Paris
N/A: Gente eu AMEI escrever esse capitulo, haioahioa.. Sei lá, acho que vocês vão gostar, por mais cruel que eu esteja sendo nele \õ Beijos a todos que comentaram!
OBS: A música inserida no capitulo é Fix You do Cold Play.
- ME RESPONDE MÃE! – Jay berrara furioso.
Ás bochechas do garotinho haviam aderido uma cor avermelhada, os olhos azuis marinhos de Rose estavam avermelhados por conta do choro, Jason parecia não saber o que faze e Scorpius estava paralisado, não queria que o garoto se ferisse com aquilo, não queria que o pequeno descobrisse daquela forma.
- Mamãe... – Uma voz aveluda invadira a soleira, a pequena Jackie havia saído de dentro da mansão segurando um hipogrifo de pelúcia, a pequena possuía uma expressão de choro explicita na face.
- ELA TAMBÉM É? JACKIE TAMBÉM É? – Berrara Jay pela segunda vez.
Jackie ao escutar os berros do irmão correra assustada em direção a Rose que a tomara rapidamente no colo e beijara-lhe a testa, Jay estava furioso e Jackie parecia muito assustada com aquilo tudo.
- ME RESPONDE MÃE!!! – Urrara Jay.
- Jackie é filha de James... – Murmurou a ruiva aninhando a menininha aos braços. – Você... Você é filho de Scorpius Malfoy.
Os olhos de Jay arregalaram-se, Rose parecia ter dito ás palavras mais difíceis de sua vida, Jay engoliu um aparente choro que parecia estar por vir. O menininho aderiu uma pose imponente e adentrou a mansão batendo a porta da sala com força.
- Rose eu... Eu não queria que ele descobrisse dessa forma. – Scorpius sussurrara olhando a ruiva aninhando sua caçula.
- Minha vida era ótima sem você Malfoy. – A ruiva falara secamente virando-se para o loiro com um olhar mortal. – Minha vida foi apenas sofrimento ao seu lado...
- Não é verdade... – O loiro franzia o cenho.
- Sim é verdade, e quando eu consegui me livrar de você e ter meu filho longe daqui...
- Nosso filho...
- Eu perdi a única pessoa que me amou de verdade... –A ruiva falava desgostosa. – Eu tinha meus filhos ainda e agora meu filho mais velho está corroído com ódio,duvidas e tristeza em um momento tão difícil de nossas vidas.
- Rose escuta.
- Não Malfoy! Escute você! – Rose apontara com o dedo indicador para a face do loiro.
Jason engoliu em seco e Scorpius parecera ter feito o mesmo, os dois olhavam a fúria nos olhos da ruiva e o choro silencioso da pequena Jackie. Por um instante Jason pensara que Rose fosse sacar uma varinha e lançar um Avada Kedrava em seu melhor amigo, mas ela não o fez, ela apenas engoliu o choro e falou com a mais gélida das vozes:
- Deixe eu e meus filhos em paz.
- Não posso fazer isto, um de seus filhos também é meu! – Rosnara Scorpius parecendo perder novamente a paciência.
- E você faz um bem a ele não é? – A ruiva debochara.
- Eu tenho direitos sobre o garoto.
- Certo... – A ruiva franzia a testa. – Mas enquanto Jay não se recuperar dessa palhaçada toda você está proibido de se aproximar dele, escutou Malfoy? PROIBIDO!
Scorpius ia contestar, mas Jason o segurou pelo ombro e balançou a cabeça negativamente, neste meio tempo Rose já adentrara a mansão com a caçula nos braços deixando os dois homens na soleira com ares pensativos, afinal Scorpius não podia deixar de lado o remorso que sentia naquele momento por fazer seu filho, seu único filho sofrer.
Jay estava sentado em uma cama de casal, o garoto tinha marcas de lágrimas em suas bochechas enquanto admirava um belo porta retrato de moldura prateada. A porta do quarto abrira-se lentamente e Rose adentrara logo a fechando atrás de si, a ruiva caminhou cuidadosamente até a cama sentando-se na beirada e aguardando seu filho lhe proferir algo.
- Como ele pode ser meu pai? – O garoto perguntou num fio de voz abaixando o porta retrato revelando uma foto dele e de James. – James Potter foi meu pai, ele... Eu lembro dele desde sempre! Eu não lembro desse cara Malfoy, ele... Ele não pode ser...
