A vida na Romênia
N/a: Gente eu queria agradecer aos comentários do fundo do meu coração! A fic só progride por conta de vocês! Obrigada mesmo! Aos leitores da FB que quiserem me add no msn, o msn é [email protected] e aos leitores do Fanfiction, o e-mail não aparece no site, então quem quiser me add no msn, deixe o msn no meu orkut, que é o Cris Vaz, é a primeira loira que aparece na parte dos usuários ok? Beijos imenso a todos e mais uma vez muito obrigada.
- Agüenta firme Rose! – Falara James num tom desesperado a mulher.
- O que pensa que eu estou fazendo? Jogando xadrez bruxo? – Retrucou a ruiva com a face vermelha respirando pesadamente enquanto segurava a barriga.
- Realmente é incrível como seu humor fica negro nessas situações... – O ruivo rolou os olhos deitando a esposa na cama de casal.
Sete meses haviam se passado desde que Rose e James mudaram-se para a Romênia, por incrível que parecesse Rose não desejava estar em nenhum lugar além daquele com James. Este estava ganhando uma boa quantia em galeões trabalhando como domador de dragões, é claro que ás vezes surgia com vários ferimentos que lhe deram boas cicatrizes nos braços, mas era como ele dizia, as cicatrizes só o deixavam mais sexy do que já era. Rose acabara por aceitar um trabalho no Ministério da Romênia como executora de leis mágicas, um trabalho parecido com o de sua mãe, mas com um salário um pouco menor.
A vida na Romênia era tranqüila e boa, a casa em que moravam ficava numa pequena aldeia chamada Via Crucis onde havia muitas famílias e crianças. Lidar com James era fácil e ele demonstrava-se sempre um marido bondoso e atencioso e com isso os meses passaram-se rapidamente e logo Rose estava enorme.
- Madalene já está chegando Rose... – O ruivo falava tentando acalmar a esposa.
- James Sirius Potter se essa mulher não chegar logo eu juro que eu... – Rose falara dentre os dentes segurando o colarinho do marido que sorria amarelo.
- Chegando! – Uma senhora de cabelos brancos presos num coque muito bem delineado, olhos verdes escuros, trajada inteiramente de azul claro surgia com um imenso sorriso.
Entretanto o sorriso da senhora logo desfizera ao ver o que a bela ruiva grávida fazia com o marido que no momento parecia temer que sua amada esposa fosse cometer um homicídio.
- Sra. Madalene, uma ajudinha aqui... – Implorava James soltando a mão da esposa de seu colarinho.
- Oh pobre garota! – A senhora aproximava-se da cama e conjurava uma bacia com água fria e um pequeno pano que ela colocou delicadamente na testa da ruiva.
- Esse pano não está diminuindo a dor! – Rose falara mais uma vez dentre os dentes.
James girou os olhos e segurou a mão da esposa, Madalene sorriu levemente e foi para frente da garota abrindo suas pernas e retirando a calcinha.
- Bem, pelo que vejo já entrou em trabalho de parto, usar feitiços para evitar a dor poderia arriscar a sua vida e a do bebê... – Falara a medibruxa.
- COMO É QUE É? – Berrara James e Rose ao mesmo tempo.
- A senhorita precisa fazer força Srta. Potter, para que o bebê nasça...
- Vamos Rose, você consegue... – James a olhava incentivador.
Rose mordera o lábio inferior e apertara a mão de James firmemente que fizera uma cara um tanto cômica de dor, a ruiva fazia o máximo de força possível sobre os gritos de incentivos da Sra.Madalene, entretanto logo relaxava, o corpo da ruiva estava suado, suas bochechas avermelhadas e os olhos febris.
- Não dá, eu não consigo, não dá! – Ela falara chorosa olhando para James.
- Dá sim, você consegue vamos!
- Deixe o bebê aqui dentro mesmo, ele não quer sair! Deixa ele... – Chorava a ruiva.
- A senhorita é forte, vamos! Você consegue! – Madalene incentivava mais uma vez. – Vamos Srta.Potter! Vamos!
- Vai Rose... – James sorria confiante. – Eu estou aqui, sei que consegue.
Rose mordera mais uma vez o lábio e apertara a mão do marido, fazendo uma força descomunal sentiu algo deixar seu corpo e logo um choro de bebê invadiu todo aquele quarto, James sorria abertamente e Rose mesmo em seu estado febril e exausto fazia o mesmo sentindo-se vitoriosa.
Madalene apanhou a criança e logo a limpou e a colocou em roupas quentinhas, em seguida levando carinhosamente para os braços da mãe e do pai que possuíam sorrisos bobos na face.
- Parabéns... – Madalene sorria gentil. – É um lindo menino.
