A Decisão de James



N/A: Gente quem quiser fazer perguntas ou conversar comigo sobre a fic deixa o msn que eu add ok?

OBS: A música inserida na fic é: Did You Ever Love Somebody – Jéssica Simpson



A Decisão De James


Aquela tarde fria na mansão Potter possuía um quê de despedida, algumas malas já estavam postas ao lado da porta e muitos membros da Ordem reuniam-se na sala de estar para uma última reunião antes da partida dos jovens membros. Podia-se escutar os soluços de Gina Potter a cada instrução dada ao seu filho do meio Alvo, ao mesmo tempo em que escutava-se Hermione Weasley segurando firmemente o choro e transparecendo forte com a partida do filho Hugo, num canto mais afastado Sarah Malfoy despedia-se com ternura do filho único Scorpius. Tudo parecia fazer parte de um pesadelo que todos presentes jamais pensaram em participar.

- Não vai subir para se despedir de Rose? – Sarah perguntava num sussurro ao filho.
- Para quê? – Indagava o loiro. – Desde nossa última conversa ela vem me evitado, se quisesse realmente que eu me despedisse dela, talvez teria saído daquele quarto.
- Vocês homens jamais entendem os corações femininos! – A mulher rolava os olhos.
- E vocês mulheres são incapazes de facilitar nossas vidas... – Scorpius sorria de canto dando um leve beijo na testa da mãe. – Mandarei algumas cartas, me mande apenas quando for para a França.
- Devo partir semana que vem... – Sarah olhava para fora da janela vendo o tempo nublado e escuro. – Tome cuidado.
- Não se preocupe.
- Hey! Malfoy! – A voz de Hugo ecoava animada. – Vamos logo antes que esse pessoal nos algeme em nossas próprias camas!
- Bem, é hora de ir... – Scorpius sorria mais uma vez para Sarah. – Até logo mãe.
- Até.

A monarca dos Malfoy’s virou o rosto, não permitiria seu primogênito fitar uma lágrima sua rolar pelas suas bochechas rosadas. Esta só virou o rosto quando escutou o barulho da porta fechar e os soluços de Gina Potter serem abafados pelo abraço caloroso de seu marido.

Ninguém havia notado que no topo da escada uma garota ruiva havia assistido toda a cena em que seu irmão, primo e ex-namorado haviam deixado aquela casa. Virou o corpo e caminhou novamente para dentro de seu quarto, ultimamente não andava sentindo-se muito bem, largou-se na cama e cerrou os olhos azuis marinho, a sensação de mal estar parecia alastrar por todo seu corpo.



Duas semanas haviam se passado após a partida de Scorpius, Alvo e Hugo e Harry Potter estava impaciente, eram raras ás vezes em que se via o salvador do mundo mágico tão nervoso. Andava de um lado para o outro em seu escritório enquanto os olhos de seu filho mais velho o seguia, fora de supetão que Harry dera um belo soco em sua mesa e encarara o filho rebelde com fúria, fazendo James pular da cadeira e logo se recompor.

- Estou desapontando James! – Bradou.
- Jura? Mais uma vez? Por que será que não estou surpreso... – Retrucava o ruivo rolando os olhos.
- Basta de ironias! Enquanto estiver debaixo deste teto terá que conviver com ás regras minhas e de sua mãe!
- Ótimo! – O ruivo erguera-se da cadeira fitando o pai com desgosto. – Me deixe partir para Romênia e não terá que me ver tão cedo!
- VOCÊ ACHA QUE A GUERRA NÃO CHEGARÁ A ROMÊNIA JAMES SIRIUS POTTER?
- Pode chegar ao Alasca! EU NÃO ME IMPORTO!
- MAS EU ME IMPORTO! SABE QUANTAS VIDAS INOCENTES SE PERDEM? SEU IRMÃO, MAIS NOVO DO QUE VOCÊ PARTIU PARA BATALHAR! SUA IRMÃ ESTÁ ESTUDANDO NOVOS FEITIÇOS PARA SE JUNTAR A ELE E...
- E EU COM ISSO? SEMPRE SE TRATOU DE LILIAN E ALVO NÃO É? ESTOU POUCO ME LIXANDO SE ELES SÃO OS PERFEITOS E FAZEM TUDO DA MANEIRA QUE VOCÊ ESPERAVA, EU NÃO SOU ASSIM!