- Tudo aconteceu quando você ainda nem era nascido... – Rose começara apanhando o porta retrato olhando-o com carinho. – Eu namorei Scorpius Malfoy durante um tempo, até que um dia ele e eu desmanchamos. Scorpius foi para a guerra e eu permaneci nessa casa...
- Meu pai sabia? Quero dizer... James sabia? – O pequeno perguntava com tristeza.
- James sempre vai ser seu pai se assim você quiser Jay... – A ruiva falava séria encarando os olhos do filho idêntico aos seus. – James foi o primeiro a saber e a manter sigilo, eu temia como seria minha vida frente a família, mas estava disposta a lutar por você... James foi mais forte do que eu e me pediu em casamento, disse que me amava e amaria você como filho dele...
Jay baixou os olhos quando viu sua mãe chorar, ela soluçou algumas vezes, por um instante o pequeno teve a impressão de que ela estava voltando ao passado em um momento decisivo de sua vida, resolveu permanecer calado e escutar o resto da história.
- Ele nunca soube de você, seu pai verdadeiro, Scorpius... James e eu preferimos assim, não sabíamos que reação Scorpius teria com isso e então eu e James nos casamos e nos mudamos para a Romênia. Ele era bom, o James... Cuidou de mim por toda a gravidez e eu o amei, por Merlim como amei aquele homem... – A ruiva limpava as grossas lágrimas. – Quando você nasceu ele estava feliz, mais feliz do que nunca e ele amou tanto você...
- A Jackie foi fruto do amor de você e do meu pai não é? – Jay perguntara olhando para o criado mudo ao lado da cama onde havia uma foto da pequena Jackie com James.
- Sim, eu o amei e Jackie é prova disto.
Jay permaneceu calado, Rose sabia que seu pequeno iria precisar de um tempo para assimilar tudo aquilo, entretanto a ruiva se surpreendera. Jay ergue-se da cama com rapidez e dirigiu-se a um imenso armário de madeira, o garotinho abriu com força as portas do mesmo e fico observando um punhado de roupas masculinas, a maioria dependurada.
O cheiro que emanava do guarda roupa era um cheiro conhecido por Rose, a ruiva sorriu de canto, Jay jogou-se no meio das roupas e as abraçou com força, a mulher ergueu-se da cama e caminhou até seu pequeno que chorava aos prantos abraçado a todas aquelas roupas, abaixou-se na altura do filho e o abraçou firmemente permitindo-se chorar a dor de uma perda.
- Vamos embora daqui mãe... – Murmurara Jason abraçado as roupas de James. – Vamos embora para a França como você tinha falado para a vovó Gina...
- Nós vamos querido, nós vamos... – A ruiva abraçava com mais força o filho o balançando de um lado para o outro.
- Eu não quero ver aquele cara mais, eu não quero que ele seja meu pai! Eu já tenho um pai...
- Tudo bem... Tudo bem... – Rose mordia o lábio inferior, sabia que Scorpius não aceitaria aquilo facilmente.
Scorpius andava de um lado para o outro nervoso, Jason parecia já cansado de olha-lo e Lily estava estupefata com aquela revelação bombástica, já Alvo permanecia indiferente como se já soubesse daquilo a muitos e muitos anos.
- Sabe CorCor se você continuar andando de um lado para o outro assim acabará fazendo um buraco no chão...
- Deixa ela Jason! – Lily repreendia o namorado. – Eu também estaria assim se estivesse envolvida nisso... Al como você consegue estar tão calmo?
- Eu já suspeitava disso desde o casamento de James e Rose... – Declarava o moreno ainda olhando o loiro andar de um lado para o outro.
- CorCor pare de andar! – Jason jogava um de seus sapatos no amigo que parara brutalmente.
- Parei! Satisfeito? – Resmungara o loiro.
- Na verdade não... – Jason sorria de canto enquanto Scorpius arremessava nele o sapato.
- Acho que você deveria ir embora Scorpius... – Alvo falava sério. – Pelo que eu vi quando Jay subiu ás escadas ele não parecia muito alegre de ter um novo pai, e a Rose, nossa! Pensei que jamais a veria perder a calma daquela forma, até mesmo a pequena Jackie que não entendeu nada parecia meio abalada.
- Eu preciso falar com meu filho, você não entende?