- Um menino! – Comemorou James. – Eu disse Rose! Eu disse que seria um menino!
Rose confortara o pequeno pacotinho em seus braços, ele a olhava com curiosidade com os olhinhos azuis marinhos assim como os seus, Rose sorriu e beijou a testa do pequeno deparando-se com os cabelos loirinhos.
- Oi Jason, eu sou sua mãe... – Rose sorria abertamente.
- Jason? – Madalene indagava.
- Sim, Jason Luke Potter, optamos por esse nome se fosse um menino... – James falava já colocando-se ao lado da esposa. – Olá Jay! Eu sou seu pai, eu sei que deve estar pensando assim “Cara como meu pai é um gato”, mas não se preocupe quando crescer será tão gato quanto eu!
- James como é bobo! – Gargalhara Rose junto de Madalene.
- E se fosse menina? Qual seria o nome? – Perguntava a bondosa senhora colocando-se ao lado do casal e admirando o belo bebê.
- Jackie Loisi Potter. – Falara Rose risonha. – Mas pelo visto temos um belo Jason aqui...
- Sim é verdade, um lindo bebê! Não teve os cabelos ruivos do casal, mas ainda sim belo...
- É... – James sorria abertamente. – E ele vai aprender a jogar quadribol e a domar dragões com o pai!
- Não ouse levar meu filho perto dos dragões James! – Bradara Rose arrancando gargalhadas de Madalene e do marido.
- Podemos discutir isso depois querida... – Ele pisava maroto. – Vou mandar um patrono a nossas famílias anunciando que Jay nasceu!
Madalene sorriu junto de Rose e ambas viram o rapaz desaparecer pela porta do quarto, ambas trocaram olhares carinhosos e voltaram a encarar Jason que já havia pegado no sono no colo da mãe.
- O Sr. Potter é um bom marido. – Comentou a senhora.
- O melhor...- Rose sorria abertamente. – Não imagino alguém melhor para ser pai de meus filhos...
Scorpius havia acabado de chegar na mansão Potter, a cada mês que passava Morbius parecia conseguir mais aliados, principalmente agora que matara o pai e assumira o controle dos comensais. Morbius havia ficado mais cruel e sanguinário após a descoberta do casamento de Rose, parecia não se conformar com nada daquilo.
O loiro estava na sala de estar conversando com Harry, Alvo, Hugo e Rony, ambos conversando sobre as batalhas e como poderiam aproximar-se mais do inimigo, quando um patrono em forma de cachorro adentrou pela janela. Os quatro homens deram um salto de susto para trás, ás mulheres que estavam na cozinha correram com o barulho a ponto de ver a boca do cachorro se abrir e este se pronunciar com a voz de James.
- Rose teve o bebê! Um lindo menino! Chama-se Jason Luke Potter! Como prometi, os mantive informados!
Em seguida o patrono desapareceu, Hermione deu um grito de alegria abraçando Rony, Hugo e Lílian dançavam pela casa cantarolando que haviam virado tios, Gina e Harry se abraçavam e Alvo pulava empolgado. Scorpius mantinha-se sério no sofá, não conseguia compartilhar daquela alegria. Saber que Rose havia ganhado um filho que não era seu era por demais perturbador.
- Bem eu vou me retirar... – Anuncio o loiro subindo as escadas.
Alvo apenas consentiu com a cabeça e logo voltou a comemorar com a família, Rony logo mandara um patrono para seus pais que tratariam de avisar o resto da família.
- Precisamos ir a Romênia! – Exclamara Gina exaltada. – Eu tenho o DEVER de conhecer meu neto!
- Vamos por chave de portal amanhã cedo! Assim voltamos a noite... – Falara Harry risonho. – Será bom para relaxarmos pelo menos por um dia, creio que Scorpius poderá cuidar da Ordem da Fênix por um dia...
- Eu virei tio! Eu virei! Eu virei tio! Eu virei! – Hugo cantarolava dançando com Lílian.
A visita dos familiares de Rose e James na Romênia fora por demais proveitosa, todos pareciam extasiados com o pequeno Jason e com seus sorrisos singelos. Uma visita que durou pouco, mas fora o suficiente para matar um pouco da saudade. Harry parecera impressionado com a maturidade do filho e como a casa do mesmo estava em ordem e o quarto do bebê bem decorado. Comeram, riram, divertiram-se e no final do dia eles foram embora.
Cinco anos passaram-se desde então, a guerra na Inglaterra ainda continuava árdua e dura, James não ameaçava colocar os pés na Londres Bruxa com sua família e Rose apoiava a decisão do marido em não colocar a família em risco. A vida deles seguia tranqüila e logo Rose engravidara novamente.