Harry franziu o cenho, o berro de James parecera ressoar pelas quatro paredes do escritório. A face do ruivo estava tão escarlate quanto seus cabelos e seus olhos expressavam todo ressentimento para com o pai. Por um milésimo de segundo Harry sentiu-se o pior pai da face da terra por jamais conseguir compreender o filho.

- Enquanto o senhor achar que todos devem ser como você, jamais poderá conviver pacificamente comigo! Eu quero a minha vida, eu já tenho a minha vida e você querendo ou não eu sou maior de idade e faço o que quiser! Se estou nessa casa até hoje foi para não acabar num rompimento de relações com você e minha mãe, mas acredite pai, se você ousar interferir nas minhas escolhas e não me permitir seguir os meus caminhos terei de romper relações.

Terminando suas palavras sinceras e duras o primogênito dos Potter’s saiu do escritório fazendo menção de bater a porta, Harry abriu a boca levemente, retirou os óculos e esfregou os olhos com as mãos, tudo parecia incrivelmente difícil e perturbador.

- Acho que a casa inteira escutou sua briga com James... – A voz suave de Gina ecoou por todo escritório fazendo o moreno encara-la de maneira cansada. – Deixe-o ir Harry...
- Há uma guerra Gina! – O homem levantou-se nervoso. – Por Merlim ele não é capaz de olhar ao seu redor?
- James nunca foi muito de bancar o herói, ele nunca gostou muito do titulo de nossa família... – A ruiva aproximava-se em passos lentos do marido. – Ele é mais velho e sabe o que quer, deixe-o ir.
- Preciso pensar... – Harry levantava-se e beijava levemente os lábios da esposa. – Dei-me um tempo ok? Apenas... Apenas para tentar me adaptar a idéia.

A ruiva consentiu com a cabeça e fitou o marido sair do escritório, em seguida olhou para um porta retratos em cima da escrivaninha, lá estava James, Alvo, Lily, Gina e Harry, uma foto tirada quando Alvo estava partindo para Hogwarts. Sorriu em ver a foto, foram bons momentos pacíficos aqueles.


James subia a escadaria de sua casa, passou pela porta do quarto da irmã, esta estava aberta e podia-se notar a ruivinha dentro do quarto lendo e fazendo várias anotações. O ruivo sorriu e passou direto, não iria interrompe-la, passou pelo quarto de Alvo, este agora era usado por Rose que saia de lá poucas vezes. James franziu o cenho em notar a porta fechada, batendo levemente na mesma e esperando que alguém abrisse.

- Rose, abra a porta sou eu. – Falou sério.

Não demorou muito até a porta se abrir e a ruiva dar passagem para o primo, que entrou sem cerimônia e a viu fechar levemente a porta, em seguida ela caminhou até a cama e largou-se lá, James a seguiu sentando-se na beirada e a olhando ternamente.

- O que foi Rosemarie? – Perguntou docemente.
- Você sabe como odeio esse apelido não é? – Resmungou a ruiva colocando a cabeça no colo do rapaz.
- Sei que ama... – Ele sorrira levemente. – E então? O que minha Rosemarie tem?
- Acho que fiquei doente... – Ela comentava confortando-se mais.
- Doente? Pelas barbas de Merlim! Isso deve ser um milagre da natureza! Rose Weasley doente!
- Não deboche… Estou mal mesmo… - A ruiva fazia uma careta.
- Posso saber o que tem?
- Enjoada, tontura e dor de cabeça.
- Já falou isso para Tia Hermione? – O ruivo franzia o cenho.
- Todos estão preocupados com a batalha, não ando muito a fim de interrompe-los...
- Mais uma vez a batalha... – James rolava os olhos. – Vem, pegue um casaco, vamos dar uma volta! Você e eu precisamos de ar fresco.

Rose olhou levemente para o primo que já estava de pé e oferecia a mão para ela, sorriu levemente e aceitou-a de bom grado, apanhando apenas um casaco cor de rosa de lá. Ambos saíram da mansão sem serem notados, todos ali presentes pareciam entretidos demais com estratégias para aproximarem-se do novo inimigo.

Andaram por um bom tempo pelas ruas vazias até chegarem num pequeno parquinho, ambos sentaram-se em balanços e balançavam-se levemente, tomando um pouco de ar fresco.

