é que isso fosse possível. Snape... fora tudo culpa de Snape.
- Por quê? - ela fitou Draco, perplexa. - Por que Snape quer separar a gente? O que foi que eu fiz, pra ele ficar me atacando de repente?
- Nada, e não acho que ele esteja sozinho nisso. Meu pai...
- O que tem ele? - perguntou Amanda, lembrando-se do homem de olhos cinzentos e frios que viu no último fim de semana em Hogsmeade. - Ele sabe que eu e você estamos... estávamos juntos?
- Se Snape contou... então ele tembém deve saber que você é... - Draco desviou o olhar, corando - ... mestiça.
Amanda ficou em um silêncio repentino. Será que para Draco realmente não fazia diferença se ela não fosse uma bruxa puro-sangue?
- Draco, se você soubesse que eu sou mestiça antes de ter me conhecido, você... você teria ficado comigo?
- Antes ou depois, faz diferença? Gosto tanto de você... - retrucou ele com sinceridade, olhando por uns instantes para os contornos indefinidos das sombras na parede e depois para ela. - Eu não queria terminar com você, foi só pra te proteger do Snape.
Ele passou o braço pelos ombros dela, talvez distraidamente. Ficaram sentados um ao lado do outro, só a respiração irregular de Amanda cortava o silêncio. Não havia dúvida, Draco tinha mais dignidade do que ela. Amanda olhou para baixo e percebeu que estava vestindo o casaco dele. Ele que havia cuidado dela. Ele que estava preocupado com ela.
Amanda descansou a cabeça no ombro dele, e para sua infelicidade, sentia-se imensamente egoísta. Era o mesmo se estivessem os dois abandonados em uma ilha deserta - juntos - de onde não conseguiam sair. Não querendo estar juntos, mas juntos...
Ela vivia uma mentira. Não podia contar a ele a verdade sobre a morte dos seus pais. Amanda viveria pra sempre aquela mentira e tantas outras. Verdadeiras, só as palavras dele, ditas e sentidas: Gosto tanto de você...
Ela adormeceu mais uma vez.
A chuva forte molhava seus cabelos, o vento frio cortava seu rosto como lâminas. Amanda corria por uma rua cinzenta e desconhecida, sendo preseguida por um homem de vestes negras, logo atrás dela. Ela se escondeu, cansada, em um beco escuro e deserto, entre dois prédios...
- Está com medo?
Amanda ergueu os olhos e se deparou com uma mulher alta e bonita, com profundos olhos azuis e cabelos loiros e compridos que lhe chegavam á cintura. Ela tinha o estranho brilho prateado típico das veelas. Para Amanda, era como se olhar num espelho.
- Não deixa ele... me matar - murmurou Amanda, tremendo de frio com as vestes enxarcadas. - Por favor, mãe...
Kate sorriu e se levantou, olhando para os lados. De súbito, dois feitiços a atingiram no peito. Amanda gritou, porque a dor que Kate sentia era a mesma que ela sentia...
Amanda acordou assustada, respirando ofegante. Estava deitada no colchão de novo. Ela afastou da testa os cabelos molhados de suor, uma sensação de desespero se apoderando dela...
- O que aconteceu? Porque você gritou... - Draco parou com um choque ao ver o estado dela.
- Eu não sei... Draco... estou muito mal... se eu morrer aqui...
- Você não vai morrer! - gritou ele em desepero. Draco sentia que era culpa dele que ela não estivesse bem, que era por culpa dele que Amanda estava assim... seu coração pareceu parar subitamente. Havia um brilho estranhamente esverdeado na altura do peito dela, que reluzia até mesmo através das vestes pretas...
Draco afastou a gola da blusa dela e viu uma fina corrente de prata. Ele respirou fundo e puxou a corrente, arrebentando-a com um estalido.
Amanda abriu os olhos subitamente, encarando o teto escuro do quarto. Demorou um pouco até perceber que a dor sumira e o frio também. O quarto agora se agitava num redemoinho confuso de sombras.
→ LaLih
Ela se sentou ainda com tontura e encostou-se na parede fria, tossindo muito. Amanda levou as mãos ao peito: sentia como se um ferro em brasa tivesse queimado ali. Um tremor violento sacudia seu corpo, mas não de frio, e sim medo. Como em câmera lenta, Amanda ergueu os olhos para Draco. Ele a fitava com uma expressão horrorizada, segurando em uma das mãos, mas longe do corpo, uma corrente de prata. Um pingente arredondado, uma esmeralda incrivelmente brilhante pendia da corrente.
- Era você... o tempo todo? - murmurou Draco, largando a esmeralda no chão e fitando-a estarrecido. - Então foi você roubou a esmeralda da sala do Slughorn? Era isso que você não queria me contar, Mandy?
A verdade angustiante recaiu sobre ela. As coisas voltaram a ter foco mais uma vez, e ela abaixou a cabeça, olhando para as próprias mãos.
Não queria olhar para Draco, porque sabia o que teria que fazer dali a alguns minutos. ao pensar nisso, ela estremeceu. Não sabia ao certo e algo poderia da errado.
- Eu não roubei... eu a peguei de volta. Foi um presente do meu pai essa esmeralda. - Amanda passou a mãos no canto da parede, á procura da varinha. - Eu não queria que você soubesse assim...
"Por favor, me perdoe pelo que vou fazer. Draco, me desculpe por isso..."
- Obliviate.
Ela apontou a varinha inseperadamente, lançando o feitiço da memória contra ele. Draco não reagiu, pego de surpresa. Seu olhar se tornou levemente desfocado.
Amanda pegou a esmeralda e a guardou no bolso, incapaz de olhar para ele.
- Estupefaça.
Draco caiu para trás, inconsciente. Amanda se deitou ao seu lado, sentindo uma dor pior do que todas que já havia sentido. Ela o abraço e começou a chorar baixinho, que logo se tornou soluços descontrolados ecoando pela escuridão.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!