- JASON LUKE POTTER! – Berrara Rose da janela da cozinha.
- Ops... – Um pequeno garotinho de seus cinco anos murmurara com os olhos arregalados.
Jason possuía cabelos loiros caindo displicentemente sobre os grandes orbes azuis marinhos, possuía um sorriso maroto nos lábios e uma simpatia que o fazia ser conhecido por toda a região.
O garotinho olhou por cima dos ombros vendo a mãe sair de dentro de casa e aparecer na soleira, possuía uma imensa barriga de gravidez e fitava o filho com fúria, Jason apenas sorriu amarelo e virou-se para a mãe todo sujo de terra.
- O que eu falei sobre atazanar os filhotes de Rabo Córneo? – Bradara a ruiva.
- Ah mãe qual é? – O menininho franzia o cenho dando um passo para o lado mostrando uma pequena gaiola com dois filhotes de dragão.
- Jason eu já falei! Esses filhotes estão machucados, precisam de repouso! Por Merlim!
- Não é porque estão machucados que não precisam de diversão. –Emburrava o garotinho. – A senhora anda muito nervosa depois que ficou gorda sabia?
- COMO É QUE É? – Berrou a ruiva.
Jason tampou os ouvidos com as mãos, sabia que havia falado de mais e certamente sua mãe gritaria em sua cabeça durante no mínimo duas horas inteiras, fechou os olhos firmemente rezando para que algo lhe salvasse.
- Rose?! Jay? Onde estão? – Uma voz ecoara dentro da casa.
- Salvo pelo gongo! – Felicitou o loirinho. – Ou melhor, pelo pai!
- Não pense que se safou Jason! – Rose lançara um olhar reprovador ao filho.
- Hey! O que fazem aqui fora?
James sorria abertamente surgindo pela porta, os cabelos grandes amarrados num rabo de cavalo baixo e ás roupas negras com uma jaqueta de couro e calça jeans um pouco chamuscada, deu um beijo leve nos lábios da esposa e sorriu para o filho que o abraçara firmemente. Rose acariciou levemente a têmpora, seus cabelos estavam um pouco maiores e menos ondulados do que há cinco anos atrás e por mais que estivesse enormemente gorda por conta de outra gravidez, não estava menos bela.
- James, seu filho estava atazanando novamente os dragões e ainda por cima me chamou de gorda! – Rose falara severa.
- Jason! – James colocava o filho no chão e o olhava reprovador. – Já disse, pare de implicar com os dragões! E sua mãe está gorda assim por conta da gravidez, não precisa ficar lembrando...
- JAMES! – Rose dava um tapa no braço do marido que gargalhava.
- Tá vendo mãe! Papai concorda comigo, a senhora tá IMENSA! – O menininho gargalhava junto do pai.
- Eu não estou tão imensa assim estou? – Ela perguntara em tom chateado.
- Está linda querida! – James a beijava na bochecha.
- É mãe, quando esse troço sair de dentro de você, você volta ao normal!
- Não chame o seu irmão ou irmã de troço Jason! – Rose rolava os olhos.
- Bem, eu não pedi nenhum irmão ou irmã... Seja lá o que isso for... Gostava de ser filho único!
- Ok, já chega senhor mimado! Vá para o banho já! O jantar nessa casa é as sete e não vamos o atrasar por sua causa! – Rose sorria empurrando o filho para dentro de casa.
James ficou do lado de fora escutando Rose brigar com o pequeno Jason para tomar banho direito e rápido, o ruivo olhou ás estrelas e sorriu, sua vida era boa e podia jurar que era perfeita. Tinha tudo o que queria, uma esposa que amava, um filho egocêntrico e brincalhão e estava preste a ter outro filho, um que teria seu sangue.
- Ás vezes acho que ele é inteligente demais para apenas cinco anos... – Rose sorria saindo da casa e colocando-se ao lado do marido.
- Puxou o cérebro da mãe! – James sorria e abraçava a esposa por trás. – Sabe querida você me parece muito um Kinder Ovo...
- Ah não começa James! – Rose sorria abertamente.
- Verdade! – Ele gargalhava. – Rosemarie, Rosemarie...
- Novamente o apelido!
- Sabe que sempre te chamarei assim até quando formos velhinhos de bengala! – James sorriu ao ver a mulher gargalhar. – Já pensou que um dia poderíamos ser tão felizes assim?
- Não... – Respondera sincera. – Temos uma vida perfeita não é?
- Põe perfeita nisso... – O ruivo aproximava-se colando os lábios aos da esposa.
- HEY! ARRUMEM UM QUARTO! HÁ UMA CRIANÇA NO RESSINTO! – Uma voz ecoava atrás do casal.