- Eu acho que o Al tem razão... – Lily levantava-se séria. – Você vai ter tempo de falar com ele sabe? Acho que agora todos precisam manter a calma.
- É CorCor, relaxa! Amanhã você fala com o moleque...
Alvo sorriu levemente ao ver Scorpius relaxar os ombros, o loiro finalmente parecia se dar por vencido.
Rose estava em pé no escritório de Harry Potter o aguardando, afinal havia tomado uma importante decisão, uma decisão digna de uma Potter como diria James se ainda estivesse vivo. Harry adentrou o escritório e sorriu para a sua afilhada e sentou-se na cadeira localizada atrás da escrivaninha.
- Como acha que Rony vai reagir quando souber que Jay é filho de um Malfoy? – Perguntou o homem sem delongas.
- Talvez enfarte... – a ruiva sorrira levemente tocando alguns livros da prateleira. – Mas minha mãe consegue segurar a barra, além dela ser uma Weasley ela é uma Granger também.
- Sua mãe consegue controlar seu pai de um modo que eu nunca vi... – Brincou Harry coçando o queixo.
- Você sempre vai ser o avô de Jay... – A ruiva retirava os olhos da prateleira para fitar o homem que já não era tão novo.
- Eu sempre irei o considerar meu neto.
- Tio Harry... – Rose sentava-se na cadeira frente a ele. – Eu estou me mudando esta madrugada com Jay e Jackie.
- Se mudando? – O homem arregalava os orbes verdes. – Enlouqueceu garota? Morbius ainda está a solta! O lugar mais seguro para você e as crianças é aqui!
- Prometi a Jay que iríamos embora... – A mulher respirou fundo. – Tenho dinheiro o suficiente e já reservei um hotel na em Paris, enquanto eu não arrumo uma casa sabe? Jay em breve irá ingressar em alguma escola de magia e...
- Rose... – Harry segurava a mão da mulher com ternura. – Fugir de Scorpius não vai adiantar muito...
- Se eu ficar, minha família será destruída. – A ruiva falara por fim. – Estou contando apenas a você para onde estou indo, ninguém sabe ... Quero que entregue essa carta a Jason e Lily, eles sempre foram bons amigos...
- Alvo ficará chateado com sua partida...
- Al sempre me entendeu e sei que me entenderá dessa vez.
Harry coçou a cabeça, Rose possuía o gênio forte de Hermione e ela não voltaria atrás em sua decisão, o velho homem apenas beijou as costas das mãos da garota e lhe sorriu como se desse apoio não a uma sobrinha, mas sim a uma filha.
Quando você tenta o melhor, mas não dá certo,
When you get what you want, but not what you need,
Quando você consegue o que quer mas não o que precisa,
When you feel so tired, but you can't sleep
Quando você se sente tão cansado mas não consegue dormir
Stuck in reverse!
Preso ao inverso
And the tears come streaming down your face
Quando as lágrimas começam a rolar sobre seu rosto
When you lose something you can't replace
Quando você perde uma coisa que não pode repor
When you love someone, but it goes to waste
Quando você ama alguém mas tudo se acaba
Could it be worse?
Poderia ser pior?
A madrugada estava fria e um imenso carro negro estava estacionado frente a mansão dos Potter's. Jay estava com sua mochila nas costas segurando a mão de sua irmã caçula que coçava constantemente os olhinhos com as costas das mãos por conta do sono.
Harry fazia várias malas flutuarem escadaria a baixo e Gina parecia tentar convencer Rose de ficar mais alguns dias, mas em vão. A ruiva entregara uma carta com o selo dos Potter's a monarca e lhe dera um carinhoso abraço.
Jay deu um abraço nos avós e Jackie fez o mesmo a contra gosto, estava com sono demais para ficar abraçando os outros. Na soleira Gina ficou observando o marido ajudar o motorista de pele parda colocar as inúmeras malas dentro do porta malas do carro. Jay e Jackie já estavam dentro do mesmo e Rose estava com a porta aberta preste a entrar.
Harry colocou-se ao lado da esposa na soleira, a abraçando pelos ombros. Rose acenou permitindo algumas lágrimas escorrerem pelos seus olhos.
Luzes vão te guiar até em casa
And ignite your bones
E inflamar teus ossos
And I will try, to fix you
E eu tentarei consertar-te
And high up above or down below
E bem lá no alto ou bem no fundo
When you're to in love to let it go
Quando você está apaixonada demais pra esquecer
But if you never try, you'll never know
Mas se você nunca tentar, nunca irá saber
Just what you're worth.