- Brigou mais uma vez com o Tio Harry não foi? – Perguntou Rose.
- E quando é que não brigamos? – Resmungou James. – Papai tem que entender que não sou o Al.
- Bem, se isso te conforta eu vejo claramente que você não é ele... – Rira-se a ruiva.
- Ah obrigado Rosemarie, fico eternamente grato! – O ruivo fazia uma pose pomposa e levantava-se do balanço. – Lembra-se quando vínhamos aqui quando éramos pequenos?
- Como iria esquecer? – A ruiva falava risonha ainda sentada no balanço olhando ao seu redor. – Você fez o Al comer metade da areia daqui dizendo que era o segredo para ele entrar na Grifinória quando fosse mais velho!
- Bons tempos aqueles...- O ruivo a olhava divertido. – Tirando a parte que mamãe me colocou de castigo por uns dois meses.
- Olha! – Rose apontava para uma árvore distante. – Foi ali que você pegou aquele menino trouxa dando um beijo na Lily!
- É... E foi ali mesmo na grama que eu o soquei até ele quase morrer... Como eu disse, bons tempos... – James sorria mais uma vez. – E ali... – Ele apontava para uma sorveteria do outro lado do parquinho. – Foi onde você me agarrou!
- Eu te agarrei? – A ruiva arregalava os orbes. – James! Você que me agarrou!
- Ora que calúnia! Eu só tinha 6 anos! Não seria pervertido dessa forma!
- E eu tinha 5! – A ruiva gargalhara.
- Bons tempos, bons tempos... – O ruivo oferecia a mão a prima. – Vem, vamos tomar um daqueles sorvetes assim poderemos fazer um flash back e ver quem agarrou quem realmente!
- Ai como é bobo! – Rose apanhava a mão do primo e levantava-se levemente.

A cena seguinte não fora prevista por nenhum dos dois, Rose fez uma cara de dor ao mesmo tempo em que levava a mão a barriga e a apertava com força, James franziu o cenho e olhou para o chão notando várias gotas de sangue pingando na areia branca, o vestido branco que a ruiva usava estava marcado nas pernas por um rastro de sangue.

- Rose!
- James... ‘Tá doendo... E... – A ruiva cerrou os olhos.

James teve apenas tempo de segura-la em seus braços e numa medida desesperada apartar com ela dali.


Muito longe dali em uma cabana escondida na floresta, vários homens estavam olhando atentamente para um mapa, pareciam entretidos por demais num tipo de missão para a Ordem, um rapaz ruivo não parava de discutir com um homem que era o dobro de seu tamanho, ambos tentando brigar para ver qual era a melhor estratégia. Um moreno de olhos verdes limitou-se em sair de fininho da barraca não a fim de dar um palpite naquilo tudo.

O dia estava frio era verdade, e sentado numa imensa pedra estava Scorpius Malfoy, Alvo logo o avistara e caminhara até ele com as mãos no bolso, colocou-se ao lado do companheiro e jogou uma pedrinha no lago que quicou algumas vezes até afundar.

- Tudo bem com você Malfoy? – Perguntou.
- Hum? Desde quando se preocupa comigo Potter? – Scorpius encarava o moreno com o canto dos olhos.
- Ora, você não implicou com Hugo nenhuma vez hoje, não reclamou por não invadirmos o território dos novos comensais, não mandou Teddy deixar seus cabelos de uma cor só, não ameaçou azarar Finnigan e por último não reclamou da comida da Vick... Isso realmente é deveras preocupante.
- Humpf... Só estou pensativo.
- Recebeu alguma carta de sua mãe?
- Recebi ontem, ela chegou na França com segurança, o pai do Weasley foi pessoalmente leva-la...
- Então você deveria estar contente e não com essa cara de quem comeu um feijãozinho de todos os sabores sabor vômito!
- Pode parecer estranho Potter, mas sinto que estou perdendo algo... – Scorpius comentara fitando o lago.
- Rose?
- Quem falou nela aqui Potter? – O loiro esbravejava.
- Ninguém, mas pela sua cara e pelo que disse...
- Tem noticias dela? – Scorpius fitou os olhos verdes do rapaz.
- Na sua última carta Lily diz que Rose anda meio doente, mas não parece nada grave! Há, diz também que Rose tem passado muito tempo com James... Parece que ela é a única capaz de entender o que se passa na cabeça oca dele...
- Entendo...
- Por que não escreve para ela?
- Nós rompemos, se esqueceu?
- E daí? Não vejo nada demais escrever para ela...
- Potter a cada dia que passa me surpreendo mais com sua capacidade de idiotice! – Resmungara Scorpius saltando da pedra.
- Encararei como elogio para mantermos a amizade! – Alvo retrucara sorridente.
- Não somos amigos Potter!
- Ah, claro que somos! Até trocamos confidencias!
- Sem comentários... – O loiro sorria de canto seguindo rumo a barraca.