- Quem não quer ver estrelas não olha pro céu! – Retrucara James risonho.
- Tomou banho direito Jason? – Rose olhava para o filho que fazia cara de anjo.
- Aposto um galeão que ele não tomou banho! – James sorria maroto.
Jason correu para dentro da casa, Rose o seguiu junto de James, ás gargalhadas invadiam a casa dos Potter’s na Romênia.
Inglaterra
- EU NÃO ACREDITO QUE AQUELE FILHO DA PUTA ESCAPOU MAIS UMA VEZ!
Um berro ecoara numa casa aparentemente abandonada, um rapaz de cabelos loiros curtos alto, com a barba por fazer, olhos azuis acinzentados dava um belo murro na mesa. Ao seu lado um rapaz de olhos verdes e cabelos negros bagunçados um pouco mais baixo parecia tão indignado quanto.
- Morbius já está cercado, e mesmo assim não se rende! – Desabafara o moreno. – Raios será que ele não vê que está sem saídas?
- Não se iluda Alvo, a guerra está longe de acabar! Eu daria uns três anos para ela acabar... – Scorpius respondia sincero desabando em uma cadeira.
- Concordo com Scorpius... – Um rapaz alto, forte de cabelos ruivos e olhos castanhos falava sério. – Ás defesas dos comensais são fortes, tentamos invadir várias vezes, mas foi em vão, Lily disse que a ala norte só obteve sucesso por pura sorte!
- Está vendo? Até a anta do Hugo concorda comigo! – Scorpius sorria de canto fazendo muitos membros da ordem ali presentes gargalharem.
- E o plano para Azkaban? – Uma garota bela ruiva perguntara esperançosa. – Minha mãe não agüenta mais a prisão!
- Nós sabemos Lily... – Alvo franzia o cenho. – Vamos tirar a mamãe de lá ainda essa semana, assim como todos que foram presos injustamente!
- Dizem que invadir Azkaban é impossível! – Um rapaz falara de um canto.
- Oras, também diziam que era impossível invadir o Grinotes e eu, Rony e Hermione o invadimos! – Harry falava sentando em uma confortável poltrona.
- O plano é perfeito! – Scorpius começava. – Temos tudo o que precisamos, será uma façanha e tanto!
- Acho melhor todos nós irmos descansar um pouco... – Alvo falava sério. – Precisamos estar fortes para a invasão. Considerem a reunião encerrada.
Todos os membros da Ordem logo concordaram, Harry sorriu para o filho e para Scorpius, Lílian e Hugo já haviam deixado a sala. Harry levantou-se e caminhou até os dois jovens que analisavam prontamente um mapa de Azkaban.
- Vocês dois tornaram-se bons lideres... – Elogiava Harry.
- Obrigado senhor. – Scorpius agradecia com um leve sorriso.
- Pai, James poderia vir nos ajudar, ele é bom em duelos e...
- Seu irmão vai ser pai pela segunda vez Alvo, sei que parece egoísta da parte dele, mas ele tem uma família agora...
- Só acho que quanto mais reforço melhor... – O jovem falara cansado.
- Sei que sim... – Harry sorria. – Não trabalhem até muito tarde e sigam os próprios conselhos, descansem, temos que estar preparados para a invasão.
Harry deixara a sala, Alvo podia ver o desespero de seu pai em resgatar sua mãe, a cada dia que se passava a Ordem ficava mais forte e a esperança renascia nos corações daqueles que lutavam por um bem maior.
Os dois rapazes continuaram estudando ás estratégias, a invasão a Azkaban deveria ser perfeita, sequer notaram que logo o dia começara amanhecer. Scorpius acariciara a têmpora e se largara num sofá, possuía uma aparência velha e cansada assim como Alvo. O moreno logo largou-se ao lado do amigo e bufou esfregando os orbes verdes.
- Quando essa guerra toda acabar eu tirarei longas férias! – Declarara Al.
- Seremos dois então...
- Cara você precisa de Férias e de uma namorada! Há cinco anos não te vejo com nenhuma garota...
- Ótimo agora receberei conselhos amorosos de um Potter! – Debochara Scorpius levantando-se e caminhando até a janela.
- Somos amigos Scorpius... – Alvo falava ainda sentado olhando fixamente o rapaz. – Temos nossas diferenças, mas somos amigos e quando eu ver que você está prestes a cair num abismo eu vou segurar sua mão!
- Eu deveria te abraçar após esse comentário? – O loiro o olhava com deboche por cima dos ombros.