O quanto você vale
- Espero que um dia ele possa me perdoar... - Sussurrou a ruiva para si mesma ao adentrar o carro e fechar a porta.
Jackie logo sentou-se no colo da mãe e Jay colocou a cabeça no ombro da mesma, o motorista olhou a família pelo retrovisor e sorriu para a ruiva que retribuiu o sorriso.
- Para o Lumière Hotel em Paris, por favor.
- Como desejar Sra. Potter! - O motorista falou animado já ligando o carro.
Harry e Gina viram o carro decolar vôo e desaparecer na imensidão negra daquela madrugada gélida, o casal adentrou a casa sem muita alegria, mas com uma imensa compreensão pela ruiva.
Luzes vão te guiar até em casa
And ignite your bones
E aquecer teus ossos
And I will try, to fix you.
E eu vou tentar te consertar
Scorpius acordara completamente suado, algo doía em seu peito, olhou ao seu redor. Seus olhos azuis acinzentados brilharam como nunca e ele ergueu-se da cama num pulo, correu até a sala pouco ligando se estava apenas trajado com a calça do moletom. Apanhou ás chaves em cima do armário da sala e saiu pela porta.
Lágrimas rolam pelo seu rosto
When you lose something you cannot replace
Quando você perde algo que não pode repor
Tears stream down your face
Lágrimas rolam pelo seu rosto
And I...
E eu...
Um carro conversível parou frente à mansão dos Potter's, Scorpius saltou do carro e correu até a porta a batendo e socando.
- ROSE!!! ROSE ABRA!!! ROSEE!!!
A porta fora aberta por Harry, o homem o olhava com o cenho franzido, Scorpius deu dois passos para trás, Harry notou o quão pálido o rapaz estava e o quão trêmula estavam suas mãos.
- Preciso... Preciso falar com ela Sr.Potter! Chame Rose!
- Sinto muito Scorpius... - Harry maneou a cabeça negativamente.
- COMO ASSIM SENTE MUITO? ONDE ELA ESTÁ? ONDE ESTÁ O MEU FILHO?
- Ela partiu. - Harry sussurrou.
Lágrimas rolam pelo seu rosto
I promise you that I'll learn from my mistakes
Eu te prometo que vou aprender com meus erros
Tears stream down your face
Lágrimas rolam pelo seu rosto
And I...
E eu...
- Não... Isso é mentira! Ela... Ela não fez isso... – O loiro gaguejara sentindo os olhos encherem-se de lágrimas
- Garoto, escute... - Harry tentava acalmar o rapaz.
- É MENTIRA SUA! - Urrara Scorpius empurrando Harry para o lado e entrando na mansão.
Scorpius gritava o nome de Rose e a procurava como um louco, o rapaz abrira a porta com força de um dos quartos do segundo andar da mansão e o encontrando completamente vazio. O loiro correu até o armário o abrindo vendo que este também estava vazio, uma decepção tomara conta de seu ser.
- Hey que barulheira é essa?- Hugo abria a porta do quarto frente ao ex-quarto de Rose andando até o mesmo e deparando-se com Scorpius sentado na cama de casal com um olhar sem foco para o guarda roupa. - Malfoy? Cara o que você faz aqui... E... Cadê a Rose?
- Ela se foi... - Balbuciou o loiro ainda perplexo.
Luzes vão te guiar até em casa
And ignite your bones
E aquecer teus ossos
And I will try to fix you
E eu vou tentar te consertar
O imenso carro negro pousara numa das mais belas e ricas ruas de Paris, o carro andou por um tempo até parar frente a um imenso e luxuoso hotel, Rose estava com os filhos aninhados a si quando olhou pela janela vendo a cidade que seria seu novo lar.
- Eu realmente espero que me perdoe um dia Scorpius...
Um belo sol raiava em Paris, uma semana já havia se passado desde a mudança repentina. Rose fora aceita de bom grado na área diplomática do Ministério Francês e já possuía até mesmo uma própria sala, tudo isso pelo fato do sobrenome Potter ter um grande peso no mundo mágico.