Alvo sorriu e olhou mais uma vez para o lago, tudo havia mudado tão rápido.

- WEASLEY CALA ESSA SUA BOCA E PARA DE DAR PALPITES ERRADOS! VOCÊ NÃO É O ESTRATEGISTA AQUI! – Alvo escutara o berro de Scorpius de dentro da barraca e sorriu levemente.
- Ele voltou.


James andava de um lado para o outro frente a porta da sala de emergência do St.Mungus, sua preocupação com Rose se alastrava cada vez mais, e já fazia mais de meia hora que mandara um patrono falante ao seu pai avisando o que ocorrera e nada dele surgir junto de seus tios.

- Sr.Potter? – Uma voz o despertara de seus devaneios fitando uma mulher de cabelos negros ondulados e olhos castanhos trajada inteiramente de branco.
- Sim? Como ela está doutora?
- Pode me acompanhar?

James seguiu a médica até um pequeno consultório, ela adentrou e fechou a porta sentando-se frente a ele e o encarando nos olhos.

- Sua namorada quase teve um aborto Sr.Potter, teve muita sorte de ter chegado a tempo.
- A-a-a-borto? – Gaguejara o ruivo.
- O senhor não sabia? – A mulher surpreendia-se.
- Não, quero dizer...Bem... Eu... É um espanto! Quanto... Quantos meses?
- Pelo que noto aqui ela está preste a chegar ao segundo mês.
- Segundo mês? Por Merlim! – James ficava cada vez mais pálido.
- O senhor aceita uma água?
- Tem Whisky de Fogo?
- Bem... Aqui é um hospital... – A doutora o olhava com censura.
- Acredite, se eu não beber terei um enfarte!
- Se é assim... – Ela conjurava uma garrafa e um copo.

James derramara o conteúdo da garrafa no copo e em seguida levava a garrafa a boca bebendo uma boa quantidade, os olhos castanhos da doutora arregalaram-se categoricamente. Após beber todo o Whisky James largou a garrafa vazia na mesa e a encarou sério.

- E como ela está? E o bebê? – Perguntou com uma voz rouca.
- Ela já está medicada e creio que ela e o bebê estejam bem... – Ela sorrira levemente.
- Bom... Bom... – James engolia em seco. – Vou te pedir um favor doutora.
- Se eu puder ajudar.
- Rose e eu, bem... Nossas famílias não sabem de nosso envolvimento longínquo, eles crêem que estamos juntos a pouco tempo... Poderia, poderia dizer que Rose só está com duas semanas de gravidez?
- Isso é anti ético Sr.Potter!
- É, mas se não falar isso digamos que teremos uma boa confusão na família... Encare como para um bem maior.

A mulher suspirou fundo, James não retirava os olhos de cima da mesma esperando alguma resposta ao seu favor, fora quando a doutora apanhou o copo cheio de Whisky de Fogo e o bebeu num só gole e encarou o rapaz.

- Tudo bem Sr.Potter, tudo bem.
- Ótimo! Não sei como agradecer! – Ele sorria abertamente. – Posso vê-la?
- Sim, não vejo problemas nisso.


O quarto era todo branco, Rose possuía um olhar parado e distante, olhava atentamente pela janela e sequer mudou de posição na cama quando a porta do quarto abriu-se e alguém adentrou.