- Deveria me escutar! – O moreno levantava-se impaciente e passava ás mãos pelos cabelos. – Rose não vai voltar cara! Ela se casou, se mudou e teve filhos ok? Pare de esperar que algum milagre aconteça e a faça voltar para você!
- ACHA QUE EU NÃO SEI DISSO? – Berrara Scorpius nervoso. – ACHA QUE EU NÃO SEI QUE ELA ESTÁ BEM COM SEU IRMÃO? POIS EU SEI DISSO ALVO E ACREDITE EU NÃO ESTOU A ESPERANDO! SABE POR QUÊ? PORQUE SIMPLESMENTE EU SEI QUE ELA NÃO VEM!
Alvo respirou pesado, Scorpius saíra nervoso da sala batendo a porta prontamente. O moreno passou ás mãos pelos cabelos negros mais uma vez e largou-se novamente no sofá, tudo o que não precisaria no momento era brigar com Scorpius horas antes de uma missão ser realizada.
Jamais pensaram que um dia entrariam ali, todos os membros da Ordem estavam sérios e atentos, nada poderia dar errado, nada poderia sair dos eixos. Todos deveriam estar calmos e concentrados.
- Aqui estamos nós... – Hugo falava assombrado vendo os Dementadores.
- Lílian, você vai entrar como visitante já está com a varinha extra? – Perguntara Scorpius.
- Sim! Bem escondida na minha bota! – A ruiva sorria abertamente apontando para ás botas de cano alto negras.
- Assim que entrar envie um patrono ok? – Alvo falava sério. – A equipe do Jordan está nos túneis abaixo da prisão, as 15:35 ele e os outros invadirão, Scorpius já estará adentrando a prisão e derrubando o guarda, vamos soltar o máximo de prisioneiros que pudermos!
- Estão todos cientes da missão e do risco não é? – Perguntara Scorpius ao resto dos membros, todos concordaram com a cabeça e engoliram em seco. – Ótimo, rezemos para não morremos...
Lílian corria pelos corredores sujos da prisão, seus cabelos ruivos lisos presos num rabo de cavalo balançavam de um lado para o outro, só havia alguns minutos para executar a missão e soltar os presos de Azkaban, parou frente uma enorme cela e sorriu levemente retirando das botas de cano alto uma varinha.
- Expectro Patronum! – Berrara a ruiva.
Um imenso coala saíra de dentro da varinha da garota logo todos os dementadores que sobrevoavam a prisão e se arrastavam nos corredores, começaram a se afastar. Aquele era o sinal para que Jordan adentrasse e Scorpius, Alvo e Hugo invadissem.
Não tardara nem dois minutos até várias explosões serem ouvidas e os carcereiros começarem a entrar em duelo com os Membros da Ordem da Fênix, Lílian sorriu arteira correndo pelas celas e lançando feitiços para abri-las, os presos saíram correndo das mesmas sorrindo com os dentes amarelados muitos deles ainda não haviam enlouquecido.
- Corram até a Ala Leste! A Equipe de Jordan os aguarda com varinhas! – Berrou a ruiva correndo para a longe a fim de libertar mais pessoas.
Scorpius corria pelos corredores lançando feitiços, virava a cabeça de um lado para o outro a fim de achar seu pai, aquela situação era desesperadora e ele sabia que logo vários homens comandados por Morbius entraria ali.
- Scorpius! – Uma voz séria o chamou do final do corredor.
Draco Malfoy parecia vinte anos mais velho, os cabelos loiros brancos agora estavam mais brancos do que nunca assim como sua pele suja, os dentes amarelados e os olhos cinzas sem nem um brilho. Scorpius sorriu, o pai do mesmo segurava-se nas barras da grade que o separava do filho e só se afastou quando Scorpius apontou a varinha e abriu a mesma.
- Demorou cinco anos. – Resmungara Draco dando um leve abraço no garoto.
- Ainda reclama! – Rira o rapaz. – Se estiver achando ruim você poderia voltar para aí dentro...
- Creio que não seja tão ruim assim sua demora. – Draco falara indiferente olhando o rapaz.
- Acho que isso te pertence pai... – O loiro erguia a varinha que fora aceitada de bom grado.
- Bem, agora terei que dar uma lição nos malditos...
- Sinta-se à vontade!
Draco apenas sorriu e saiu correndo, Scorpius ia atrás do pai até escutar alguém lhe chamando, Draco continuara a correr e a lançar patronos, entretanto Scorpius parecia mais a fim de saber quem estava lhe chamando constantemente, fora quando vira uma cela obscura, talvez a única cela sem janela dali. Uma anciã de cabelos muito brancos estava sentada encostada na parede suja da cela, Scorpius franziu o cenho e abriu a cela aproximando-se da mulher que aparentemente não conseguia levantar-se do chão imundo.