Jay havia sido matriculado em uma das escolas trouxas assim como Jackie, apesar de serem bruxos, Rose gostava de deixar os filhos conhecerem um mundo diferente do deles. Talvez a única coisa que não estivesse nos eixos era a casa, ainda estavam morando no luxuoso hotel Lumière, para desgosto de Rose.
- Mãe a gente podia sair e comer fora sabe... – Jay falava animado sentado sobre uma bancada de uma pequena cozinha do apartamento do hotel.
- Vocês estão comendo muita porcaria, só sabem pedir comida ou comer fora! Faz tempo que não temos uma refeição descente...
- Mamãe a gente gosta de comer fora! – Jackie falava colocando-se ao lado do irmão mais velho que sorria arteiro.
- E além do mais a senhora já deve ter perdido a prática com o lance de cozinhar!
- Ora como ousa falar dos meus dotes culinários Senhor Jason Luke Potter!
Jackie e Jay gargalharam da cara enfurecida da mãe que logo gargalhou junto dos filhos, parecia que os tempos bons iriam retomar para aquela família, mesmo com toda a falta que James fazia, Rose seguiria em frente.
Scorpius soltava fogo pelo nariz, Hugo que estava sentado em sua mesa sequer olhava o loiro que não parava de soltar muxoxos, o ruivo rolava os olhos a cada muxoxo soltado pelo homem.
- Sabe, se eu ganhasse um galeão por cada reclamação sua eu estaria milionário! – Bufou o ruivo levantando-se da própria mesa.
- Que pena que não ganha! – Rosnou o loiro.
- Olha você ‘tá igual a minha tia avó Berta! Por Merlim parece uma velha reclamona!
- Se está achando ruim Weasley, por que você não sai da sala?
- Por que se você não sabe Malfoy, essa sala é minha, sua, de Alvo e do Weiss! Ou seja, temos trabalho a fazer aqui e você NÃO está ajudando.
Scorpius abriu a boca para protestar quando a porta da sala fora escancarada e Alvo adentrara na companhia de Jason, Scorpius bufou tentando se concentrar numa pilha de papéis sobre a sua mesa. Alvo lançou um olhar a Hugo que apenas deu os ombros.
- Sabe... – Começara Jason. – Ao invés de ficar reclamando na cabeça do Weasley e brigando com todo o novo Ministério da Magia, você deveria tirar uns dias de folga...
- Não estou a fim. – Esbravejou o loiro.
- Concordo com o Weiss... – Alvo falava sério. – Você saiu do hospital a pouco tempo, descobriu que tem um filho a pouco tempo, brigou com a Rose a pouco tempo, perdeu a Rose e seu filho a pouco tempo...
- Resumindo o que o Al quer falar... – Hugo se metia. – Você está um porre e precisa de férias!
- Sabe eu não estaria assim se os pais de vocês... – Scorpius levantava-se bruscamente. – Me dissessem onde ela está com o MEU filho!
- Cara, ele realmente precisa de férias... – Hugo rolava os olhos voltando a sua mesa.
- Eu acho que antes de ir atrás da Rose Gatinha, você deveria se preocupar com outra coisa... – Jason falava com um tom de voz sério.
- E o que seria... – Scorpius lançava um olhar ameaçador ao amigo.
- Morbius foi visto em Paris. – Alvo falara estreitando os olhos.
Hugo que havia se sentado na cadeira, levou um belo tombo fazendo com que Jason soltasse um risinho, Scorpius olhara incrédulo para Alvo, não podia crer que aquele filho da mãe do Morbius estava em Paris. O loiro dirigiu-se a sua cadeira e retirou uma capa negra que estava em cima desta.
- Quando partimos para Paris? – Indagou sério.
- Assim que eu gosto! – Jason dava palmadinhas camaradas nas costas do amigo. – Podemos ir agora sabe? Aí quando você voltar, você tira umas férias... Afinal CorCor, estresse envelhece sabe?
Rose andava alegremente pelas ruas de Paris, iria olhar a última casa a venda e logo em seguida buscaria Jay e Jackie na escola, a ruiva olhou para uma bela casa de tijolos amarelos, sorriu internamente lembrando-se de sua casa na Romênia.
- Olá? – Uma senhora abrira a porta da casa e andara até a mulher com um belo sorriso.
- Olá Sra.Humpfey ! Eu sou Rose Potter, liguei mais cedo...
- Oh! Sim, sim, a Srta.Potter... – A senhora sorria bondosamente. – Espero que goste da casa, é simples, mas muito aconchegante...