- Como se sente Rosemarie? – A voz de James nunca parecera tão suave.
- Envergonhada... – Rose baixara os olhos para a mão enlaçada no colo.
- Não devia, é uma grávida linda! – O ruivo puxava uma cadeira sentando-se ao lado da garota e erguendo a cabeça dela com o dedo indicador. – O bebê é de Scorpius não é?
- É, mas... Eu... Eu não quero que ele saiba! – A garota falara com lágrimas nos olhos. – Ele mudou, ele não é o mesmo! Não quero ele como pai do meu filho! Mas... Todos vão saber não é? Todos vão saber que ele é filho de Scorpius...
- Eu acho que previ que você diria isso... – O ruivo sorriu levemente. – A doutora não contará a verdade da data de sua gravidez, para todos você está grávida apenas de duas semanas...
- Como? – A ruiva arqueava ambas sobrancelhas.
- Sou bom em chantagem emocional... – James sorria abertamente e logo ficara sério. – Escute o que eu vou te dizer agora com atenção ok? – Ela consentia. – Eu vou para a Romênia na semana que vem, tem uma casa confortável e um bom emprego me esperando por lá... O que eu quero dizer Rose é que eu quero que você vá comigo.
- Ir com você? – Os olhos da garota derramavam algumas lágrimas.
- Eu sempre te amei Rosemarie... Desde crianças quando roubei um beijo seu na sorveteria, e só Merlim sabe como eu tinha ciúmes quando você estava pra cima e pra baixo com o Al, e quantas namoradas eu tive apenas as descartando por não serem como você...
- James eu...
- Eu quero assumir essa criança. – James falara confiante. – E por Morgana eu juro que serei o melhor pai do mundo. Case comigo Rose.

Os olhos de James transpassavam um conforto e segurança que Rose só vira uma vez nos olhos de seu pai, o ruivo segurava firmemente suas mãos e a olhava com tanto amor e carinho que Rose se sentira naquele momento a mulher mais linda de todo o mundo.

- Não é justo com você... – Ela falara numa voz fraca.
- E nem para você enfrentar isso sozinha... – Ele franzia o cenho. – Meu sonho sempre foi constituir uma família com você, vai me ajudar a constituir esse sonho?

Rose engoliu em seco e apertou firmemente a mão do primo o puxando para um abraço forte e aconchegante, James logo afastou-se delicadamente e a olhando nos olhos aproximou seus lábios aos dela e a beijou ternamente com o maior cuidado do mundo com medo de que ela fosse apenas um de seus sonhos. Quando terminou aquele beijo delicado e a fitou nos olhos pôde perceber que aquela era a realidade e que ele a tinha finalmente em seus braços para sempre.

- Eu vou... – A ruiva murmurara. – Eu vou constituir uma família com você James...

A porta do quarto abrira-se num estrondo, os dois jovens olharam surpresos para ás varias pessoas que adentraram o quarto, Harry seguido de Gina, Rony, Hermione, Lílian, Molly e Arthur. Entraram fazendo o maior alvoroço, James rolou os olhos não crendo que sua nada pequena família havia estragado um dos momentos mais importantes de sua vida.

- Rose! – Hermione correra até a filha. – O que houve? O que tens? Qual foi o diagnostico?
- Mãe eu...
- Tia Hermione, Tio Rony, mãe, pai... – James os chamara. – Podemos conversar um segundo lá fora?

Os quatro franziram o cenho e consentiram com as cabeças saindo imediatamente do quarto, Rose olhara assustada para James que apenas sorrira confiante e deixara a garota na companhia dos avós e da prima. James saíra do quarto e fechara a porta, sentiu os olhares pesarem sobre si, respirou fundo e começou:

- Sei que pode ser uma surpresa o que vou falar, mas... A vida não acontece sem surpresas não é? – O ruivo sorria torto.
- Desembucha James! O que minha filha tem? – Hermione falara severa.
- Rose e eu estamos juntos a duas semanas, desde a partida de Scorpius... – Começou James recebendo olhares assustados do pai, da mãe e da tia e um sorriso caloroso do tio.
- Finalmente uma noticia boa! – Rony falara alegremente. – Mas... O que isso nos traz aqui?
- Rose está grávida. – James finalizara.

A cena seguinte foi Rony aderindo uma cara de psicopata e pulando sobre o afilhado que desviou por um milímetro e escondeu-se atrás da mãe que parecia na duvida se defendia o filho ou se ajudava o irmão a espanca-lo até a morte. Hermione tentava segurar Rony e Harry parecia em choque.