- A senhora não consegue andar? – Perguntou.
- Estou fraca por estar a mais de cinqüenta anos aqui... Digamos que os Dementadores como não conseguiram me levar a insanidade, apenas me enfraqueceram...
- Vem... – O rapaz se curvava para a senhora. – Sobe, eu levo você.
A senhora sorriu levemente com a boca quase sem dentes, em seguida subindo nas costas do rapaz que a segurou firmemente e correu com ela dali, nenhum preso ficaria em Azkaban.
O lado de fora da prisão estava um caos, dementadores, membros da ordem, carcereiros, comensais e... Morbius. Scorpius pode avistar de longe a silhueta do homem, olhou para a senhora com compaixão, não poderia a deixar ali, sua vingança teria de ficar para depois. A velha senhora parecera perceber o olhar magoado do rapaz, mas nada falou.
- SCORPIUS PRECISAMOS SAIR DAQUI! – Berrara um rapaz moreno de olhos verdes.
- Harry Potter? – A velha indagava.
- Filho dele, Alvo Potter! – Scorpius respondera com um leve sorriso. – VAMOS EMBORA ENTÃO! BATER EM RETIRADA!!!
Ao escutarem o berro todos presentes pareceram aparatar, menos os carcereiros, comensais e dementadores. A última coisa que pode se ouvir ali era o berro de Morbius, um berro contido de fúria e desagrado, perguntando o motivo deles terem conseguido escapar mesmo ali sendo um lugar impossível para isto.
A Floresta Obscura no norte da Londres Bruxa logo foi habitada por várias pessoas, os Membros da Ordem tentavam socorrer os feridos na batalha de Azkaban e ajudar os fugitivos, toda floresta havia recebido a proteção adequada para que nenhum ser das trevas a invadisse enquanto ás pessoas não estivessem devidamente preparadas para uma outra batalha.
- Obrigada meu jovem... – A senhora falara docemente há Scorpius.
- Fiz apenas meu trabalho senhora. – O rapaz respondera a colocando sentada sobre uma imensa pedra e começando a curar os leves ferimentos da mesma com a varinha. – Precisamos manda-la para a sua família o quanto antes, os que não podem lutar devem manter-se protegidos...
- Entendo, entretanto eu não possuo família... – Ela respondera num tom magoado.
- Isso é um problema... – Scorpius a olhava nos olhos. – Sou Scorpius Malfoy.
- Joanne Kimbledon. Acho que posso ser útil nesta batalha Sr.Malfoy.
- E por que acredita nisto?
- Por que eu fui trancafiada em Azkaban por conhecer poções e feitiços que o Ministério considerava perigoso por demais.
- Que tipo de poções e feitiços a senhora está falando? – Interessava-se o loiro terminando de fechar um ferimento da perna da senhora.
- Os únicos que são restritos para os bruxos e são escondidos em Hogwarts e na Ala Proibida do Ministério.
Os olhos azuis do loiro se arregalaram e um pequeno sorriso nasceu em seus lábios, talvez Joanne Kimbledon fosse ser mais útil do que ele imaginava.
Quatro anos se passaram desde a invasão em Azkaban, Joanne Kimbledon ajudava a Ordem em tempo integral se demonstrando uma grande ajudante, a senhora também havia conseguido uma boa amizade com Scorpius, tendo conversas longas com o jovem que sempre parecia ser tão fechado para o mundo.
Em quanto isto na Romênia, Rose e James viviam uma vida tranqüila ao lado dos filhos, o pequeno Jason que já estava com seus nove anos e a caçula Jackie que possuía os cabelos tão ruivos quanto os da mãe com apenas quatro anos. Tudo parecia estar no lugar para eles e Rose não queria que aquilo mudasse jamais.
O inverno havia chegado como nunca na Londres Bruxa, a neve estava alta e o frio cortante, alguém andava com uma capa negra pelo cemitério bruxo principal, olhando atentamente para as lápides parecendo a fim de encontrar alguma em particular. Parou apenas de andar quando encontrara uma jovem lápide com algumas flores congeladas, a pessoa abaixara-se retirando o capuz da capa negra que impedia de ver seu rosto, revelando-se Joanne. A velha senhora passou levemente a mão pela lápide e sorriu de canto ao lê-la em voz alta.
- Jason Morgan Weiss – 2006 – 2024. Bom filho e amigo. Alegria em pessoa.
Joanne sorriu mais uma vez, mas dessa vez um imenso sorriso que mostrava todos os novos dentes que possuía na boca.