- E eu espero gostar! Estou cansada de andar a procura de uma boa moradia...
A velha senhora apenas sorriu, a casa era bela e aconchegante, os móveis belos e simples, era a casa que a ruiva desejava criar seus filhos. Lançou um olhar bondoso a senhora que lhe sorria como nunca.
- E então? Quando posso assinar os papéis e me mudar? – Perguntou animada.
Jay estava encostado numa das árvores do jardim da escola, já estava de saco cheio das garotinhas francesas que não cansavam de perguntar se ele tinha namorada. O loirinho de longe podia ver a irmã caçula brincando no parquinho de areia, Jackie sim parecia se divertir na nova escola.
Era estranho estar ali, naquele novo país, mas naquele momento ele não via lugar melhor. Depois que haviam partido ele nunca mais tocou no assunto de seu pai biológico e sua mãe parecia também não muito a fim de falar sobre aquele assunto. A verdade era que Jay havia se assustado com aquele homem que do nada gritava para Merlim e o Mundo sobre ser seu pai.
O loirinho respirou fundo olhando para fora das grades do jardim, viu do outro lado da rua um homem mal encarado trajado inteiramente de negro. Jay franziu o cenho, o homem possuía algumas cicatrizes horripilantes na face que lhe davam arrepios.
- JAY! – Jackie o berrara fazendo o garoto virar a face e encarar a irmã que corria em sua direção. – A MAMÃE CHEGOU!!!
Jay sorriu de canto e apanhou sua mochila que estava até então jogada na grama ao lado de seus pés, olhou novamente para o outro lado da rua e não viu ninguém. Aquele homem que ele vira, não era um homem bom.
Scorpius havia acabado de chegar ao Ministério Francês, Hugo não parava de mexer com as estagiárias do local fazendo com que Alvo lhe desse alguns tapas na cabeça com medo de que Hugo os levassem a alguma encrenca.
O Ministério Francês era muito mais glamuroso do que o Ministério Inglês, era visível só de ver as paredes feita de ouro, bronze e prata com desenhos magníficos de veelas e unicórnios. O quarteto andou durante um bom tempo pelos corredores até chegar a luxuosa sala do Ministro Francês. Um homem gordinho, baixinho, com um bigode negro sobre os lábios e a cabeça careca.
- Esperro que mi prronunci estejar corretar...
- Está sim senhor... – Scorpius falara encarando o homem. – Estamos aqui atrás de John Morbius e queremos sua autorização para vasculhar a cidade.
- Oh! Ho, ho, oh! Si, si! Morbius serr mui perigosor ui? Je sais… Je sais...
- Então temos a sua autorização Ministro? – Jason perguntara com uma voz séria assustando até mesmo os companheiros.
- Oui, oui! Quandor quiserrem si?
Os quatro consentiram com a cabeça e com uma leve reverência em forma de respeito começaram a andar em direção a porta.
- O Senhorr... – O ministro voltou a falar chamado a atenção dos quatro. – Senhor... Alvo Potter...
- Sim Ministro? – O moreno aproximou-se sério.
- Sua irrmã trabarrá mui bein em nosso Ministerrio!
- Minha irmã? – Alvo franziu o cenho. – A única irmã que tenho mora em Londres, o senhor deve estar enganado Ministro...
- Oh oui, oui, eu deva estar enganado oui... Ela dever serr suar parrenta, Rose Potter.
Os olhos de Scorpius deram um brilho estranho, Jason bateou na própria testa sabia que em breve Scorpius os meteria em confusão, já Hugo engoliu em seco.
- Ela é minha cunhada Ministro, foi casada com meu falecido irmão James Potter. – Alvo falar sério.
- Bonne Meninë... Bien, é apenas isso... Tens boar tarder...
Mais uma fez os quatro consentiram com a cabeça e se retiraram dali, Scorpius estralava os dedos conforme andava, Alvo e Hugo fizeram um leve aceno de cabeça para que Jason falasse algo, o rapaz respirou fundo e correu até o melhor amigo.
- Olha, a gente precisa de calma ok? – Jason falava sério. – Eu sei que você tem o problema com a Rose para resolver, mas Morbius é mais importante.
- Vocês ainda não entenderam não é? – Scorpius se virava com uma calma inexplicável para os três.
- Entendemos o que? – Indagara Alvo.