- ESCUTE! – Berrara James fazendo Rony parar de tentar matá-lo – Rose e eu vamos nos casar Tio Rony, vocês querendo ou não! – O rapaz saia de trás da mãe e falava severo. – Também decidimos não criar nosso filho no meio da guerra, por isso partiremos para a Romênia, com ou sem a benção de vocês.
- O que está falando James? – Gina virara-se surpresa.
- Estou dizendo que não há motivos para tentarem brigar comigo ou Rose! Somos maiores e não fizemos nada de errado!
- Vocês são jovens... – Harry falara pela primeira vez.
- Ora pare de nos ver como crianças! Na minha idade os quatro aqui presentes já haviam feito bastante coisa.
- JAMES SIRIUS POTTER! – Bradara Gina com as bochechas avermelhadas.
- Vocês tem duas escolhas, ou nos apóiam em nossa decisão ou terão de conviver com a culpa de não conhecerem seus netos!
- Netos? – Rony engoliu em seco.
- Acha mesmo que teremos só um filho? – James sorria de canto.
- Vocês nos surpreenderam James, não nos acuse apenas pelo fato e estarmos estupefatos... – Começara Hermione. – Sei que é complicada e delicada a situação...- Ela suspirara. – Mas devido as responsabilidades que me apresentou não vejo nada de mal em dar uma benção e os ajudar com o casamento.
- Obrigado. – James abraçava firmemente a tia.
- É, seremos avós bem jovens! – Gina sorria dando um cutucão no marido e no irmão.
- Er... Ok! Eu... Eu aprovo! Mas se Rose sofrer eu... – Rony começava.
- Ronald não começa! – Hermione sorria com lágrimas nos olhos.
- Bem vamos entrar e parabenizar a futura mamãe! – Gina beijava rapidamente o filho na bochecha e empurrava Rony e Hermione para dentro do quarto.

Harry se viu sozinho com o filho no corredor, James suspirou cansado e encostou as costas na parede esperando uma bela discussão com o pai, Harry aproximou-se e o puxou para um abraço forte, um abraço que James não entendia direito se merecia ou não, quando separaram-se o ruivo notou os olhos verdes marejados do pai.

- Você agiu feito um homem hoje James, não correu do perigo mesmo sabendo que falar isso a nós iria gerar graves conseqüências... Você pode achar que não mas sempre foi um orgulho para mim.
- Obrigado pai. – James sorria levemente.
- Temos menos de uma semana para fazer um casamento hã? Sua avó e sua mãe irão enlouquecer! – rira Harry dando leves tapinhas nas costas do filho. – Vamos entrar, não podemos deixar a futura mamãe sozinha com Rony, vai que ele começa a brigar com Hermione sobre o sexo do bebe!

James sorriu, ás coisas parecia que não seriam tão complicadas quanto ele pensava que seriam, se ele surpreendera sua família, seu pai lhe surpreendera muito mais.


Havia três dias que Scorpius sentia aquela coisa estranha em seu peito, limitava-se em apenas em implicar com Hugo e andar de um lado para o outro na barraca, naquele dia haviam conseguido prender cinco novos comensais, dois eram colegas da sonserina. A noite estava bela e estrelada, o loiro notou uma bela coruja cinza aproximar-se da barraca e pousar no braço de Alvo que estava de guarda, o moreno abriu a carta e pareceu tão surpreso com o conteúdo que por um segundo Scorpius jurou que veria os olhos dele saltar para fora.

- TEDDY! HUGO! VICK! CORRAM AQUI! – Berrou escandalizado.
- O que foi? O que houve? – Perguntaram os três com as varinhas erguidas, Scorpius aproximou-se também fitando o rapaz.
- Hugo eu acho que... – O moreno engoliu em seco e olhou descontente para Scorpius. – Que seremos cunhados.
- Como? – Hugo arregalou os olhos.
- Rose e James se casarão, a cerimônia é depois de amanhã.
- COMO É QUE É? – Berraram Vick, Teddy e Hugo.

Scorpius arregalou os olhos azuis, engoliu em seco e deu as costas. Aquela noticia lhe atingiu como um raio, não poderia crer naquilo. Sua Rose estava se casando com outro e tão cedo que ele jamais pensara que isso poderia acontecer.

O loiro podia sentir como se tudo dentro de si estivesse bagunçado de alguma forma, um sentimento de perda que ele só sentira quando perdera seus dois melhores amigos. Rose o deixara, mas o mais irônico nessa história toda fora que ele a deixara primeiro agora se ressentia com o fato de que a única mulher que realmente amou, estivesse se casando com outro homem que não fosse ele próprio.