James andava de um lado para o outro na sala de sua casa segurando firmemente um envelope e um papel, seus olhos pareciam ter perdido o foco e sua mente não parecia muito presente no momento. Ele só parou de andar quando escutara a porta da sala se abrir e uma garotinha ruiva entrar correndo pela mesma e jogar-se em seus braços.
- PAPAI!!! – Gritou a pequena.
- Olá Srta. Jackie! – O homem sorria forçado encarando a pequena e logo vendo Rose adentrar a casa segurando várias sacolas de compras junto do pequeno Jay.
Era engraçado de se ver o quanto Jay possuía características de um Malfoy, os cabelos do garotinho eram muito loiros e sedosos, olhos azuis marinhos herdados da mãe. Jay era Scorpius, e por mais que James tentasse superar tal fato não conseguia. Já a pequena Jackie era a cara de Rose.
- A senhorita parece que teve um bom dia não é?
- Sim, sim! Mamãe comprou um monte de doces! Foi um bom dia! – Rira a menininha quando o pai a colocava no chão.
- Põe bom dia nisso! – Falara Jay saindo da cozinha com as mãos livres. – Ela correu pelo super mercado, e adivinha quem teve que ir atrás?
- Deixe-me pensar... – James sorria de canto. – Você?
- Bingo! – Resmungara o menino.
- Ora Jay, pare de reclamar... – Rose surgia rolando os olhos e beijando levemente os lábios do marido. – E que eu saiba você tem um dever de casa para fazer não é?
- Argh! Não sei porque insistem em me colocar nessa escola de trouxas!
- Ano que vem você sai de lá Jay! Relaxa! – Rira James.
- Relaxar? Ora papai! Não é você quem agüenta aqueles trouxas lhe culpando por tudo que acontece! - Reclamava o loiro subindo ás escadas.
- Bem... Talvez eles não o acusassem se a culpa não fosse realmente dele... – James gargalhara olhando para a esposa e filha.
Rose apenas sorrira pegando a pequena Jackie no colo e dando um beijo estalado na bochecha da menininha que gargalhara, James olhara tudo aquilo com tanto carinho e afeição e não conseguira falar nada, apenas admirar a boa mãe que Rose era naquele momento.
- Algum problema querido? – Perguntou ao colocar Jackie no chão e vê-la começar a brincar com o gato da família.
- Recebi uma carta esta manhã de meu pai... – James respondera demonstrando sua frustração e desabando no sofá.
- E? – Rose sentava-se ao lado do homem segurando em sua mão.
- Morbius marcou uma batalha final, como se isso fosse resolver tudo...
- E o que isso tem haver com a nossa família?
- Rose eu... Eu me mantive afastado por muito tempo, eu não estive lá quando minha mãe foi mandada injustamente para Azkaban...
- Acha então que está na hora de voltarmos? – Indagou a ruiva séria.
- Acho que eu devo voltar e me unir ao meu pai, e retornar para cá quando a última batalha ter acabado.
- James! Eu não vou permitir que você vá sozinho! – Bradara a mulher.
- Temos filhos agora Rose... – O homem olhava atentamente Jackie quase estrangulando o gato preto. – Jackie deixe o Sr. Prongs em paz!
- Sim papai! – Rira a menininha soltando o gato que fugira o mais depressa possível deixando-a a pequenina emburrada.
- Nós deixamos essa guerra de lado por nove longos anos! – Rose levantava-se séria. – Por que temos que inclui-la em nossa vida agora James? Justamente agora?
- Por que eu jamais me perdoarei se alguém de minha família morrer lá e eu não estiver presente para pelo menos tentar protege-los Rose... Eu amo você e nossos filhos e por isso os quero aqui em segurança.
- Isso é egoísmo James! – A ruiva falara em tom magoado pegando Jackie no colo e indo em passos rápidos para a cozinha.
James esfregara o rosto com ás mãos, sabia que aquele momento seria difícil, mas não imaginava que seria tanto. Rose deveria entender que aquela era uma decisão coerente, entretanto podia entender o medo da mulher o perde-lo naquela guerra.
- Pai... – Uma voz o fez voltar a si e deparar-se com Jay sentado na escada o olhando.
James levantou-se do sofá e caminhou até o filho sentando-se ao lado dele no degrau da escada.
- Você vai mesmo deixar mamãe, eu e Jackie aqui?
- Não é bem assim Jason... – James suspirava fundo. – Há uma guerra que envolve seus tios e avós, seria hipocrisia de minha parte não estar ao lado deles no ultimo momento da guerra entende?
- Na guerra ás pessoas morrem... – O pequeno olhava fixamente para a parede onde havia um quadro com uma foto de Jackie, Rose, ele e James.
- Escute o que eu vou te dizer Jay. – James virava a face do loirinho para si. – Eu não vou morrer, eu vou para a guerra e vou voltar.