- Morbius está aqui por causa de Rose. – O loiro franzia o cenho. – Rose e as crianças estão em perigo.
Jay e Jackie assistiam alegremente um desenho na televisão, Rose terminava de fritar alguns ovos e colocar nos pratos dos filhos, logo a mulher colocara os pratos na mesa e chamara as crianças. Num prédio a frente do hotel um homem de capa negra observava cada movimento daquela família, um sorriso sádico habitava seus lábios junto com um brilho malicioso em seus olhos absurdamente negros.
- Jay quer comer com garfo e faca? Por Morgana você não é um animal! – Ralhava Rose ao ver o filho apanhar o bacon com as mãos.
- Mas com ás mãos é mais gostoso mãe! – Ria o garoto vendo a irmã caçula o imitar. – ‘Tá vendo! A Jackie concorda comigo!
- Eu não vou nem comentar... – Rose rolava os olhos ao ver a filha menor com as bochechas sujas.
Morbius olhava aquilo desgostoso, era para Rose ser sua e aqueles moleques sentados a mesa com ela não eram para existir, seus olhos deram um brilho vermelho quando viu a mulher beijar a bochecha dos filhos e recolher os pratos da mesa.
- Oh céus! – Rose falara espantada ao olhar a geladeira.
- O que foi mãe? – Jay aparecia na bancada a olhando curioso.
- Esqueci de comprar leite e ovos, vou ter que ir na padaria da Marrie para comprar...
- Mas há essa hora? – Jay olhava o relógio da cozinha.
- Se eu for depressa talvez pegue a padaria aberta... – A ruiva se dirigia a sala apanhando um grosso casado branco. – A não ser que você queira ficar sem panquecas amanhã de manhã...
- Panquecas em primeiro lugar! – Jay erguia a mão para o alto arrancando risadas da mãe.
- Ok, cuide de sua irmã! Eu não demoro...
Rose saíra pela porta do apartamento, Jay apenas sorriu e desabou no sofá ao lado da irmã, dando boas gargalhadas de um desenho no qual ela assistia.
Scorpius, Alvo, Hugo e Jason pararam frente uma porta branca com maçaneta dourada, o número 213 brilhava sobre a mesma. Os quatro trocaram leves olhares até Scorpius tomar coragem e dar três leves batidas na mesma. A porta fora aberta por uma garotinha ruiva, Hugo abaixou-se e sorriu para ela que logo jogou-se nos braços do tio.
- E então Jackie? Era a mamãe? – Jay surgia atrás da porta logo parando e franzindo o cenho. – O que vocês fazem aqui?
- E aí chara! Quanto tempo! – Jason entrava sem cerimônias sendo seguido por Alvo, Scorpius e Hugo com Jackie no colo.
- O que vocês fazem aqui? – Rosnou o menino.
- Onde está sua mãe Jay? – Scorpius tomava a frente e encarava o menino.
- Olha aqui, se você veio aqui brigar com ela pode tirar seu hipogrifo da chuva! Fui eu quem pedi para irmos embora, eu não quero você como pai! Eu tenho um pai e ele está morto!
- Escute bem moleque, você querendo ou não eu sou seu pai... – Scorpius esbravejou. – Agora responda onde está Rose!
- Eu não vou responder bosta nenhuma! – Jay encarou o homem com raiva.
- Uau! CorCor ele é mais marrento do que você! – Jason falara animado desabando no sofá ao lado de Hugo e Jackie.
- Jay, é de suma importância o que Scorpius te pergunta... – Alvo falara sério. – Sua mãe pode estar correndo perigo.
Jay abriu a boca categoricamente, Alvo o olhava com uma expressão séria. O menino dera-se por vencido, se sua mãe corria perigo ele iria ajuda-la.
- Ela foi comprar ovos e leite para fazer panquecas... – Sussurrara o menino olhando para os próprios pés.
- Ótimo! Eu adoooro panquecas! – Jason falara animado no sofá enquanto fazia cócegas em Jackie.
- E onde ela foi comprar? – Perguntou Alvo.
- Na padaria da dona Marrie, a duas quadras daqui...
Antes que Jay terminasse de falar Scorpius já havia aparatado, Alvo olhou perplexo para o lugar onde anteriormente o loiro estava e voltou a olhar para Jay que parecia um tanto quanto assustado.