A mansão Potter estava devidamente enfeitada naquele final de tarde de sábado. Os belos jardins deram espaço a um luxuoso altar onde várias fadinhas jogavam pó de prata no local onde em breve James e Rose tornariam-se marido e mulher. O belo tapete vermelho ia da entrada dos jardins até o altar como se guiasse os noivos, as cadeiras estavam enfeitadas com belos laços cor de vinho e belos enfeites de rosas vermelhas estavam espalhados. Uma bela estátua feita de gelo de uma noiva e um noivo dançando fora colocada na bela fonte de cristal da mansão iluminada pelas luzes de castiçais prateados, um pouco distante estavam algumas mesas com toalhas de seda prateadas e com arranjos de lírios brancos, uma bela pista de dança com um palco armado e uma bela mesa farta de belas comidas. Aquele casamento seria por demais glamuroso.
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
So much that the earth moved
Tanto que a terra moveu
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Even though it hurt too much?
Mesmo que te magoasse muito?
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Nothing else you heart could do
Que seu coração nada pode fazer
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Who never knew
Quem nunca soube

Rose se olhara pela última vez no longo espelho, trajada com um vestido longo branco rodado, brilhando graças aos pequenos fios de ouro branco, a coroa de diamantes e brilhantes, o colar de diamantes com uma imensa pedra de marfim, ás luvas de cetim brancas até os cotovelos, o véu e a grinalda, a maquiagem perfeita. Rose não lembrava-se de estar tão bela.

- Está linda filha... - Uma voz maternal ecoara atrás da menina.
- Obrigada mamãe... - A garota sorriu sincera.
- Não entendo como aconteceu algo entre você e James, mas... Pelo menos você não tem me parecido mais magoada.
- James tem feito muito por mim...
- Mas você não o ama, não é? - Hermione sorria confidente.
- Amo, amo de um modo diferente, mas o amo. Não tanto quanto amei Scorpius...
- Tem certeza que quer continuar com esse casamento?
- Estou grávida e sei que James será um ótimo marido e pai.
- Entendo... - Hermione aproximara-se da filha e a abraçara forte logo afastando-se e limpando ás lagrimas nos olhos. - Quem diria minha pequenina casando-se! Dou-lhe minha benção eterna filha.
- Obrigada mamãe. Por tudo.

Did you ever lay your head down
Você ja deitou sua cabeça
On the shoulder of a good friend
Nos ombros de um bom amigo
And then had to look away somehow
E então olhos longe
Had to hide the way you felt for them
E teve que esconder seus sentimentos por ele?
Have you ever prayed the day would come
Você já rezou pra que chegasse o dia
You'd hear them say they feel it too
que você o ouviria dizer que também se sente assim
Did you ever love someone?
Você ja amou alguém?
Who never knew
Quem nunca soube
I do
Eu já

- Pai você está chorando? - Sussurrou Rose a Rony quando saiam de braços dados de dentro da mansão.
- Não, é só alergia! Essas malditas fadas! Tinha que ser invenção de sua mãe! - Resmungou Rony.

Rose sorriu, viu o pai a olhar de esguelha e sorrir também, ele a conduziu até chegarem atrás das cadeiras dos convidados que levantaram-se imediatamente, por uma lapsa de segundos Rose pensara em ter visto Scorpius ao lado de Alvo e Hugo no altar, mas piscando duas vezes viu a imagem de James, sorriu e suspirou fundo deixando-se guiar para o belo altar montado por sua família.

No alto da colina um rapaz loiro trajado inteiramente de negro fitava a entrada da noiva, a única coisa que ele conseguia pensar naquele momento era o quão bela ela estava.

And if you did
E se amou
Well you know I'd understand
Você sabe que eu entenderia
I could, I would
Eu poderia, eu iria
More than anybody can
Mais do que qualquer um

Rose sorriu ao colocar o buquê nas mãos de Lily e dar as mãos a James, o juiz começara um bom e belo texto sobre o amor dos jovens e logo pediu que James fizesse seu juramento.

- O amor é uma dádiva de Deus, e o que eu sinto por você Rose será eterno e divino, eu lhe amo como jamais amei alguém por toda minha vida. Eu lhe aceito como minha esposa e lhe amarei e lhe respeitarei por toda a minha vida. - Ele deslizava levemente a aliança de ouro no dedo da garota que sorria abertamente.
- Aqueles que são amados e aprendem a amar recebem mais uma graça, ter você em minha vida James tem sido a melhor graça que pude receber. Eu lhe aceito como meu marido e lhe amarei e serei fiel por toda minha vida. - A garota falara fazendo o mesmo.