- Promete? – O garotinho franzira o cenho. – Faz a promessa do mindinho?
- Prometo e faço. – James sorrira unindo o mindinho ao do filho.
Jay o abraçou, só Merlim sabia o quanto ele amava aquele menino e o quanto desejava que ele fosse seu filho de sangue assim como Jackie. Não soube quanto tempo ficou ali ao lado do filho, mas foi tempo suficiente para que ele tomasse uma séria decisão.
Rose adentrara ao quarto e olhou fixamente ao marido que estava retirando as botas sentado em cima da cama. A ruiva não falou nada apenas sentou-se frente a penteadeira e começou a pentear os longos cabelos ruivos ondulados. James levantou-se e caminhou até ela a abraçando por trás, a ruiva engoliu em seco e logo chorou. Chorou por medo e frustração.
- Hey, não chore... – James a virava para si falando numa voz aveludada. – Eu vou mais eu volto.
- Eu... Eu temo James, por você, nossa família, meus pais, meu irmão... Por que tudo isso acontece me diz?
- Eu não sei te responder Rosemarie... – O homem a segurava pelo queixo. – Mas escute o que eu digo, eu vou partir daqui a dois dias para Londres e eu retorno. Eu jamais abandonaria você e as crianças, eu prometi ao Jay que voltaria e eu sempre cumpro as minhas promessas!
O choro de Rose logo virara uma série de soluços sem fim em que ela abraçava firmemente o marido e colocava toda devoção a ele naquele momento. James retribuíra o abraço e beijara a esposa, ele amava demais a sua família, mas existiam coisas que um homem realmente deveria fazer, e ele iria fazer o que devia fazer.
A mala estava pronta e James a segurava firmemente enquanto olhava atento para uma pequena garrafinha d’água, a pequena Jackie possuía um grande sorriso nos lábios enquanto os olhos do pequeno Jay encontravam-se marejados e Rose debulhando-se em lágrimas.
- Será que a Jackie é a única a ver que eu vou voltar? – Brincara o ruivo.
- Ela é a única a não entender a situação! – Falara Jay.
- Eu entendo sim Jayjay! – Retrucara a pequena emburrando.
- Eu disse que volto, por favor, parem com esse drama!
- Mande uma coruja por dia! Quero o máximo de noticias possível... – Rose abraçava firmemente o marido e o beijava nos lábios.
- Mando até vinte se isso a deixar contente! – Sorrira levemente James.
- Boa sorte pai. – Jay abraçava o pai com força e logo o vira abraçando sua pequena irmãzinha.
- Adeus a todos! – James sorrira segurando a garrafinha e partindo logo dali antes que não conseguisse.
Tudo girou e logo ele encontrava-se na sala de uma casa e vira seus irmãos e pais, todos o aguardando com sorrisos carinhosos nos lábios.
Scorpius estava em seu quarto, crer que James Potter havia voltado para a batalha era no mínimo revoltante. O covarde que roubara a “sua” garota e não duelara uma vez se quer na guerra voltava para a guerra final. O loiro resmungara vários xingamentos e só os cessara quando alguém bateu na porta.
- Entra. – Falara num tom nervoso.
A porta logo abrira-se e a visão de Joanne o fez sentar-se na cama e olha-la curioso.
- Pensei que estava em uma reunião, há dias tento te achar! – Falara sério.
- Estava fazendo algo para lhe agradecer por estes dois anos Scorpius...
- Me agradecer?
- Me tirou de Azkaban, protegeu-me ao invés de cumprir uma promessa, teve caráter e honra.
- Eu fiz o meu dever Joanne...
- Você também me acolheu e não me fez me sentir uma inútil por completo, no meu final de vida eu só poderia lhe fazer algo grandioso para recompensa-lo.
- Já disse que não precisa... – O loiro levantava-se e caminhava até a senhora.
- COMO ASSIM NÃO PRECISAVA COR COR? – Um berro invadira o quarto e uma pessoa o adentrou em passos largos e duros.
Os olhos Scorpius se arregalaram e sua face embranquecera, sua boca abriu e fechou milhões de vezes, aquilo que ele via não poderia ser verdade, aquilo não era verdade, afinal era impossível.
anúncio
Comentários (1)
eitah...EU NAUM ACREDITO JASOOOOOOOOOOOOON ELE VOLTOU..EHHHHHHHHHHH AGORA TO CHORANDO MAIS D ALEGRIA...AI MINHA VIDA COMEÇOU A FAZER SENTINDO...JASON AMOR ETERNO..S2 amei,amei,amei o capitulo..\0/..indo pro proximo agora msm..
2012-08-25