Rose corria por uma rua escura, acabara por derrubar o leite e os ovos no meio de sua corrida, seu medo era tanto que ela não conseguia aparatar e ainda por cima havia esquecido a varinha em casa. Maldita hora em que ela decidira comprar leite e ovos.
- Não corra Rosie... Querida, você não pode fugir de mim... – Uma voz ardilosa ecoava atrás da mulher.
A ruiva tropeçara nos próprios pés acabando por entrar numa rua sem saída, parou desesperada frente ao imenso muro não crendo que morreria ali, pensara em seus filhos que a aguardavam no hotel e sentiu-se uma idiota por completo por não ter seguido as palavras de Harry.
- Está tão bela... – Morbius surgira da escuridão segurando uma varinha.
Rose notou que ele não possuía um dos braços, o rosto do homem estava com várias e feias cicatrizes e ele possuía um olho de vidro, a pele de Morbius estava pálida e medonha, ela notou pelo pescoço a mostra já que o resto de seu corpo era coberto por roupas negras.
- Me deixe em paz! – urrou a mulher.
- Não vê o quão grandes podemos ser Rose? Você pode liderar, pode ser minha rainha!
- Que tal você ser a minha rainha Morbius? – Uma voz arrastada invadira o beco.
Morbius virara-se furioso para trás, Scorpius possuía um sorriso canalha no rosto e logo lançou um feitiço no ex-sonserino que fora desviado agilmente. Morbius logo postou-se atrás de Rose e a segurou contra seu corpo, Scorpius não se mexeu, sabia que qualquer vacilada que desse, custaria a vida da ruiva.
- Scorpius... – A ruiva murmurou deixando escorrer uma fina lágrima de seus olhos.
- Não esquenta Rose, vou te tirar daí e matar esse filho da puta! – Scorpius falara sério dando dois passos para frente.
- Oh oh oh! Pode parar Malfoy! – Morbius colava a varinha no pescoço da ruiva com mais força. – Não quer ver nossa amada Ruiva morrer como Weiss a anos atrás não é?
Scorpius parou de andar e engoliu em seco.
- Bom, bom... – Morbius sorriu malicioso dando um beijo na bochecha de Rose.
- Me perdoe... – A ruiva falou fazendo Scorpius arregalar os olhos. – Eu sempre te amei... Me perdoe...
- Rose... – Scorpius apertava a própria varinha nas mãos.
- Cuide dos meus filhos... – A ruiva gaguejara.
Antes que Scorpius pudesse tomar qualquer atitude, uma gargalhada de Morbius tomou o beco escuro e ele desapareceu de lá com Rose. Scorpius berrou, um berro de puro desespero não podendo crer que a perdera.
Jay andava de um lado para o outro, James estava sentado na bancada e Hugo havia levado Jackie para dormir em um dos quartos, Jason olhava impaciente para o pequeno loirinho que não parava de andar em círculos.
- Cara será que essa coisa de ser irritante passa pelo sangue? – Indagou Jason olhando Alvo que rira de canto. – Até nisso ele consegue ser irritante como Scorpius! Ô filhote de Malfoy, dá para parar de andar? ‘Tá cansando minhas vistas!
- Vai pro inferno! – Rosnou Jay voltando a andar.
- ‘Tá vendo! Filho de Malfoy, Malfoyzinho é! – Jason rolava os olhos.
A porta da sala então fora aberta. Jay parara de andar para fitar Scorpius que possuía o rosto marcado por lágrimas, Jason levantou-se com tudo do sofá assim como Alvo.
- ONDE ELA ESTÁ? CADÊ MINHA MÃE? – Urrara o pequeno.
- Morbius a levou, eu não... Eu não pude fazer nada... – Scorpius desabara numa cadeira da bancada esfregando o rosto.
- Não... – Sussurrou Jay desolado.
- Como assim ele a levou cara? – Jason perguntava perplexo, mas não obteve resposta.
Scorpius dirigiu-se até Jay e o abraçou com força, o loirinho chorava compulsivamente no ombro do pai biológico. Alvo respirou fundo e Jason coçou a cabeça, a situação estava critica.
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Comentários (1)
ah mais q inferno....:/.. olha morbius vc vai morre cara...escuta oq eu to falando...scorpius eo filho sao fofos juntos...mas eu sinto falta do james como pai e na historuia...james.S2.. amei o capitulo...parabens..\0/
2012-08-25