Na platéia muitos limparam lágrimas Molly, Hermione e Gina eram ás principais, o Juiz logo fez um aceno com a varinha fazendo uma fumaça dourada sair da mesma e enlaçar a mão do novo casal que logo beijou-se e sorriu sendo aplaudidos por todos ali.

Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
So much that the earth moved
Tanto que a terra moveu
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Even though it hurt too much?
Mesmo que te magoasse muito?
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Nothing else you heart could do
Que seu coração nada pode fazer
Did you ever love somebody?
Você ja amou alguém?
Who never knew
Quem nunca soube
Like I love you
Como eu te amo
Like I love you
Como eu te amo
Like I love you
Como eu te amo
- Tenha uma boa vida Rose... - Scorpius falara do alto da colina logo dando ás costas aquilo tudo.

Ele pode escutar os fogos de artifício estourarem conforme se afastava e uma fina lágrima escorrer pelo seu rosto pálido e fino. Ele havia a perdido para todo o sempre e só de lembrar o sorriso de felicidade que ela dera quando o juiz a declarou casada, ele podia sentir o aperto em seu coração e alma, aquela era apenas mais uma dor para ele colecionar em sua curta vida.

O casamento fora belo e comentado, mas o melhor fora o final da festa, os noivos foram para um belo hotel onde poderiam descansar e ter sua lua de mel. O quarto possuía estatuas de ouro e bronze e traços barrocos incríveis, Rose largou-se na cama e sorriu ao começar a retirar os sapatinhos de cristal.
- Quer ajuda? - James aproximava-se a ajoelhava frente a esposa e retirava delicadamente os sapatinhos.
- Ai que alivio! - Exclamou Rose. - Acho que não usarei isso nunca mais!
- Acho que não haverá necessidade! - Rira James beijando levemente os dedos avermelhados do pé da menina que gargalhara.
- Isso faz cócegas James! hahaha

O ruivo ergueu-se ficando frente a ela com um sorriso maroto nos lábios logo a beijando furiosamente nos lábios e soltando-se na mesma intensidade.

- Vamos, vou te ajudar a tirar esse vestido desconfortável também... - Ele sorrira malicioso.

Rose apenas retribuíra o sorriso e retirara uma luva sensualmente a jogando em cima do marido que saltara em cima de si e começara uma longa série de beijos.

As malas estavam prontas e eles estavam prestes a partir no alto da colina por uma chave de portal, Rose parecia mais feliz do que nunca, principalmente pelo fato de Hugo e Alvo não terem tocado no nome de um certo loiro no curto tempo em que estiveram juntos.

- Não entendo por que não esperam o bebê nascer aqui para partirem! - Resmungara pela milésima vez Gina.
- Se eles não foram logo para a Romênia certamente James perdera o emprego... - Harry explicava também pela milésima vez.
- Você pode nos visitar quando o bebê nascer mãe! - Rira James abraçando a ruiva.
- Então Rose fica e vai depois! - Rony falava risonho.
- De jeito nenhum! Tenho que ficar ao lado do meu marido! - Rose sorria arteira abraçando o pai e a mãe.
- E como você terá ajuda? Afinal você é nova e... - Começara Gina.
- Mãe eu juro que assim que o bebê ameaçar em nascer eu mando rapidamente um patrono falante para vocês ok? - O rapaz começava a se irritar. - Bem, vamos Rose antes que perdemos a chave.
- Ok! Até logo!
- Rose! - Lily a chamara séria.
- Sim?
- Mande cartas ok? Me preocupa você ficar a sós com o tapado do Jay!
- Claro! - Gargalhara Rose e James fazia um gesto obsceno com o dedo.

O casal logo segurara num copo quebrado e sentiram tudo girar, estavam indo finalmente para a casa na Romênia.


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Comentários (1)

  • tamires wesley

    ah bom...eu adorei o capitulo, so axo q james e rose naum combina, mas serao amei o james assumindo a responsabilidade q naum era dele..scorpius deixou rose primeiro qnd decidiu viver so para a vigança, mas sera q iso lhe trara paz?..bom so lendo os proximos capitulos para saber... james e rose um casal q naum tem nada haver e tudo haver ao msm tempo...S2.. \0/

    2012-08-25
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